Rua da República, Circa Década de 1930, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia
A Rua da República era chamada de Rua do Imperador. Assim como a Rua da Imperatriz (atual Venâncio Aires) foi aberta, segundo o vereador Dr. Luiz da Silva Flores (1845), para “ marcar de modo útil a próxima visita dos Monarcas”: Dom Pedro II e Dona Tereza Cristina. Foi demarcada, num lado, sobre o terreno de João Batista Soares da Silveira e Souza e de outro sobre terrenos de nada menos que 15 herdeiros. Mesmo com a rua aberta, Joao Batista, dono de olaria, continuava a escavar no local. A licença para tirar barro foi concedida com a condição de que os lugares escavados fossem aterrados para manter o nivelamento da rua e que não atrapalhassem o tráfego. Três décadas depois as condições da rua eram precárias. Apesar de ser caminho dos Bondes à burro da Companhia Carris Porto-Alegrense uma grande vala, que conduzia as águas da várzea para o riacho, causava transtornos. Um requerimento dos moradores de 1887 pede a colocação de calhas por causa dos “miasmas” que a prejudicam. Na parte final, no lado sul, havia uma ponte: a ponte do Riacho. Ela permitia o acesso ao Areal da Baronesa. Era uma área loteada pela Baronesa do Gravataí logo após o incêndio de sua mansão que se localizava onde hoje é a Fundação Pão dos Pobres. A ponte serviu por várias décadas até a retificação do arroio Dilúvio, acabando com as enchentes e determinando uma expressiva transformação do local. Com a Proclamação da República muitas ruas têm seus nomes mudados pelo povo. A Rua do Imperador foi uma delas e em 11/12/1889 se oficializa o nome atual.