segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Instituto Biológico, São Paulo, Brasil





Instituto Biológico, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal N. 139
Fotografia - Cartão Postal

O Instituto Biológico é um centro de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, voltado à produção, difusão e transferência de tecnologias e conhecimento científico nas áreas de agronegócio, biossegurança e atividades correlatas. Localiza-se no distrito de Vila Mariana, na cidade de São Paulo, nos arredores do Parque do Ibirapuera. O instituto foi criado em 1927 e, atualmente, é um dos principais centros de formação de cientistas do estado, com forte atuação na área de pós-graduação.
Referência nacional na área de pesquisa agrícola, o local administra um vasto conjunto de laboratórios espalhados pelo estado de São Paulo. Apenas em sua sede, na capital paulista, o IB abriga os Centros de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, Vegetal e Proteção Ambiental, além do Museu do Instituto Biológico, do Centro de Memória e de uma biblioteca que conta com mais de 100 mil volumes em seu acervo.
Inaugurada em janeiro de 1945, a sede do Instituto Biológico (localizada na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252) levou quase duas décadas para ficar pronta – sendo que as obras começaram em 1928. Projetado pelo arquiteto Mário Whatey, o prédio destaca-se pelas características arquitetônicas europeias do art-decó (como o uso de formas geométricas influenciadas por movimentos vanguardistas como o futurismo, o cubismo e o construtivismo) sendo um dos principais exemplos da modernidade da arquitetura paulistana. O mesmo estilo pode ser encontrado em outras importantes construções da cidade, como no Viaduto do Chá e na Biblioteca Mário de Andrade. Mas a conexão com a cultura estrangeira vai muito além da influência no estilo arquitetônico, já que grande parte dos materiais utilizados na construção do prédio são importados de diversas partes do planeta. O mármore Lioz, que reveste os pisos e paredes de todas as salas, por exemplo, veio diretamente de Portugal. Já as porcelanas dos sanitários (que, posteriormente, foram substituídas) foram importadas dos Estados Unidos.
Materiais nacionais (e igualmente requintados) também marcam presença na construção – a exemplo do ferro fundido utilizado nas janelas, confeccionados pela Escola de Artes e Ofícios do Estado, e do piso dos corredores de algumas salas, feitos de madeira de Ipê. No primeiro andar, o piso ladrilhado foi confeccionado na Companhia Cerâmica Brasileira.
Para finalizar a mistura de influências nacionais e internacionais em sua construção, o Instituto teve seus jardins desenhados pelo arquiteto e paisagista belga Arséne Puttemans.

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