quinta-feira, 4 de julho de 2019

História do Theatro Municipal, Rio de Janeiro, Brasil






História do Theatro Municipal, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia


Um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro, o Theatro Municipal, inaugurado em 14 de julho de 1909, é considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Sua história mistura-se com a trajetória da cultura do País. Ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da dança, da música e da ópera.
A ideia de um teatro nacional com uma companhia artística estatal já existia desde meados do século XIX e teve em João Caetano (1808-1863), entusiasta do teatro brasileiro, além empresário e ator de grande mérito, um de seus mais contundentes apoiadores. O projeto, no entanto, só começou a ganhar consistência no final daquele século, com o empenho do nosso ilustre dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908). A luta incansável de Azevedo foi travada nas páginas dos jornais e acabou por trazer resultados. Lamentavelmente, no entanto, ele não viveu o suficiente para ver seu sonho concretizado, morrendo nove meses antes da data da inauguração.
O Prefeito Pereira Passos – cuja reforma urbana iniciada em 1902 mudou radicalmente o aspecto do Centro do Rio de Janeiro – retomou a ideia e, em 15 de outubro de 1903, abriu uma concorrência pública para a escolha do projeto arquitetônico. Encerrado o prazo de inscrições, em março de 1904, foram recebidas sete propostas. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: o projeto denominado Aquilla, em que o autor “secreto” seria o engenheiro Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito, e o projeto Isadora, do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.
O resultado do concurso causou uma forte polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto Aquila, suspeito de ter sido elaborado pela seção de arquitetura da Prefeitura, e do suposto favoritismo de Oliveira Passos.
O projeto final foi o resultado da fusão dos dois premiados, uma vez que ambos correspondiam a uma mesma tipologia, inspirada na Ópera de Paris.
Após as alterações, o prédio começou a ser erguido em 2 de janeiro de 1905, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais está assentado. Em 20 de maio daquele ano foi disposta a pedra fundamental.
Para participar da decoração, foram convocados alguns dos mais ilustres e consagrados artistas da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para a criação dos vitrais e mosaicos. As obras começaram em ritmo acelerado, com 280 operários revezando-se em dois turnos. Em pouco mais de um ano, já era possível visualizar a suntuosidade aliada à elegância e beleza da construção do futuro teatro.
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores, foi inaugurado pelo Presidente Nilo Peçanha e pelo Prefeito Sousa Aguiar no dia 14 de julho de 1909, quatro anos e meio após o início das obras.
No início, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebia, principalmente, companhias de ópera e dança vindas em sua maioria da Itália e da França. A partir da década de 30, passa a contar com seus próprios corpos artísticos: Orquestra Sinfônica , Coro e Ballet, que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais.
Desde sua inauguração, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro teve quatro grandes reformas: 1934, 1975, 1996 e 2008. A primeira delas aumentou a capacidade da sala para 2.205 lugares e, apesar da complexidade da obra, foi realizada em três meses – atualmente, o Theatro conta com 2.252 lugares. Em 1975, foram realizadas obras de restauração e modernização e, no mesmo ano, foi criada a Central Técnica de Produção. Em 1996, iniciou-se a construção do edifício Anexo com salas de ensaios para o Coro, Orquestra Sinfônica e Ballet. A reforma iniciada em 2008 e concluída em 2010 concentrou-se na restauração e modernização das instalações.

Construção do Mercado Municipal, 1927, São Paulo, Brasil


Construção do Mercado Municipal, 1927, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Cronologia da História da Exibição Cinematográfica na Cidade de São Paulo, Brasil


Cronologia da História da Exibição Cinematográfica na Cidade de São Paulo, Brasil
Artigo


07/08/1896
As primeiras projeções: Primeira exibição cinematográfica privada em São Paulo, com o aparelho "Cinématographe Lumière" (cinematógrafo) do fotógrafo Georges Jean Renouleau. Esta exibição inaugural, tem características que vão se manter nas exibições seguintes na cidade, ou seja, pessoas que têm um projetor e um pequeno estoque de filmes (exibidores ambulantes) fazendo apresentações esporádicas, normalmente em lugares públicos como cafés, quermesses ou em parques de diversões.
08/08/1896
As primeiras projeções: Primeira exibição cinematográfica pública e paga em São Paulo, próxima à antiga catedral da Sé (que foi demolida), com o cinematógrafo de Renouleau.
20/07/1899
As primeiras projeções: O italiano Vittorio Di Maio abre, na Rua 15 de Novembro (na época, Rua do Rosário), o salão “Nova York em São Paulo”, apresentando o Cinetógrafo Edison. Foi o primeiro “espaço” dedicado exclusivamente à exibição cinematográfica em São Paulo (não confundir com um local ou prédio exclusivo, como o Bijou Theatre, que é considerado o primeiro cinema de São Paulo).
11/08/1900
As primeiras projeções: Vittorio Di Maio inaugura, também, na Rua 15 de Novembro, a casa de diversões e novidades "Paris em São Paulo", apresentando um cinematógrafo.
1905
As primeiras exibições no interior no paulista: Francisco Serrador, prevendo que o cinema seria a maior diversão do século e uma excelente atividade lucrativa, compra projetores e filmes da Pathé francesa, transformando o cinematógrafo em uma atividade de exibição ambulante, o Cinematógrafo Richebourg. Foi assim que Amparo, Campinas, Itu, Mococa, Ribeirão Preto, São Carlos, e tantas outras cidades paulistas, conheceram o cinema.
16/11/1907
O 1º cinema: Francisco Serrador inaugura o Bijou Theatre, na Rua de São João, sendo o primeiro local da cidade de São Paulo criado, exclusivamente, para exibições cinematográficas.
1908
A censura: Uma das primeiras manifestações da censura cinematográfica no Brasil coincidiu com o início das atividades do grande empresário Francisco Serrador no ramo da exibição em São Paulo. Serrador, que seria posteriormente proprietário de centenas de salas nas principais cidades do país, havia alugado um salão dos padres salesianos quando surgiu uma fita considerada imprópria, pela ótica dos padres. Ele então mostrou que o filme poderia ser cortado sem a necessidade de suspender toda sua apresentação. O Grêmio São Paulo foi a primeira sala exibidora de cinema a contar com censura prévia dos filmes apresentados.
1908
O filme cantante: Produzidos entre 1908 e 1911, eles se caracterizam pela utilização de uma forma peculiar de sonorização: os cantores, posicionados atrás da tela, entoavam ao vivo as canções que faziam parte da trilha dos filmes, isto é, acompanhavam com a voz a movimentação das imagens. Segundo os historiadores, Francisco Serrador, exibidor e produtor espanhol, teria produzido o primeiro, em 1908, protagonizado por Cândido das Neves, cantor e palhaço do Circo Spinelli.
1908
O Cinejornal: Francisco Serrador passa a produzir as suas próprias películas, para serem exibidas em suas salas de exibição. Conhece Alberto Botelho, e os dois realizam uma série de cinejornais, registrando os eventos mais importantes da cidade.
1911
O Circuito Serrador: Francisco Serrador cria a Cia. Cinematográfica Brasileira, desta vez, uma sociedade anônima. O restante das ações pertencia a vários empresários de outros segmentos da sociedade, que injetaram dinheiro para que a empresa pudesse crescer ainda mais. Com isso, Serrador passou a dominar o mercado exibidor paulista.
29/12/1921
O 1º Cine República: Francisco Serrador inaugura o primeiro cine República. Ele surge como o melhor, mais moderno e mais luxuoso cinema do Brasil e logo se transforma no ponto de encontro da elite da sociedade paulistana. O cinema deixava de ser diversão popular para ser o principal meio de diversão de todas as camadas da sociedade, desbancando os circos, cafés-concerto e teatros.
1923
O cartaz de cinema: É impresso o primeiro cartaz promocional do cinema brasileiro para o filme "João da Mata", de Amilar Alves, incluindo textos (críticas, sinopse e dados da produção) e imagens do filme (fotos).
1929
Os primórdios da exibição sonora: A fábrica de discos Parlophon consegue introduzir o som do filme "Acabaram-se os otários" (considerado o primeiro filme sonoro brasileiro) em disco, sendo depois sincronizado com a projeção, processo que se transforma num sucesso em São Paulo. Durou pouco este processo, pois a sincronização ficava impossibilitada quando havia o desgaste natural das fitas.
23/09/1929
O "Cantor de Jazz": Estreia do primeiro filme sonoro da história do cinema, O Cantor de Jazz, no antigo cine República.
1938
A dublagem: Exibição do primeiro filme dublado, o desenho animado "Branca de Neve e os Sete Anões", de Walt Disney (1937). A dublagem teve as canções adaptadas para o português pelo compositor João de Barro, o Braguinha. A voz de Branca de Neve ficou a cargo de Dalva de Oliveira, a "rainha do rádio".
1950
A década de ouro: Inicia-se o período de ouro da exibição cinematográfica em São Paulo. Inauguram-se grandes e luxuosos cinemas, como o Universo, com mais de quatro mil lugares e o Marrocos, apontado como o cinema mais luxuoso da América do Sul.
17/04/1952
O novo Cine República: O exibidor Paulo Sá Pinto, que já havia construído dois grandes cinemas na capital paulista, o Ritz(1943) e o Marabá (1944), comprou o prédio onde funcionava o antigo cine República, para reformá-lo e reinaugurá-lo com o filme "A Vida Secreta de Nora", com Loreta Young e Joseph Cotten. Neste cinema, Paulo Sá Pinto lança grandes novidades da tecnologia da exibição.
24/10/1953
A 3ª dimensão: Paulo Sá Pinto inaugura o processo de exibição em 3ª dimensão no cine República, com o filme "Veio do Espaço". No dia seguinte, no jornal O Estado de S.Paulo, o cine Opera anunciava para breve, a exibição em 3ª Dimensão do filme "Ticonderoga - O Forte da Vingança", e no mesmo programa, "Bichos Papões", uma comédia com os Três Patetas, também em 3D.
1954
Os festivais: O I Festival Internacional de Cinema do Brasil teve uma única edição e foi nos meses de janeiro e fevereiro durante as festividades do IV Centenário da Cidade de São Paulo. O cine Marrocos foi palco da mostra.
09/02/1954
O Cinemascope: Paulo Sá Pinto faz a primeira demonstração profissional do CinemaScope no cine República. Exibidores, distribuidores, produtores, diretores, artistas e técnicos ligados ao cinema, bem como cronistas e críticos, radialistas e grande número de convidados pela direção da Fox Film Corporation e Empresa Cinematográfica Sul Ltda., ali compareceram para conferir a grande novidade. A primeira exibição pública foi em 05 de abril de 1954, no cine República, com o filme "O Manto Sagrado".
07/07/1955
A maior tela do mundo: Paulo Sá Pinto inaugura a maior tela do mundo (250 m2) no cine República para exibição de filmes em CinemaScope. O primeiro filme exibido na supertela foi "Átila, o Rei dos Hunos", com Jeff Chandler.
14/08/1959
O Cinerama: Paulo Sá Pinto (sim, ele de novo!) anuncia, em abril de 1959, mais uma inovação. Em uma entrevista, declara que, em Paris, havia assinado um contrato para exibir o Cinerama no cine Comodoro e que seria apresentado aos paulistanos brevemente, tudo dependendo da chegada das máquinas, pois o Comodoro já estava praticamente pronto. O cine Comodoro Cinerama, na Av. São João, 1462, foi inaugurado, às 14 horas, com o filme "Isto é Cinerama". São Paulo foi a única cidade brasileira que realmente assistiu ao Cinerama legítimo, com três projetores trabalhando simultaneamente.
14/12/2012
Exibição em 48 frames: Inovação na exibição do filme "O Hobbit - Uma Jornada inesperada"! Exibição digital em 48 quadros por segundo (o dobro das projeções tradicionais) nos cinemas Cinépolis Shopping JK Iguatemi (IMAX), UCI Anália Franco, UCI Jardim Sul e Kinoplex Vila Olímpia. Trata-se de uma projeção em que o fluxo de imagens é mais rápido e mais próximo do que o olho humano assimila, tornando o filme ainda mais realista devido ao fato da imagem estar mais fragmentada, ou seja, ter mais detalhes por quadrado, o que é bastante impactante para o espectador.

Clube de Regatas, Clube Esperia, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil

Clube de Regatas, Clube Esperia, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Um flagrante do Clube de Regatas (Esperia) às margens do Tietê. Ao fundo, o Observatório Astronômico junto à Ponte Grande. Ambos, a ponte e o observatório, foram demolidos no apagar dos anos 30 para a construção da Ponte das Bandeiras, inaugurada em 1942.

A História das Crianças Enviadas como Correspondências, Estados Unidos






A História das Crianças Enviadas como Correspondências, Estados Unidos
Artigo

Começou por uma questão prática. Até 1913, os correios dos EUA só mandavam cartas com um limite de 2 libras (907 g). Então, foi criado o serviço de encomendas postais, permitindo mandar pacotes de até 11 libras (4,98 kg).

Os pais de um bebê chamado James Beagle, de 8 meses, fizeram as contas e mediram seu rebento – pesava 10 libras. E decidiram mandá-lo para passar um tempo com a avó através da agência dos correios – que não teve remédio a não ser carimbar e enviar, porque não havia regra que dizia que as 11 libras não podiam ser de gente…

Não demorou muito para história de pequeno James viralizar. “Essa história gerou algumas manchetes quando aconteceu, provavelmente porque o bebê era tão fofo”, afirma a historiadora do Serviço Postal dos Estados Unidos, Jenny Lynch.

Após ver a notícia em jornais, outras famílias começaram a tentar o esquema. Numa “feliz” coincidência, os correios haviam subido o limite máximo para 50 libras (22,6 kg).

May Pierstorff, de 4 anos, foi enviada então de sua casa em Grangeville, Idaho, até a casa de seus avós, a cerca de 73 quilômetros de distância, com selos colados no casaco. Edna Neff, de 6 anos, seria a recordista, mandada de Pensacola, Flórida, até Christiansburg, Virgínia, num percurso de 1.158,73 quilômetros!

A história não é tão chocante assim quanto parece. As crianças não eram jogadas em sacos, junto com outras encomendas, e trancadas nos vagões de carga dos trens. Simplesmente acompanhavam os funcionários do correio pelo caminho. Muitos desses eram conhecidos pelas famílias, daí vinha a confiança dos pais em entregar os filhos de olhos fechados.  As fotos mais acima, com os bebês dentro das sacolas dos carteiros, foram apenas poses humorísticas.

No ano seguinte, os correios decretaram que era ilegal mandar crianças. Ainda assim, com a ajuda de funcionários coniventes, os “pacotinhos” continuaram a ser enviados até 1920, quando mandar humanos por correios se tornou um crime federal nos EUA…
One of the most overlooked, yet most significant innovations of the early 20th century might be the Post Office’s decision to start shipping large parcels and packages through the mail. While private delivery companies flourished during the 19th century, the Parcel Post dramatically expanded the reach of mail-order companies to America’s many rural communities, as well as the demand for their products. When the Post Office’s Parcel Post officially began on January 1, 1913, the new service suddenly allowed millions of Americans great access to all kinds of goods and services. But almost immediately, it had some unintended consequences as some parents tried to send their children through the mail.
“It got some headlines when it happened, probably because it was so cute,” United States Postal Service historian Jenny Lynch tells Smithsonian.com.
Just a few weeks after Parcel Post began, an Ohio couple named Jesse and Mathilda Beagle “mailed” their 8-month-old son James to his grandmother, who lived just a few miles away in Batavia. According to Lynch, Baby James was just shy of the 11-pound weight limit for packages sent via Parcel Post, and his “delivery” cost his parents only 15 cents in postage (although they did insure him for $50). The quirky story soon made newspapers, and for the next several years, similar stories would occasionally surface as other parents followed suit.
In the next few years, stories about children being mailed through rural routes would crop up from time to time as people pushed the limits of what could be sent through Parcel Post. In one famous case, on February 19, 1914, a four-year-old girl named Charlotte May Pierstorff was “mailed” via train from her home in Grangeville, Idaho to her grandparents’ house about 73 miles away, Nancy Pope writes for the National Postal Museum. Her story has become so legendary that it was even made into a children’s book, Mailing May.
“Postage was cheaper than a train ticket,” Lynch says.
Luckily, little May wasn’t unceremoniously shoved into a canvas sack along with the other packages. As it turns out, she was accompanied on her trip by her mother’s cousin, who worked as a clerk for the railway mail service, Lynch says. It’s likely that his influence (and his willingness to chaperone his young cousin) is what convinced local officials to send the little girl along with the mail.
Over the years, these stories continued to pop up from time to time as parents occasionally managed to slip their children through the mail thanks to rural workers willing to let it slide. Finally, on June 14, 1913, several newspapers including the Washington Post, the New York Times, and the Los Angeles Times all ran stories stating the the postmaster had officially decreed that children could no longer be sent through the mail. But while this announcement seems to have stemmed the trickle of tots traveling via post, Lynch says the story wasn’t entirely accurate.
“According to the regulations at that point, the only animals that were allowed in the mail were bees and bugs,” Lynch says. “There’s an account of May Pierstorff being mailed under the chicken rate, but actually chicks weren’t allowed until 1918.”
But while the odd practice of sometimes slipping kids into the mail might be seen as incompetence or negligence on the part of the mail carriers, Lynch sees it more as an example of just how much rural communities relied on and trusted local postal workers.
“Mail carriers were trusted servants, and that goes to prove it,” Lynch says. “There are stories of rural carriers delivering babies and taking [care of the] sick. Even now, they’ll save lives because they’re sometimes the only persons that visit a remote household every day.”

Luckily, there are more travel options for children these days than pinning some postage to their shirts and sending them off with the mailman.
Fonte : https://www.smithsonianmag.com/smart-news/brief-history-children-sent-through-mail-180959372/?fbclid=IwAR2n8wKKRhCOFamK_6Gt5xjYr6pTVEWbwy3nlfkAoF3X7QAVprzeSoiqx3Y

Ferrari F512 M 1995, Itália


























Ferrari F512 M 1995, Itália
Exterior : Vermelho (Rosso Corsa)
Interior : Preto
Fotografia

By 1994, Ferrari’s Testarossa had been in production for 10 years. As exciting and beautiful as it was, it was undoubtedly aging. The competition from Lamborghini, Porsche, and even Acura, with the NSX, was becoming tougher. While the 550 Maranello was in development and waiting to take the reins as Ferrari’s 12-cylinder flagship, Ferrari would release one more iteration of the Testarossa platform to keep its competitors at bay—the F512 M.
Compared to the evolution from the Testarossa to the 512 TR, the jump to the F512 M (Modificata) was much more radical than Ferrari’s previous evolution. The most evident change was to the front end; the F512 M was fitted with fixed headlights rather than the older retractable units. The front bumper and grille were restyled to bear a resemblance to the F355 and the 456, with new turn signal indicators and fog lamps. The rear also carried cues from its siblings, and it was fitted with round taillights, similar to those of the F355 and which would become a signature design cue for years to come. Inside, the F512 M received some minor changes as well, such as a new, more modern steering wheel, adjustable aluminum pedals, a more refined air-conditioning system, and updated trim. New five-spoke alloy wheels were also fitted to complete the look.

The F512 M’s mechanicals received a number of changes, as well. The suspension was updated with gas-filled shock absorbers, and a Bosch ABS system was fitted. The engine retained the same cubic capacity and fuel-injection system as the 512 TR but received several upgrades, resulting in a rise to 440 brake horsepower. Titanium-alloy connecting rods and new forged aluminum pistons were fitted, along with a lightened crankshaft, which helped to increase the compression ratio to 10.4:1. A new stainless-steel exhaust was also installed, offering additional horsepower along with a healthy grunt under acceleration.
By the time production ceased in 1996, as Ferrari was introducing the 550 Maranello, only 501 examples had been produced, with a mere 75 allocated for the U.S. market. This was a seemingly minuscule amount for a market that generally commanded the largest allocation of any Ferrari production model. As such, the F512 M instantly became collectable in the United States.
This F512 M, chassis no. 104065, was the 74th of the 75 numbered units built for the U.S. market and the last such example by chassis number. The car was completed by Ferrari in late 1995, finished in Rosso Corsa over Nero, and optioned with a radio and attractive modular Speedline wheels. The car was delivered to official Ferrari dealer Algar Enterprises in Rosemont, Pennsylvania, in early 1996. Shortly thereafter, the F512 was acquired by its first owner, Terence Schroeder of Bernardsville, New Jersey. Mr. Schroeder kept the car for the ensuing two decades before it was sold to Motorcar Gallery in Ft. Lauderdale, Florida. It was acquired by the current vendor earlier this year with only 25,928 original miles showing on the odometer.
The F512 M was then sent to Milestone Motorcars in Boyton Beach, Florida, for a comprehensive service, including the all-important engine-out belt replacement, ensuring the car will be fully dialed in and ready to be enjoyed by its next owner. A detailed record of the extensive service, to the tune of approximately $30,000, is included with the car’s file. Furthermore, the car includes a set of correct owner’s manuals in their leather folio, as well as a correct tool set.
With more and more technology being added to today’s supercars, analog examples have become increasingly desirable among collectors, and this Ferrari F512 M is no exception. Presented in the traditional Ferrari colors and being the penultimate of only 75 imported to the U.S., this well-maintained, single-owner example offers an opportunity that cannot be missed for the next owner to enjoy the last and best mid-engine 12-cylinder Ferrari produced.
Fonte : https://rmsothebys.com/en/auctions/mo19/monterey/lots/r0156-1995-ferrari-f512-m/792589

Ferrari 488 GTB 70th Anniversary 2018, Itália


















Ferrari 488 GTB 70th Anniversary 2018, Itália
Exterior : Branco
Interior : Vermelho e Preto
Fotografia

Fonte : https://rmsothebys.com/en/auctions/mo19/monterey/lots/r0136-2018-ferrari-488-gtb-70th-anniversary/790295