Ribeirão Preto - SP
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Fotografia - Cartão Postal
Em agosto de 1924 foi contratada a empresa de engenharia Junqueira & Valle para a construção de um prédio na esquina da Rua Duque de Caxias com Álvares Cabral, destinado a ser um hotel.
O proprietário do terreno e contratante da obra foi Adalberto Henrique de Oliveira Roxo, um importante comerciante de café estabelecido em Ribeirão Preto. (jornal "Diário da Manhã", 20/08/1924, p. 1).
Adalberto Roxo nasceu em 1883, filho de Mathias Octávio de Oliveira Roxo e Eugênia de Campos Negreiros (filha do Barão de Cruz Alta, Joaquim Campos de Negreiros). O seu pai foi proprietário de uma fazenda em Piraí/RJ, e posteriormente, proprietário das fazendas Vila Eugênia e Nova Cruz Alta em Jaú/SP. Foi comerciante de café em Ribeirão Preto/SP, onde foi também proprietário do Central Hotel (posteriormente denominado Palace Hotel). Foi eleito vereador em Ribeirão Preto para o período de 1929-1932, cumprindo o mandato até 26/06/1929, quando renunciou. Foi casado em primeiras núpcias com sua prima-irmã Rosa Antero Roxo, e em segundas núpcias com Eunice Teixeira (com quem teve a filha Áurea), e, finalmente, em terceiras núpcias com Angelina de Carvalho Corrêa (com quem teve a filha Anna Maria de Oliveira Roxo). Faleceu em São Paulo/SP, no Sanatório Esperança, em 05/12/1943.
O hotel, denominado Central Hotel, foi inaugurado em 1926.
Em 1927 o Central Hotel foi adquirido pela Cia. Cervejaria Paulista. A empresa comprou também o terreno lindeiro ao hotel, começando a construir o Theatro Pedro II e o Edifício Meira Júnior.
Para estabelecer uma mesma linguagem arquitetônica dos edifícios, a fachada do Central Hotel foi reformada por volta de 1930, o projeto foi de autoria do arquiteto Hipólito Gustavo Pujol Júnior; os três edifícios passaram então a serem conhecidos como "Quarteirão Paulista".
Após a aquisição e reforma do prédio pela Cia. Cervejaria Paulista, o antigo Central Hotel passou a ser denominado Palace Hotel.
Este hotel permaneceu em funcionamento até o ano de 1992, quando encerrou as atividades. Em 07 de maio de 1982, a Resolução nº 32 do CONDEPHAAT determinou o tombamento do Palace Hotel e do Theatro Pedro II. No dia 23 de julho de 1996 a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto permutou o Palace Hotel com a Antarctica.
Iniciou-se então um longo processo de recuperação do prédio acompanhado pelo Conselho Municipal de Cultura.
As obras finais foram entregues em 30 de setembro de 2011. No dia 20 de outubro as portas foram abertas novamente como “Centro Cultural Palace”, buscando agora atender a todas as áreas culturais e artísticas.
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