Monumento a Antônio Corrêa da Silva, Praça Antônio Corrêa da Silva, Centro, Araraquara, São Paulo, Brasil
Araraquara - SP
Fotografia
Um dos mais importantes órgãos de imprensa em atividade, o jornal "O Imparcial" de Araraquara é um sobrevivente. Resistindo a tudo e a todos, "O Imparcial" permaneceu firme diante de todas as atribulações e tempestades que se abateram sobre os brasileiros nos últimos quase 90 anos, atravessando ditaduras e resistindo a diversas crises econômicas que surgiram.
Agora, um novo desafio se apresenta, e o jornal se reinventa, se adaptando ao um novo mundo que surge na área da Comunicação, onde a tecnologia da informação revoluciona os costumes e o planeta que conhecemos.
Fundado pelo jornalista Antônio Corrêa da Silva em 31 de janeiro de 1931, quando o Brasil ainda era varrido pelos ventos da Revolução Tenentista de 1930 que levou Getúlio Vargas e seu Governo Provisório ao poder, a saga do "O Imparcial" não nasceu naquele dia. O jornal, na verdade, substituía o matutino "O Popular", primeiro órgão de imprensa dirigido pelo jornalista, mas que foi empastelado logo após o movimento de 30. Importante destacar, no entanto, que ao contrário de 99% dos tradicionais jornais ainda existentes no país, "O Imparcial" nunca saiu das mãos da família Silva, e se considerarmos o fato de que o primeiro órgao de imprensa ligado à família ("O Popular") foi fundado no final do século 19 (teria hoje quase 120 anos!), isso já dá uma ideia da importância que a família tem na área da comunicação regional e brasileira.
A saga de Antônio Corrêa da Silva começou ainda no século 19, conheceu as dificuldades para a consolidação da República no país, cobriu tentativas de revolução por parte dos monarquistas na região, acompanhou o fortalecimento da Velha República, o nascimento e a construção da nova Araraquara entre as décadas de 10 a 30, enfrentou as agressões dos simpatizantes da Revolução de 30, que invadiram sua redação e incendiaram suas máquinas e toda a coleção de jornais que contavam a história da Araraquara do período. Dias depois, Antônio recebia pedidos de desculpas de muitos dos que invadiram seu jornal, mas o mal já estava feito e boa parte da memória daquela Araraquara do primeiro terço do século 20 já tinha se transformado em cinzas. Falecido em 1955, Antônio foi sucedido na administração do jornal por seu filho, o também jornalista Paulo de Arruda Corrêa da Silva, homem de grande capacidade intelectual e administrativa. Competente e bem relacionado, Paulo teve grande influência na imprensa do Estado, presidiu a associação de classe da categoria e revolucionou "O Imparcial". Com pulso firme e visão, o jornalista também não teve vida fácil. Atravessou os turbulentos anos 50 e 60, viu o fortalecimento da ditadura militar, o surgimento de uma nova era na política local em meados dos anos 70, quando De Santi chegou ao poder, e participou ativamente da vida social e política da cidade até 1994, quando um infarto o surpreendeu em casa, privando a cidade de um de seus homens mais ilustres. Terminava ali uma era na história do matutino.
Com mãos fortes e determinação férrea, a matriarca da família, Dona Cecília, esposa de Paulo, assumiu o controle do jornal e o administrou com rara competência, mantendo o matutino como o principal órgão de imprensa escrita da cidade. No final de 2008, Cecília entendeu ter chegado a hora de se recolher, passando a administração do tradicional jornal para seu filho, o jornalista José de Arruda Corrêa da Silva, responsável por manter pulsando o coração do "O Imparcial", continuando a saga da família Silva em informar e influenciar à sociedade, ajudando a formar opiniões, como há mais de 100 anos seu avô Antônio Corrêa fazia. Agora, em 2017, Paulo A. Corrêa da Silva Neto e Daniela C. da Silva se preparam para assumir o controle do jornal. Será a quarta geração da família à frente da empresa. A saga dos Silva, na verdade, confunde-se com a história da Araraquara do final dos século 19, de todo o século 20 e caminha agora para atravessar o século 21, fazendo aquilo que sempre fizeram: jornalismo e história. Texto da revista Cidade Araraquara e Região.
A saga de Antônio Corrêa da Silva começou ainda no século 19, conheceu as dificuldades para a consolidação da República no país, cobriu tentativas de revolução por parte dos monarquistas na região, acompanhou o fortalecimento da Velha República, o nascimento e a construção da nova Araraquara entre as décadas de 10 a 30, enfrentou as agressões dos simpatizantes da Revolução de 30, que invadiram sua redação e incendiaram suas máquinas e toda a coleção de jornais que contavam a história da Araraquara do período. Dias depois, Antônio recebia pedidos de desculpas de muitos dos que invadiram seu jornal, mas o mal já estava feito e boa parte da memória daquela Araraquara do primeiro terço do século 20 já tinha se transformado em cinzas. Falecido em 1955, Antônio foi sucedido na administração do jornal por seu filho, o também jornalista Paulo de Arruda Corrêa da Silva, homem de grande capacidade intelectual e administrativa. Competente e bem relacionado, Paulo teve grande influência na imprensa do Estado, presidiu a associação de classe da categoria e revolucionou "O Imparcial". Com pulso firme e visão, o jornalista também não teve vida fácil. Atravessou os turbulentos anos 50 e 60, viu o fortalecimento da ditadura militar, o surgimento de uma nova era na política local em meados dos anos 70, quando De Santi chegou ao poder, e participou ativamente da vida social e política da cidade até 1994, quando um infarto o surpreendeu em casa, privando a cidade de um de seus homens mais ilustres. Terminava ali uma era na história do matutino.
Com mãos fortes e determinação férrea, a matriarca da família, Dona Cecília, esposa de Paulo, assumiu o controle do jornal e o administrou com rara competência, mantendo o matutino como o principal órgão de imprensa escrita da cidade. No final de 2008, Cecília entendeu ter chegado a hora de se recolher, passando a administração do tradicional jornal para seu filho, o jornalista José de Arruda Corrêa da Silva, responsável por manter pulsando o coração do "O Imparcial", continuando a saga da família Silva em informar e influenciar à sociedade, ajudando a formar opiniões, como há mais de 100 anos seu avô Antônio Corrêa fazia. Agora, em 2017, Paulo A. Corrêa da Silva Neto e Daniela C. da Silva se preparam para assumir o controle do jornal. Será a quarta geração da família à frente da empresa. A saga dos Silva, na verdade, confunde-se com a história da Araraquara do final dos século 19, de todo o século 20 e caminha agora para atravessar o século 21, fazendo aquilo que sempre fizeram: jornalismo e história. Texto da revista Cidade Araraquara e Região.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
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