segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Cartaz de Propaganda "Olio Radino", Circa 1950, Radino, Itália


 

Cartaz de Propaganda "Olio Radino", Circa 1950, Radino, Itália
Propaganda

Cartaz de Propaganda "Campari, l'Aperitivo", 1950, Campari, Itália

 


Cartaz de Propaganda "Campari, l'Aperitivo", 1950, Campari, Itália
Propaganda

Senhora com Guarda-Sol Vermelho (A Lady with Red Parasol) - Marguerite Rousseau

 


Senhora com Guarda-Sol Vermelho (A Lady with Red Parasol) - Marguerite Rousseau
Coleção privada
OST - 49x39

Uma Movimentada Cena de Rua de Paris, França (A Busy Paris Street Scene) - Alexander Popoff


 

Uma Movimentada Cena de Rua de Paris, França (A Busy Paris Street Scene) - Alexander Popoff
Paris - França
Coleção privada
OST - 49x69 - 2008

Avenida da Ópera Garnier, Paris, França (Paris, Avenue de l'Opéra Garnier) - Alexander Popoff

 


Avenida da Ópera Garnier, Paris, França (Paris, Avenue de l'Opéra Garnier) - Alexander Popoff
Paris - França
Coleção privada
OST - 49x69 - 2008

Aperol, Itália

 


















Aperol, Itália
Fotografia


Um sabor rico. Uma hipnotizante e forte cor laranja. Misturado com prosecco, água com gás e gelo se tornou o drinque das ruas de Veneza. E presença constante em rodas de amigos e happy hours pelo mundo afora. Foi assim que a italiana Aperol se tornou uma das bebidas mais consumidas do mundo.
Tudo começou em 1912 quando os irmãos Barbieri, Luigi e Silvio, herdaram a pequena destilaria de seu pai, então localizada na cidade italiana de Padova, na região de Vêneto. Os irmãos desejavam criar um aperitivo refrescante e com baixo teor alcoólico e após sete anos de intensas pesquisas apresentaram a nova bebida em uma feira internacional da cidade. Batizado de Aperol (o próprio nome é uma referência à palavra apéro, uma forma casual de se pedir um aperitivo em francês), a nova bebida de cor laranja, sabor complexo, rico e levemente amargo, era feita de uma combinação perfeita de ervas amargas e doces e frutas cítricas (a receita original - secreta - permanece inalterada até hoje). Inicialmente divulgado para um público masculino, Aperol estava destinado a se tornar o queridinho da Itália. Era comercializado como um aperitivo leve, uma alternativa aos licores mais fortes da época, ideal para ser consumido antes das refeições e abrir o apetite. Em 1920, a marca investiu em suas primeiras propagandas: cartazes evocavam a personalidade da marca, com texto e imagens em laranja - a cor símbolo da marca - e uma mensagem sugerindo estilo e elegância dos locais onde era servido.
Embora Aperol inicialmente visasse os homens através de sua comunicação, a década de 1930 introduziu a bebida ao público feminino através de anúncios nos jornais de grande circulação do país. Esses anúncios destacavam o fato de que o consumo de Aperol era favorável para as mulheres, sendo referido como “Il liquore degli sportivi” (algo como “o licor escolhido para o indivíduo ativo”) devido ao seu baixo teor alcoólico (apenas 11%) e perfeito para momentos de convívio social e particularmente adequado para o público feminino. Devido a essa campanha Aperol apresentou um bom desempenho em um mercado dominado por bebidas com alto teor alcoólico, tornando-se uma das mais populares entre mulheres e jovens.
A popularidade da bebida entre os italianos iria aumentar no início da década de 1950, quando foi introduzido o spritz, um drinque que mistura prosecco, Aperol, um pouco de água com gás, gelo e uma rodela de laranja. Foi um marco na história da comunicação para a marca. Isto porque, principalmente na Itália, “Lo Spritz” se tornou frequentemente sinônimo de Aperol, happy hour ou aperitivo. Quando alguém pensa spritz, imediatamente associa com Aperol. A partir deste momento, spritz e happy hour tornaram-se temas predominantes na comunicação da marca. Uma curiosidade: reza a lenda que o spritz foi inventado no século XIX na região de Vêneto, durante o período da dominação austríaca. Como os soldados austríacos não gostavam do sabor dos vinhos do norte da Itália, altamente alcoólicos na época, pediam sempre um pouco de água para misturar - Spritzen (borrifar em alemão) - com o vinho. Hoje, são consumidos aproximadamente 300 mil Aperol Spritz somente na região de Vêneto todos os dias, segundo o Grupo Campari, atual proprietário da marca. Com isso, nos anos seguintes, Aperol se tornou o preferido dos italianos para compor a receita do spritz. Somente em 1995 a marca apresentou sua primeira variação de produto: Aperol Soda (uma bebida pronta para o consumo que mistura Aperol e club soda, com apenas 3% de teor alcoólico).
Em 2003, a história da marca começaria a mudar quando o tradicional Grupo Campari adquiriu o Aperol, até então praticamente desconhecido fora da Itália. Com o impulso da rede de distribuição do Grupo Campari o Aperol começaria a ganhar o mundo e conquistar milhões de fãs. Para isso, a empresa se concentrou no drinque Aperol Spritz para expandir a marca para novos mercados e se reaproximar de um público mais jovem. Foi o primeiro esforço para criar uma mania em torno do Aperol Spritz, bebida popular no nordeste da Itália há quase um século. Com o slogan “Crazy for life” (“Louco pela vida”), as campanhas da marca retratavam jovens brindando com o tradicional coquetel. E davam a receita do spritz: três partes de espumante, duas de Aperol e uma de água com gás. Para completar, gelo e uma fatia de laranja. E voilà! Ou melhor, prego!, como dizem os italianos, criadores do drinque. Com isso a marca conquistou primeiramente a Áustria, Alemanha e Suíça. A expansão continuou, e, em 2010, o drinque conquistou outras áreas do Mediterrâneo. Daí para Nova York foi um pulo. Além disso, a estratégia de promover festas (batizadas de Aperol Spritz Summer Tour) também ajudou a popularizar a bebida na Europa. Ao mesmo tempo, a marca adotou outra tática: treinar bartenders em países como Alemanha, Austrália e até no Brasil (onde produto foi lançado em 2006). E a fama de Aperol se tornou ainda maior quando passou a ser apreciado por celebridades como o ator Robert De Niro.
O Aperol Spritz foi escolhido em 2011 pelo jornal The New York Times como a bebida do verão na Europa. Isso impulsionou ainda mais sua fama internacional. Ainda este ano a marca a resolveu expandir sua linha de produto com o lançamento do Aperol Spritz Home Edition, o tradicional drinque pronto para beber em pequenas garrafas, bastando adicionar uma fatia de laranja e um pouco de gelo. O investimento na marca foi tão grande, que no ano de 2012, a cidade de Milão ganhou um espaço dedicado ao aperitivo: o Terrazza Aperol, que tem uma aconchegante varanda de frente para a Duomo (catedral), o ponto turístico mais famoso da cidade. O lugar, além de oferecer deliciosos pratos e petiscos, vende mais de 350 doses do famoso drinque por dia. O sucesso da marca também pode ser explicado pela versatilidade da bebida: por lembrar um licor, o Aperol é bastante utilizado em receitas de sobremesas, compondo sorvetes, pudins, caldas, mousses, macarons, cupcakes e até picolés.
Atualmente Aperol, uma das marcas mais importantes do Grupo Campari, é comercializado em mais de 80 países ao redor do mundo, tendo como principais mercados, além da Itália, Alemanha, Áustria, França, Suíça, Bélgica e Reino Unido.

Usina Cooperval, Jandaia do Sul, Paraná, Brasil

 







Usina Cooperval, Jandaia do Sul, Paraná, Brasil
Jandaia do Sul - PR
Fotografia


Avenida Independência, Circa 1940, São Paulo, Brasil

 


Avenida Independência, Circa 1940, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Provavelmente de autoria de algum funcionário da PMSP e registrada por volta de 1940, vemos a então Avenida Independência já pavimentada. Posteriormente seria renomeada como Avenida Dom Pedro I. Ao fundo é possível visualizar o Museu Paulista.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Palacete São Jorge, São Paulo, Brasil

 










Palacete São Jorge, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Quando pensamos na Rua 25 de Março e região imediatamente nos lembramos do quanto esse pedacinho de São Paulo foi e ainda é influenciada pelos imigrantes do Oriente Médio. Não são poucos os estabelecimentos comerciais tradicionais nas mãos de sírios, libaneses e também armênios. Por mais que a região esteja cada vez mais repleta de comerciantes chineses, a influência árabe jamais desaparecerá do local.
E entre todos os nomes daqueles mascates que vieram de tão longe entre o final do Século XIX e início do Século XX, um com certeza se destaca entre todos eles: Rizkallah Jorge Tahan.
Ele fez fortuna no início do século passado vendendo em seu estabelecimento comercial na Rua Florêncio de Abreu, a Casa da Bóia, materiais hidráulicos em uma cidade que começava a crescer como nunca e cada vez mais se via carente desses produtos. 
E essa fortuna acumulada permitiu a Rizkallah Jorge expandir seus negócios para outras áreas, uma delas a construção civil, erguendo alguns ícones paulistanos, sendo um deles o Palacete São Jorge.
Localizado na Rua Carlos de Sousa Nazaré (anteriormente chamada de Rua Anhangabaú) esta construção colossal foi inaugurada em 1930 e é um importante patrimônio histórico de São Paulo, tendo sido tombado no ano de 2016 (nível P-3 fachadas).
A arquitetura do edifício reflete as características de sua época e também o estilo eclético que permeiam o padrão arquitetônico paulistano das primeiras décadas do Século XX. Apesar de não ser exatamente um arranha-céu, possui apenas cinco andares, sua área ocupa um grande lote retangular que impressiona pelo tamanho e chama a atenção dos pedestres que passam por ali.
Nem todas as unidades do Palacete São Jorge foram colocadas imediatamente à venda por Riskallah Jorge, algumas foram alugadas para fazer renda (algumas unidades inclusive até hoje estão em nome de seus descendentes) e, à época, outras foram cedidas para abrigar familiares e amigos (os patrícios) que vinham da Síria e Líbano.
De uso misto o edifício possui estabelecimentos comerciais no térreo e apartamentos nos andares superiores. São apartamentos amplos e confortáveis (segundo depoimento de um morador, o prédio é tão robusto que lá dentro nem se tem a sensação de estar em uma das regiões mais movimentadas e ruidosas da capital paulista, informação que acho meio improvável).
O Palacete São Jorge não é o único edifício erguido pelo espírito empreendedor de Rizkallah Jorge. Além dele e notadamente a Casa da Bóia (um ícone art nouveau), Jorge ergueu um grande palacete na Avenida Paulista esquina com a Rua Bela Cintra, onde residiu até o fim da sua vida, e também o Palacete Paraízo (com Z mesmo), outro grande edifício residencial que fica em frente ao São Jorge. Ele também contribuiu com a compra do terreno e a construção da Igreja Apostólica Armênia de São Paulo. Texto de Douglas Nascimento.

Construção de Muro de Arrimo e Escadaria no Paredão ao Lado da Avenida Rangel Pestana, 1930, São Paulo, Brasil


 

Construção de Muro de Arrimo e Escadaria no Paredão ao Lado da Avenida Rangel Pestana, 1930, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Construção de muro de arrimo e escadaria no paredão ao lado da estreita avenida Rangel Pestana (antiga ladeira do Carmo). Durante décadas, talvez tenha sido o maior problema enfrentado pela municipalidade. No alto, o arvoredo no largo homônimo. Abaixo, à esquerda, o acesso à rua Frederico Alvarenga (antiga rua do Hospício).