segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Curva do Destino 1945 - Detour











Curva do Destino 1945 - Detour
Estados Unidos - 68 minutos
Poster do filme



Detour (Curva do Destino, no Brasil) é um filme estadunidense de 1945 dirigido por Edgar G. Ulmer, estrelado por Tom Neal e Ann Savage. Foi adaptado por Martin Goldsmith e Martin Mooney baseado em um romance homônimo de Goldsmith, de 1939, e lançado pela Producers Releasing Corporation (PRC), um dos chamados estúdios cinematográficos Poverty Row em Hollywood de meados do século XX.
Em 1992, o filme foi selecionado para preservação pelo National Film Registry da Biblioteca do Congresso como sendo "culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante".
Uma restauração 4K financiada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estreou em Los Angeles no Festival TCM em abril de 2018. Um lançamento em Blu-Ray é esperado em 2019.
Um pianista deve viajar de uma ponta a outra dos Estados Unidos para visitar a namorada. Mas começa a ter problemas quando um homem, a quem deu carona, morre misteriosamente.
Detour foi bem recebido após o lançamento inicial, com críticas positivas no Los Angeles TimesThe Hollywood Reporter e Variety. Foi lançado para a televisão no início dos anos 1950.
Philip Kemp, crítico da Sight and Sound escreveu: "usando atores desconhecidos e filmando com não mais do que três conjuntos mínimos, um único exterior (um lote de carros usados) para representar Los Angeles, algumas filmagens de estoque e algumas projeções retráteis, Ulmer evoca uma visão negra e paranoica, totalmente não contaminada pelo glamour, pelos personagens surrados presos em uma espiral de culpa irracional".
Durante a era dos estúdios, Detour (A Curva do Destino, no Brasil) foi uma das boas surpresas do pequeno cinema independente dos Estados Unidos. Com um orçamento extremamente apertado e com apenas 14 dias de filmagens na base da improvisação, o diretor Edgar G. Ulmer trouxe ao público uma grande história no melhor estilo film-noir. Após a assistir este longa, não tenho dúvida alguma de que este longa seria muito mais propagado caso a RKO ou a Paramount se envolvessem em alguma etapa da produção ou até mesmo na distribuição.
O pianista Al (Tom Neal) está descontente com o rumo de sua vida. Ele acaba de descobrir que sua namorada irá sair de sua cidade para tentar a vida como atriz em Hollywood. Certa noite, Al decide ir atrás de sua garota. Sem dinheiro, ele para na estrada para pedir carona. O apostador Charles Haskell Jr. (Edmund MacDonald) ajuda Al, mas morre após dar a direção de seu veículo para o homem. Desesperado, ele toma a identidade de Charles para seguir viagem, mas logo encontra a femme fatale Vera (Ann Savage), que coloca Al na parede ao dizer que sabia que Charles era o dono do carro e das vestimentas do pianista.
A narrativa é extremamente interessante. As cenas são contadas por flashbacks, mas o narrador do filme é o subconsciente do protagonista principal. A tocada do longa é muito rápida e não deixa a desejar. Mas os pontos positivos param por aí. É visível a falta de recursos desde a caracterização dos cenários. Os atores não convencem, e Neal, um boxeador amador que conseguiu seu papel em troca de alguns trocados, fica preso no tradicional melodrama propagado pela indústria estadunidense deste período.
O expectador pode perguntar: mas porque Detour é considerado hoje como um cult classic? A resposta não está no filme em si, mas na coragem da pequena equipe em colocar uma produção de baixo orçamento em um mercado extremamente competitivo. Se por um lado a narrativa diferencia-se do que os espectadores estavam acostumados a ver, não podemos deixar de mencionar o grande poder da censura no cinema. Detour sofreu cortes, edições e teve seu final alterado por conta do Motion Picture Production Code. Em um caso emblemático, Ulmer foi convocado para prestar explicações em Washington por conta da cena final de seu longa (spoilers adiante!). Apesar de Al não ter premeditado nenhuma morte, os agentes do governo não achavam certo ele gozar da liberdade na última cena. O diretor então modificou a última tomada, onde um carro da polícia recolhe o protagonista. Será que ele foi preso? Ou será que eles iriam apenas dar uma carona para Al? As perguntas deixadas no ar acabaram sendo a forma encontrada para sair do tradicional “esquema de Hollywood”, que dizia que um filme teria que ter um começo e um final claros para compreensão das audiências. Na verdade, você pode questionar tudo, até mesmo se Al não foi o real assassino de Haskell e de Vera.
Detour foi o primeiro filme B selecionado pela Livraria do Congresso estadunidense para preservação. Hoje ele está em domínio público e vale a pena conferir aquele que também é o filme favorito de Errol Morris.
Em Nova York, o pianista Al Roberts trabalha numa boate. Apaixonado pela cantora Sue Harvey, ele quer se casar com ela, mas embora ela o ame, declara que, antes, precisa buscar a fama em Hollywood.
Algum tempo depois, ao receber uma boa gorjeta, ele telefona para Sue, que lhe informa estar trabalhando como garçonete. Sem dispor de dinheiro suficiente para empreender a viagem até a Califórnia, ele decide tentar pegar caronas para chegar até lá.

No Arizona, um homem chamado Charles Haskell Jr. oferece-lhe uma carona em seu conversível até Los Angeles. Ao vê-lo com uma mão fortemente arranhada, Al faz um comentário e ele lhe conta que os arranhões foram feitos por uma mulher, a quem dera uma carona e que, ao ser por ele assediada, reagiu daquela forma. À noite, enquanto Haskell dá um cochilo, Al dirige o veículo quando uma tempestade o obriga a parar para levantar a capota do conversível. Ao abrir a porta do carona, no entanto, Haskell cai e morre ao bater com a cabeça no chão. Convencido de que será acusado por sua morte, Al esconde seu corpo e rouba seu dinheiro e sua identidade. Continuando a viagem, agora sozinho, após cruzar a fronteira da Califórnia, ele para em um motel para repousar.
Na manhã seguinte, de volta à estrada, ele dá carona a uma mulher que lhe diz chamar-se Vera. Em seguida, ela lhe pergunta o que ele fez com o corpo de Haskell, revelando que ela foi a mulher que reagiu com as unhas a um assédio dele. Ameaçando-o de entregá-lo à polícia, ela o força a procurar um apartamento e a vender o conversível.
Ao chegarem à Hollywood, eles alugam um apartamento em nome de Sr. e Sra. Haskell, endereço que pretendem fornecer quando da venda do automóvel. No entanto, antes de consumarem a venda, Vera toma conhecimento, através de jornais, que o milionário pai de Haskell, à beira da morte, procura insistentemente pelo filho. Assim, ela tenta convencer Al a se passar pelo filho do milionário, mas este não concorda com a ideia por não saber nada sobre a vida do morto.
De volta ao apartamento, os dois se embriagam e discutem. Ela ameaça chamar a polícia, correndo para o quarto com o telefone e trancando a porta. Completamente embriagada, ela cai na cama com o fio do telefone enrolado no pescoço. Do lado de fora, Al puxa o fio e acidentalmente a estrangula.
Após conseguir arrombar a porta do quarto, ele se surpreende com o cadáver de Vera. Consciente de que a polícia jamais acreditará em sua história e, sem esperanças de voltar a encontrar Sue, ele deixa a cidade de carona e termina sendo preso pela polícia.
Sejamos honestos:  “Curva do Destino”, dirigido por Edgar G. Ulmer, é um filme cheio de defeitos.  Os atores são limitadíssimos.  A baixa qualidade técnica, decorrência do baixíssimo orçamento, fica evidente em erros grosseiros como, por exemplo, cenas em que o motorista está do lado direito do carro, inaceitável se a ação se passa nos EUA.  Neste caso, é óbvio que o negativo foi invertido no momento da montagem.
O mais intrigante é que, apesar de todos estes problemas, “Curva do Destino” não foi esquecido.  Ao contrário, virou até um filme considerado cult e extremamente representativo do que foi o filme noir.  A causa disso está, sem dúvidas, no enredo.  Apesar de alguns furos e de várias inverossimilhanças, o roteiro é um dos que melhor desenvolve um dos temas noir mais frequentes:  o pesadelo fatalista, o protagonista indefeso frente às garras do destino.
Al Roberts (Tom Neal), um sujeito sem dinheiro, precisa ir de Nova Iorque a Los Angeles para reencontrar a namorada.  Como está sem dinheiro, tenta viajar na base da carona.  Mas o destino é cruel com ele.  O que torna a história de Al Roberts mais contundente é o fato de ele ser um dos mais inocentes protagonistas noir.  A causa de seus problemas não é a ganância, ou o desejo por uma mulher perigosa.  Ele só queria reencontrar sua namorada.  Apesar disso, ele tem um azar fenomenal e inexplicável.
O ator principal, Tom Neal, é extremamente limitado.  Na vida pessoal ele esteve tão encrencado quanto nas telas. Foi banido de Hollywood em 1951, depois que encheu de pancada o ator Franchot Tone (por causa da atriz Barbara Payton). Franchot teve até concussão cerebral por causa da surra. Em 65 foi julgado pelo assassinato da mulher (Gale Bennett) e condenado a 10 anos (escapou por pouco da cadeira elétrica). Meses depois de sair em condicional (após cumprir 6 anos) ele foi encontrado morto.
O diretor é Edgar G. Ulmer, austríaco que foi assistente de Murnau durante 6 anos e estreou com um pseudo-documentário co-dirigido por Robert Siodmak (People on Sunday). Este longa ainda teve uma refilmagem em 1992, com o filho de Tom Neal no papel que havia sido de seu pai.
O cinema noir comprova a adoração do espectador por personagens derrotadas. A imagem do homem à estrada ainda fascina: ele tenta chegar a algum ponto, sonha em melhorar, ganhar o mundo, mas sempre termina tragado à morte e à cobiça.
Poucos filmes descrevem essa sensação de perda tão bem como Curva do Destino, feito em apenas seis dias, segundo algumas fontes, por seu realizador, Edgar G. Ulmer. Outras divergem: apontam sua realização ao longo de 14 dias. O fato é que Ulmer estava acostumado à matéria magra. Em suas limitações, fez uma obra-prima.
Uma pequena obra-prima que ajuda a sintetizar o filme noir. Não o de salas fechadas e sombras feitas com capricho, estilo que se traduziria bem em obras com homens charmosos e cínicos como Humphrey Bogart. O noir em questão, em Curva do Destino, é o dos miseráveis, dos desbocados, de mulheres que se submetem à carona.
O problema do protagonista, um certo Al Roberts (Tom Neal), começa e termina na estrada: à câmera, sob as sombras, ele recorda os dias que passaram, sua interpretação (incerta?) dos problemas que encontrou quando resolveu deixar Nova York, atravessar o país e chegar a Los Angeles para viver com a amada – e talvez mudar de vida.
Toda sua perda está estampada na magreza e na economia de Ulmer: seus olhos às sombras, os de um homem destruído, hipnotiza e ao mesmo tempo causa repulsa. É tão real que talvez não comungue com as regras do cinema clássico; é como se o próprio subgênero, o noir, estivesse próximo a explodir em realismo, tamanho o tom visceral.
A imagem do homem que pede carona não nasce aqui. Pode ser vista até mesmo no italiano e neorrealista Obsessão, cujas limitações por algum motivo o levam a trombar com Curva do Destino: ambos tratam de homens que viajam e terminam presos ao desejo, ou ao estranhamento do sexo oposto; homens pobres, um pouco impotentes.
Os problemas de Al são anteriores ao encontro com Vera (Ann Savage). Sua falsa estabilidade, enquanto toca piano, deixa ver, de cara, seu desejo de escapar, de tentar algo: o reencontro com a loura é a desculpa fácil e à mão. Seus problemas começam no dinheiro, ou na ausência dele: “Dinheiro. Você sabe o que é. Aquilo que você nunca tem o bastante”, diz o protagonista em suas narrações.
A primeira carona corre bem e termina mal: com alguns dólares para gastar e ser sociável, o dono do carro terminará morto. A causa da morte pouco importa, e talvez esteja ligada a problemas do coração. Em seguida, Al resolve assumir sua identidade. Desova o corpo na terra, aos cantos, e toma o veículo para seguir viagem. O primeiro indicativo de seu desejo de mudança está nesse gesto: Al, no fundo, deseja ser outro.
Não contava encontrar Vera, o maior problema. Mulher instável, perfeita para ele: adora falar alto, confrontá-lo, típica dama barata de olhar fixo e em silêncio, depois com o semblante da mulher possuída, de cabelo armado, destinada a destruir – ou, mais certo, a destruí-lo. Vera reconhece seu próprio fim. Nada tem a perder.
Ela havia se encontrado antes com o dono do carro, com o dono da identidade agora assumida por Al. É a única que pode desmascará-lo, também a única a revelar sua impotência ao ter de lidar com esse jogo estranho que envolve negociação e noites em claro – com a câmera de Ulmer que sai da garrafa e depois se volta ao cinzeiro.
Entre um objeto e outro muito tempo se passa, ou pouco, ou o suficiente para que ambos tenham feito sexo. As elipses transmitem desorientação: é o ponto em que Al vê-se enterrado, imóvel, preso à teia da mulher que encontrou nele – no carro que leva, na identidade que assumiu – a possibilidade de ganhar dinheiro.
Ao correr ao quarto ao lado, com o telefone pregado ao corpo, com seus fios enrolados ao pescoço, ela desenha o próprio fim. Ulmer entrega uma das mortes mais criativas e intensas da História do Cinema. O que vem em seguida é também desorientação: a câmera volta-se às partes do quarto, ao cadáver, a tudo o que rodeia Al. É a celebração de sua derrota, a saída ao antigo figurino, à velha identidade.
Sem surpresas, e como se sabe, termina como começou. Irritado com a música do jukebox, com a aproximação do homem que pode ser seu novo amigo. Repele, pela face detonada, a vida que não deu certo, a identidade que não conseguiu sustentar. O que narra à câmera é apenas sua versão dos fatos. Verdadeira ou não, não se sabe.
According to Ann Savage, she and Tom Neal did not get along during filming. Savage stated that Neal embarrassed her on the set by putting his tongue in her ear. She retaliated by slapping his face as hard as she could. After that incident, they did not speak to each other except when filming scenes.
Was the first "B" movie chosen by the Library of Congress for its National Film Registry, in 1992. Also the first Hollywood "Noir" honored.
The budget PRC gave director Edgar G. Ulmer for this film was so small that the 1941 Lincoln Continental V-12 convertible driven by Charles Haskell was actually Ulmer's personal car.
German filmmaker Wim Wenders called Ann Savage's performance as Vera "30 years ahead of its time".
Whilst setting up to film a hitchhiking scene, a passing car tried to pick up Ann Savage (made up to look dirty and disheveled), causing laughter in the rest of the crew.
It is frequently reported that this film was shot only in one week. In truth, the shooting schedule was 28 days. The "one week" myth appears to be based on an off-hand remark by director Edgar G. Ulmer toward the end of his life.
Ann Savage and Tom Neal made three movies together at Columbia Pictures before Detour. PRC re-teamed them for "Detour" to exploit the publicity and press buildup they had been given in 1943 and 1944.
Shot quickly in mostly two locations: the hotel room apartment, and the car in front of a rear projection screen on a soundstage at PRC. The actual shooting schedule was 28 days, including a brief location shoot on old U.S. Highway 6 at Actis and Rosamond, California for the desert scenes, and backplates for rear projection.
Errol Morris' favorite film. He said of it: "It has an unparalleled quality of despair, totally unrelieved by hope."
To save on production costs, Leo Erdody, the film's composer, was recorded and filmed playing two classical piano pieces, Frédéric Chopin's "Waltz No. 7 in C# minor" and Johannes Brahms' "Waltz Op. 39 no. 15 in Ab Major" as a favor for director Edgar G. Ulmer. Al Roberts (Tom Neal) "performs" the piano pieces during scenes set in the "Break of Dawn" nightclub. Erdödy's hands, in close-up, can be seen playing the Brahms.
The sweater worn by Ann Savage in the earlier parts of the film was yellow and belonged to Shirley Ulmer, the film's script clerk and the wife of the director. The sweater was actually a bit loose on Savage and had to be safety-pinned in certain places so as to fit the actress more snugly. The safety pins can be seen in some shots, especially in the 2018 restored version.
Ann Savage worked on her biography for the last decade of her life. It was released in early 2010 called "Savage Detours".
The failure of the original copyright holder to renew the film's copyright resulted in it falling into public domain, meaning that virtually anyone could duplicate and sell a VHS/DVD copy of the film. Therefore, many of the versions of this film available on the market are either severely (and usually badly) edited and/or of extremely poor quality, having been duped from second- or third-generation (or more) copies of the film. It wasn't until 2019, when the Criterion Collection released an edition with 4K digital restoration on DVD and Blu-ray, that a high-quality version of the film was released on home video.
Haskell's rare 1941 Lincoln Continental convertible is one of only 400 made that model year. It sold for $2,865 ($47,100 in 2016). In excellent condition it could easily fetch more than $70,000 or more at auction in 2016. In 2013 one sold for a record $209,000.
This film has a 100% rating on Rotten Tomatoes based on 25 critic reviews.
Ann Savage's movie contract for "Detour" 1945 is owned by movie actress Arlene Fontaine, niece of Hollywood bear trainer Beebe Stanley who, the same year, 1945, that "Detour" was released had his bears Rosie the Bear and Minnie the Bear in "Road To Utopia " over at Paramount Studios also released in 1945.
This film is part of the Criterion Collection, spine #966.
Ann Savage was indeed 24 in 1945, as Tom Neal's character guesses her to be. Strangely enough, she looks at least 15 years older in this movie.
Opening credits: The events,characters and firms depicted in this photoplay are fictitious. Any similarity to actual persons, living or dead, or to actual firms, is purely coincidental.
Al's arrest at the end was not in the script, but the Hollywood Production Code at the time did not allow murderers to get away with their crimes, so the shot of Al being picked up by the police was included.
Al's accidental strangulation of Vera was not in the original script. Edgar G. Ulmer came up with it right before filming.
In this film Tom Neal plays a young man who accidentally kills two people. Eerily fiction later turned into reality when Tom Neal himself was convicted of involuntary manslaughter for accidentally shooting and killing his wife, Gale Bennett, and served six years in prison.
To show Al traveling west, shots of a U.S. map, with camera scanning right to left, are interspersed with shots of him hitch hiking. The sequence makes sense to us because Al, his rides, and the camera's movement across the map, all travel in the same direction (right to left). Later the direction is reversed (left to right) to depict Al returning back east from L.A. Without a quantity of westward bound shots he could use nor the means to shoot new ones, Ulmer simply had the eastward bound (left to right) shots reverse printed and used them to show Al traveling to, rather than from, L.A. This is why in the beginning of the movie we see Al hitch with his left thumb and ride in right hand drive cars.
In reality the Tom Neal character wouldn't have stayed in jail long or been executed because he would have explained the two deaths and detectives could have found out that he was negligent and been punished for that through a proper, professional investigation.

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