quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Primitiva Estação da Luz, 1865, São Paulo, Brasil



Primitiva Estação da Luz, 1865, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Aquela que seria a principal estação da capital se situava no Jardim da Luz, praticamente encostada na atual Estação da Luz. Assim como esta, ela também se localizava onde temos hoje a Rua Mauá.
"Seguro morreu de velho
Quem avisa amigo é
Quem quiser dar bons passeios
Tem carrinhos – sem receios
Bem baratos lá na Sé."
O que tem os versinhos acima a ver com a SPR – São Paulo Railway, a “Inglesa”? Para entender temos que conhecer a história da festa da chegada da primeira locomotiva à Estação da Luz,
Apenas alguns anos depois que foram inauguradas as primeiras ferrovias na Inglaterra, em 1825 e 1829, houve uma primeira tentativa de construção de uma ferrovia em São Paulo que permitisse escoar a produção de bens que eram produzidos no interior para o porto de Santos.
Assim, já em 30 de março de 1835 foi votada uma lei provincial autorizando o Presidente da Província a “conceder carta de privilégio exclusivo para a companhia de Aguiar, Viúva, Filhos & Comp., Platt e Reid para a factura de uma estrada de ferro para o transporte de gêneros e passageiros desde a Villa de Santos até São Carlos [atual Campinas], Constituição, Ytu, ou Porto Feliz”, mas esta iniciativa não foi para frente.
Somente vinte anos depois, uma lei geral e outra provincial deram condições para que em 26 de abril de 1856 um decreto desse concessão por 90 anos a Irineu Evangelista de Souza, então Barão de Mauá, José Antônio Pimenta Bueno, futuro Marquês de São Vicente, e José da Costa Carvalho, Marquês de Monte Alegre para a construção e exploração de uma ferrovia que ligasse Santos a Jundiaí. Assim, em 1860, foi reunido o capital que formou a São Paulo Railway Company com aporte de capitais ingleses.
As obras começaram em 24 de novembro de 1860 e em 1864 já estava funcionando o primeiro plano inclinado da Serra.
Em 1865, todos os 800 metros da Serra do Mar já haviam sido vencidos e os trilhos chegavam à então modesta Estação da Luz.
A Câmara Municipal resolveu então fazer uma grande comemoração. Ao meio-dia de seis de setembro daquele ano foi marcada a chegada do primeiro trem à Estação. Haveria uma cerimônia de batismo do trem, após a banda de música, e os discursos de praxe, seria oferecido um “copo d’água” aos empreiteiros da estrada, no Jardim Público. Bem, o tal “copo d’água” era um eufemismo para um opíparo banquete no Jardim da Luz.
Ao saber dos planos da Câmara, um dos funcionários da empresa, Sr. Henderson disse que não era conveniente, pois apesar dos trilhos já estarem assentados até a Estação da Luz, ainda havia trabalho a fazer no assentamento e o trem deveria trazer grande quantidade de material.
Mas o roteiro da solenidade foi seguido e o trem foi recebido na Mooca com uma banda de música. Vários figurões graúdos, inclusive o Presidente da Província, o Conselheiro Carrão embarcaram para serem recebidos em triunfo na Estação da Luz. Eram duas locomotivas puxando três vagões. O Conselheiro Carrão acomodou-se na primeira locomotiva junto com mais algumas pessoas e todos os outros nos vagões.
A viagem transcorreu tranquila até o Brás e passando a estação do Brás havia uma ligeira curva à direita e entrava-se no aterrado que seguia em reta pelo aterrado da várzea do Tamanduateí até a estação.
Após passar o Brás, o maquinista acelerou a composição e, quando chegava à ponte do Tamanduateí, já próximo ao Jardim da Luz, ouviu-se um forte estalo e a corrente que unia as duas locomotivas partiu-se. A primeira seguiu em frente, mas a segunda despencou pela borda do aterro levando o resto do comboio e uma parte dos trilhos. Calculou-se a velocidade do comboio em 45 km/h.
O maquinista Peregrino Lodi, teve morte instantânea e os passageiros todos ficaram feridos, alguns em estado grave, mas todos acabaram se recuperando.
Quem pagou o pato foi o engenheiro fiscal do governo, Ernesto Street, que perdeu o emprego.
Os versos que abrem esta história são de autoria de Pedro Taques de Almeida Alvim (1824-1878), que além de poeta, foi redator e um dos proprietários do jornal Diário de São Paulo além de deputado provincial em várias legislaturas e seguramente foi um dos passageiros da viagem fatídica. O melhor a fazer então é encerrar a história passando a palavra ao Segismundo José das Flores, pseudônimo que usava Pedro Taques em suas crônicas divertidas em forma de cartas de um caipira para o compadre. Ele que ele conte como foi o acidente.
“Vinham duas charolas adiante com a cozinha do bicho, cuja chaminé botava fumaça que era uma temeridade. Treparam todos e por minha desgraça eu também, que fiquei em um dos caixões da tal chocolateira. Não sei porque, compadre, quando empanelei-me no tal patíbulo, tive ímpetos de pedir demissão.
Já ia formando um pulo para safar-me quando roncou a monstruosidade, que só me deu tempo para agarrar-me a um pobre companheiro, ainda mais desgraçado que eu. O bicho deu um arranco e assobiou que se podia ouvir aí bem perto do sítio do compadre Antonio Joaquim. Varou por aí como um rojão soltado atravessado e, enquanto o diabo esfrega um olho, já tínhamos enxergado a cabecinha da torre do Brás.
Até o dito Brás o bicho desunhou que só enxergamos o verde do terreno que ia passando de carreira por nós. Daí em diante é que a porca torceu o rabo. O maquinista, foguista, cozinheiro ou o diabo que o valha que dá corda de fogo ao tal vagão parece que engrilou e meteu as chinelas no bicho. Aqui é que foram elas. Não enxergamos mais nada, era tudo cor de ar; os passageiros davam cabeçadas, as cadeiras iam ao chão. Eu gritava ao homem do fogareiro que parasse com um milhão de diabos, pois receava que aquilo estourasse com governo, câmara e Segismundo. Qual! O ladrão do rei do fogo redobrava a doze e o bicho ia corcoveando.
Ninguém dizia palavra porque contra o progresso de fogo ninguém pia, muito menos eu, apesar de estar desesperado por pilhar em terra o tal inglês da cozinha. Continuou o desalmado a esporear o potro de ferro que botava fogo pelo nariz e fumaça pelos olhos.
E agora compadre, veja o que me aconteceu nessa idade! Tanto fez o bruto da chaminé com o seu canudo que o potro corcoveou de verdade, tropicou no estribilho e prancheou conosco!
Não sei o que aconteceu, pois desfaleci. Quando dei por mim estava eu dentro de um valo com meus colegas de caixão e com os respectivos caixões em terra, os varões arrebentados, uns a saírem do valo e outros a saltarem da ratoeira. Entre mortos e feridos alguns escaparam. Eu agarrei-me a uma cerca e fiquei nela escarranchado e habilitado a meter-me em curativos de cirurgiões.
Cada um tratou de si, cuidando de safar-se e dar o basta, apesar de já estarmos perto do Jardim, como indicava o cheiro do almoço municipal.”
Texto de Edison Loureiro.

Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, Brasil

Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Belvedere Trianon, Avenida Paulista, 1916, São Paulo, Brasil

Belvedere Trianon, Avenida Paulista, 1916, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Assentamento de Trilhos, Luz, 1902, São Paulo, Brasil


Assentamento de Trilhos, Luz, 1902, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Assentamento de Trilhos, Avenida Paulista, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil

Assentamento de Trilhos, Avenida Paulista, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Ilha das Cobras e Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil

Ilha das Cobras e Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Primeira Bandeira Italiana Trazida para Florença em 27 de Abril de 1859, Itália (La Prima Bandiera Italiana Portata in Firenze il 27 Aprile 1859) - Francesco Saverio Altamura




A Primeira Bandeira Italiana Trazida para Florença em 27 de Abril de 1859, Itália (La Prima Bandiera Italiana Portata in Firenze il 27 Aprile 1859) - Francesco Saverio Altamura
Florença - Itália
Museu Nacional do Risorgimento Italiano Turim
OST - 51x75 - 1859


Un'atmosfera trasognata ed evocativa avvolge il giovinetto che in una mattina di primavera passeggia sulla collina fiorentina di San Miniato, recando sulla spalla con fare disinvolto il tricolore. La luce limpida e ferma, unita alla pacata intonazione cromatica, accentua il carattere intimo e per nulla enfatico di questa interpretazione del tema patriottico. suggerito quasi certamente dalla partenza da Firenze del granduca Leopoldo II di Lorena, nell'aprile del 1859. La visione solenne della basilica e del convento di San Miniato al Monte, che si staglia netta secondo un meditato rapporto di luci e di ombre sul cielo, è indicativa dell'importanza delle ricerche del pittore per l'evoluzione della "macchia".

Avenida Brigadeiro Luís Antônio, São Paulo, Brasil

Avenida Brigadeiro Luís Antônio, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Avenida Ipiranga com Avenida Cásper Libero, São Paulo, Brasil

Avenida Ipiranga com Avenida Cásper Libero, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Ferrari F40 1992, Itália
































Ferrari F40 1992, Itália
Motor : 2936 CC V-8
Exterior : Vermelho (Rosso Corsa)
Interior : Preto e Vermelho
Fotografia


The very first production car to break the 200-mph barrier, the F40 was a landmark car in Ferrari’s storied history for a variety of reasons. Firstly, it was created in celebration of the company’s 40th birthday and secondly, it would be the very last model that Enzo Ferrari personally oversaw before his passing. Looking to its Formula 1 team for inspiration, Ferrari sought to make the F40 as lightweight as possible, pioneering the use of carbon fiber for its chassis and bodywork, resulting in a svelte 2,400 lbs. In addition to its top speed of 201.4 mph, the F40 could sprint from 0–60 mph in just 3.8 seconds and rocket through the quarter-mile in 11.8 seconds. In the age of incredible advanced technologies, Ferrari stuck to the tried-and-true philosophy of reducing weight and adding power.
Originally outfitted with catalytic converters and a non-adjustable suspension, chassis 91464 was delivered new to Dr. Daniel Schick through Graber Automobile AG in Wichtrach, Switzerland, on 18 December 1991. Dr Schick resided in Rio de Janeiro, Brazil, but kept his F40 in Switzerland and Germany for his personal use and as well as the use of his son living in Germany at the time. It was later sold to a Mr. Goldschagg of Switzerland before passing to an owner in Munich, Germany, who registered the car on German plates M-WW 8833.
Like many F40 drivers, this new owner did not consider the factory braking system adequate for the power and speed of the F40. As such, he commissioned the installation of larger Brembo brakes, race-type front suspension, and a slightly revised pedal box. To accommodate the bigger brakes, the front wheels were further offset, and as such the outer corners of the front fenders were slightly modified – making for a more angular appearance. These alterations are not uncommon with European owners of F40s, as these upgrades made the car more stable at high speed and brought it to a halt in a shorter distance. The larger brakes also serve to eliminate fading under heavy use and extended driving periods.
The F40 returned to its native Italy around 2007 and received its 30,000-km service, with 26,761 km showing, by Michelotto Giuliano & Co s.n.c in Padova that year. A part of the now world-famous Duemila Ruote collection sale, the F40 received a pre-sale workup in excess of $10,000. Since its sale, the F40 has been carefully maintained in a private collection and is ready for spirited use by its next owner.
Four glorious decades of Ferrari experience and development went into the Ferrari F40; it will give the few lucky individuals a ride they will never forget. The finest birthday present Ferrari could have given itself, this F40 will fulfill any enthusiast’s need for speed.
Fonte : https://rmsothebys.com/en/auctions/am19/amelia-island/lots/r0123-1992-ferrari-f40/747151