Blog destinado a divulgar fotografias, pinturas, propagandas, cartões postais, cartazes, filmes, mapas, história, cultura, textos, opiniões, memórias, monumentos, estátuas, objetos, livros, carros, quadrinhos, humor, etc.
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Projeto Geladeiroteca, Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Projeto Geladeiroteca, Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Ao andar pela Praça das Mães, dentro do Parque Buenos Aires, o visitante se depara com uma cena curiosa: duas geladeiras ao lado de alguns bancos. Os eletrodomésticos, porém, possuem ali uma função bem diferente da usual: são bibliotecas.
Com uma pintura bem colorida na parte de fora, as prateleiras internas estão recheadas de livros vindos de doações. As obras vão desde gibis e clássicos infantis, até romances como O Vermelho E O Negro, do escritor Stendhal, além de publicações em inglês e guias de viagem. Variedade é o que não falta.
Qualquer pessoa pode retirar um exemplar das geladeiras, levar para casa e depois devolver. Caso tenha gostado muito da obra, pode ficar com ela e deixar outra no lugar. Quase todos os livros vêm de doações do público, que ocorrem principalmente aos domingos.
O projeto, que chama Geladeiroteca, tem como objetivo incentivar a leitura de forma gratuita. Trecho de texto da PMSP.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Mãe, Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Escultura Mãe, Praça das Mães, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Em 1970, foi implantada no Parque Buenos Aires, no bairro Higienópolis, a escultura Mãe. Esculpida em mármore branco e, com seu estilo moderno e imponente, a obra retrata uma cena singela, mas tocante: uma mulher aconchegando o filho no seu peito.
A obra foi concebida pelo escultor e professor Caetano Fraccaroli, que durante a sua trajetória como artista recebeu diversos prêmios e realizou outras obras de destaque na cidade, como a Leitura, situada no saguão da Biblioteca Mário de Andrade, e O Semeador, localizado atualmente na Praça Apecatu.
A iniciativa da implantação da escultura surgiu através das Emissoras e Diários Associados, na pessoa do jornalista Edmundo Monteiro, que tinha como intenção prestar uma homenagem à mãe brasileira. Foi promovido, então, em 1965, um concurso que teve como vencedor a proposta de Fraccaroli.
Após cinco anos da sua idealização, a obra é inaugurada na área mais alta do parque, embora, segundo Fraccaroli, a escultura deveria ficar na parte baixa do parque, próxima ao chafariz, rodeada de grama, crianças e mães, “como se brotasse da terra”, e não no local implantado, circundada por calçadas de concreto tal como um obelisco.
Independente da sua localização, a escultura cumpriu com seu papel, tornando a área em que foi implantada conhecida como “Praça das Mães”. Texto do DPH.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Milon de Crotona, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Texto 1:
Escultura realizada em cerâmica e granito, cópia da obra de Pierre Puget. Foi implantada em circa 1916. Texto do Blog.
Texto 2:
A escultura Milon de Crotona, localizada na Praça Buenos Aires, é uma homenagem a um grande herói das olimpíadas gregas. Nascido no século VI antes de Cristo, na cidade de Crotona, discípulo do matemático Pitágoras, seis vezes vencedor dos Jogos Olímpicos, Milon foi o introdutor de um dos métodos de treinamento mais antigos da humanidade, cujo princípio fundamental, utilizado até hoje, é a evolução progressiva da carga.
Quando menino, Milon carregava uma vaca nos ombros e suportava a coluna central de um salão sozinho. Segundo relatos, ele foi um dos primeiros a se preocupar com a suplementação alimentar, comendo por dia nove quilos de carne, nove quilos de pão e 10 litros de vinho (sic).
Diz a lenda que Milon de Crotona morreu de forma trágica: ao tentar partir um tronco em dois, teve suas mãos presas nas fendas da árvore e foi devorado à noite por lobos. Trecho de texto da Alesp.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Leão Lutando com uma Serpente, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Obra da empresa francesa Fonderies d'Art du Val d'Osne, construída em ferro fundido, alvenaria e granito. Foi implantada em circa 1916.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Veado Lutando com Três Tigres, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Escultura Veado Lutando com Três Tigres, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Obra da empresa francesa Fonderies d'Art du Val d'Osne, construída em ferro fundido, alvenaria e granito. Foi implantada em circa 1916.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Homenagem ao Tango, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Escultura Homenagem ao Tango, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Em 1995, o empresário argentino José Altstut, conhecido como Pepe "dono do maior cemitério vertical do mundo, localizado em Santos, além de construtoras, hotel, pousada, academia e vários imóveis em São Paulo e no Rio de Janeiro", encomendou uma escultura que exaltasse a manifestação cultural de seu país. O escultor Roberto Vivas foi escolhido em concurso para criar um monumento que seria doado ao Consulado Geral da Argentina. Passado algum tempo, o Consulado pensando em estreitar as relações entre os dois países, decidiu instalar a obra em um lugar público. Em 25 de agosto de 1996 a escultura Homenagem ao Tango foi instalada na praça Buenos Aires, no bairro de Higienópolis, zona oeste da capital paulista.
A escultura, feita em bronze fundido na cera perdida, representa um casal executando o movimento da dança, sobre um pedestal de granito preto. Quem passeia pelo parque pode observar a expressividade da dança repercutida na escultura e que representa a maior manifestação cultural argentina.
O escultor:
O portenho Roberto Vivas veio para o Brasil em 1970 fazer uma exposição e acabou ficando no país. Ele iniciou seus estudos em 1952, em sua cidade de origem, e concluiu na Europa. Em 1962, o artista começou a expor seus trabalhos nas principais galerias da Argentina e do exterior.
Vivas é autor de várias telas e esculturas presentes no eixo Rio-São Paulo. Para elaborar Homenagem ao Tango, ele uniu sua criatividade de artista plástico à sensibilidade de dançarino nato da modalidade.
O tango:
No início, o tango era dançado apenas por homens nos subúrbios portenhos. Como a população imigrante era predominantemente masculina, apenas as prostitutas aceitavam dançar esse tipo de música. Aos poucos, ela começou a se estender para os bairros mais ricos e passou a ser aceita pela sociedade, até alcançar seu sucesso na Europa, principalmente em Paris, na França.
A melodia era feita numa fase inicial com violino, violão e flauta, esta última mais tarde substituída pelo bandoneón (espécie de sanfona). Os imigrantes, na sua grande maioria, eram pobres e com sina difícil, o que contribuiu com o ar nostálgico e melancólico das músicas. O tango teve influências também do candomblé, através da milonga. A linha sentimental e emotiva tem marcas da habanera. A mistura desses estilos deu origem ao que hoje é considerada a principal manifestação cultural da Argentina. A dança portenha transforma os mais íntimos sentimentos da vida em arte. Texto da Alesp.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Escultura Emigrantes, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Escultura Emigrantes, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Em 05/11/2012 foi inaugurada no parque Buenos Aires, réplica da escultura Emigrantes, do pintor, gravador, escultor e desenhista Lasar Segall. A obra original é de 1934 e está exposta no Museu Lasar Segall, dedicado a guardar o acervo e memória do autor.
Para reproduzir fielmente a obra de Segall, uma equipe do museu e profissionais especializados em fundição combinaram técnicas artesanais e industriais de moldagem em bronze fundido, para o qual foram feitos moldes primários com as dimensões originais de gesso e cera. A produção foi resultado da parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Associação Cultural Amigos do Museu Lasar Segall.
De origem judaica, Lasar Segall iniciou os estudos de arte em 1905, na Academia de Desenho do mestre Antokolski, em Vilna, na Lituânia. Mudou-se para a Alemanha em 1906 e estudou na Escola de Artes Aplicadas e na Academia Imperial de Belas Artes, em Berlim. O artista também viajou para a cidade de Dresden, onde frequentou a Academia de Belas Artes. Ampliou seu contato com a pintura impressionista e, em 1910, realizou a primeira mostra individual na Galeria Gurlitt.
No final de 1912, veio para o Brasil e, no ano seguinte, expôs em São Paulo e Campinas. No mesmo ano, retornou à Europa. Inicialmente, realizou uma pintura de derivação impressionista, com influência de conhecidos artistas, como Paul Cézanne. A partir de 1914, passou a interessar-se pelo expressionismo, desenvolvendo-se plenamente nessa estética em 1917. Em 1919, em Dresden, fundou com Otto Dix, Conrad Felixmüller, Otto Lange e outros, o Dresdner Sezession Gruppe 1919, grupo que agrega artistas expressionistas da cidade.
Em 1923, voltou ao Brasil, onde fixou residência em São Paulo. Na capital paulista, Lasar Segall foi destaque no cenário da arte moderna, considerado um representante das vanguardas europeias. No ano seguinte, executou decoração para o Baile Futurista do Automóvel Clube e para o Pavilhão Modernista de Olívia Guedes Penteado. Foi um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna - Spam, em 1932, da qual foi diretor até 1935. Dez anos após sua morte, em 1967, a casa onde morava, na Vila Mariana, foi transformada no Museu Lasar Segall. Texto da PMSP.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Herma Prefeito Firmiano Pinto, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
Herma Prefeito Firmiano Pinto, Parque Buenos Aires, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Texto 1:
O prefeito que precisou enfrentar a transformação de São Paulo numa zona de guerra em 1924 era um pacato membro da elite cafeeira da época, amante do hipismo e casado com a filha de um conde.
Firmiano de Morais Pinto (1861-1938) acabou colaborando com militares revoltosos para tentar minimizar os danos do levante que tomou a cidade durante seu mandato e chegou a ser acusado de traidor pelo governo federal, embora a Justiça o tenha absolvido.
Antes de sua gestão como prefeito da capital, entre 1920 e 1926, Firmiano tinha passado a maior parte da vida em São Paulo, onde se formou em direito no fim do governo imperial.
Nascido em Itu e descendente de militares, foi juiz em Limeira ainda durante o Império e, pouco depois, gerenciou o Banco União de São Carlos a pedido do sogro, Antônio Carlos de Arruda Botelho, o conde de Pinhal.
Após a proclamação da República, Firmiano foi conquistando influência crescente no mundo da política, sendo eleito deputado federal mais de uma vez e atuando como secretário estadual da Agricultura no governo de Campos Salles, que se tornaria presidente mais tarde.
Dando continuidade a uma estratégia que já tinha sido empregada pelos produtores de café paulistas desde o reinado de dom Pedro 2º, ele estimulou a vinda de imigrantes europeus como mão-de-obra agrícola para o estado. Na década de 1910, atuou ainda como representante de São Paulo em Paris.
Firmiano chegou à prefeitura paulistana graças ao apoio de Washington Luís (outro cacique da República Velha também eleito, mais tarde, para a Presidência), que fez dele seu sucessor no comando da capital.
Seu trabalho como prefeito se caracterizou pelos investimentos em planejamento urbano e infraestrutura, numa cidade que ainda tinha apenas cerca de 700 mil habitantes, sendo a segunda mais populosa do país, só atrás do Rio de Janeiro. Mas estava crescendo rapidamente.
Foi durante seus mandatos, por exemplo, que a prefeitura adquiriu o terreno em que seria criado o Cemitério São Paulo. Desmembrou propriedades rurais que dariam origem a bairros como Jardim Europa e Vila Matilde.
Firmiano também foi um dos principais responsáveis pela canalização do rio Tamanduateí, com obras na avenida do Estado e o planejamento para a abertura do que seria a avenida 9 de Julho. Formulou o projeto para a construção do Mercado Municipal e criou a praça do Patriarca.
Os planos urbanísticos de Firmiano, porém, tiveram de ficar de lado a partir da madrugada do dia 5 de julho de 1924, um sábado.
Sob a liderança de um general da reserva do Exército, Isidoro Dias Lopes, e de uma série de jovens oficiais, como Joaquim Távora e Eduardo Gomes, que já tinham se rebelado antes contra o governo da República, militares e policiais revoltosos começaram a tomar o controle da capital.
Os responsáveis pela quartelada, mais tarde classificados como membros do chamado movimento tenentista, consideravam que o governo do presidente Arthur Bernardes era corrupto e ilegítimo, tendo subido ao poder por meio de eleições fraudadas (o que, de fato, tinha acontecido). Os "tenentes" queriam tirar Bernardes da Presidência e instituir uma série de reformas tecnocráticas e democratizantes, entre elas o voto secreto.
Durante alguns dias, combates entre os rebeldes de Dias Lopes e forças legalistas prosseguiram em torno do Palácio dos Campos Elíseos, então sede do governo estadual, e outros locais da cidade. No dia 9 de julho, porém, o governador Carlos de Campos e seus principais assessores resolveram abandonar São Paulo, e o município ficou nas mãos dos "tenentes".
Firmiano, contudo, decidiu permanecer na cidade. Entrou em cena então o presidente da Associação Comercial, José Carlos de Macedo Soares, que ajudou a intermediar negociações entre o prefeito e a chefia do levante. "Devo entender-me com os chefes revoltosos?", teria questionado Firmiano segundo o jornalista Pedro Dória.
No primeiro encontro com o prefeito, o general Dias Lopes manifestou interesse em trabalhar junto com Firmiano. "Venho solicitar a Vossa Excelência a honra de sua colaboração no exercício do cargo", disse o militar golpista.
O prefeito aceitou e emitiu decretos para tentar garantir o policiamento e o abastecimento da cidade já perto de ficar sob sítio, e na qual já começavam a ocorrer saques.
O caráter contemporizador de Firmiano, no entanto, não contava com a intransigência militar do governo federal. O presidente Arthur Bernardes e seus generais estavam dispostos a bombardear São Paulo, sem poupar a população civil, para forçar a rendição dos rebeldes.
Pedidos de trégua enviados pelo prefeito e pelo arcebispo de São Paulo, dom Duarte Leopoldo, foram rechaçados diversas vezes. Firmiano chegou a viajar para o Rio em 24 de julho para tentar uma saída negociada, mas voltou de mãos abanando, segundo o livro "São Paulo Deve Ser Destruída", do jornalista e historiador Moacir Assunção.
O levante terminou na noite do dia 27, com a retirada dos revoltosos em trens que saíram da Estação da Luz. Mais de 500 moradores tinham morrido.
Depois de se livrar das acusações de colaboracionismo, Firmiano voltou a se eleger deputado federal duas vezes, mas não tomou posse na segunda eleição por causa do golpe que levou Getúlio Vargas à Presidência em 1930. Morreu na capital aos 77 anos. Texto de Reinaldo José Lopes / Folha de S. Paulo.
Texto 2:
Obra de Luiz Morrone, construída em bronze e granito, foi implantada em 1947. Texto do Blog.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
Assinar:
Postagens (Atom)