Versões do Volkswagen Gol que Não Deram Certo - Artigo
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Ninguém pode duvidar do carisma do Gol. Lançado em 1980, o compacto não só cumpriu a dura missão de substituir o Fusca como se tornou um sucesso de vendas. Mas tantos méritos não significam que a Volkswagen não cometeu erros ao longo destes 36 anos. Listamos abaixo sete versões ou séries especiais que não caíram no gosto do público.
O Gol estreou no mercado brasileiro com a gigantesca responsabilidade de substituir o Fusca. Bonito, moderno e espaçoso, o compacto parecia que ia emplacar rapidamente. Mas a VW errou na escolha do motor: o fraco 1.3 refrigerado a ar decepcionou no teste realizado por Quatro Rodas em maio de 1980. Embora tenha superado o Fusca com a mesma motorização, o Gol foi classificado como dono de um desempenho modesto, “inferior a todos os outros carros de mesma cilindrada”. Foram necessários 30,27 segundos para fazê-lo acelerar de 0 a 100 km/h, atingindo a velocidade máxima de 124,6 km/h. O problema seria resolvido parcialmente com a troca pelo motor 1.600 boxer, mas somente quando a Volkswagen decidiu equipar o Gol com o propulsor 1.6 a água é que as críticas sumiram.
A indústria automotiva brasileira testemunhou o nascimento de uma nova categoria nos anos 90. Com motor de até 1-litro, poucos equipamentos e preço mais em conta, os populares rapidamente tornaram-se campeões de venda no país. A VW não podia ficar de fora desta briga, mas ainda não tinha um concorrente à altura, já que a segunda geração do Gol só seria lançada no ano seguinte. A saída foi pegar um Gol CL, colocar um motor 1.0 debaixo do capô e depenar o veículo por completo. O interior pecava pelo excesso de plásticos duros e encaixes imprecisos, enquanto do lado de fora chamavam atenção as rodas de aço sem calotas e a ausência do espelho retrovisor do lado direito.
e a segunda geração do Gol (conhecida como “Bolinha”) teve no GTI 16V um exemplo de Gol memorável, o mesmo não se pode dizer do Special. Lançada em 1998, a versão despojada do compacto tinha rodas de aço, para-choques pretos, luzes de seta amarelas e só, já que quase todo o resto era oferecido como opcional. O carro era tão espartano que seu comercial de lançamento ressaltava outras qualidades do modelo, como “injeção eletrônica sequencial multiponto, bancos com revestimento exclusivo e porta-malas para 285 litros”.
Esta série especial foi feita pela extinta rede de concessionárias Sopave, na tentativa de pegar carona no então recém-nascido segmento de aventureiros urbanos. Baseada na versão Special, ele tinha os adereços plásticos dos modelos deste tipo nos para-choques e saias laterais. Estribos laterais, rodas pretas (de aço), barras longitudinais no teto e tampa do tanque de combustível na cor preta fosca completavam o pacote do Extreme. Mas nenhum detalhe era tão controverso quanto o perigoso quebra-mato com um par de faróis auxiliares instalado na frente do Gol, seguindo a receita dos aventureiros daquela época, como a pioneira Palio Adventure. Em tempo: por medida de segurança, a peça seria banida posteriormente.
Pouca gente sabe, mas o Gol Sport apresentado em 2002 era, de fato, uma série alusiva à Copa do Mundo de futebol. Ao contrário das antigas séries Copa de 1982 e 1994, o modelo não ostentava o nome “Copa” em sua certidão de nascimento. A chamativa cor Amarelo Solar era exclusividade do modelo, oferecido em outras sete opções de tons. Para completar, a escassa lista de equipamentos de série tinha faróis de neblina e CD Player, mas excluía ar-condicionado, aquecedor e direção hidráulica. Nem as rodas de liga leve vinham de fábrica, substituídas pelas famosas “supercalotas”.
Cores chamativas ainda não faziam tanto sucesso no Brasil quando a VW resolveu lançar a série especial Fun. Oferecida em tons nada discretos de azul e vermelho, ela tinha como diferencial os faróis com máscaras pintadas na mesma cor da carroceria. O motor era o mesmo 1.0 16V das versões mais baratas do Gol. O nome “Fun”, aliás, foi reaproveitado pela marca em um pacote de opcionais da linha 2015.
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