domingo, 14 de janeiro de 2018

O Naufrágio do Navio Príncipe de Astúrias em 05/03/1916, Ilhabela, São Paulo, Brasil - Artigo




O Naufrágio do Navio Príncipe de Astúrias em 05/03/1916, Ilhabela, São Paulo, Brasil - Artigo
Ilhabela - SP
N. 120
Fotografia - Cartão Postal


No dia 05 de março de 2021, o naufrágio do transatlântico Príncipe de Astúrias completou 105 anos. Até agora esta é a maior tragédia marítima em águas brasileiras.
O Príncipe de Astúrias foi um navio transatlântico construído para fazer a linha de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires. Era considerado o mais luxuoso da Espanha.
Na madrugada de 5 de março de 1916, o navio se dirigia ao porto de Santos, fazendo sua sexta viagem à América do Sul. Oficialmente havia a bordo 654 pessoas, 193 dos quais, tripulantes. Mas, em seus compartimentos inferiores, estima-se, levava mil passageiros fugindo da Primeira Guerra Mundial. Chovia forte e a visibilidade era baixíssima. Durante a madrugada o navio bateu violentamente na laje submersa da Ponta da Pirabura, na costa leste de Ilhabela.
Depois do impacto, em apenas cinco minutos o navio foi a pique. Junto, levou a vida de centenas de passageiros e tripulantes. Muitos sepultados no fundo do mar. Esta foi uma das maiores tragédias marítimas do mundo.
Oficialmente 445 pessoas morreram. Apenas 143 sobreviveram, mas o navio teria centenas de clandestinos que viajavam nos porões. Estima-se que mais de mil pessoas morreram neste naufrágio.
O Príncipe Astúrias encontra-se a 20 metros de profundidade, a parte mais rasa, e 50 m a parte mais funda, foi fabricado em 1914 na Espanha, tinha 150 metros de comprimento. O casco, feito em aço, atualmente está bastante desmantelado.
A Folha de S. Paulo em artigo recente trouxe essa nova informação. Diz o jornal: “um volume de 11 toneladas de ouro pode estar escondido em alguma ilha do arquipélago de Ilhabela. A valiosa carga estava sendo transportada pelo transatlântico de luxo Príncipe das Astúrias que naufragou às 4h15 da madrugada de 5 de março de 1916. “
A Folha diz que “as 11 toneladas de ouro que não tinham sido declaradas oficialmente, estavam em cofres na cabine do capitão José Lotina”. E prossegue o jornal: “a suspeita de que o ouro ainda possa estar escondido em Ilhabela é do espanhol Isidor Prenafeta Sales, 82, neto de Gregorio Sales, um dos tripulantes que sobreviveu.”
Prenafeta conta que seu avô foi informado pelo telegrafista do navio sobre a chegada de uma mensagem sem remetente, mas que havia sido emitida de uma estação privada localizada em São Paulo.
“Prenafeta recorda que seu avô lhe contou que, momentos antes de o barco aparecer, o capitão José Lotina sumiu do navio. “Mas deram falta de uma maleta preta que ele sempre costumava levar”.
“O avô pensou em voltar no dia seguinte para ver se as caixas misteriosas continuavam lá. Mas, horas depois, o Príncipe de Astúrias sucumbia no mar de Ilhabela.”
“Gregorio Siles conseguiu se salvar após atirar-se ao mar. Foi resgatado três dias depois na praia da Caveira. O avô de Prenafeta morreu na Espanha 34 anos depois. O historiador e escritor grego Jeannis Platon, 69, especialista no caso, acha que o naufrágio foi proposital para justificar o sumiço do ouro.”
“O capitão José Lotina, porém, não contava que o navio afundaria em um acidente real. “O local ideal para afundá-lo seria próximo à costa de Mar del Plata, na Argentina, que, por ter mar calmo, possibilitaria que os passageiros se salvassem”. O paradeiro do capitão nunca foi conhecido.”
“Jeannis Platon realizou mais de 300 mergulhos no navio, durante 18 anos, até conseguir localizar uma das 20 estátuas. Chegou a investir US$ 300 mil em dez anos. O ouro jamais foi encontrado.”
Nota do blog: E, como toda boa lenda, o ouro continuará a não ser encontrado...



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