domingo, 3 de novembro de 2019

Cabaré "Chat Noir", Paris, França




Cabaré "Chat Noir", Paris, França
Paris - França
Fotografia



Imagine it is November 18, 1881, and you are standing at 84, boulevard de Rochechouart, just below Montmartre, in the cold of night. You hear a commotion in the distance and the sound of drunken singing. Flames light the sky. A torch-lit procession is heading your way! At its head is a burly Swiss Guard in full regalia, wearing a rather splendid plumed hat and holding a halberd; in tow are a band of young men celebrating with wine and song. You are witnessing the birth of the most famous cabaret in Paris. In Chapter 18 of Paris by Plaque, we explore the history of Le Chat Noir cabaret.
The translation of the Histoire de Paris plaque, which was installed at 84, boulevard de Rochechouart 112 years later, notes a group of radical young writers and artists called Les Hydropathes (“those who are afraid of water”), led by the journalist Emile Goudeau. Like many young men, they were indeed averse to water, preferring wine and beer in volume. Goudeau’s club, which met in his house on the Left Bank, had become so popular and so energetic that it outgrew its meeting place and the group began a search of new premises. Artist Rodolphe Salis had just acquired a new cabaret, which was in need of livening up, so he invited Goudeau’s friends to join him. The torch-lit procession heralded the crossing of the Seine and the real beginning of Le Chat Noir—The Black Cat Cabaret.
In its early days Le Chat Noir was simply the most exciting place to be for an emerging artist. The entertainment was totally spontaneous and chaotic. Poets, writers, musicians and singers would just jump to their feet and perform for their peers, receiving instant and sometimes sarcastic feedback on their work. It was what we would today call an “open stage.” Although their critics could be harsh, performers and artists learned much from their peers, and were encouraged and nurtured respectfully too. Some great talents emerged.
Rodolphe Salis was an eccentric showman. His fondness for processions continued. He once greeted his patrons at the door with the announcement of his own death, and went on to lead his funeral procession through the streets of Montmartre to drum up publicity. The Swiss Guard became a permanent fixture, and the interior was flamboyantly decorated with a mish-mash of heavy antique furniture, lamps and paintings, to give a Louis XIII ambience. Performers were never paid, except in free beer and absinthe, and Salis was accused of making money from the work of others as the club became more and more successful. Some regulars became disgruntled about the emphasis on commerce over art.
The club became so popular that two more moves followed, first to rue Laval (now rue Victor Massey) and finally to 68, boulevard de Clichy, where it remained. Salis produced a magazine, with patrons contributing the satirical content, cartoons and artwork.
One of the cleverest moves Salis made was to commission the Art Nouveau artist Théophile Steinlen to design a sign and posters for the cabaret. Finding a stray black cat during the renovation of the site, Salis hit upon the name and the scraggy feline became the perfect emblem for wild and edgy cabaret nightlife.
Steinlen’s famous poster, La tournée du Chat Noir avec Rodolphe Salis, remains one of the most evocative images to come out of nineteenth-century Paris. It advertises a tour of the Chat Noir’s Théâtre d’ombres, or Shadow Theatre, which gained huge popularity. Steinlen and artists like caricaturist Adolphe Willette, cartoonist Caran d’AcheHenri Rivière and illustrator George Auriol created an exquisite art form, using sheets of zinc to cut out shapes and characters that created shadows on a white screen, backlit with electric lamps. The writers in the club wrote the plays, Salis the showman narrated them, and the whole of Paris was entranced. The Théâtre d’ombres ran for eleven years, with a repertoire of 40 plays. You can still see some of the surviving zinc cut-outs at the Musée de Montmartre.
Soon the bourgeoisie began to drop in to find out what all the gossip was about, although they were not spared the acid tongue of the two conférenciers (emcees) Salis and cabaret singer Aristide Bruand, who were notoriously rude to their guests, insulting them if they left early and banishing them to a corner if they arrived late.
Over time Le Chat Noir became host to groundbreaking writers, poets, artists and musicians. Poet Paul Verlaine wrote poetry with an inkbottle on his table and composer Erik Satie was the house pianist for a while. The list of brilliant creative minds who gathered there is astonishing: caricaturist André Gill, composer Claude Debussy, famous Can-Can dancer Jane Avril immortalized in Toulouse-Lautrec paintings, humor writer Alphonse AllaisPaul Signac, who developed the Pointillism style of painting with Georges Seurat, cabaret singer and actress Yvette Guilbert and playwright August Strindberg, to name just a few.
It is not surprising that Le Chat Noir symbolizes the very essence of artistic Paris for so many people around the world. The cabaret closed in 1897, and Salis died in the same year. It was the end of an extraordinary era.
Today a Le Chat Noir neon sign can be seen at a hotel located at 68, boulevard de Clichy, the cabaret’s final address, but that’s not where you’ll find the plaque.
Next time you walk past the Histoire de Paris plaque and the anonymous doorway at 84, boulevard de Rochechouart, remember where it all began…

Rótulo Antigo do Refrigerante Simba Maça / Soda Limonada, Brasil




Rótulo Antigo do Refrigerante Simba Maça / Soda Limonada, Brasil
Rótulo

Nota do blog: Eu consumia quando garoto. Eram docinhos e, se não me falha a memória, além dos acima, haviam também os de sabor laranja e guaraná...

Antigo Terminal Rodoviário da Luz Após Ser Desativado e Convertido em Shopping / História da Autoria do Projeto, São Paulo, Brasil







Antigo Terminal Rodoviário da Luz Após Ser Desativado e Convertido em Shopping / História da Autoria do Projeto, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotos e artigo Abilio Lemos
Fotografia e artigo



Do outro lado da linha chega a voz familiar:
— Quem fala?
— Lemos, é o Abilio.
— Quem?!!!
— Abilio Guerra, Lemos!
— Hah, sim, como está?
— Muito bem. Estou te ligando para saber: foi você que projetou a antiga Rodoviária da Luz?
— Bem, a história é um pouco mais complicada...
Percebi que a resposta não seria direta e me mudo para outro cômodo. A audição de música no Marieta começa em breve, as pessoas estão chegando e a conversa está um pouco alta.
Meu telefonema para Carlos Lemos – arquiteto formado na FAU Mackenzie em 1950, sócio de Oscar Niemeyer e co-autor do edifício Copan, professor titular da FAU USP por décadas, pesquisador, membro atuante em órgãos de proteção ao patrimônio nos três níveis da federação e do exterior, artista, escritor – foi motivado por um contato anterior, via mensagem pelo Facebook enviada pelo arquiteto Felipe Contier uma hora antes.
— Abilio, você sabe quem projetou a antiga Rodoviária da Luz? Fiz uma rápida pesquisa e não descobri. Mas imagino que seja arqui-conhecido.
Contier trabalhou um bom tempo no portal Vitruvius e merece uma resposta rápida:
— Eu já soube, pois me recordo ter pesquisado a cobertura colorida, mas não me lembro agora; se descobrir, te aviso!
Dentro do ônibus, a caminho do evento, resolvo encurtar a pesquisa e publico um Quiz Show no Facebook, convocando os amigos mais sabidos a resolver de forma rápida e imediata o enigma. E não demora. “Consta que é do Carlos Lemos”, diz rápido Affonso Risi, informação confirmada na sequência por Marcio Novaes Coelho Jr.: “Também conheço como autoria do Prof. Lemos”. Ecos se multiplicam. Eduardo Henrique Leal: “Carlos Lemos”. Sergio De Simone: “Carlos Lemos!” Miguel Góes: “Já ouvi que era o Carlos Lemos”. Sonia Afonso, de forma peremptória: “O projeto original é de autoria do Prof. Carlos Lemos”. Em trocadilho infame, Fred Fomm reitera o que todo mundo já sabe: “We've read (Lemos)”. Os palpites avançam pela madrugada e hoje bem cedo Mauro David Artur Bondi entra na conversa: “Sempre ouvi dizer que o projeto era do Prof. Carlos Cerqueira Lemos. Mas a qualquer hora vou perguntar para ele (tira-teima)”. Mal sabe o Maurão que eu já tinha feito o serviço de casa no dia anterior...
“Essa foto dá nostalgia”, disse Marcio Porto em algum momento da conversa pública. Diagnóstico perfeito do que tinha ocorrido comigo. Nos poucos minutos entre a mensagem de Contier e a publicação do Quiz Show fiz uma viagem incrível pela memória, me recordando das tantas vezes que esperei ônibus na antiga Rodoviária da Luz na metade dos anos 1970, quando fazia o transbordo dos ônibus que me traziam de São José dos Campos e Rio de Janeiro para os que me levariam para a casa dos meus pais em Araraquara, interior de São Paulo. Pássaro Marrom, Viação Cometa, Empresa Cruz, nomes das empresas proprietárias de comboios brutos, desconfortáveis, barulhentos, poluentes. Eu adorava aquele espaço imenso, com estrutura espacial fechada por módulos coloridos e translúcidos de plástico duro, com mezaninos espaçados que funcionavam como balcões e permitiam observar o vai e vem do formigueiro humano. E a demora era sempre tão grande que as televisões coloridas dispostas em série, presas na estrutura metálica, tinham uma enorme audiência garantida. Ali assisti a dois jogos da Copa do Mundo de 1974, ocorrida na Alemanha. Não me recordo mais dos jogos, mas não me esqueço do time incrível da Holanda, que acabou perdendo a final.
Mesmo tendo consciência do quanto era kitsch, concordo com o arquiteto e professor carioca Vicente del Rio, que afirma ser a antiga rodoviária um “excelente projeto”. Nada marca tão fundo a memória de uma pessoa se não tiver grandes qualidades. Lucas Caracik, em conversa paralela com um amigo, em alguma medida confirma o interesse acadêmico do edifício: “Artur, veja só que coincidência! Hoje mesmo tratamos da Rodoviária da Luz em um seminário!” E Thais Lavieri desloca o foco da conversa para o âmbito institucional – “Nossa!!! Uma lenda urbana!!! E o prefeito ou governador dessa gestão????” –, demonstrando os vários aspectos interessantes, no campo da arquitetura e do urbanismo, que envolvem a história desse equipamento infraestrutural.
Naiara Abrahão, nostálgica, nos traz a realidade do edifício, que já não existe: “Era tão bonito... Pena que demoliram... Lembro que eles fizeram tipo um comércio, meio shopping antes de colocarem tudo abaixo...” De fato, no início dos anos 1980 foi inaugurado o novo terminal de passageiros, muito maior e melhor localizado, junto à marginal do Rio Tietê, e a antiga Rodoviária da Luz foi desativada e, após alguns anos de abandono, foi convertida em shopping popular, o Fashion Center Luz. Inaugurada em 1988, a área comercial funcionou até 2007, quando foi desapropriada pelo poder público para abrigar o Teatro da Dança de São Paulo, projeto contratado ao midiático escritório suíço Herzog & De Meuron. Mesmo tendo excelentes qualidades, o projeto não parece que vai sair do papel. Hoje, após a demolição, temos ali uma enorme cratera, um terreno baldio imenso a espera de uma oportunidade.
E enquanto Tuca Vieira posta na linha do tempo da conversa facebookiana fotos maravilhosas da rodoviária convertida em shopping – imagens que agora ilustram esse artigo –, os palpites dos amigos facebookianos se enveredam por conexões entre fatos e pessoas, complicando ainda mais uma história que parecia bem simples. Miguel Góes coloca em cena uma pista interessante: “E curioso é que os revestimentos – as pastilhas – são semelhantes ao prédio da Folha... Ambos [os edifícios] seriam (a se confirmar...) propriedade do Caldeira, sócio do Frias na Folha... Será folclore???” Alessandro Sbampato, sempre curioso e, por isso, bem informado, complementa: “O prédio da Litográfica Ypiranga, na rua Olga, em frente ao Memorial, é da Folha e tem as mesmas pastilhas”.
Entro em uma das salas de trabalho do coworking do Marieta e fecho a porta para ouvir direito o que me diz Carlos Lemos ao telefone:
— Bem, a história é um pouco mais complicada. O meu grande amigo Carlos Caldeira Filho, sócio do Octávio Frias de Oliveira no jornal Folha de S.Paulo, levava sempre um secretário da redação para pegar um ônibus para Santos. O embarque era feito na calçada, sem local preciso, o que o irritava muito. Viu naquilo uma oportunidade. Conversou com o sócio, acertaram um acordo com a prefeitura de São Paulo e construíram a rodoviária, um empreendimento privado. O Carlos, um cara interessado nas coisas, pesquisou tudo sobre terminais de ônibus – medidas dos veículos, fluxo de pessoas, dimensões e necessidades técnicas – e elaborou ele mesmo o projeto, que foi convertido em projeto técnico pelas mãos do engenheiro Raul Simões. Mas o Carlos não estava nunca contente e enfiou na cabeça que queria uma fonte e uma cúpula. A fonte não foi problema, mas não era simples compatibilizar geometricamente a base circular da cúpula com uma estrutura espacial de modulação quadrada. Ele me chamou para resolver a questão e se resume a isso minha contribuição para o projeto da Rodoviária. Bem, aproveita para falar com o “pessoal do Iphan”, com o Mauro, Victor Hugo, Michel, para marcarmos um almoço, pois faz tempo que não conversamos. Abraço e boa noite.
Enigma solucionado, deixo a palavra final desse arremedo de artigo para Felipe Contier, que provocou toda a discussão e foi o responsável pela liberação de tantas lembranças, informações e afetos: “Obrigado pessoal. Um projeto interessantíssimo que muitos esquecem”.

Terminal Rodoviário da Luz, São Paulo, Brasil


Terminal Rodoviário da Luz, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil

Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Foto Postal Colombo N. 52
Fotografia - Cartão Postal

Propaganda "Technicolor is Natural Color", Technicolor, 1930, Estados Unidos

Propaganda "Technicolor is Natural Color", Technicolor, 1930, Estados Unidos
Propaganda

Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil


Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
FL N. 9
Fotografia - Cartão Postal

Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil


Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal Colombo N. 144
Fotografia - Cartão Postal

Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil - Werner Haberkorn


Monumento às Bandeiras, São Paulo, Brasil - Werner Haberkorn
São Paulo - SP
Fotolabor N. 81
Fotografia - Cartão Postal

Largo de São Bento e Propaganda do "Elixir de Nogueira", Aproximadamente 1920, São Paulo, Brasil



Largo de São Bento e Propaganda do "Elixir de Nogueira", Aproximadamente 1920, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Medicações usadas no século XIX e início do século XX.
Largo de São Bento por volta dos anos 1920. Bonde com estribo do lado direito baixado, o que não era permitido, carros, klaxons, palhetas, chapéus, polainas, propaganda do Elixir de Nogueira que acreditava-se ser um depurativo do sangue que poderia curar a gonorreia, propaganda extremamente sutil atravessando a rua de São Bento de calçada a calçada. Acredito que o Elixir poderia ser comprado na Drogaria São Bento, também na foto. Anos mais tarde as instalações da Drogaria São Bento transformaram-se no "botecão" que tinha, ao mesmo tempo que o Bar Bosa na rua Direita, uma das primeiras máquinas de café espresso (com "S" relativo a coar o café sob pressão, nada a ver com rapidez) e onde era de bom tom sorver-se o café nos pires, aos golinhos. Nos andares superiores ficava, desde 1908, o Hotel Rebequino, um clássico luxuoso daqueles tempos.