quinta-feira, 17 de outubro de 2024

SESC Avenida Paulista, São Paulo, Brasil

 

















SESC Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

O Sesc Avenida Paulista é um centro de cultura e lazer pertencente ao Serviço Social do Comércio (SESC). O prédio que antes abrigou a administração do SESC entre 1978 a 2005, foi reformado por oito anos, 2010-2018, para receber o público.
Com três eixos centrais, corpo, tecnologia e arte, o prédio divide suas atividades em 17 andares, abrigando oficinas, apresentações, exposições, mirante, entre outras atividades.
Localizado na Avenida Paulista, 119.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.



domingo, 13 de outubro de 2024

Portaria, Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, Consolação, São Paulo, Brasil









Portaria, Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, Consolação, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia



Trata-se da portaria original do antigo Colégio Des Oiseaux, uma das poucas lembranças da extinta instituição que foi preservada.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.


 

Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, Consolação, São Paulo, Brasil

 





















































Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, Consolação, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Texto 1:
O Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas é uma área de 24.603 metros quadrados, localizada na confluência da rua Augusta com a rua Caio Prado e a rua Marquês de Paranaguá, no bairro de Cerqueira César no distrito da Consolação, próximo ao centro de São Paulo.
Em 2019, a Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Bruno Covas, assinou a escritura de posse do Parque Augusta, depois de décadas de disputas sobre o terreno. Em 2021, após a morte de Covas no exercício do cargo de prefeito, o parque foi renomeado para homenageá-lo.
O Parque Augusta em São Paulo corresponde aos imóveis tombados à rua Marquês de Paranaguá nº 115 e Caio Prado nº 232 (Setor 10, Quadra 14, Lote 438); ruas Marquês de Paranaguá nº 217 e Augusta nº 344 (Setor 10, Quadra 14, Lote 131).
O arquiteto francês Victor Dubugras projetou o palacete residencial da família de Fábio Uchôa para o terreno do atual Parque Augusta. O palacete, conhecido como Vila Uchôa, foi construído e concluído no início do século XX pelo engenheiro Emilio Fagnani. “A volumetria da Vila Uchôa impressiona, se comparada aos palacetes da época: poucos equivaliam a ela em ortogonalidade. As janelas retangulares, excepcionalmente austeras, possuíam venezianas e vidros. Os elementos mais rebuscados estavam no topo do torreão e na porta principal, contrastando às lisuras de um volume econômico nos relevos”.
Em 1906 o imóvel foi vendido para as Cônegas de Santo Agostinho que utilizaram o palacete já construído e o ampliaram para inaugurar, em 1907, o Colégio Des Oiseaux. “Os amplos jardins, frontais e laterais do edifício garantiam a distância espacial conveniente da rua, à semelhança do que ocorria com as habitações das camadas de alta renda instaladas nesta parte da cidade. A extensão desses jardins permitia a entrada de automóveis transportando as alunas, transformando as saídas do colégio em um espetáculo para ser visto à distância pelos transeuntes do bairro”.
O Colégio Des Oiseaux encerrou suas atividades em 1969. Entre 1970 e 1974 o prédio do Colégio Des Oiseaux foi sede do Equipe Vestibulares e do Colégio Equipe. Neste período, o centro cultural dos alunos do Equipe organizou shows com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Cartola, Clementina de Jesus, Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola, Elba Ramalho, Novos Baianos, Elton Medeiros, Raul Seixas, entre outros.
Em 1974, o prédio do antigo Colégio Des Oiseaux, infelizmente, foi demolido para a construção de um empreendimento hoteleiro que, felizmente, foi desativado. O terreno foi transformado em estacionamento e, na década de 1980, abrigou o Projeto SP, que promoveu apresentações de diversas bandas como Capital Inicial, Blitz, Titãs, Paralamas do Sucesso, entre outras, em sua estrutura coberta por lona, como se fosse um circo.
Em 20 de junho de 1994 um cidadão da vizinhança redigiu um abaixo assinado e colheu assinaturas solicitando o tombamento do imóvel ao Conpresp - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. O abaixo assinado, dirigido ao presidente do Conpresp, Marcos Faerman, foi protocolado pelo Conpresp com o nº 175/94. O terreno do Parque Augusta só foi definitivamente tombado em 2004, após três solicitações formais e dez anos de insistente acompanhamento junto ao Conpresp do cidadão que redigiu o abaixo assinado em 1994. Nos primeiros meses que se seguiram à solicitação original, o Conpresp informava que ainda era muito cedo para qualquer informação; até que, um dia, o Conpresp informou que era muito tarde. A solicitação original de 1994 foi então novamente apresentada ao Conpresp.
Em 1996, o terreno foi adquirido pelo ex-banqueiro e incorporador Armando Conde.
As arquitetas Vânia Lewkowicz Katz e Helenice Diamante foram designadas pelo Conpresp para fazer o pré-projeto de tombamento do imóvel. Após a segunda solicitação, o Conpresp informou que, em reunião ordinária, foi aprovada a abertura do processo de tombamento do imóvel para publicação no Diário Oficial do Município, mas que, infelizmente, a resolução foi indevidamente encaminhada para o arquivo morto. O Conpresp, solicitado a reverter o desencaminhamento, informou que a solicitação original deveria ser, uma vez mais, reencaminhada ao Conpresp.
Em 31 de outubro de 1997 foram solicitadas formalmente, por requerimento, informações sobre o andamento da solicitação original de 1994 ao Conpresp, documento protocolado com o nº 528/97. Por fim, em 9 de setembro de 2001 o Conpresp encaminhou ao solicitante o ofício 935/2001 informando a abertura do processo de tombamento.
Com a abertura do processo de tombamento, a área passou a ter proteção legal que implicava a prévia autorização do Conpresp para qualquer intervenção física no local. Em 5 de dezembro de 2001 a foto aérea do imóvel virou capa da revista Vejinha de São Paulo com o título “Os terrenos milionários da cidade”. Em 14 de dezembro de 2004 o imóvel foi definitivamente tombado pela resolução número 23/Conpresp/2004. Somente a partir do tombamento, e com a visibilidade proporcionada pela mídia, teve início a movimentação social em prol da transformação de 100% do terreno em parque público sem prédios.
Em 2006, a pedido da Samorcc - Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do Bairro de Cerqueira César, começou a tramitar na Câmara Municipal de São Paulo, o projeto de lei 345/2006, de autoria dos vereadores Jucelino Gadelha e Aurélio Nomura, que propunha a criação do Parque Municipal Augusta na totalidade do terreno.
Em 2013 surgiu o Movimento Parque Augusta, reunindo três movimentos sociais, Aliados do Parque Augusta, Parque Augusta sem Prédios e Organismo Parque Augusta (OPA). Após intensas pressões dos movimentos sociais, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em duas votações, o projeto de lei 345/2006 e enviou a Lei Ordinária Municipal 15.941 ao prefeito Fernando Haddad, que a sancionou em 23/12/2013. A escritura do Parque Augusta foi finalmente passada para a Prefeitura de São Paulo em 6 de abril de 2019; o parque foi inaugurado em 6 de novembro de 2021, 27 anos após a solicitação original de tombamento de 20 de junho de 1994. Texto da Wikipédia.
Texto 2:
Depois de um longo período de debate e definições, a cidade de São Paulo ganhou um novo parque público, o Parque Augusta. Com projeto da Kruchin Arquitetura, que tem à frente o arquiteto e urbanista Samuel Kruchin, e em uma parceria público-privada entre SETIN Incorporadora, Cyrela e Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura da Cidade de São Paulo (SMVA), o projeto nasceu com a ideia de resgatar elementos históricos associados à antigos jardins e novos espaços verdes.
“Uma nova área verde dessas dimensões é, sem dúvida, muito importante e um ganho para a população, que terá agora uma nova área pública e de qualidade para usufruir. Mas diria que o mais relevante de todo processo foi incorporar registros históricos que estavam soterrados como os resquícios do antigo jardim”. “Além disso, é um parque que ajuda a contar também parte da história da educação na capital, dos seus espaços públicos e dos seus jardins”, pontua o arquiteto Samuel Kruchin.
Em uma área de quase 25 mil m², o terreno reúne fragmentos de construções históricas que datam do início do século 20. Localizavam-se no terreno a Escola Santa Mônica, o Instituto Sedes Sapientiae e o tradicional Colégio Des Oiseaux. E é desta última instituição que se origina um dos elementos centrais do novo parque: o Jardim Histórico do Des Oiseaux.
Sob os cuidados das freiras do Colégio, o bosque original era formado por espécies exóticas, como araucárias australianas, reflexo da influência estrangeira na administração do Colégio. Por seus caminhos, que foram restaurados e novamente interligados pelo projeto de arquitetura, situavam-se oratórios, grutas e a Colina, lugar de reunião e de reflexão – elementos que também foram incorporados ao projeto e que dão, ao jardim, o sentido do sagrado, diferenciando-o de todos os outros encontrados em São Paulo.
Também foi realizado o restauro da portaria original do Des Oiseaux, do muro para a rua Augusta e de uma das construções secundárias, onde foi preservada uma interferência feita no longo período de abandono as áreas: o grafite de um tamanduá, criação de um artista anônimo.
Completam o programa uma arquibancada ao ar livre, área para pets e um jardim contemporâneo que, através de passarelas elevadas, conectam e integram novos setores ao bosque remanescente do antigo jardim. Toda área de apoio está concentrada sob o acesso pela rua Augusta, assim como sob a arquibancada, abraçada por placas curvas em concreto. A partir de sapatas e fundações das construções originais, resgatadas no trabalho de pesquisa do terreno, foi criado também um grupo escultórico que ocupa o centro do parque.
O Parque caracterizou-se por ser um espaço da diversidade, ocupado pelos mais diversos grupos sociais e culturais da cidade. Samuel Kruchin reforça que, ainda assim, trata-se de um parque em processo, devido aos registros encontrados na área onde está implantado. “Em algum momento este subsolo, que esconde ainda muitos elementos, terá que ser explorado para transformá-los em mais atrativos do Parque Augusta. Ainda há muito a conhecermos desta história”. Texto de Vitória Oliveira / Galeria da Arquitetura.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.