quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Personagens de Hagar, o Horrível - Dik Browne


 

Personagens de Hagar, o Horrível - Dik Browne
Artigo

Veja abaixo descrição dos personagens / Crédito total da postagem para Maykel Liz. Apenas adaptei alguns pontos do texto para o blog. 


Dik Browne nasceu Richard Arthur Allan Browne em Nova York, em 11 de Agosto de 1917. 
Começou cedo na Imprensa, indo trabalhar no New York American Journal, onde começou como redator, mas logo sendo transferido para o departamento de arte.
Nos anos 1940, fazia ilustrações para revistas como a Newsweek, além de carreira em agências de publicidade.
Foi nos anos 1950, entretanto, que se estabeleceu como desenhista de ponta de quadrinhos. 
Uma seção de quadrinhos que fez para a revista Boy's Life, chamada "The Tracy Twins", chamou a atenção do cartunista Mort Walker, que se preparava para lançar uma segunda tira, na cola de seu sucesso Beetle Bailey (Recruta Zero). 
Ele viu em Browne o homem ideal para colocar no papel o casal Hi and Lois (Zezé & cia) e sua típica família norte-americana.
Foi mais um sucesso para a King Features Syndicate e a parceria nunca mais se dissolveu, com a dupla amealhando vários troféus: Hi and Lois ganhou o prêmio de melhor tira humorística da National Cartoonists Society em 1959, 1960, 1972 e 1977, além do Reuben (espécie de Oscar dos quadrinhos) em 1962.
Em 1973 lançou uma tira de sua própria autoria, Hagar the Horrible (Hagar, o Horrível), e sua fama se multiplicou ainda mais. Hagar se tornou uma tira ainda mais popular que Hi and Lois, se espalhando por todos os continentes. 
Inclusive, começou ganhando o Reuben de 1973, além de diversos outros prêmios nos anos subsequentes.
Browne morreu em Sarasota, Flórida, em 1989, aos 71 anos, vitimado por um câncer.


Hagar, o Horrível, apesar de sujo e fedorento, nasceu numa lavanderia - era o "estúdio" onde Dik Browne trabalhava. Sob forte inspiração, pegou um papel e desenhou um capacete com chifres do qual saía um nariz redondo, cabelos desalinhados e uma barba arrepiada. Depois colocou uma roupa de pele de urso. E no fim, rabiscou uma carinha meiga.
O nome do personagem surgiu do apelido que os filhos de Dik deram a ele quando crianças, que costumavam acordá-lo sempre que chegavam da escola.
Quando isso acontecia, ele vinha escada abaixo gritando e fingindo estar furioso: "Parem com esse barulho!"
Seu filho menor sempre fugia aterrorizado, gritando: "Corram, corram, é Hagar o Horrível!"
Em 4 de fevereiro de 1973, Hagar "atacou os jornais e os dominou."
"Hagar é um executivo de sua época e seu trabalho é atacar e saquear o norte da Europa. Tem tudo a ver com o homem de negócios atual que, em vez de espada e armadura, usa terno e maleta", revelou Dik Browne.


Helga é uma esposa viking merecedora de seu heróico marido.
Hagar não se caasaria com uma dengosa, sua imponente esposa mata um dragão com o mesmo empenho com que remenda uma pele de urso.
Apesar de se conformar com seu destino doméstico, Helga tem o desejo de ser mais do que sua avó foi, e quer o mesmo para sua família.
Helga vem de Oslo, o que lhe dá raízes mais elitistas do que as de Hagar, que nasceu em Bergen, Noruega.
Ela foi inspirada na mulher de Dik Browne, Joan, que foi uma companheira completa no casamento.
Hagar e Helga são os únicos personagens do elenco habitual que têm chifres nos seus capacetes.
No mundo viking há uma relação direta entre o tamanho dos chifres nos capacetes e o poder e autoridade que eles indicam.
Mesmo eles sendo normalmente do mesmo tamanho, variam em determinadas situações, dependendo de quem está mandando em quem.
No fim, contudo, as normas de Helga reinam supremas no lar dos Horrível.


Honi tem dezesseis anos e ainda não é casada, uma desgraça no mundo viking.
Ela está dividida entre se tornar uma "Valquíria", lutando contra dragões e conquistando guerreiros caídos ou se tornar uma "escrava doméstica", trabalhando pesado como sua mãe.
Lute, o trovador, é a sua única esperança de resolver esse dilema, mas esperar ele para traçar seu destino pode ser um caso sem fim.
Neste meio tempo, ela anseia pelo príncipe encantando, secretamente sabendo que existem poucos varões na Barbária suficientemente homens para ela.
Helga e Honi têm suas conversas de mulher para mulher. Hagar, por outro lado, se preocupa se nunca vai se ver livre do compromisso financeiro de sustentar uma filha.
E assim a vida continua...
Felizmente, nos quadrinhos, os personagens não envelhecem, senão Honi poderia acabar como uma solteirona.


Hamlet é puro, estudioso e tem o desejo secreto de tornar-se o primeiro dentista viking - coisas que causam extremo embaraço a seu pai Hagar.
Um jovem sensato num mundo insensato, Hamlet é um rebelde passivo que está esperando pela chegada do século 20.
Mal sabe ele que a barbárie, a ignorância e a pobreza não acabaram com a passagem da Era Viking.


Snert tem todos os vícios que amamos num cachorro, dos quais os mais destacados são os descaramento e a independência.
O "voof" grave do seu latido deixa evidente sua refinada origem norueguesa.
Snert recebeu o nome de um cachorro que Dik tinha quando era menino, e passava todas as noites fora, andando pelas ruas de Nova York, mas sempre voltando na manhã seguinte.
O Snert original, certa vez, desapareceu por um mês e, quando finalmente reapareceu, tinha marcas pelo corpo todo.
Posteriormente, a esposa de Dik, Joan, presenteou-o com "Snert Segundo", que era um sósia do companheiro de Hagar, até com o capacete de chifres.
Não há dúvida sobre quem é o melhor amigo do homem, seja no mundo real ou no mundo dos quadrinhos.


Kvaak é a pata alemã da família. Kvack é amiga e confidente de Helga - ela espiona Hagar e avisa quando ele faz algo que não deveria, como pedir mais uma cerveja ou demorar para voltar para casa. Obviamente, Hagar não gosta de Kvaak e gostaria de se livrar dela. Sendo uma pata alemã, Kvaak faz os "quacks" com sotaque. Mais tarde, na tira, ela trouxe para casa alguns patinhos que Helga trata como se fossem seus netos humanos.


Eddie Sortudo é tudo, menos sortudo. Ele estreou desfavoravelmente nos quadrinhos como um descobridor das profundezas humanas.
Desde então tem sido atingido por arco-íris, esmagado por pesos de dez toneladas e geralmente ofendido, caluniado e insultado, mas sempre em vias de tornar-se o personagem mais popular da tira.
Inspirado num velho amigo de Dik dos seus tempos de Nova York, que nasceu sob um signo igualmente agourento, Eddie Sortudo tem os olhos arregalados, o narigão e a falta de queixo do comediante Charlie Callas.
Apesar de todas essas influências, ele é um exemplo clássico de um grande personagem que simplesmente surgiu no quadrinhos.
Dik admitia que, "na verdade, eu não posso dizer que inventei, ele simplesmente criou a si mesmo."


Lute é um menestrel errante que está atrás de seu grande momento, seja lá o que for.
Ele corteja Honi com tanta paixão quanto é capaz de mostrar, mas a relação deles é um daqueles longos e eternos noivados.
Honi tem suas dúvidas acerca de Lute, e seu pai ainda mais.
O filho de Dik, Chance, foi o modelo para Lute, dos cabelos longos às pernas magricelas, e ficava constantemente tocando violão quando Dik estava criando Hagar.


Dr. Zook é o curandeiro local, especializado em poções para excesso de alimentação e bebida, e para arrancar flechas do corpo.
Ele descolou o seu diploma durante a peste negra, quando os médicos estavam por cima, e pratica uma mistura única de alquimia, vodu e excentricidade.
Dr. Zook foi criado quando Dik, tendo uma ótima piada sobre um médico medieval e procurando por um nome, pensou no seu bom amigo amigo, o verdadeiro Dr. Richard Zucker, de Wilton, Connecticut.
A Medicina percorreu um longo caminho desde a época dos Vikings, o Dr. Zucker agora receita Tylenol em vez de asas de morcego para resfriado comum. 


Hernia é uma garota de fibra, foi criada como uma companheira para Hamlet, que estava só num mundo onde ninguém o entendia.
Agora ele tem alguém que, ao menos, tem planos pra ele.
Hernia tem a distinção única de ser inspirada em duas jovens de verdade que brincavam na casa dos Browne, em Saratosa.
Uma é a filha da caseira e seu nome é Myriah Berg. A outra é Ashley Smith, cujos os pais são Carroll Smith e Ralph Smith.
Ambas têm uma semelhança fantástica, na aparência e no decoro, com a sua cópia dos quadrinhos, e têm orgulho disso.


Dirk Sujo é um personagem que vive em uma imundice tão grande que consegue fazer com que Hagar pareça um modelo de limpeza.
Nunca fica claro se Dirk é terrivelmente sujo ou terrivelmente esperto.
Ele não fala muito, mas tem algumas qualidades que o redimem. Ele se esforça para agradar, tem uma força quase sobre-humana e é sincero quanto a seus defeitos.
Apenas não é o mais popular membro da tripulação. Especialmente em longas viagens marítimas...


Brynhilda, a temida sogra de Hagar, o Horrível, é uma personagem marcante nas tirinhas, conhecida por sua personalidade forte e destemida.
Com sua presença imponente, Brynhilda traz uma mistura de humor e autoridade para as histórias.
Seu relacionamento com Hagar é frequentemente pautado por situações cômicas, onde ela exibe seu temperamento e exige respeito.
Apesar de seu jeito impositivo, Brynhilda também revela um lado afetuoso, demonstrando preocupação pela família, mesmo que de uma maneira peculiar.
Sua presença adiciona camadas interessantes às narrativas, destacando a dinâmica única entre sogra e genro. As interações entre Brynhilda e Hagar oferecem momentos divertidos e reflexivos sobre as complexidades dos relacionamentos familiares, tornando-a uma figura inesquecível no universo de "Hagar, o Horrível".


Koyer, o advogado, é o conselheiro de Hagar nos assuntos de ética viking, jurisprudência do saque e pilhagem.
Dik baseia o seu causídico de manto negro no advogado de confiança da família, Theodore Coyer, de Greenwich, Connecticut.


Max Malvado é tão intratável quanto Dirk Sujo é imundo. Ele chuta cachorros, esmurra flores, não é uma pessoa agradável de se estar por perto.
Max Malvado é a representação de todas as características socialmente não aceitaveis nos hunos, visigodos, mongóis e outras hordas de bárbaros saqueadores dos tumultuados tempos de Hagar.
Na verdade, grosseria era tão comum que Max é muitas vezes indistinguível dos muitos inimigos de Hagar durante os ataques.
O único jeito de lidar com Max é mantê-lo sempre na mira de uma pedra.


Os Cavaleiros são uma classe de guerreiros mais alta que o viking comum.
Hagar tem certa admiração por eles.
Eles têm castelos para morar e armaduras caras para vestir.
Os cavaleiros ingleses falam uma língua culta e floreada que impressiona em comparação com os humildes grunhidos dos bárbaros.
Embora sejam inimigos, conversam como cavalheiros civilizados e respondem educadamente às perguntas de Hagar.
Os elmos longos e pontudos e os capacetes emplumados fazem com que sejam facilmente vistos no meio da confusão de um combate.
Os cavaleiros mostrados em "Hagar" estão fora de lugar na era Viking.
Na verdade, foi em um período histórico posterior que os guerreiros passaram a usar estas vestimentas de batalha, revestidas de metal.
Já os Vikings jamais usaram peles de urso e capacetes de chifre, eles iam "trabalhar" com túnicas de algodão desbotadas e pequenos capacetes de estanho no formato de crânio.
Nossa noções fantasiosas de como nossos ancestrais se vestiam certamente são mais engraçadas do que a verdade histórica dos fatos.


Dragões são a espécie em extinção do tempo dos Vikings.
Hagar, na verdade, nunca matou um, representando pouca ameaça para sua extinção.
O declínio da população de dragões, provavelmente, tem mais a ver com a falta de "alguma coisa para matar em um mundo civilizado". Apenas isso.
A razão da existência de dragões em "Hagar" é simples: Dik gosta de desenhá-los - e os desenha com chifres e aspas, dentes arreganhados e caretas, além de fumaça saindo das ventas.



Sereias são as mulheres do mar que ficam "tentando" a tripulação de Hagar quando estão em longas viagens oceânicas.
Apesar de não poderem ser desenhadas nuas numa história em quadrinhos familiar, ainda assim precisam ter uma boa aparência quando sentadas numa pedra.
Hagar gosta de flertar com sereias, mas é apenas um lapso momentâneo. Algo no estilo "pode ver, mas não pode tocar".
Já Eddie Sortudo, que é solteiro, não precisa se preocupar com tais problemas, inclusive parecendo ter mais sorte em suas conquistas no mar do que na terra.


O Sábio é um homem velho, "sábio" (senão não seria o "Sábio"), com uma longa barba branca.
É um personagem misterioso, sem família conhecida. Sua origem e história nunca foram completamente explicadas nas tiras ou nos desenhos animados.
Embora não seja pai de ninguém, o Sábio atua como uma figura paterna para Hagar e Hamlet, que o chamam de vovô nas tiras, os guiando e aconselhando em momentos difíceis, transmitindo sabedoria e ensinamentos sobre a vida.
Ele vive em uma caverna nas montanhas. Possui conhecimentos sobre magia, poções e ervas medicinais. 
Frequentemente, Hagar e Hamlet o consultam para obter conselhos ou ajuda para resolver problemas.
O Sábio é um viking tradicional, que acredita nos valores da força, da honra e da bravura.
No entanto, o Sábio também pode ser um homem teimoso e obstinado. 
Ele não gosta de mudanças e pode ser bastante crítico com os outros.
A falta de informações sobre a família do Sábio contribui para o mistério que o cerca. 
Essa característica o torna um personagem ainda mais intrigante no universo de Hagar, o Horrível.



O Barco de Hagar se comporta exatamente como uma personagem da tira.
E provoca risadas como todos os outros.
O Barco quebra o regulamento, reage ao perigo, desobedece ordens. E faz isso com a mesma falta de disciplina e a bravura dos demais membros da tripulação.
A vida no mar é dura, particularmente com Hagar como capitão.
O Barco de Hagar, o Horrível, é um dracar viking chamado "O Terror dos Sete Mares". 
É um personagem frequente na tira, sempre usado como um símbolo da natureza viking de Hagar.
Características do Barco:
Tamanho: é relativamente grande, com capacidade para transportar Hagar e sua família, além dos amigos e guerreiros vikings.
Aparência: tem um casco de madeira com um dragão esculpido na proa. Possui velas marrons e um mastro alto.
Condição: O Barco está sempre em mau estado, com remendos e buracos. Hagar sempre precisa mandar consertá-lo.
Funções do Barco:
Transporte: Hagar usa o Barco para viajar pelo mar, principalmente para saquear outras aldeias vikings.
Pesca: Hagar também usa o Barco para pescar, embora não seja bom nisso.
Simbolismo: O Barco é um símbolo da natureza viking de Hagar e de sua bravura.
Curiosidades:
O nome do Barco, "O Terror dos Sete Mares", é irônico, pois Hagar não é um viking muito temido.
O Barco já foi afundado várias vezes, mas Hagar sempre consegue dar um jeito de consertá-lo.
Em algumas tiras, o Barco parece ter vida própria, como quando se recusa a navegar para Hagar.



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