terça-feira, 30 de abril de 2019

Palacete Santa Helena, São Paulo, Brasil



Palacete Santa Helena, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia



A cidade de São Paulo já teve um prédio, mais especificamente um palacete, considerado o mais belo de nossa história. Trata-se do Palacete Santa Helena.
O edifício recebeu esse nome em homenagem a esposa do empresário que o edificou. O primeiro nome “Santa” foi em respeito a toda religiosidade que cerca a Praça da Sé. O Palacete Santa Helena era de Manuel Joaquim de Albuquerque Lins, ex-presidente do Estado de São Paulo.
Como era comum na época, para realizar empreendimentos imobiliários era preciso ter muito dinheiro, como por exemplo: o proprietário dos palacetes Prates e do Edifício Dom Luiz era Luís de Toledo Lara; o Palacete Chavante pertencia ao senador Peixoto Gomingio; dos prédios Martínico e Guatapará a família Prado e o Edifício Martinelli era do empresário e comendador Giuseppe Martinelli.
A construção do Palacete foi encomendada à família Asson na década de 20. No início, a obra foi dirigida por Manuel Asson, que faleceu no primeiro ano da obra. Coube então aos seus filhos Adolfo Asson e Luís Asson finalizar a construção. Adolfo também faleceu quando as obras do Palacete Santa Helena ainda estavam em andamento, sendo concluídas por Luís Asson.
O arquiteto responsável pela idealização do projeto foi Giacomo Corberi, sendo que também foi ele o profissional que realizou as primeiras alterações durante as obras.
Ele redesenhou a fachada com aumento do 4º andar e inseriu o cine-teatro. Posteriormente, o Santa Helena teve alterações realizadas pelo arquiteto Giuseppe (José) Sachetti, referentes essencialmente ao desenho da fachada e aos três pavimentos adicionais.
Na época de sua construção, o Palacete Santa Helena era considerado um arranha-céu com seus sete pavimentos. Tratava-se de um prédio destinado ao comércio e serviços, constituído basicamente por lojas no térreo, duas sobrelojas e pavimentos superiores contendo 276 salas de escritórios.
O primeiro projeto previa um hotel, depois substituído por escritórios e um cine-teatro. As lojas situadas no subsolo tinham suas próprias instalações sanitárias, arejadas por meio de poços de ventilação. Os elevadores foram de fabricação Graham, divulgados na época como fruto da mais avançada tecnologia.
O cine-teatro, que levava o mesmo nome do Palacete, ocupava os três primeiros andares do bloco central, oferecendo aos seus espectadores uma área com camarote no mezanino e uma galeria no piso superior.
No projeto original, estava previsto um salão de festas no subsolo (sob a plateia) que acabou se transformando posteriormente em outra sala de cinema, o Cinemundi.
A estrutura do teatro, considerada uma sala de espetáculo de grande porte. Segundo levantamento feito pela Companhia do Metropolitano, por ocasião da avaliação do prédio na década de 70, foi revelado que sua construção final tinha 36 frisas e 42 camarotes e o noticiário da época dá conta de que a lotação do teatro correspondia à ocupação de 1500 lugares.
A inclusão do cine-teatro no projeto representava um novo patamar para o empreendimento, que ganhava prestígio e se tornava uma nova aposta na movimentação cultural, coincidindo com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Com toda essa gama de opções dentro de um único edifício, o Santa Helena caracterizou-se como o primeiro edifício multifuncional da cidade de São Paulo.
Destacava-se pelo luxo da decoração e pela modernidade das instalações, que exigiram cursos técnicos significativos para a época: elevadores, sistema de iluminação e telefonia, áreas internas, o teatro com máquinas para renovação do ar com capacidade para 160 metros cúbicos por minuto, revelando-se pioneiro em diversos aspectos.
A decoração interna e a pintura do teto do teatro ficaram a cargo do artista italiano Adolfo Fonzaris. É a pintura de um imenso painel na abóboda do edifício que ficou conhecida como “a História e a Fama do carro de Apolo”. A pintura era representada por cavalos fogosos. No alto, musas e outras figuras simbólicas, grupo de cupidos e a Glória, que empunhava uma coroa de louros.
A fachada do Palacete, junto com as de mais alguns edifícios, ajudou a Praça da Sé a ficar com ares de uma cidade europeia, antes mesmo das torres da Catedral.
O Palacete foi concluído em 1925, pouco tempo antes da morte de seu proprietário. O seu cine-teatro iniciou suas atividades no ano seguinte e tinha como principal pauta de filmes as produções hollywoodianas.
Contudo, o destino agiria contra esse belo edifício. A finalização das obras coincidiu com a decadência do centro da cidade de São Paulo. De um ano para o outro, a região da Sé se viu tomada por uma população que não correspondia às pretensões elitistas e reformadoras do Centro de São Paulo.
Outro importante fator urbano contribuiu para essa “transformação indesejada”. Em um logradouro ali perto, o antigo Largo do Tesouro, ficavam os pontos finais dos bondes que vinham do Brás, Penha e de outros subúrbios de baixa renda que estavam em constante expansão.
Tomada nos anos 1920 pelos automóveis dos privilegiados, a Praça da Sé acabou sendo aproveitada como terminal de ônibus.
Na gestão do prefeito Prestes Maia (1938-1945), surgiu, ao seu lado, a gigantesca Praça Clóvis Bevilacqua, em local antes destinado ao Paço Municipal, transformada no principal terminal de transporte coletivo da cidade, atendendo toda a região Leste.
Com isso, as pessoas das regiões mais distantes do centro começaram a ter um acesso mais “fácil” à região. As pessoas mais ricas passaram a migrar cada vez mais para o lado oeste do centro, como: a região da Praça do Patriarca, a rua Líbero Badaró, Anhangabaú, Barão de Itapetininga, um Centro Novo de maior prestígio que passou a reunir o comércio de luxo e os serviços mais qualificados a partir do segundo pós-guerra.
Ao Centro Velho restou a decadência e seus prédios de salinhas apertadas, sem garagens e por receber a pedestrianização das vias, que acabaram se desvalorizando rapidamente.
O Palacete Santa Helena, então, viu surgir uma nova vocação: a de pólo de artistas e movimentos operários.
Contendo uma grande quantidade de pequenas salas, que eram alugadas a preços módicos, o edifício começou a atrair profissionais de menor poder aquisitivo e organizações sindicais e de esquerda, que dependiam do esforço voluntário e das pequenas contribuições dos seus filiados.
Entre os ocupantes do edifício vale destacar que o Palacete abrigou o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo de 1934 até 1954, também o Sindicato dos Empregados no Comércio e várias outras organizações de esquerda, muitas delas vinculadas ao Partido Comunista, como o Centro Juvenilista, ligado à Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Juventude Popular, Estudantil e Proletária da qual fizeram parte o escritor Jorge Amado e o ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda.
Em 1935, quando a ANL preparava o Congresso Juvenil Comunista, o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), invadiu o edifício Santa Helena e prendeu várias pessoas, entre elas a jovem militante judia de origem romena, Genny Gleizer, de apenas 16 anos. Esta passagem ficou conhecida naquela época como “A Batalha da Sé”.
Com um grande número de operários e comunistas circulando por seus andares, as atuações no prédio não se limitaram à militância política e sindical.
Alguns se dedicaram às artes, com destaque para um grupo de pintores (vários deles originalmente ligados à construção civil) que formou o Grupo Santa Helena: Aldo Bonadei (1906-1974), Alfredo Rullo Rizzotti (1909-1972), Alfredo Volpi (1896-1988), Clóvis Graciano (1907-1988), Fulvio Pennacchi (1905-1992), Humberto Rosa (1908-1948), Manoel Martins (1911-1979), Mário Zanini (1907-1971) e Rebolo Gonsales (1902-1980).
O grupo começou a se formar a partir de 1934, quando os artistas foram chegando ao Palacete Santa Helena, n° 43 (posteriormente n° 247).
Contudo, tudo isso durou muito pouco. Após alguns anos, a maioria dos artistas deixou o prédio, assim como os sindicatos, que ganharam sedes maiores.
Dividido entre os herdeiros de Manuel Joaquim de Albuquerque Lins e Helena de Sousa Queiróz, o Santa Helena havia perdido suas atividades como empreendimento rentista. No auge da crise dos aluguéis e da Lei do Inquilinato de 1942, foi vendido ao IAPI (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários) em 1944.
Suas salas de cinema passaram a exibir produções baratas atraindo pessoas de baixo poder aquisitivo. Os conjuntos de escritórios eram alugados para os ocupantes mais diversos. Um deles ofereceu um curso de madureza, o Educabrás, que ocupou parte do edifício nos anos 60, até a sua demolição. Muitas salas não encontraram sequer inquilinos e o prédio foi se esvaziando.
Esse processo foi se agravando até o ano de 1971, quando foi comprado pela Companhia do Metropolitano e demolido, junto com os demais edifícios da mesma quadra, com o propósito de ampliar a Praça da Sé, anexando-lhe a Praça Clóvis Bevilacqua, e possibilitar a construção das linhas Norte-Sul e Leste-Oeste do Metrô.
O Palacete Santa Helena começa a ser demolido na tarde do dia 23 de outubro de 1971 e, depois de 117 dias de marretadas, some do cenário da cidade de São Paulo.

Palacete Santa Helena, São Paulo, Brasil



Palacete Santa Helena, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal


O Palacete Santa Helena foi um edifício existente na Praça da Sé, centro de São Paulo. Inaugurado em 1925, constituiu um marco na verticalização urbana e na arquitetura devido ao luxo e modernidade de suas instalações.
O palacete foi construído no início da década de 1920 e pertencia ao ex-governador do estado de São Paulo Manuel Joaquim de Albuquerque Lins. O edifício foi encomendado à família Asson. A obra inicialmente foi dirigida por Manuel Asson, que faleceu no primeiro ano da construção do edifício. Coube então aos seus filhos Adolfo Asson e Luís Asson finalizar a obra. Adolfo também faleceu quando a construção do edifício ainda estava em andamento e as obras foram concluídas por seu irmão Luís Asson.
Inaugurado em 12 de novembro de 1925, o palacete foi projetado pelos arquitetos Giacomo Corberi e Giuseppe Sacchetti. De arquitetura eclética com influência do art déco, sua fachada era ornamentada por figuras de anjos esculpidas em cimento e seu interior possuía mármores e decoração em estilo barroco. Na inauguração foi apresentada a comédia Ideal Prohibido pela Companhia de Comédias Jaime Costa.
O nome do palacete foi uma homenagem à esposa do proprietário Manuel Lins, chamada Helena de Sousa Queiróz. O "Santa" foi adicionado devido à proximidade do edifício com a Catedral da Sé. O projeto original previa um hotel, sendo posteriormente alterado para uso de escritórios e um cine-teatro, constituindo o primeiro edifício multifuncional da cidade de São Paulo. As lojas situadas no subsolo tinham suas próprias instalações sanitárias, arejadas por meio de poços de ventilação. Os elevadores do edifício foram fabricados pela empresa Graham, divulgados na época como os de mais avançada tecnologia. Sua estrutura era dividida em cinco blocos e sete andares, comportando duas sobrelojas, quatro lojas e 276 escritórios.
No palacete também funcionava o Theatro Santa Helena, que ocupava os três primeiros pavimentos do bloco central e tinha capacidade para acomodar 1500 pessoas distribuídas na plateia, galeria, 36 frisas e 42 camarotes. Em seu teto havia uma pintura de autoria do artista italiano Adolfo Fonzari, que ficou conhecida como “A História e a Fama do carro de Apolo”. A obra representava no céu a História e a Fama no carro de Apolo, puxado por cavalos, tendo ao alto musas e outras figuras simbólicas, cupidos e a Glória com uma coroa de louros.
Ainda existia no prédio um salão no subsolo (sob a plateia do teatro) chamado Salão Egípcio, destinado a festas, banquetes e outros eventos sociais. Posteriormente o salão foi transformando em uma sala de cinema, o Cinemundi.
O edifício foi construído para servir a elite paulistana, mas as modificações urbanísticas centro da cidade levaram o prédio a receber um público das mais diversas camadas sociais. A Praça da Sé acabou sendo aproveitada como terminal de ônibus e posteriormente a Praça Clóvis Bevilácqua foi transformada no principal terminal de transporte coletivo da cidade que atendia toda zona leste. A elite passou a migrar cada vez mais para o lado oeste do centro, como a região da Praça do Patriarca, a rua Líbero Badaró e a Barão de Itapetininga. Era o chamado centro novo de São Paulo.
O edifício então começou a atrair profissionais de menor poder aquisitivo e organizações sindicais e de esquerda. Com o tempo o Palacete Santa Helena tornou-se também um pólo de artistas e movimentos operários. Em meados de 1934 a sala 231 foi convertida em ateliê para uso do pintor Francisco Rebolo, que iniciou suas atividades em 1935. No mesmo ano Mario Zanini divide a sala com o artista e posteriormente aluga a sala 233, compondo a célula inicial de um dos movimentos mais significativos da história das artes plásticas de São Paulo: o Grupo Santa Helena.
Após alguns anos, a maioria dos artistas deixou o prédio, assim como os sindicatos, que ganharam sedes maiores. Deixando de ser rentável, seus herdeiros venderam o palacete ao Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários em 1944.O edifício entrou em decadência, até que em 1971 foi adquirido pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. O palacete foi demolido em 23 de outubro de 1971 junto com os demais edifícios da mesma quadra para a construção da Estação Sé.

Palacete Santa Helena, 1936, São Paulo, Brasil

Palacete Santa Helena, 1936, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Rua Amaral Gurgel Sem o Minhocão, São Paulo, Brasil

Rua Amaral Gurgel Sem o Minhocão, 1968, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Largo do Palácio, São Paulo, Brasil

Largo do Palácio, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Atual Pátio do Colégio, na época sem o Colégio e ainda com o infelizmente demolido Palácio do Governo do Estado de São Paulo.

Avenida 9 de Julho, Vista do Torreão do Túnel 9 de Julho, 1940, São Paulo, Brasil - Edison Pacheco Aquino

Avenida 9 de Julho, Vista do Torreão do Túnel 9 de Julho, 1940, São Paulo, Brasil - Edison Pacheco Aquino
São Paulo - SP
Fotografia

Frota de Caminhões, Cia. Antarctica Paulista, São Paulo, Brasil

Frota de Caminhões, Cia. Antarctica Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Centro, São Paulo, Brasil


Centro, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Graf Zeppelin Sobre São Paulo, 11/05/1933, Brasil - Theodor Preising


Graf Zeppelin Sobre São Paulo, 11/05/1933, Brasil - Theodor Preising
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo

Devaneios com Sigmund e Freud - Yorhán Araújo
Quadrinhos

Operação Fronteira 2019 - Triple Frontier















Operação Fronteira 2019 - Triple Frontier
Estados Unidos - 125 minutos
Poster do filme

sábado, 27 de abril de 2019

Viaduto do Chá, São Paulo, Brasil

Viaduto do Chá, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Edifício Alexandre Mackenzie, 1929, São Paulo, Brasil


Edifício Alexandre Mackenzie, 1929, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

O Edifício Alexandre Mackenzie, também conhecido como Prédio da Light, é uma construção localizada na área central da cidade de São Paulo, entre o cruzamento a Rua Coronel Xavier de Toledo com o Viaduto do Chá atualmente tombada, cujo projeto contou com a autoria dos estadunidenses Preston e Curtis, e execução do escritório de Severo, Villares & Cia. Ltda. O prédio fora sede da empresa distribuidora de energia elétrica São Paulo Tramway, Light and Power Companye, posteriormente, da antiga estatal Eletropaulo. Foi concluído no ano de 1929 e ampliado em 1941. Desde 1999, após cautelosa restauração, abriga o Shopping Light.
A empresa The São Paulo Tramway, Light and Power Company instalou-se em 1899 em salas alugadas em um prédio da Rua São Bento. Seu constante crescimento obrigou sua transferência para áreas cada vez mais amplas, muitas vezes em diferentes localidades da cidade. No total, eram 7 escritórios por São Paulo, o que dificultava sua administração central. Com isso, a empresa adquiriu o Theatro São José, na Rua Coronel Xavier de Toledo, para dar lugar ao mais novo edifício sede da empresa. A obra foi concluída em abril de 1929.
Em 1941, o prédio foi ampliado passando a contar com uma área de 29.720 metros quadrados. Desde sua construção, o prédio adquiriu grande destaque, tanto por sua posição privilegiada junto ao Vale do Anhangabaú, como pela história e desenvolvimento da empresa que idealizou sua construção. Hoje, o patrimônio é propriedade do Estado, por ter sido sede da antiga estatal Eletropaulo, e em 1999, depois do processo de privatização da empresa e transferência de suas áreas administrativas na década de 1980, tornou-se um centro comercial e cultural.
O Edifício Alexandre Mackenzie foi originalmente construído para abrigar a sede da canadense The São Paulo Tramway, Light and Power Co. Ltd. O nome foi dado em homenagem ao diretor da empresa na época, que solicitou o projeto do edifício. Os autores do projeto foram os arquitetos norte-americanos Preston e Curtis, de 1925. Já a construção foi idealizada por Severo, Villares & Cia. Ltda., escritório do engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo, entre os anos de 1926 e 1929.
Em setembro de 1983, Luiz Antônio de Assis Carvalho, superintendente de Comunicação da Eletropaulo, entrou com uma solicitação de tombamento junto a Condephaat, Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Processo Nº 22803/83). Já em outubro de 1984, o edifício foi oficialmente tombado como monumento de interesse arquitetônico pelo secretário da cultura da época, Jorge da Cunha Lima, e inscrito no Livro do Tombo sob nº 234, p.64. em janeiro de 1987.
O interesse pelo tombamento do edifício surgiu em razão de uma possível negociação entre o mercado imobiliário e por se tratar de um bem próprio do Estado, já que na época era sede da Eletropaulo. O edifício compõe os mais destacados do patrimônio ambiental urbano da cidade de São Paulo, dada sua posição no Vale do Anhangabaú. Juntamente com a antiga sede do Banespa, o Edifício Altino Arantes, o Edifício Matarazzo, sede da prefeitura da cidade de São Paulo desde 2004, e o Viaduto do Chá, forma o conjunto característico da área central da cidade. Em seus arredores, situam-se os jardins do Teatro Municipal, com sua escadaria e estrutura imponente e a Praça Ramos, em homenagem ao célebre engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo.
Desde 1999, ano de inauguração, o edifício abriga o Shopping Light, fruto de um consórcio com o Fundo Birmann, que ganhou concessão do imóvel por um período de 50 anos. Em 1997, a Eletropaulo ainda ocupava parte do edifício, quando eram realizadas as reformas. Uma das realizadoras do projeto do centro comercial foi a CEI Empreendimentos, onde os investimentos foram estimados em R$ 50 milhões. O público alvo do shopping são as classes B e C, devido a enorme circulação de pessoas pelo Vale do Anhangabaú durante o horário comercial e horário de almoço. Estima-se que no Viaduto do Chá transite diariamente cerca de um milhão de pessoas.
O atual shopping oferece cerca de 180 lojas, 112 em funcionamento, e recebe cerca de 35 mil pessoas por dia. A inauguração do empreendimento contou com um show de fogos de artifício e exposição fotográfica e projeções cinematográficas sobre o centro de São Paulo.
Um dos grandes marcos históricos da arquitetura de São Paulo, o Edifício Alexandre Mackenzie, conhecido também como "Prédio da Light", é um dos ícones do estilo eclético do centro. Toda a parte de serralheria e marcenaria originais do edifício foi arquitetada pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, na época de sua construção. Hoje, o edifício mistura elementos modernos com elementos mais antigos, como escadas rolantes atuais, elevadores da década de 1920, escadaria de mármore e réplicas de bancos e lixeiras similares aos da Estação da Luz. A casa de máquinas dos elevadores e os portões são originais da década de 1920. O Shopping Light foi o primeiro shopping center do Brasil a utilizar técnicas de reciclagem arquitetônica em sua estrutura e fachada.
O trabalho de restauração, durante a década de 1990, ficou a cargo do arquiteto Carlos Faggin, professor de História da Arquitetura da USP. Foi necessária uma lavagem das fachadas por conta de pichações e da ação do tempo. A tecnologia foi fundamental para a realização do processo, com análises em laboratório foi possível identificar os traços originais do prédio, que foram remoldados. Molduras, cerâmicas, vitrais e alvenarias de madeira foram todos restaurados e adaptados à década de 1920. O edifício de 50 metros de altura, hoje conta com nove pavimentos, seis, sendo o último um centro cultural, dois andares subsolo, o rés de chão (piso térreo).
No livro História e Tradições da Cidade de São Paulo, Ernani da Silva Bruno descreve a região do Anhangabaú como sendo o "centro da cidade em sua feição mais original e característica". O Viaduto do Chá foi o primeiro viaduto da cidade de São Paulo, que finalmente interligou as margens do antigo rio Anhangabaú, e trouxe grandes melhorias para a região, tanto no quesito econômico quanto social. O rio, com o passar dos anos, por questões sanitárias, foi canalizado e deu origem ao Vale que conhecemos hoje. O Vale é de extrema importância para a cidade por conservar elementos históricos e sociais marcadamente paulistanos, como o Teatro Municipal de São Paulo, o antigo Hotel Esplanada (Edifício Ermírio de Moraes), o Edifício Matarazzo e o Edifício Alexandre Mackenzie, onde anteriormente existia o Teatro São José.
As características arquitetônicas e a presença histórica do edifício conferem ao conjunto ambiental do Vale do Anhangabaú marcante expressão, citado como "o mais notável do centro da cidade" pelo engenheiro Raphael Gendler. Sua construção foi encomendada pelo diretor da The São Paulo Light & Power, empresa que, sem dúvida, marcou a memória dos paulistanos mais antigos. A empresa, depois que a Câmara Municipal concedeu a ela o monopólio dos serviços elétricos, passou a ser ironicamente chamada de "Light and Too Much Power" (em tradução livre, "luz e poder demais"). Em 1910, 30% da energia total consumida por São Paulo eram fornecidos pela empresa, já na década de 1950, essa parcela pulou para 52%. Nessa época, as contas de luz e energia eram pagas na própria sede, por isso é dada sua importância e a grande circulação de pessoas. Durante a ditadura militar, as empresas privadas do setor elétrico passaram por um processo de estatização. O controle da Light, em todo o país, passou para as mãos do governo. Em São Paulo, a Light se transformou na estatal Eletropaulo. Já em 1997, ocorreu a cisão da empresa, passando por um novo processo de privatização. Deve-se a esse fato a saída da Eletropaulo do edifício.
O elevado índice de poluição da área central de São Paulo e a enorme circulação de transeuntes exige maior atenção no que diz respeito a preservação do edifício. Por ter sido um estabelecimento administrativo, de intenso uso e grande circulação de pessoas, o edifício acabou sofrendo sucessivas adaptações. Algumas delas, irreversíveis. Porém, o prédio sempre contou com boa manutenção por parte de seus mantenedores, principalmente de seus elevadores característicos da época. Suas características arquitetônicas, no entanto, não foram destruídas, nem mesmo após o crescimento populacional da cidade.
Atualmente, em razão do exercício administrativo do Shopping Light, o edifício oferece diversas atividades culturais, favorecendo a parte histórica do edifício e sua importância sociocultural. Entre elas está o Free Walking Tour com passeios gratuitos pelo Centro Histórico de São Paulo. O Edifício Alexandre Mackenzie também faz parte do roteiro temático Arquitetura pelo Centro Histórico e da Jornada do Patrimônio.

Filosofia de Internet - Humor

Filosofia de Internet - Humor
Personagem "American Chopper"
Humor

Segundo Grupo Escolar, Atual Escola Estadual Fábio Barreto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



Segundo Grupo Escolar, Atual Escola Estadual Fábio Barreto, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal

Santa Casa de Misericórdia, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Santa Casa de Misericórdia, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Foto Postal Colombo N. 15
Fotografia - Cartão Postal

Filosofia de Internet - Humor

Filosofia de Internet - Humor
Personagem "Pikachu"
Humor

Quintas da Barra, Salvador, Bahia, Brasil




Quintas da Barra, Salvador, Bahia, Brasil
Salvador - BA
J. Mello N. 27
Fotografia - Cartão Postal

Vingadores : Ultimato 2019 - Avengers : Endgame

Vingadores : Ultimato 2019 - Avengers : Endgame
Estados Unidos - 181 minutos
Poster do filme

Paisagem (Paisagem) - Irisney Bosco

Paisagem (Paisagem) - Irisney Bosco
Coleção privada
OST - 70x100

Barcos, Rio de Janeiro, Brasil

Barcos, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

Quarteirão Paulista, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Quarteirão Paulista, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A Luta Entre Carnaval e Quaresma (Strijd Tussen Carnaval en Vasten) - Pieter Bruegel "o Velho"

A Luta Entre Carnaval e Quaresma (Strijd Tussen Carnaval en Vasten) - Pieter Bruegel "o Velho"
Kunsthistorisches Museu Viena
Óleo sobre painel - 118x164,5 - 1559


A Luta entre Carnaval e Quaresma é uma obra pintada por Pieter Bruegel, o Velho em 1559. Esta pintura descreve um festival comum do período, como comemorado nos Países Baixos do Sul. Ela apresenta o contraste entre os dois lados da vida contemporânea, como pode ser visto pelo aparecimento da pousada do lado esquerdo - para o gozo, e a igreja do lado direito - para a observância religiosa.
A cena movimentada retrata crianças bem comportadas perto da igreja e uma cena de pessoas bebendo cerveja perto da pousada. No centro há um poço, mostrando a aproximação de diferentes partes da comunidade e outras cenas mostram uma barraca de peixes. A pintura é parte da coleção no museu de Kunsthistorisches em VienaÁustria.
The Fight Between Carnival and Lent is an oil-on-panel work painted by Pieter Bruegel the Elder in 1559. This painting depicts a common festival of the period, as celebrated in the Southern Netherlands. It presents the contrast between two sides of contemporary life, as can be seen by the appearance of the inn on the left side—for enjoyment, and the church on the right side—for religious observance.
The busy scene depicts well-behaved children near the church and a beer drinking scene near the inn. At the centre is a well, showing the coming together of different parts of the community, and other scenes show a fish stall and two competing floats.
A battle enacted between the figures Carnival and Lent was an important event in community life in early modern Europe, representing the transition between two different seasonal cuisines: livestock that was not to be wintered was slaughtered, and meat was in good supply. As the period of Lent commenced, with its enforced abstinence and the concomitant spiritual purification in preparation for Easter, the butcher shops closed and the butchers traveled into the countryside to purchase cattle for the spring.
Bruegel's painting is rich in allegories and symbolisms that have been long studied. It is often read as the triumph of Lent, since the figure of Carnival seems to bid farewell with his left hand and his eyes lifted to the sky. A more generalised meaning may be the illustration of Bruegel's belief that human activities are motivated by folly and self-seeking.
The painting defies any linear narrative, but one may divide it into two sections: the popular and the religious. The scene is set in a town's market square (a traditional setting for the Carnival), with the figure of Carnival personified by a fat man who led a procession through the town and presided over a large feast. In some traditions an effigy of the Carnival figure was burned at the end of the celebrations.
In Bruegel's painting the figure is a large man riding a beer barrel with a pork chop attached to its front end. He is wearing a huge meat pie as a headdress; he is wielding a long spit, complete with a pig's head, as a weapon for the fight. The pouch of knives at his belt indicates that he is a butcher—the guild of butchers traditionally provided the meat for the carnival feast so his place at the procession's heart is apt. The man behind the barrel is dressed in yellow, which is connected with deceit, and he is followed by a female figure who is carrying on her head a table with bread and waffles on it. In one hand she holds a tumbler and in the other a candle, again allegorical symbols for deceit.  
Beside her is a lute-player, which was a frequent symbol of Lutheranism. The Lutherans had abolished Lent but still celebrated the Carnival. A tavern filled with drinkers and onlookers watch the performance of a popular farce known as The Dirty Bride. At the street crossing a group of cripples have come out to beg, while behind them, led by a bagpiper, a procession of lepers walks past.
Lent's half of the picture is dominated by abstinence and piety, with people drawing water from the well, giving alms to the poor and the sick, and going to church. The church itself is the dominant building from which queues of black figures emerge from their prayers. Lady Lent in the foreground, garbed like a nun, is sitting on a cart drawn by a monk and a nun, and looks gaunt and thin, with her followers feeding on bread and biscuits. Lady Lent's wagon contains traditional Lenten foods, pretzelswaffles, and mussels. Just inside the entrance to the church a veiled statue is visible—it was customary in Roman Catholic churches to cover up all works of art at Lent until Easter Sunday when the carved and painted figures of saints would be unveiled once more, "brought back to life like the Saviour himself." In Bruegel's time, when the Protestant Reformation was surging, many of the old customs were under threat. The Roman Catholic attachment to Lenten rites was heavily criticised by the Protestant reformers and the spirit of carnival was viewed with suspicion on both sides of the religious divide.
The background is dominated by people working, primarily with food: women preparing Lenten fish, men carrying wine from the inn and a woman making waffles. At the very back of the picture, other festivities are going on with a bonfire, dancing figures and beggars spread across the whole scenery. Bruegel produced this painting from a bird's eye view, as if he wished to stay out of any polemic of the time, but he was in the habit of placing a symbolic detail in the middle of the picture, and in this case it is a married couple with their backs to the viewer, guided by a fool with a burning torch. Many critics have identified this couple as a symbol for the common masses.
The man carries a strange bulge under his clothes, giving the impression of a hunchback or a hidden sack. This is associated with the allegorical figure of Egotism, who was usually represented as carrying a sack on his back, this meaning to express man's own faults and weaknesses. It is often read as how the masses caused intolerance towards dissenters because of their inability to think objectively.
The woman's main characteristic is the unlit lantern hanging by her belt. She is guided by a fool, and not by reason. The burning torch the latter carries is also symbolic of dispute and destruction. Beside the trio is a rooting pig, also connoting damage and destruction.

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia 

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia 

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia 

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil

Avenida Afonso Pena Quando Ainda Era Arborizada, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia - Cartão Postal

Viaduto Santa Tereza, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil


Viaduto Santa Tereza, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
Fotografia - Cartão Postal