Estados Unidos - 68 minutos
Poster do filme
Detour (Curva do Destino,
no Brasil)
é um filme estadunidense de 1945 dirigido por Edgar
G. Ulmer, estrelado por Tom Neal e Ann
Savage. Foi adaptado por Martin Goldsmith e Martin Mooney baseado em
um romance homônimo de Goldsmith, de 1939, e lançado pela Producers Releasing Corporation (PRC),
um dos chamados estúdios cinematográficos Poverty
Row em Hollywood de meados do século XX.
Em
1992, o filme foi selecionado para preservação pelo National Film Registry da Biblioteca do Congresso como sendo
"culturalmente, historicamente, ou esteticamente significante".
Uma
restauração 4K financiada
pela Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas estreou em Los Angeles no Festival TCM em
abril de 2018. Um lançamento em Blu-Ray é
esperado em 2019.
Um pianista deve viajar de uma ponta a outra
dos Estados Unidos para visitar a namorada. Mas começa a ter problemas quando
um homem, a quem deu carona, morre misteriosamente.
Detour foi bem recebido
após o lançamento inicial, com críticas positivas no Los
Angeles Times, The Hollywood Reporter e Variety.
Foi lançado para a televisão no início dos anos 1950.
Philip
Kemp, crítico da Sight and Sound escreveu: "usando atores desconhecidos e
filmando com não mais do que três conjuntos mínimos, um único exterior (um lote
de carros usados) para representar Los Angeles, algumas filmagens de estoque e
algumas projeções retráteis, Ulmer evoca uma visão negra e paranoica,
totalmente não contaminada pelo glamour, pelos personagens surrados presos em
uma espiral de culpa irracional".
Durante a era dos estúdios, Detour (A Curva do Destino, no
Brasil) foi uma das boas surpresas do pequeno cinema independente dos Estados
Unidos. Com um orçamento extremamente apertado e com apenas 14 dias de
filmagens na base da improvisação, o diretor Edgar G. Ulmer trouxe ao público
uma grande história no melhor estilo film-noir. Após a assistir este longa, não
tenho dúvida alguma de que este longa seria muito mais propagado caso a RKO ou
a Paramount se envolvessem em alguma etapa da produção ou até mesmo na
distribuição.
O
pianista Al (Tom Neal) está descontente com o rumo de sua vida. Ele acaba de
descobrir que sua namorada irá sair de sua cidade para tentar a vida como atriz
em Hollywood. Certa noite, Al decide ir atrás de sua garota. Sem dinheiro, ele
para na estrada para pedir carona. O apostador Charles Haskell Jr. (Edmund
MacDonald) ajuda Al, mas morre após dar a direção de seu veículo para o homem.
Desesperado, ele toma a identidade de Charles para seguir viagem, mas logo
encontra a femme fatale Vera (Ann Savage), que coloca Al na parede ao dizer que
sabia que Charles era o dono do carro e das vestimentas do pianista.
A
narrativa é extremamente interessante. As cenas são contadas por flashbacks,
mas o narrador do filme é o subconsciente do protagonista principal. A tocada
do longa é muito rápida e não deixa a desejar. Mas os pontos positivos param
por aí. É visível a falta de recursos desde a caracterização dos cenários. Os
atores não convencem, e Neal, um boxeador amador que conseguiu seu papel em
troca de alguns trocados, fica preso no tradicional melodrama propagado pela
indústria estadunidense deste período.
O
expectador pode perguntar: mas porque Detour é considerado hoje como um cult
classic? A resposta não está no filme em si, mas na coragem da pequena equipe
em colocar uma produção de baixo orçamento em um mercado extremamente competitivo.
Se por um lado a narrativa diferencia-se do que os espectadores estavam
acostumados a ver, não podemos deixar de mencionar o grande poder da censura no
cinema. Detour sofreu cortes, edições e teve seu final alterado por conta do
Motion Picture Production Code. Em um caso emblemático, Ulmer foi convocado
para prestar explicações em Washington por conta da cena final de seu longa
(spoilers adiante!). Apesar de Al não ter premeditado nenhuma morte, os agentes
do governo não achavam certo ele gozar da liberdade na última cena. O diretor
então modificou a última tomada, onde um carro da polícia recolhe o
protagonista. Será que ele foi preso? Ou será que eles iriam apenas dar uma
carona para Al? As perguntas deixadas no ar acabaram sendo a forma encontrada
para sair do tradicional “esquema de Hollywood”, que dizia que um filme teria
que ter um começo e um final claros para compreensão das audiências. Na
verdade, você pode questionar tudo, até mesmo se Al não foi o real assassino de
Haskell e de Vera.
Detour
foi o primeiro filme B selecionado pela Livraria do Congresso estadunidense
para preservação. Hoje ele está em domínio público e vale a pena conferir
aquele que também é o filme favorito de Errol Morris.
Em Nova York, o pianista
Al Roberts trabalha numa boate. Apaixonado pela cantora Sue Harvey, ele quer se
casar com ela, mas embora ela o ame, declara que, antes, precisa buscar a fama
em Hollywood.
Algum tempo depois, ao receber uma boa gorjeta, ele telefona para Sue, que lhe informa estar trabalhando como garçonete. Sem dispor de dinheiro suficiente para empreender a viagem até a Califórnia, ele decide tentar pegar caronas para chegar até lá.
No Arizona, um homem chamado Charles Haskell Jr. oferece-lhe uma carona em seu conversível até Los Angeles. Ao vê-lo com uma mão fortemente arranhada, Al faz um comentário e ele lhe conta que os arranhões foram feitos por uma mulher, a quem dera uma carona e que, ao ser por ele assediada, reagiu daquela forma. À noite, enquanto Haskell dá um cochilo, Al dirige o veículo quando uma tempestade o obriga a parar para levantar a capota do conversível. Ao abrir a porta do carona, no entanto, Haskell cai e morre ao bater com a cabeça no chão. Convencido de que será acusado por sua morte, Al esconde seu corpo e rouba seu dinheiro e sua identidade. Continuando a viagem, agora sozinho, após cruzar a fronteira da Califórnia, ele para em um motel para repousar.
Na manhã seguinte, de volta à estrada, ele dá carona a uma mulher que lhe diz chamar-se Vera. Em seguida, ela lhe pergunta o que ele fez com o corpo de Haskell, revelando que ela foi a mulher que reagiu com as unhas a um assédio dele. Ameaçando-o de entregá-lo à polícia, ela o força a procurar um apartamento e a vender o conversível.
Ao chegarem à Hollywood, eles alugam um apartamento em nome de Sr. e Sra. Haskell, endereço que pretendem fornecer quando da venda do automóvel. No entanto, antes de consumarem a venda, Vera toma conhecimento, através de jornais, que o milionário pai de Haskell, à beira da morte, procura insistentemente pelo filho. Assim, ela tenta convencer Al a se passar pelo filho do milionário, mas este não concorda com a ideia por não saber nada sobre a vida do morto.
De volta ao apartamento, os dois se embriagam e discutem. Ela ameaça chamar a polícia, correndo para o quarto com o telefone e trancando a porta. Completamente embriagada, ela cai na cama com o fio do telefone enrolado no pescoço. Do lado de fora, Al puxa o fio e acidentalmente a estrangula.
Após conseguir arrombar a porta do quarto, ele se surpreende com o cadáver de Vera. Consciente de que a polícia jamais acreditará em sua história e, sem esperanças de voltar a encontrar Sue, ele deixa a cidade de carona e termina sendo preso pela polícia.
Algum tempo depois, ao receber uma boa gorjeta, ele telefona para Sue, que lhe informa estar trabalhando como garçonete. Sem dispor de dinheiro suficiente para empreender a viagem até a Califórnia, ele decide tentar pegar caronas para chegar até lá.
No Arizona, um homem chamado Charles Haskell Jr. oferece-lhe uma carona em seu conversível até Los Angeles. Ao vê-lo com uma mão fortemente arranhada, Al faz um comentário e ele lhe conta que os arranhões foram feitos por uma mulher, a quem dera uma carona e que, ao ser por ele assediada, reagiu daquela forma. À noite, enquanto Haskell dá um cochilo, Al dirige o veículo quando uma tempestade o obriga a parar para levantar a capota do conversível. Ao abrir a porta do carona, no entanto, Haskell cai e morre ao bater com a cabeça no chão. Convencido de que será acusado por sua morte, Al esconde seu corpo e rouba seu dinheiro e sua identidade. Continuando a viagem, agora sozinho, após cruzar a fronteira da Califórnia, ele para em um motel para repousar.
Na manhã seguinte, de volta à estrada, ele dá carona a uma mulher que lhe diz chamar-se Vera. Em seguida, ela lhe pergunta o que ele fez com o corpo de Haskell, revelando que ela foi a mulher que reagiu com as unhas a um assédio dele. Ameaçando-o de entregá-lo à polícia, ela o força a procurar um apartamento e a vender o conversível.
Ao chegarem à Hollywood, eles alugam um apartamento em nome de Sr. e Sra. Haskell, endereço que pretendem fornecer quando da venda do automóvel. No entanto, antes de consumarem a venda, Vera toma conhecimento, através de jornais, que o milionário pai de Haskell, à beira da morte, procura insistentemente pelo filho. Assim, ela tenta convencer Al a se passar pelo filho do milionário, mas este não concorda com a ideia por não saber nada sobre a vida do morto.
De volta ao apartamento, os dois se embriagam e discutem. Ela ameaça chamar a polícia, correndo para o quarto com o telefone e trancando a porta. Completamente embriagada, ela cai na cama com o fio do telefone enrolado no pescoço. Do lado de fora, Al puxa o fio e acidentalmente a estrangula.
Após conseguir arrombar a porta do quarto, ele se surpreende com o cadáver de Vera. Consciente de que a polícia jamais acreditará em sua história e, sem esperanças de voltar a encontrar Sue, ele deixa a cidade de carona e termina sendo preso pela polícia.
Sejamos honestos: “Curva do Destino”, dirigido por Edgar G. Ulmer, é um
filme cheio de defeitos. Os atores são limitadíssimos. A baixa
qualidade técnica, decorrência do baixíssimo orçamento, fica evidente em erros
grosseiros como, por exemplo, cenas em que o motorista está do lado direito do
carro, inaceitável se a ação se passa nos EUA. Neste caso, é óbvio que o
negativo foi invertido no momento da montagem.
O mais intrigante é que, apesar de todos estes
problemas, “Curva do Destino” não foi esquecido. Ao contrário, virou até
um filme considerado cult e extremamente representativo do que foi o filme
noir. A causa disso está, sem dúvidas, no enredo. Apesar de alguns
furos e de várias inverossimilhanças, o roteiro é um dos que melhor desenvolve
um dos temas noir mais frequentes: o pesadelo fatalista, o protagonista
indefeso frente às garras do destino.
Al Roberts (Tom
Neal), um sujeito sem dinheiro, precisa ir de Nova Iorque a Los Angeles para
reencontrar a namorada. Como está sem dinheiro, tenta viajar na base da
carona. Mas o destino é cruel com ele. O que torna a história de Al
Roberts mais contundente é o fato de ele ser um dos mais inocentes
protagonistas noir. A causa de seus problemas não é a ganância, ou o
desejo por uma mulher perigosa. Ele só queria reencontrar sua
namorada. Apesar disso, ele tem um azar fenomenal e inexplicável.
O ator principal,
Tom Neal, é extremamente limitado. Na vida pessoal ele esteve tão
encrencado quanto nas telas. Foi banido de Hollywood em 1951, depois que encheu
de pancada o ator Franchot Tone (por causa da atriz Barbara Payton). Franchot
teve até concussão cerebral por causa da surra. Em 65 foi julgado pelo
assassinato da mulher (Gale Bennett) e condenado a 10 anos (escapou por pouco
da cadeira elétrica). Meses depois de sair em condicional (após cumprir 6 anos)
ele foi encontrado morto.
O diretor é
Edgar G. Ulmer, austríaco que foi assistente de Murnau durante 6 anos e estreou
com um pseudo-documentário co-dirigido por Robert Siodmak (People on
Sunday). Este longa ainda teve uma refilmagem em 1992, com o filho de Tom
Neal no papel que havia sido de seu pai.
O cinema noir comprova a adoração do
espectador por personagens derrotadas. A imagem do homem à estrada ainda
fascina: ele tenta chegar a algum ponto, sonha em melhorar, ganhar o mundo, mas
sempre termina tragado à morte e à cobiça.
Poucos filmes descrevem essa sensação de perda tão bem como Curva do Destino,
feito em apenas seis dias, segundo algumas fontes, por seu realizador, Edgar G.
Ulmer. Outras divergem: apontam sua realização ao longo de 14 dias. O fato é
que Ulmer estava acostumado à matéria magra. Em suas limitações, fez uma
obra-prima.
Uma
pequena obra-prima que ajuda a sintetizar o filme noir. Não o de salas fechadas
e sombras feitas com capricho, estilo que se traduziria bem em obras com homens
charmosos e cínicos como Humphrey Bogart. O noir em questão, em Curva do Destino, é o
dos miseráveis, dos desbocados, de mulheres que se submetem à carona.
O
problema do protagonista, um certo Al Roberts (Tom Neal), começa e termina na
estrada: à câmera, sob as sombras, ele recorda os dias que passaram, sua
interpretação (incerta?) dos problemas que encontrou quando resolveu deixar
Nova York, atravessar o país e chegar a Los Angeles para viver com a amada – e
talvez mudar de vida.
Toda
sua perda está estampada na magreza e na economia de Ulmer: seus olhos às
sombras, os de um homem destruído, hipnotiza e ao mesmo tempo causa repulsa. É
tão real que talvez não comungue com as regras do cinema clássico; é como se o
próprio subgênero, o noir, estivesse próximo a explodir em realismo, tamanho o
tom visceral.
A
imagem do homem que pede carona não nasce aqui. Pode ser vista até mesmo no
italiano e neorrealista Obsessão,
cujas limitações por algum motivo o levam a trombar com Curva do Destino:
ambos tratam de homens que viajam e terminam presos ao desejo, ou ao estranhamento
do sexo oposto; homens pobres, um pouco impotentes.
Os
problemas de Al são anteriores ao encontro com Vera (Ann Savage). Sua falsa
estabilidade, enquanto toca piano, deixa ver, de cara, seu desejo de escapar,
de tentar algo: o reencontro com a loura é a desculpa fácil e à mão. Seus
problemas começam no dinheiro, ou na ausência dele: “Dinheiro. Você sabe o que
é. Aquilo que você nunca tem o bastante”, diz o protagonista em suas narrações.
A
primeira carona corre bem e termina mal: com alguns dólares para gastar e ser
sociável, o dono do carro terminará morto. A causa da morte pouco importa, e
talvez esteja ligada a problemas do coração. Em seguida, Al resolve assumir sua
identidade. Desova o corpo na terra, aos cantos, e toma o veículo para seguir
viagem. O primeiro indicativo de seu desejo de mudança está nesse gesto: Al, no
fundo, deseja ser outro.
Não
contava encontrar Vera, o maior problema. Mulher instável, perfeita para ele:
adora falar alto, confrontá-lo, típica dama barata de olhar fixo e em silêncio,
depois com o semblante da mulher possuída, de cabelo armado, destinada a
destruir – ou, mais certo, a destruí-lo. Vera reconhece seu próprio fim. Nada
tem a perder.
Ela
havia se encontrado antes com o dono do carro, com o dono da identidade agora
assumida por Al. É a única que pode desmascará-lo, também a única a revelar sua
impotência ao ter de lidar com esse jogo estranho que envolve negociação e
noites em claro – com a câmera de Ulmer que sai da garrafa e depois se volta ao
cinzeiro.
Entre
um objeto e outro muito tempo se passa, ou pouco, ou o suficiente para que
ambos tenham feito sexo. As elipses transmitem desorientação: é o ponto em que
Al vê-se enterrado, imóvel, preso à teia da mulher que encontrou nele – no
carro que leva, na identidade que assumiu – a possibilidade de ganhar dinheiro.
Ao
correr ao quarto ao lado, com o telefone pregado ao corpo, com seus fios
enrolados ao pescoço, ela desenha o próprio fim. Ulmer entrega uma das mortes
mais criativas e intensas da História do Cinema. O que vem em seguida é também
desorientação: a câmera volta-se às partes do quarto, ao cadáver, a tudo o que
rodeia Al. É a celebração de sua derrota, a saída ao antigo figurino, à velha
identidade.
Sem
surpresas, e como se sabe, termina como começou. Irritado com a música do jukebox, com a
aproximação do homem que pode ser seu novo amigo. Repele, pela face detonada, a
vida que não deu certo, a identidade que não conseguiu sustentar. O que narra à
câmera é apenas sua versão dos fatos. Verdadeira ou não, não se sabe.
According to Ann Savage, she and Tom Neal did not get
along during filming. Savage stated that Neal embarrassed her on the set by
putting his tongue in her ear. She retaliated by slapping his face as hard as
she could. After that incident, they did not speak to each other except when
filming scenes.
Was the
first "B" movie chosen by the Library of Congress for its National
Film Registry, in 1992. Also the first Hollywood "Noir" honored.
The budget
PRC gave director Edgar G.
Ulmer for this film was so small that the 1941 Lincoln
Continental V-12 convertible driven by Charles Haskell was actually Ulmer's
personal car.
German
filmmaker Wim Wenders called Ann Savage's performance
as Vera "30 years ahead of its time".
Whilst
setting up to film a hitchhiking scene, a passing car tried to pick up Ann Savage (made up
to look dirty and disheveled), causing laughter in the rest of the crew.
It is
frequently reported that this film was shot only in one week. In truth, the
shooting schedule was 28 days. The "one week" myth appears to be
based on an off-hand remark by director Edgar G. Ulmer toward
the end of his life.
Ann Savage and Tom Neal made three
movies together at Columbia Pictures before Detour. PRC re-teamed them for
"Detour" to exploit the publicity and press buildup they had been
given in 1943 and 1944.
Shot quickly
in mostly two locations: the hotel room apartment, and the car in front of a
rear projection screen on a soundstage at PRC. The actual shooting schedule was
28 days, including a brief location shoot on old U.S. Highway 6 at Actis and
Rosamond, California for the desert scenes, and backplates for rear projection.
Errol Morris' favorite
film. He said of it: "It has an unparalleled quality of despair, totally
unrelieved by hope."
To save on
production costs, Leo Erdody,
the film's composer, was recorded and filmed playing two classical piano pieces, Frédéric Chopin's
"Waltz No. 7 in C# minor" and Johannes Brahms'
"Waltz Op. 39 no. 15 in Ab Major" as a favor for director Edgar G. Ulmer. Al Roberts
(Tom Neal)
"performs" the piano pieces during scenes set in the "Break of
Dawn" nightclub. Erdödy's hands, in close-up, can be seen playing the
Brahms.
The sweater
worn by Ann Savage in
the earlier parts of the film was yellow and belonged to Shirley Ulmer, the film's
script clerk and the wife of the director. The sweater was actually a bit loose
on Savage and had to be safety-pinned in certain places so as to fit the
actress more snugly. The safety pins can be seen in some shots, especially in
the 2018 restored version.
Ann Savage worked on
her biography for the last decade of her life. It was released in early 2010
called "Savage Detours".
The failure
of the original copyright holder to renew the film's copyright resulted in it
falling into public domain, meaning that virtually anyone could duplicate and
sell a VHS/DVD copy of the film. Therefore, many of the versions of this film
available on the market are either severely (and usually badly) edited and/or
of extremely poor quality, having been duped from second- or third-generation
(or more) copies of the film. It wasn't until 2019, when the Criterion
Collection released an edition with 4K digital restoration on DVD and Blu-ray,
that a high-quality version of the film was released on home video.
Haskell's
rare 1941 Lincoln Continental convertible is one of only 400 made that model
year. It sold for $2,865 ($47,100 in 2016). In excellent condition it could
easily fetch more than $70,000 or more at auction in 2016. In 2013 one sold for
a record $209,000.
This film
has a 100% rating on Rotten Tomatoes based on 25 critic reviews.
Ann Savage's
movie contract for "Detour" 1945 is owned by movie actress Arlene
Fontaine, niece of Hollywood bear trainer Beebe Stanley who, the same year,
1945, that "Detour" was released had his bears Rosie the Bear and
Minnie the Bear in "Road To Utopia " over at Paramount Studios also
released in 1945.
This film is
part of the Criterion Collection, spine #966.
Ann Savage
was indeed 24 in 1945, as Tom Neal's character guesses her to be. Strangely
enough, she looks at least 15 years older in this movie.
Opening
credits: The events,characters and firms depicted in this photoplay are
fictitious. Any similarity to actual persons, living or dead, or to actual
firms, is purely coincidental.
Al's arrest
at the end was not in the script, but the Hollywood Production Code at the time
did not allow murderers to get away with their crimes, so the shot of Al being
picked up by the police was included.
Al's
accidental strangulation of Vera was not in the original script. Edgar G. Ulmer came
up with it right before filming.
In this film
Tom Neal plays a young man who accidentally kills two people. Eerily fiction
later turned into reality when Tom Neal himself was convicted of involuntary
manslaughter for accidentally shooting and killing his wife, Gale Bennett, and
served six years in prison.
To show Al
traveling west, shots of a U.S. map, with camera scanning right to left, are
interspersed with shots of him hitch hiking. The sequence makes sense to us
because Al, his rides, and the camera's movement across the map, all travel in
the same direction (right to left). Later the direction is reversed (left to
right) to depict Al returning back east from L.A. Without a quantity of
westward bound shots he could use nor the means to shoot new ones, Ulmer simply
had the eastward bound (left to right) shots reverse printed and used them to
show Al traveling to, rather than from, L.A. This is why in the beginning of
the movie we see Al hitch with his left thumb and ride in right hand drive
cars.
In reality
the Tom Neal character wouldn't have stayed in jail long or been executed
because he would have explained the two deaths and detectives could have found
out that he was negligent and been punished for that through a proper,
professional investigation.
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