sexta-feira, 14 de junho de 2019

Igreja de Santo Antônio, Praça do Patriarca, São Paulo, Brasil


Igreja de Santo Antônio, Praça do Patriarca, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 122
Fotografia - Cartão Postal


Texto 1:
Treze de junho, dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro na crença popular. Mas existem outras curiosidades a respeito deste santo. Sua igreja em São Paulo, na Praça do Patriarca é uma das mais antigas. Já aparecia no testamento de Afonso Sardinha de 2 de novembro de 1592 premiada com uma doação de 2 cruzados (não, Sarney não teve nada a ver com a história). Em 1603 a igreja figurava com a função de matriz da então pequenina vila de São Paulo, pelo menos é o que diz outro testamento, de um tal Diogo Machuca que queria ser sepultado “na igreja de Santo Antônio que agora serve de matriz nesta vila”.
Foi a igreja também a primeira casa dos franciscanos que chegaram a São Paulo em 1639 para estabelecer seu convento. Naqueles tempos antigos a igreja era cuidada sempre por ermitões. Alguns nomes deles ficaram registrados em documentos, como o de Vicente Costa em 1608, João da Costa que em 1638 fez uma reforma com taipa de pilão, o frade João de Santo Antônio e o curioso João Cabeça. Este foi registrado por Antônio Egídio Martins como um mulato que andava sempre descalço, com calças de zuarte, colete, jaqueta de pano preto e cartola. Obviamente o apelido era devido ao tamanho descomunal de sua cabeça.
Mas o que poucos sabem é que Santo Antônio tinha patente militar. Era coronel de tropas. Era uma tradição muito antiga e em várias províncias recebia inclusive soldo que, claro, foi abolido com a Proclamação da República. Não era o caso de São Paulo.
Seu endereço não foi sempre a Praça do Patriarca, claro, pois naqueles idos não havia praça nenhuma. Ficava na estreita Rua Direita que mais parecia um beco, pois era fechada ao fundo pelo casarão da baronesa de Tatuí, mais tarde demolida para dar lugar a uma das pontas do antigo Viaduto do Chá, construção metálica onde se andava sobre pranchas de madeira de pinho do Paraná.
A atual fachada da igreja foi feita em 1899 com patrocínio da baronesa de Tatuí e da condessa de Prates. Os devotos, as solteironas e os defuntos que lá estão sepultados agradecem.
A foto é do começo da década de 1930.
Texto 2:
A Igreja de Santo Antônio é um templo católico localizado no centro de São Paulo, na Praça do Patriarca, próximo ao Viaduto do Chá. É considerada a mais antiga igreja remanescente da cidade, tendo sido fundada nas últimas décadas do século XVI - conforme atestam os primeiros registros documentais da sua existência, datados de 1592. No século XVII, abrigou a Ordem dos Franciscanos, e no século XVIII esteve subordinada à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos. Sofreu diversas reformas e intervenções ao longo dos últimos quatro séculos, sobretudo em sua fachada, reinaugurada em estilo eclético em 1919.
O interior da Igreja de Santo Antônio conserva importantes testemunhos da arte produzida em São Paulo no período colonial. Durante a restauração levada a cabo em 2005, descobriu-se no forro do altar-mor pinturas murais seiscentistas de alta qualidade técnica e artística, as mais antigas de que se tem notícia em São Paulo. Também o altar principal, executado em 1780, é um belo exemplar da talha barroca. A igreja é tombada pelo poder público estadual (Condephaat) desde 1970, em virtude de sua importância histórica, artística e arquitetônica.
Texto 3:
A Igreja de Santo Antônio é considerada a mais antiga dentre as igrejas remanescentes de São Paulo. Sua data de fundação, no entanto, é incerta. A mais remota referência ao templo comparece no testamento de Afonso Sardinha, datado de novembro de 1592, em que o bandeirante lega a quantia de dois cruzados para a "ermida de Santo Antônio", o que leva a supor que sua construção é anterior a essa data. Tratava-se então de uma pequena capela, erguida por fiéis anônimos, ao término da rua hoje conhecida como Direita.
As informações sobre a capela de Santo Antônio só se tornariam mais precisas a partir de 1638. Nesse ano, a ermida passa por sua primeira reforma. No ano seguinte, chegam a São Paulo os primeiros frades da Ordem dos Franciscanos, vindos do Rio de Janeiro, e instalam-se na ermida, incumbindo-se de suas tarefas. Mesmo após a construção do convento da ordem, erguido no Largo São Francisco, em 1647, os franciscanos continuam a zelar pela capela e a mantê-la em funcionamento.
Em 1717, a capela passa por nova e grande reforma para ampliar suas instalações, empreendida pelo primeiro bispo de São Paulo, Dom Bernardo Rodrigues Nogueira, com a ajuda dos devotos. Em função do aumento do edifício, praticamente reconstruído, a ermida é elevada à categoria de igreja nesse mesmo ano. Uma terceira reforma seria levada a cabo em 1747. Em 1774, é fundada a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, que assume a administração do templo e o transforma em sua sede. Menos conhecida e muito menos influente no período colonial do que a Irmandade dos Homens Pretos, a confraria seria responsável por outras modificações que alterariam profundamente as feições da fachada da igreja.
Em 1891, um incêndio ocorrido em um edifício vizinho danificou e consumiu parte da igreja. No final da mesma década, em 1899, a prefeitura intimou a irmandade para proceder à demolição e reconstrução da torre e da fachada, devido às obras de alinhamento da rua Direita. As obras foram custeadas por Francisco Xavier Pais de Barros, o barão de Tatuí, e pelo conde de Prates, ambos residentes nas imediações do templo, ainda antes da construção do Viaduto do Chá. As obras se arrastaram por vários anos, e incluíram uma reforma geral da igreja, reinaugurada com nova fachada em estilo eclético, em 1919.
Apesar das inúmeras reformas e intervenções realizadas ao longo dos séculos terem descaracterizado a integridade artística e arquitetônica do templo, a Igreja de Santo Antônio foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) em 1970, em virtude, sobretudo, de sua importância histórica. Em 1991, um novo incêndio danificou os fundos do edifício.
Em janeiro de 2005, com recursos providos pela Lei de Incentivo à Cultura, tiveram início as obras de restauro da Igreja de Santo Antônio, em que se procurou recuperar as feições barrocas do interior da igreja. Durante os trabalhos, executados sob a supervisão do Condephaat, foram retiradas as talhas executadas no século XX que encobriam os retábulos, e restauradas pinturas datadas do século XVII, com representação de anjos. O altar-mor, de 1780, também foi restaurado, voltando a exibir as matizes utilizadas no barroco paulista, em que predominam o vermelho, o amarelo e o dourado.
Prospecções realizadas no forro do altar-mor revelaram a existência de uma pintura seiscentista de boa qualidade técnica e artística, que resistiu aos incêndios de 1891 e 1991. As camadas de tintas que cobriam a pintura deverão ser retiradas, permitindo sua plena visualização. É provável que se trate do afresco mais antigo da cidade, sendo um raríssimo exemplar da pintura autônoma praticada em São Paulo durante o período colonial.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Construção da Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil


Construção da Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Foto Postal Colombo N. 57
Fotografia - Cartão Postal

Vista Aérea da Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Ainda em Construção, Aparecida, São Paulo, Brasil

Vista Aérea da Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Ainda em Construção, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia 

Vista Parcial de Aparecida, São Paulo, Brasil


Vista Parcial de Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Foto João Abade
Fotografia - Cartão Postal


Conforme o site oficial da cidade, em 1717 o futuro Conde de Assumar viajou a caminho de Vila Rica, passando pela Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá. Para alimentar o visitante e sua comitiva, os pescadores da região foram convocados para pescar para ele, mesmo sabendo que o período não estava propício para pesca. Durante o percurso, muitos pescadores desistiram pela falta de peixe e apenas três deles permaneceram.
João Alves, um dos três pescadores, lançou sua rede e quando a retirou não havia nenhum peixe, apenas a imagem de uma santa quebrada. Logo em seguida, em outra parte do rio, jogou a rede novamente e encontrou a parte que estava faltando da imagem. Acreditando ser um sinal divino e reconhecendo ser uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, os pescadores jogaram a rede pela terceira vez, mas dessa vez, surgiu uma abundância de peixes, assim denominaram a imagem como Nossa Senhora da Conceição “Aparecida” das águas do Rio Paraíba do Sul.
Por 15 anos a imagem permaneceu com Filipe Pedroso, outro dos três pescadores, mas já com idade avançada, entregou ao filho que construiu um oratório à margem da estrada, o que atraiu muitas pessoas. Mas foi só em 1745 que a primeira capela com a imagem foi inaugurada, o que tornou o turismo religioso a maior fonte de renda da cidade.
Em 17 de dezembro de 1928, Aparecida se torna oficialmente um município. Já em 1955 o projeto arquitetônico da construção da nova Basílica dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida começa e três anos depois é criada a Arquidiocese de Aparecida.
A cidade é chamada popularmente de Aparecida do Norte por conta da linha férrea que existia entre Rio de Janeiro e São Paulo. As pessoas que iam até Aparecida vinham em direção à estação norte de trem em São Paulo. Aparecida está a cerca de 170 km da Capital paulista e de acordo com um Censo de 2022 tem pouco mais de 30 mil habitantes.

Basílica Velha, Aparecida, São Paulo, Brasil

Basílica Velha, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia - Cartão Postal

Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil


Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil

Aparecida - SP
Fotografia 

Nova e Velha Basílica com Passarela / Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil





Nova e Velha Basílica com Passarela / Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Ambrosiana
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Data não obtida.

Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil



Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia - Cartão Postal

Cena de Beijo, Rua Conselheiro Crispiniano com Rua 24 de Maio, Centro, Anos 70, São Paulo, Brasil

Cena de Beijo, Rua Conselheiro Crispiniano com Rua 24 de Maio, Centro, Anos 70, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil

Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia


A Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, é um templo religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida, no interior do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é uma catedral. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída ao longo de todo o Santuário.
A estrutura foi solenemente sagrada em 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II, quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros. Já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Em novembro de 2016, por decreto do Papa Francisco, a basílica foi elevada à dignidade de igreja-catedral da Arquidiocese de Aparecida, título transferido da igreja de Santo Antônio, em Guaratinguetá. O santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil. Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história.
A Basílica Nova é a terceira igreja que foi construída para abrigar a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A primeira foi iniciada em 1741 e inaugurada a 26 de julho de 1745; a segunda foi iniciada em 1844 e inaugurada em 24 de junho de 1888. O Santuário Nacional de Nossa Senhora é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.
Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.
Benedito Calixto Neto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega. Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.
Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das Pitas, teve sua terraplanagem iniciada em 1952 e terminada em 1954. Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955, pela Nave Norte, e seguiu para a construção da Torre Brasília que teve sua estrutura metálica doada pelo então presidente, Juscelino Kubitschek.
Terminada a torre, as obras seguiram para a cúpula central, depois, já em meados de 1972, para a Capela das Velas e para a Nave Sul, passando depois para as Naves Oeste e Leste, e as alas intermediárias, finalmente. 
Há uma passarela, denominada "Passarela da Fé", que faz ligação entre a igreja velha e a basílica ao qual possui 392 m de extensão, onde há fiéis que esse trecho percorrem de joelhos.