quarta-feira, 8 de junho de 2022

Prefixo 0303 que Dedura Telemarketing se Torna Obrigatório - Artigo

 


Prefixo 0303 que Dedura Telemarketing se Torna Obrigatório - Artigo
Artigo


A partir desta quarta-feira (8) o uso do prefixo 0303 no início de todos os números de telemarketing ativo (como venda de produtos e/ou serviços) se torna obrigatório por parte das empresas. Desde o dia 10 de março, essa regra valia só para ligações originadas de celulares.
O código servirá para o consumidor ter mais controle para decidir se deseja atender ou não ligações, além de mapear os números que pertencem a empresas oficiais e as que não seguem as regras, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
É também mais um passo nas estratégias para conter o "spam telefônico" —oferta de produtos ou serviços não solicitados por meio de chamadas ou mensagens telefônicas.
O prefixo 0303 foi definido pela Agência em dezembro de 2021, por meio do Ato nº 10.413. Até abril deste ano, cerca de 320 números de telefone começaram a usar o 0303.
O que muda?
O código 0303 deve aparecer de forma clara no visor do telefone do consumidor. Essa alteração precisa ser feita pelas empresas de telemarketing e redes de telecomunicações.
Além disso, as operadoras devem realizar o bloqueio preventivo de chamadas originais de telemarketing ativo a pedido do usuário.
Empresas que solicitam doação e que fazem cobrança não precisarão aderir ao prefixo.
As organizações que descumprirem as regras poderão sofrer sanções administrativas e bloqueio do número utilizado. O consumidor que se sentir prejudicado deve formalizar sua reclamação na Ouvidoria da Anatel.
Como barrar o spam telefônico:
Segundo relatório global lançado pelo aplicativo Truecaller, em dezembro do ano passado, cada brasileiro recebe, em média, 32,9 chamadas indesejadas por mês. Pela quarta vez consecutiva, o país liderou o ranking de ligações de produtos e serviços não solicitados.
Uma das saídas para amenizar o problema é o serviço "Não Me Perturbe", criado em 2019 pela Anatel. Ele permite que as pessoas inscritas bloqueiem chamadas de empresas de telemarketing, de telecomunicações e de oferta de crédito consignado. Ele só não bloqueia ligações de planos de saúde ou de redes varejistas.
Veja a seguir algumas dicas para você bloquear o spam telefônico:
1. Direto na operadora de telefonia:
A primeira alternativa é entrar em contato com sua operadora e solicitar o cancelamento de ligações do tipo. Verifique o número de atendimento ao consumidor e siga os passos dados na ligação.
2. Não Me Perturbe:
O acesso é gratuito e não requer instalar qualquer aplicativo no celular ou computador. Acesse o site www.naomeperturbe.com.br;
Na página inicial, clique em "Fazer login" (caso já seja usuário) ou "Quero me cadastrar" (e preencha o formulário com dados pessoais);
Na sua página, clique em "Novo bloqueio";
Na tela de "Solicitar bloqueio", insira seu número de telefone e marque as empresas das quais não deseja receber chamadas de telemarketing;
Clique em "Não sou um robô" e em "Validar bloqueio";
Preencha o código de 6 dígitos enviado por SMS;
Veja o comprovante de solicitação de bloqueio.
Pronto! Em até 30 dias, estes números serão impedidos de ligar para você.
3. No próprio celular:
É possível bloquear números específicos diretamente no smartphone, seja Android ou iPhone. Basta selecionar o número que te ligou e ir nas configurações da chamada. Procure uma opção como "Bloquear este chamador" ou "Bloquear/desbloquear número" (menus dependem do modelo do aparelho).
Assim, o próprio celular vai impedir que qualquer ligação deste único contato seja completada. Mas seus ramais e variantes continuarão liberados.
4. Bloquear desconhecidos:
Não é a melhor opção, pois não diferencia o que é telemarketing ou não. Mas é uma alternativa. Se ativada, todas as chamadas de números que não estão na agenda do celular serão recusadas — isso pode fazer você perder contatos importantes.
Para ativar a função, siga os seguintes caminhos:No iPhone: "Ajustes" > "Telefone" > "Silenciar Desconhecidos"
No Android: "Ligações" > "Configurações" > "Números bloqueados" > "Desconhecidos"
5. Por aplicativos:
Há diversos aplicativos que fazem o serviço de bloqueio de chamadas e/ou identificam quem está ligando, de acordo com um banco de dados colaborativo. A dica é baixar apenas apps das lojas oficiais (Play Store, Apple Store, Galaxy Store), e que sejam bem avaliados. Alguns dos mais recomendados são: Hiya, Whoscall e o Truecaller.

terça-feira, 7 de junho de 2022

A Breve e Problemática Passagem da Asia Motors no Brasil - Artigo


 

A Breve e Problemática Passagem da Asia Motors no Brasil - Artigo
Artigo



Fundada em 1965 e controlada pela KIA desde 1976, a Asia Motors era pouco conhecida no mundo ocidental até o início da década de 90. Sua expansão coincidiu com a abertura do mercado brasileiro à importação de veículos determinada pelo governo Collor. Em 1993 foi constituída a Asia Motors do Brasil, composta por três sócios brasileiros, como importadora exclusiva da marca no país. Em setembro aqui chegaram suas primeiras vans, a Towner e a Topic – veículos diesel de baixo preço, práticos e sem similar nacional. Foram elas (mais a KIA Besta) o alimento farto e barato que nutriu o serviço ilegal de transporte de pessoas, flagelo que se alastrou sem controle pelas principais cidades brasileiras, desestruturando o transporte público regulamentado e produzindo efeitos deletérios sobre a mobilidade urbana que perduram até hoje. Em apenas dois anos foram importados quase 50 mil desses carros, tornando o Brasil o segundo maior mercado internacional da Asia Motors e a minivan Towner o importado mais vendido no país entre as marcas que aqui não tinham fábricas.
Já no mês seguinte à importação dos seus primeiros carros a Asia Motors anunciou o interesse em aqui produzi-los. Em março de 1995 confirmou a construção de uma planta em Serra (ES), em terreno de propriedade da KIA. A fábrica, com início de operação previsto para 1997, teria capacidade de montagem de 50.000 unidades/ano da Towner e Topic (ambas seriam importadas sob a forma CKD). Seis meses depois, porém, o Presidente coreano da KIA seria evasivo diante da Ministra da Indústria e do Comércio, não confirmando sequer sua fábrica seria instalada no Brasil ou em outro país da América Latina. Sua única afirmação: se unidade industrial viesse a existir, seria única para as duas marcas – Asia e KIA. Logo se percebeu ter sido esta uma reação contra o importador brasileiro, que tentava se antecipar à controladora definindo programas de investimento à revelia da própria matriz. Apesar do desmentido, a Asia brasileira manteve seus planos de construção de fábrica própria. Iniciou negociações com o Governo do Rio de Janeiro e, entrando no jogo de barganhas por benefícios fiscais, logo estendeu seus contatos a outros estados das regiões Sul e Sudeste.
Os rumos dos dois grupos só ficaram mais claramente definidos em abril de 1996, com a desistência da holding KIA participar diretamente de investimentos no Brasil, dispondo-se apenas a vender tecnologia para a fabricação dos veículos. Assim, o processo de implantação das duas marcas passava oficialmente para as mãos dos seus representantes nacionais (Asia Motors do Brasil e KIA Motors do Brasil, empresas de importação e revenda independentes entre si), o que acabaria por inviabilizar o projeto de fábrica conjunta.
Em abril de 1996 a Asia aderiu ao Regime Automotivo. Valendo-se das vantagens (legais) previstas no Programa, a empresa deixava de recolher 50% dos impostos de importação relativos aos veículos trazidos da Coreia, em troca do compromisso de fabricá-los no país e, até o final de 1999, compensar com exportações os 50% da alíquota não recolhidos. Ocorre que, atrás de benefícios cada vez maiores, a decisão pela localização da fábrica veio sendo constantemente adiada, retardando perigosamente os prazos para o cumprimento de suas obrigações junto às autoridades federais. (Dentre os pleitos apresentados pela empresa havia alguns absurdos, tais como aumentar de três para quinze anos o prazo para atingir o índice de nacionalização de 60%.) Em janeiro de 1997, após ter o Governo Federal constituído pacote específico de benefícios para investimentos sob o Regime Automotivo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e estimulada por um conjunto adicional de incentivos oferecido pelo Governo da Bahia, a Asia Motors finalmente anunciou seus planos definitivos: a construção de uma fábrica em Camaçari (BA) para a produção de 36 mil Towner e 24 mil Topic por ano a partir de meados de 1999, 51% do investimento financiado pela Asia coreana. Em maio o tamanho do empreendimento já havia mais do que duplicado, passando para 130 mil unidades/ano.
Mas os dias do projeto estavam contados. Em agosto de 1997, ao mesmo tempo em que era lançada a pedra fundamental da fábrica, na Bahia, se tornava pública, na Coreia, a profunda crise que envolvia o grupo KIA – dívidas superiores a dez bilhões de dólares, concordata, intervenção dos bancos credores e estatização temporária. O ano de 1998 se iniciou sem perspectivas de solução para o empreendimento brasileiro: as obras de terraplenagem, que já deviam estar concluídas, nem sequer haviam sido licitadas (as obras só teriam início no final de maio). O projeto executivo da usina ainda se encontrava em fase inicial de discussão e, o mais grave, o grupo brasileiro que liderava o processo, sem nenhuma capacidade financeira própria, ainda buscava investidores ou financiadores dispostos a entrar no negócio. Agravando o quadro, percebendo que o projeto não teria continuidade, o Governo Federal começava a cogitar da cobrança dos impostos de importação não recolhidos entre 1996 e 1997, ao mesmo tempo que suspendia a concessão do benefício a novas importações enquanto a empresa não oferecesse demonstração concreta de que o empreendimento seria realizado.
As suspeitas se provaram procedentes. Em novembro de 1998, em resultado de um leilão internacional, a também coreana Hyundai assumiu o controle da KIA e da Asia Motors. Ato contínuo, o governo brasileiro oficiou à Asia Motors do Brasil a cobrança da multa devida, montando US$ 210 milhões. Na Coreia, a Hyundai decide fortalecer a KIA, a ela incorporando as atividades da Asia Motors; em 2000 extingue internacionalmente a Asia Motors, como marca e como empresa. Apesar das reiteradas declarações de representantes do governo coreano de que o comprador da Asia honraria os compromissos previamente assumidos com o Brasil – construção da fábrica ou pagamento da multa – nada ocorreu; contraditoriamente, naquele mesmo ano o próprio governo da Coreia rogava o perdão da dívida pelo Brasil. 
Em março de 2014 a Fazenda nacional obteve em primeira instância o reconhecimento da responsabilidade dos sucessores da Asia Motors do Brasil pela dívida, que já monta a US$ 890 milhões.
Diante disso, é de se perguntar se tal calote ocorreria nos EUA, Europa ou qualquer outro país minimamente decente? Claro que não.
Mas como estamos no Brasil, e aqui o crime compensa, adivinhem como terminou a história?
O Supremo Tribunal Federal (sempre a salvação dos bandidos) deu ganho de causa à montadora de veículos sul-coreana Kia Motors, que a ameaçava a herdar responsabilidade sobre uma dívida tributária de cerca de R$ 2 bilhões. A decisão do STF isenta a Kia de responsabilidade na gestão da Asia Motors do Brasil (AMB), companhia criada na década de 1990 e que prometia a construção de uma fábrica de veículos na Bahia em troca de benefícios fiscais.
O julgamento da última instância da justiça brasileira se soma à decisão anterior da Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (ICC), de 2004, que determinou que a AMB deve R$ 475 milhões à montadora sul-coreana por veículos importados e que não foram pagos, segundo valores atualizados. A AMB foi criada em 1993 e começou a importar vans para o País, acumulando dívidas com a Asia Motors Corporation, incorporada pela Kia em 1999, segundo a companhia sul-coreana.
A AMB aderiu ao regime automotivo brasileiro da época que previa benefícios fiscais em troca da construção de uma fábrica, mas a unidade produtiva da marca nunca foi erguida no país, o que gerou a execução da dívida pelo governo. "Se a Fazenda não recebeu os impostos, a Kia não recebeu o dinheiro dos carros que vendeu à AMB", disse o advogado Fabiano Cavalcanti, do escritório Sergio Bermudes, que representa a companhia sul-coreana no Brasil (advogados e suas "lógicas", sempre na defesa de clientes bandidos).
A decisão do STF "reconhece a tese da Kia de que a empresa não controlava a AMB e, portanto, não pode ser responsável pelos créditos fiscais", disse Cavalcanti, lembrando que em 2011 o Tribunal Regional Federal já havia determinado que a Kia não poderia ser incluída na cobrança da dívida pelo governo. Representantes da Asia Motors do Brasil não puderam ser contatados para comentar o assunto (e nem vão ser contatados ou achados, uma vez que já embolsaram os lucros). Em 2008, o STF negou pedido de liminar de refúgio no Brasil do empresário sul-coreano Chong Jin Leon, antigo dono da AMB, segundo o tribunal (parece piada, não sei como não aceitaram esse criminoso por aqui, decisão incompátivel com o padrão brasileiro de refúgio a criminosos).
A solução da disputa com a AMB era considerada como um dos impeditivos para a construção de uma fábrica própria da Kia no Brasil, o que se tratava de mais uma mentira, pois mais de dez anos após o fim da questão (contra os interesses nacionais), ainda não há fábrica da montadora no país. Tratou-se, mais uma vez, de calote puro e simples aos cofres brasileiros.
Nota do blog: O veículo da imagem é um Asia Motors Towner Coach Básica.


Promoção "Aproveite que Loucura tem Limites", 1996, Asia Motors, Brasil


 


Promoção "Aproveite que Loucura tem Limites", 1996, Asia Motors, Brasil
Propaganda



Propaganda da Asia Motors dos veículos Towner Coach Básica, Towner Panel Van, Towner Glass Van, Towner Truck. Esses veículos na época tornaram-se verdadeira febre no Brasil, sendo adquiridos por micro e pequenos comerciantes, especialmente do ramo de transportes (ilegais) e alimentação (dogueiros, lancheiros, etc). Possuíam preço extremamente acessível, notem na propaganda que mesmo sendo importados da Coreia do Sul, a cotação do Dólar era extremamente vantajosa ao veículo, sendo US$ 1,00 = R$ 0,96 (o Real valia mais que o Dólar, quem compara isso com a situação atual, não acredita...rs). Com o fim da montadora no final dos anos 90, sumiram na mesma velocidade, enfrentando problemas de qualidade e manutenção, além de terem deixado uma dívida bilionária de impostos e outros débitos.

Propaganda "Organize seu Roteiro de Trabalho ou de Lazer e Boa Viagem", Volkswagen Kombi Karmann Mobil, Karmann Ghia do Brasil, Brasil



 

Propaganda "Organize seu Roteiro de Trabalho ou de Lazer e Boa Viagem", Volkswagen Kombi Karmann Mobil, Karmann Ghia do Brasil, Brasil
Propaganda

Propaganda "O Preço do Sucesso", 1980, Volkswagen Gol L, Volkswagen, Brasil


 

Propaganda "O Preço do Sucesso", 1980, Volkswagen Gol L, Volkswagen, Brasil
Propaganda

Nota do blog: Na época estavam furtando as placas de identificação do modelo com o nome "Gol". Por mais incrível e de mau gosto que pareça, publicitários aproveitaram de tal fato para fazer propaganda do modelo. Tudo era possível nos anos 80...rs.

Escola Normal, Praça da República e Rua Ipiranga, São Paulo, Brasil


 

Escola Normal, Praça da República e Rua Ipiranga, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Propaganda "O Pick-Up Mais Econômico do Mercado, o Pick-Up Mais Bonito da Praça", 1983, Volkswagen Saveiro, Volkswagen, Brasil


 

Propaganda "O Pick-Up Mais Econômico do Mercado, o Pick-Up Mais Bonito da Praça", 1983, Volkswagen Saveiro, Volkswagen, Brasil
Propaganda

Propaganda "Fiat 86, Fazendo o Futuro em Cada Veículo", 1986, Fiat 147 C, Fiat, Brasil







Propaganda "Fiat 86, Fazendo o Futuro em Cada Veículo", 1986, Fiat 147 C, Fiat, Brasil
Propaganda

Nota do blog: 1986 foi o último ano de fabricação do Fiat 147 no Brasil.

 

Avenida Luiz Xavier, 1979, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Avenida Luiz Xavier, 1979, Curitiba, Paraná, Brasil - Artigo
Curitiba - PR
Fotografia

segunda-feira, 6 de junho de 2022