sábado, 31 de outubro de 2020

Extração de Balata, Região Norte, Brasil


 

Extração de Balata, Região Norte, Brasil
Região Norte - Brasil
Series E4
Fotografia - Cartão Postal



Balata é o látex de uma árvore denominada balateira, também conhecida como maparajuba (Manilkara bidentata), da família das Sapotáceas, comum nos estados do Norte do Brasil, de onde se extrai uma goma elástica e visguenta semelhante ao látex da seringueira. M. G. S. D. Magalhães, contudo, em sua tese de doutorado, afirma que a balata é extraída de uma árvore cujo gênero é Mimusopis. Com efeito, a balata pode ser obtida de duas árvores sapotáceas, Mimusopis amazonica e Manilkara bidentata.
A balata é utilizada por índios da Amazônia na produção de objetos como adornos, utensílios e urnas funerárias. Como aconteceu com outros indígenas, de diversas etnias autóctones, os Macuxi, do baixo Rio Branco, por exemplo, no início do século XIX, com a expansão da exploração da borracha (Hevea brasiliensis), do caucho (Castilloa ulei) e da balata (Manilkara bidentata / Mimusopis amazonica), foram arregimentados - na época dos assim chamados "descimentos" (aldeamentos de índios, empreendidos por missionários, no início, e também por militares, depois) -, para a área do rio Negro e para o próprio vale do rio Branco, engajados como força de trabalho no extrativismo florestal.
A extração da balata foi filmada, em 1921, por Silvino Santos e Agesilau Araújo, para o clássico filme documentário No paiz das Amazonas, exibido na Exposição do Centenário da Independência, no Rio de Janeiro (1922), tendo sido apresentado, posteriormente, nas principais capitais do Brasil e da Europa e nos EUA. Na sinopse dessa película fílmica, consta: "(...) o filme retrata diversas formas de sobrevivência e trabalho na região: a pesca do peixe-boi e do pirarucu, a extração da balata e o preparo do látex, a extração da castanha e o preparo do guaraná (...)".
A balata permite a produção artesanal de objetos semelhantes aos objetos de borracha, como bolas e sapatos, e lúdico-decorativos, miniaturizados. Grandes objetos de balata, como engrenagens de moinhos, apresentam a dureza necessária ao funcionamento desses engenhos. A balata é utilizada industrialmente na fabricação de correias de transmissão, planas ou trapezoidais, como ocorre com outros materiais utilizados na engenharia mecânico-industrial: borracha, couro, canvas (lona: tecido resistente de linho grosso) etc.
Os blocos desse látex são aquecidos em banho-maria no momento da confecção das peças artesanais, que, em sua forma final, apresentam textura semelhante ao couro. As cores dos objetos de balata vão desde o cinza-claro (miniaturas) ao marrom-avermelhado (urnas funerárias, indígenas). Na atualidade, são moldados objetos como sapatos e galochas, por exemplo, como miniaturas de animais da fauna brasileira: o boto, o pirarucu, a tartaruga, o macaco, o cavalo, o boi, a cobra, o búfalo da Ilha de Marajó etc. No Mercado Municipal Adolpho Lisboa, construído no apogeu da época áurea da borracha - que apresenta estrutura arquitetônica de ferro, oriunda da Inglaterra -, de Manaus, as esculturas que representam, em tamanho reduzido, índios, remos, canoas, ocas, malocas e animais são apreciadas por turistas e colecionadores de peças do artesanato amazônico.
O tecnologicamente avançado setor industrial da capital do Estado do Amazonas (Brasil) - o PIM - abriga um segmento de produção de eletro-eletrônicos. Nesse polo industrial de Manaus (PIM, anteriormente denominado distrito industrial), há a Rua Balata, a confirmar a importância sócio-econômica do produto, no Estado do Amazonas.
M. G. S. D. Magalhães, na tese de doutorado intitulada Amazônia Brasileira: do extrativismo vegetal na mesorregião sul de Roraima, inclui a balata entre os quatro principais produtos da extração vegetal da região sul-roraimense: borracha (produto da seringueira, Hevea brasiliensis), castanha (amêndoa da castanheira, Bertholletia excelsa), balata (produto das árvores conhecidas como balateiras, Manilkara bidentata / Mimusopis amazonica) e sorva ou sorvinha.
Não se deve confundir a verdadeira maçaranduba (Manilkara huberi) com a maparajuba (balata: Manilkara bidentata), que é uma subespécie da maçaranduba: "Manilkara huberi [maçaranduba verdadeira] é uma árvore com cerca de 40-50 m de altura. Ocorre geralmente nas regiões de terra firme da Amazônia de até 700 m de altitude. Dentre as espécies do gênero, Manilkara huberi é a mais conhecida e com a maior distribuição na Amazônia. Apesar de ser facilmente reconhecida devido às suas folhas grandes e amarelas na face abaxial, é frequentemente confundida com outras espécies do gênero devido à similaridade dos seus troncos" (Embrapa / Brasil).
A balata é agrupada, comercialmente - pela indústria madeireira -, no grupo maçaranduba: "Os madeireiros geralmente agrupam sob o nome comercial maçaranduba várias espécies parecidas (M. huberi, M. paraensis, M. cavalcantei, M. bidentata spp. surinamensis), e as cortam da mesma forma. No entanto, cada uma tem a sua dinâmica de população (DAP máximo, relação crescimento/taxa de mortalidade específica, etc.), que tem papel crucial na reconstituição futura dos estoques exploráveis. Dentre estas espécies, M. huberi atinge o maior DAP, e por isso é a espécie mais interessante economicamente e consequentemente a mais explorada. Caso não haja a distinção clara entre as espécies nos inventários comerciais, depois de 30 anos é provável que não haja estoque de árvores grandes de maçaranduba, sendo que as remanescentes serão, em grande parte, M. bidentata ssp. surinamensis e M. paraensis, as quais atingem DAPs sempre menores que de M. huberi. Estudos em Paragominas, Pará, uma área intensamente explorada por madeira, mostram que isso está acontecendo lá".
Por ser menos explorada no âmbito da indústria madeireira, a maparajuba (balata) encontra-se mais preservada do que as árvores da maçaranduba verdadeira, quando estas alcançam grande porte.

Garganta do Inferno, Águas da Prata, São Paulo, Brasil


 

Garganta do Inferno, Águas da Prata, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Trolley Carregado Com Bananas, Santos, São Paulo, Brasil


 

Trolley Carregado Com Bananas, Santos, São Paulo, Brasil
Santos - SP
TP 904
Fotografia - Cartão Postal

Praça James Fanstone, Anápolis, Goiás, Brasil


 

Praça James Fanstone, Anápolis, Goiás, Brasil
Anápolis - GO
Fotografia - Cartão Postal

Igreja Protestante, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 


Igreja Protestante, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
N. 10
Fotografia - Cartão Postal

Studebaker Commander Starlight Coupe 1950, Estados Unidos

















 

Studebaker Commander Starlight Coupe 1950, Estados Unidos
Fotografia


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Café Colombo, Rua dos Andradas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Café Colombo, Rua dos Andradas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Hugo Freyler
Fotografia - Cartão Postal

Vista Panorâmica, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil




 

Vista Panorâmica, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
Belo Horizonte - MG
N. 22
Fotografia - Cartão Postal

Trecho da Avenida W-3, Brasília, Distrito Federal, Brasil


 


Trecho da Avenida W-3, Brasília, Distrito Federal, Brasil

Brasília - DF
N. 62
Fotografia - Cartão Postal

Aeroporto de Congonhas, São Paulo, Brasil


 

Aeroporto de Congonhas, São Paulo, Brasil

São Paulo - SP
N. 51
Fotografia - Cartão Postal

Parque Dom Pedro II, São Paulo, Brasil


 

Parque Dom Pedro II, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 21
Fotografia - Cartão Postal

Delegacia e Correios e Telégrafos, Praça Senador Florêncio, Atual Praça da Alfândega, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Delegacia e Correios e Telégrafos, Praça Senador Florêncio, Atual Praça da Alfândega, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
N. 41
Fotografia - Cartão Postal

Plantas Tropicais, Santos, São Paulo, Brasil


 

Plantas Tropicais, Santos, São Paulo, Brasil
Santos - SP
Foto Kohlmann 2014
Fotografia - Cartão Postal

Câmara Municipal, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil


 

Câmara Municipal, Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil
Petrópolis - RJ
N. 53
Fotografia - Cartão Postal

Casa de Colono, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Casa de Colono, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal

Praça dos Arcos, Arcos da Lapa / Arcos de Santa Teresa, Rio de Janeiro, Brasil


 

Praça dos Arcos, Arcos da Lapa / Arcos de Santa Teresa, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: O local é identificado no cartão postal como "Largo dos Prasinha" (devia ser um dos nomes utilizados na época, provavelmente em homenagem aos pracinhas da FEB).

Uma Rua de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Uma Rua de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
Santa Cruz do Sul - RS
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Remessa de Melancias, Estado de São Paulo, Brasil


 

Remessa de Melancias, Estado de São Paulo, Brasil
Estado de São Paulo - SP
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Rua Imperador Pedro II, Recife, Pernambuco, Brasil


 

Rua Imperador Pedro II, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Fotografia - Cartão Postal

Hotel Esplanada, São Paulo, Brasil


 

Hotel Esplanada, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Modelo (Modelo) - Oscar Pereira da Silva



 

Modelo (Modelo) - Oscar Pereira da Silva
Coleção privada
OST - 50x40 - 1915

Theatro Municipal de São Paulo, Brasil (Theatro Municipal de São Paulo) - Sérgio Bertoni


 


Theatro Municipal de São Paulo, Brasil (Theatro Municipal de São Paulo) - Sérgio Bertoni
São Paulo - SP
Coleção privada
OST - 75x75 - 2005

Bandeirante (Bandeirante) - Clóvis Graciano



Bandeirante (Bandeirante) - Clóvis Graciano
Coleção privada 
Guache - 40x35
 

Viaduto Santa Ifigênia, São Paulo, Brasil (Viaduto Santa Ifigênia) - Sérgio Bertoni


 

Viaduto Santa Ifigênia, São Paulo, Brasil (Viaduto Santa Ifigênia) - Sérgio Bertoni
São Paulo - SP
Coleção privada
OST - 75x75 - 2010

Canale Grande, Veneza, Itália (Canale Grande) - Luís Cláudio Morgilli




 

Canale Grande, Veneza, Itália (Canale Grande) - Luís Cláudio Morgilli
Veneza - Itália
Coleção privada
OST - 80x120

Casa de Farinha (Casa de Farinha) - Djanira da Motta e Silva


 

Casa de Farinha (Casa de Farinha) - Djanira da Motta e Silva
Coleção privada
Serigrafia - 31x47

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli



 

Natureza Morta (Natureza Morta) - Domingos Gemelli
Coleção privada
OST - 54x73

Idílio (Idílio) - Tarsila do Amaral



 

Idílio (Idílio) - Tarsila do Amaral
Coleção privada
OST - 1929




A pintura acima de Tarsila do Amaral estará à venda na feira online Tefaf Nova York por US$ 7 milhões, ou cerca de R$ 40 milhões. É a tela "Idílio", de 1929, exibida pela galeria paulistana Bergamin e Gomide.
Este é provavelmente o maior valor pedido por uma pintura da artista numa feira - seus quadros disponíveis para venda são raros e, quando aparecem em eventos do tipo, costumam ser de uma fase mais tardia e bem menos valorizada.
Sócio da Bergamin e Gomide, Thiago Gomide conta que a peça é de um colecionador brasileiro que, temendo possíveis danos por deslocamentos, não queria que ela saísse do país a não ser depois de vendida. Como a Tefaf será online, a ocasião era ideal, continua o galerista.
Além de acontecer na internet, esta também será uma edição um pouco diferente do evento. Isso porque os participantes, que precisam submeter o que pretendem exibir ao crivo de um grupo de especialistas, só podem mostrar uma obra cada um nos seus estandes virtuais.
"Poder apresentar uma obra de uma mulher latina numa feira desta qualidade põe o Brasil numa posição e tanto. Seria uma obra ótima para um museu", afirma Gomide.
O galerista diz acreditar que, além do famoso "Abaporu" do Malba (Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires), hoje só três museus fora do país têm obras de Tarsila nas suas coleções –o russo Museu Hermitage, o francês Museu de Grenoble, e o MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, que comprou "A Lua" numa transação estimada em R$ 75 milhões no ano passado.
"Idílio" mostra um casal abraçado, de costas, contemplando o horizonte em meio a uma paisagem de morros e plantas.
A pintura exibe formas arredondas e cores vibrantes que remetem a uma produção um pouco anterior de Tarsila, iniciada quando, de volta depois de uma temporada em Paris, ela rejeita o que aprendeu na Europa em nome de um contato mais intenso com o modo de viver brasileiro.

Ponte Rodoferroviária Sobre o Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Ponte Rodoferroviária Sobre o Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil
Marcelino Ramos - RS
Fotografia 



A Ponte Rodoferroviária de Marcelino Ramos está situada sobre o Rio Uruguai, na divisa dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na Linha Itararé-Uruguai da antiga EFSPRG, pouco antes da estação de Marcelino Ramos, no lado gaúcho. Está localizada ao lado da foz do Rio do Peixe, vindo de Santa Catarina.
A ponte foi aberta em 17 de dezembro de 1910, provisória em madeira, devido à pressa em se entregar a Linha Itararé-Uruguai no final desse mesmo ano pela Brazil Railway Company, que construía a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande.
Uma enchente ocorrida em maio de 1911 derrubou a ponte provisória, de madeira, sobre o Rio Uruguai, interrompendo seu tráfego. O trecho só voltou a ser totalmente restabelecido em meados de 1913, quando a ponte de aço definitiva, que se encontra em serviço até hoje foi entregue pronta, aliás, ela já estava em construção na época em que a provisória foi levada pela enchente.
Em 2000, a ponte foi levantada por macacos hidráulicos, para que a Usina Hidrelétrica de Itá, 15 km rio Uruguai abaixo, pudesse encher a foz do Peixe no Uruguai, sem que esta fosse submersa. Os trens turísticos da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária e de capina da Rumo Logística passam até hoje pela ponte. Ela também é uma ponte rodoviária. É uma das pontes lendárias do Brasil.

Estreito, Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Estreito, Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil
Marcelino Ramos - RS
Iris 23
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Ponte Rodoferroviária Sobre o Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil


 

Ponte Rodoferroviária Sobre o Rio Uruguai, Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, Brasil
Marcelino Ramos - RS
Iris
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Divisa dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.