domingo, 26 de agosto de 2018

Seleção Brasileira de Futebol, Campeão do Sul-Americano de Futebol de 1919, Rio de Janeiro

Seleção Brasileira de Futebol, Campeão do Sul-Americano de Futebol de 1919, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro- RJ
Fotografia

O primeiro título de grande expressão no futebol da Seleção Brasileira aconteceu no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1919. A terceira edição da competição foi realizada na cidade do Rio de Janeiro (RJ), no Estádio das Laranjeiras, na época o maior estádio da America Latina, com capacidade para 25 mil espectadores, na presença de personalidades da política, entre elas o presidente da República Delfim Moreira, das artes e do esporte.
A competição contou com a presença de quatro seleções: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai. O regulamento era bem simples com as seleções se enfrentando em turno único. A Seleção Brasileira foi a campeã.
O ano de 1919 foi memorável na história do futebol brasileiro. Pela primeira vez o país organizaria um torneio de futebol de nível internacional. Nem a epidemia de gripe espanhola tirou a felicidade dos brasileiros, em especial dos cariocas. A cidade do Rio de Janeiro abrigou o 3º Campeonato Sul-Americano de Seleções de Futebol, tendo para isso construído o Estádio das Laranjeiras.
As delegações de Argentina, Chile e Uruguai desembarcaram no cais da Praça Mauá e foram recepcionados no Clube São Cristóvão e hospedados no Hotel dos Estrangeiros. A festa teve seus contratempos, o Uruguai teve a infelicidade de presenciar o falecimento do seu goleiro reserva Roberto Chery, vitima de uma apendicite aguda.
A realização do 3º Campeonato Sul-Americano de Futebol foi coroada de êxito: a convocação dos jogadores, horários de treinos marcados com antecedência, tudo correu dentro da melhor organização. A comissão técnica escolhida pela CBD era formada por Amílcar Barbuy, Arnaldo Silveira, Mario Pollo, Affonso de Castro e Ferreira Vianna Netto.
Por pouco uma entrevista bombástica de Sylvio Lagreca ao jornal A Gazeta não criou um clima de desunião. Na entrevista, Lagreca afirmava que a comissão técnica não escalava os melhores jogadores por interesses políticos. Pior do que isso, dizia que determinados companheiros não tinham qualquer condição técnica de estarem na seleção Brasileira. Dois dias depois, em entrevista ao mesmo jornal, membros da comissão técnica e outros jogadores desmentiam Lagreca. Desta forma, o caso não alcançou grandes proporções.
Em sua estreia o Brasil venceu o Chile pelo placar de 6 a 0. O estádio, que segundo os cálculos dos seus engenheiros só atingiria a lotação de 25 mil espectadores dentro de algumas décadas, ficou pequeno. Alem da lotação esgotada, quase 10 mil espectadores assistiram a partida em cima de uma pedreira ou em arvores e muros, ou seja, de qualquer lugar em que pudessem observar os movimentos dos jogadores.
Contra os Argentinos, a seleção deu um verdadeiro show de bola. O destaque da partida ficou por conta de Amilcar Barbury. Aos 13 minutos do segundo tempo, ele recebeu a bola na intermediaria e,  percebendo que o goleiro Isola se encontrava adiantado, bateu com inteligência por cobertura. A bola entrou no angulo esquerdo do goleiro, para delírio dos torcedores.
Veio a partida contra os uruguaios, que jogavam de luto pelo falecimento do seu goleiro Roberto Chery durante procedimento cirúrgico após um choque com um atacante chileno durante a competição. A partida terminou empatada em 2 a 2. O destaque da partida foi o atacante Neco, que levou a Seleção ao empate apos estar perdendo por 2 a 0.
Os uruguaios venceram os chilenos por 2 a 0, sendo necessária a realização de uma partida de desempate contra os brasileiros para definir o campeão. O jogo aconteceu no dia 29 de maio e tornou-se um marco na historia do futebol brasileiro. O governo decretou ponto facultativo nas repartições publicas, além de bancos e as principais casas comerciais terem fechado devido ao jogo. Para se ter uma ideia, o jogo estava marcado para as 14 horas, mas as 9 horas já tinha gente chegando as Laranjeiras.
A partida terminou empatada em 0 X 0, no seu tempo normal.
Veio a disputa da prorrogação. A partida continuava equilibrada, com lances de perigo acontecendo a todo instante. Fim da prorrogação e o placar não se alterou. Por mais incrível que possa parecer, houve necessidade da segunda prorrogação de 30 minutos. Os jogadores, extenuados pelo desgaste físico e emocional, se arrastavam em campo.
Aos 3 minutos, Neco invade pelo lado direito perseguido por Foglino, já quase na linha de fundo cruza para Heitor, que chuta para o gol. Saporiti defende parcialmente, a bola cai nos pés de Friedenreich, que fuzila a meia altura e a bola morre no fundo das redes.
No segundo tempo, as equipes se arrastaram sem nada produzir. O Brasil era campeão sul-americano, e Friedenreich foi transformado em herói nacional. Ganhou o apelido de “El Tigre” por parte dos uruguaios.

Sul-Americano de Futebol 1919, Rio de Janeiro

Sul-Americano de Futebol 1919, Rio de Janeiro
Rio de Janeiro -RJ
Cartão Postal

Sul-Americano de 1919 - Roberto Sander

Sul-Americano de 1919 - Roberto Sander
Maquinária Editora - 88 páginas - 2009
Livro

Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves e Ruas General Osório e Martinico Prado, 1956, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






Vista da Avenida Jerônimo Gonçalves e Ruas General Osório e Martinico Prado, 1956, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: A imagem mostra a rua General Osório (em direção ao centro), a avenida Jerônimo Gonçalves e a rua Martinico Prado (no trecho entre as praças Francisco Schmidt e Francisco Prestes Maia).

Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Foto Postal Colombo N. 42
Fotografia - Cartão Postal

Vista Parcial do Quarteirão Paulista e Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Vista Parcial do Quarteirão Paulista e Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Espírito do Êxtase (Spirit of Ecstasy) - Rolls-Royce, Inglaterra

Espírito do Êxtase (Spirit of Ecstasy) - Rolls-Royce, Inglaterra
Símbolo da marca Rolls-Royce
Símbolo - 1911

O Espírito de Êxtase (Spirit of Ecstasy, em inglês) é o principal símbolo da Rolls-Royce, presente na extremidade do capô de todos os seus carros desde 1911. O êxtase é representado como uma estatueta feminina inclinada prestes a alçar voo. Apesar do "Espírito do Êxtase" ser o símbolo mais reconhecido entre marcas de automóveis, o logotipo oficial da empresa são as letras "RR" entrelaçadas.
Ao longo da história da empresa, o "Espírito do Êxtase" sofreu diversas modificações em prol do design dos automóveis. Como, por exemplo, o Phantom de 2003, no qual a estatueta pode ser removida por um mecanismo retrátil acionado pelo motorista. Em alguns modelos produzidos na década de 1950, foi incluída uma versão da estatueta ajoelhada sobre o capô.
O "Espírito do Êxtase" foi idealizado pelo escultor inglês Charles Robinson Sykes que a batizou de "The Whisper". A inspiração teria sido um romance vivido por John Walter, mais conhecido como Lord Montagu e editor da revista "The Car Illustrated", e sua secretária Eleanor Thornton. A relação entre ambos foi mantida em segredo durante anos devido à origem humilde de Eleanor. Pressionado pela família, John Walter casou-se com Lady Cecil Victoria Constance, mantendo relações extraconjugais com Eleanor.
John Walter encomendou a Charles Robinson Sykes, uma estatueta que seria colocado sobre o capô de seu Rolls-Royce Silver Ghost em homenagem à Eleanor. Sykes utilizou então a própria Eleanor como modelo. A primeira versão, feita para Lord Montagu, era uma mulher em sinal de silêncio sendo chamada "The Whisper" ("O sussuro").
Assim como Lord Montagu, outros proprietários de carros Rolls-Royce também aderiram ao hábito de afixar símbolos sobre os capôs, chamando a atenção de Claude Johnson, diretor de produção da Rolls-Royce Limited. Claude Johnson recorreu à Robinson Sykes para que este desenvolvesse um mascote para as futuras gerações da empresa. Johnson buscava uma representação na deusa Nike, porém Sykes não aderiu à ideia e concebeu uma pequena modificação na antiga estatueta "The Whisper". A nova estatueta foi batizada "The Spirit of Speed" ("Espírito da Velocidade") e, posteriormente, foi registrada com o nome atual.

Para saber mais (em inglês) : http://www.dailymail.co.uk/femail/article-563143/Agony-Ecstasy-The-great-Rolls-Royce-love-story.html