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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Praia Brava, Caiobá, Matinhos, Paraná, Brasil


 

Praia Brava, Caiobá, Matinhos, Paraná, Brasil
Matinhos - PR
Fotografia

Texto 1:
Caiobá é uma praia e um balneário pertencente ao município de Matinhos, localizado no litoral do Paraná. Atrai anualmente milhares de turistas. A colonização veio após a chegada do francês Auguste de Saint-Hilaire, quando começa a surgir a Vila de Matinhos. Em 1927 foi inaugurada a Estrada do Mar, ligando Paranaguá à Praia de Leste, que trouxe muitas famílias alemãs, entre elas a família de Augusto Blitzkow, responsável pela urbanização de Caiobá. A população é miscigenada, formada por descendentes dos índios carijós, portugueses, italianos, alemães e outros. Apresenta uma estrutura social particular, devido às características da formação de sua população fixa e sazonal, em relação aos veranistas e turistas. Uma das principais atrações a Praia Brava com águas rasas e um pouco agitada, circundada por um jardim e alguma vegetação. Num de seus extremos localiza-se o Morro do Boi e no outro a Pedra de Matinhos. Nela são realizados campeonatos de surf. Praia Mansa também é uma das mais visitadas, localizada na entrada da baía de Guaratuba, com águas bastante calmas e pouco profundas, possui um bem cuidado jardim ao seu redor. Dela atinge-se a Praia Bela ou Prainha do Farol e a Ilha das Tartarugas.
Texto 2:
Não sabe o que fazer na praia de Caiobá?
O balneário preferido dos paranaenses possui belezas naturais e excelente infraestrutura turística.
Se você está em busca de um balneário com uma orla bonita, com águas calmas para curtir as férias com as crianças ou amigos, a praia de Caiobá é o lugar ideal. O balneário está localizado no litoral paranaense, no município de Matinhos, que fica há pouco mais de 100 km da capital.
Antes de mais nada, no verão, o clima da praia de Caiobá é quente e o balneário é perfeito para quem quer aproveitar momentos de folga ao lado da família e dos amigos com conforto e tranquilidade.
Além dos banhos de mar e do contato com a natureza, o local tem boa infraestrutura com hotéis, pousadas, bares, sorveterias e restaurantes, além dos quiosques espalhados pelo Calçadão que comercializam milho verde, água de coco, churros, crepes e outras delícias que fazem parte do cardápio oficial das férias dos paranaenses.
Recentemente, a praia de Caiobá ganhou uma faixa de areia estendida, com cerca de 100 metros de largura. É muito mais espaço para fazer castelinhos com as crianças ou jogar vôlei, futebol, beach tênis ou frescobol. Pistas de caminhada e ciclovias são mais dois atrativos da orla, principalmente para quem não quer deixar de praticar exercícios enquanto estiver curtindo a temporada na praia.
Ecoturismo na praia de Caiobá:
Mas para quem busca mais contato com a natureza, a praia de Caiobá também tem ótimas opções.
Entre os passeios imperdíveis da região, destacamos 5 dicas:
Praia Brava de Caiobá, Praia Mansa de Caiobá, Morro do Boi, Ilha das Tartarugas e Parque Nacional de Saint-Hilaire-Lange.
Vamos conhecer melhor cada um desses pontos turísticos do litoral na sequência:
1. Praia Brava de Caiobá:
A Praia Brava de Caiobá possui 3.500 metros de extensão. A enseada se destaca em razão das águas rasas, limpas e um pouco agitadas que são próprias para banho. Possui vegetação e, do mesmo modo, os gazebos de madeira cobertos por trepadeiras, deixam a orla ainda mais florida, aconchegante e charmosa.
De um lado da Praia Brava está o Morro do Boi e, do outro, a Pedra de Matinhos, que é o ponto preferido pelos surfistas. Acima de tudo, o ambiente é familiar e o Calçadão bem cuidado é um convite para quem quer tomar um sorvete e aproveitar todas as atrações da avenida beira mar. A região também conta com bons restaurantes na orla e feirinhas de artesanato.
2. Praia Mansa de Caiobá:
Indiscutivelmente, a Praia Mansa de Caiobá é um dos redutos preferidos dos veranistas paranaenses e turistas que visitam o nosso litoral. O mar calmo, com ondas que quebram apenas no rasinho, é o preferido pelas crianças, assim como a areia fofa e cheia de conchinhas, que também costumam agradar os pequenos.
A Praia Mansa de Caiobá é bem arborizada. Lá, os turistas encontram a tão sonhada “sombra e água fresca” no período das férias. Além disso, vendedores ambulantes garantem petiscos, salgados, bebidas e outras delícias, como sorvetes servidos na tradicional casquinha – também conhecida como “barquilha” – de Matinhos.
O local também é procurado pelos amantes do caiaque, que pode ser alugado ali mesmo. Assim como para os praticantes de stand up paddle, o local é um paraíso. Os aventureiros de plantão também podem passear de banana boat e acrescentar uma dose de adrenalina para quebrar a rotina de calmaria do litoral paranaense.
No fim da tarde, antes do pôr do sol, os mais jovens costumam se reunir na Praia da Mansa de Caiobá para jogar frescobol. Sem dúvida, esse é um dos points mais queridos da praia de Caiobá.
3. Morro do Boi:
O Morro do Boi é mais um dos destaques da praia de Caiobá. Com 160 metros de altura, possibilita caminhada por dentro da mata mesmo para os iniciantes que nunca se aventuraram no montanhismo.
Lá de cima, à vista é um espetáculo à parte, sobretudo da Praia Bela, da Praia Mansa, da Praia dos Amores e da Praia Brava. 
Para quem é mais aventureiro, o local também oferece estrutura para atividades mais radicais. Porém, práticas como o rapel e escalada são recomendadas apenas com o auxílio de instrutores especializados. As agências de turismo especializadas em ecoturismo também podem ajudar os turistas que querem incluir uma excursão pela Mata Atlântica, que ainda se faz presente no litoral paranaense.
4. Ilha das Tartarugas:
Também conhecida como Ilha do Farol, a Ilha das Tartarugas, localizada na Praia Mansa de Caiobá, é ligada à Praia dos Amores por uma estreita faia de pedras. Isso mesmo, é uma ilha que pode ser acessada a pé! Entretanto, quem quiser conhecer esse pequeno oásis de Matinhos desta forma vai ter que acordar cedinho e aproveitar a maré baixa para caminhar pelas pedras.
Nos dias ensolarados, a vista da praia mansa é linda. A Ilha possui ainda uma praia de rochas e é, sobretudo, um excelente local para pesca.
5. Parque Nacional de Saint-Hilaire-Lange:
Os turistas que forem até o litoral do Paraná podem aproveitar a oportunidade para visitar o Parque Nacional de Saint-Hilaire-Lange, que fica na Serra do Mar.
O local é parada obrigatória para os amantes do ecoturismo. O Parque concentra uma área de preservação de diversas espécies da fauna e flora brasileira, principalmente da Mata Atlântica. O Instituto Chico Mendes administra o local, que possui trilhas e cachoeiras que refrescam e agradam quem é mais fã de água doce.

Vista de Caiobá, 1946, Matinhos, Paraná, Brasil

 


Vista de Caiobá, 1946, Matinhos, Paraná, Brasil
Matinhos - PR
Fotografia

Nota do blog 1: Vista de Caiobá sem o edifício Mapi. Já é possível ver a estrada ligando o centro de Matinhos ao bairro/balneário de Caiobá, construída em 1942, antes não havia nenhum tipo de ligação, quem quisesse ir ao local tinha que transitar pela faixa de areia da praia.
Nota do blog 2: Foto de Emílio Zagonel, cedida por Marina Zagonel Pereira e postada por
Karin Romanó Santos.

Edifício Mapi, Caiobá, Matinhos, Paraná, Brasil









 

Edifício Mapi, Caiobá, Matinhos, Paraná, Brasil
Matinhos - PR
Fotografia


Quem esteve ao menos uma vez no balneário de Caiobá, no litoral do Paraná, percebeu a presença do emblemático Edifício Mapi, que se ergue ao lado do Morro do Boi, no limite entre a praia mansa e a praia brava.
Absolutamente racionalista, onde a funcionalidade transcende qualquer aparato estético, o prédio é multiuso e funciona como um apart hotel, pensado para curtas temporadas. “É um clássico da arquitetura moderna paranaense e a obra mais importante para a urbanização do balneário”, sentencia o professor de arquitetura da PUC/PR Luis Salvador Gnoato.
Só poderia ter esse perfil dado a dupla que o assina: Adolf Franz Heep, arquiteto alemão que trabalhou com Le Corbusier, naturalizou-se brasileiro e atuou em São Paulo entre 1950 e 1960 consolidando um modelo vertical de morar; e o catarinense Elgson Ribeiro Gomes, que morou em Curitiba e em São Paulo e é um dos principais nomes do modernismo no Paraná, além de um dos fundadores do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR.
O arquiteto Péricles Varella Gomes, filho de Elgson, conta que o Edifício Mapi estava entre os preferidos do pai. “Foi o prédio que o fez voltar para Curitiba. A partir daquele momento ele desenvolveu seu escritório na cidade”, lembra.
A implantação do complexo, originalmente formado pelo edifício residencial, um restaurante panorâmico, parque de piscinas e um hotel, foi uma ousadia para a época, gerando grande impacto no mercado imobiliário local. “Pense: o que era o litoral do Paraná no final dos anos 1950? Praticamente vilas de pescadores. Os incorporadores Reynaldo Massi e Osman Pierri (construtora Mapi) foram de uma coragem extrema”, completa Gomes.
O projeto:
Muitos detalhes chamam a atenção neste projeto de 1958 e 1959, de acordo com as plantas originais. A começar pelo visual para quem o olha da orla. O prédio de 14 pavimentos é um quadrado perfeito e as venezianas brancas de madeira de um metro de largura correm por fora sobre painéis de alvenaria. Em um andar o movimento acontece da esquerda para a direita; no outro, na direção contrária. Esse simples artifício garante um movimento quase caleidoscópico para a fachada.
Outra característica típica da arquitetura da época é o uso de pastilhas minúsculas de vidro como revestimento externo. Completa a área externa um mosaico assinado por Franco Giglio, italiano que veio para o Brasil e ajudou a estabelecer a arte musiva por aqui. Há incontáveis painéis de Giglio por Curitiba, incluindo os feitos em parceria com Poty Lazzarotto.
Lógica racionalista:
Cada pavimento é composto por dez quitinetes e dois apartamentos maiores em cada ponta. A planta das unidades em maior número é algo muito racional. De um lado da porta de entrada, no mesmo nível do corredor, há uma pequena cozinha que estabelece uma divisão, por meio de um balcão para refeições, com a sala que fica em um nível mais elevado. Do outro lado de quem entra no apartamento há uma área de serviço que se liga com o banheiro e este com a área íntima, formada por dois quartos com beliche.
Desta forma estabelece-se uma lógica de funcionamento. “A ideia de ter muitas unidades habitacionais o fez um edifício não elitista, uma arquitetura para o homem comum. Mais um traço do modernismo clássico”, atesta Gnoato.
Para favorecer a ventilação, a fachada é voltada para nordeste, de onde vem o vento predominante no litoral. Com isso e por conta de os corredores serem vazados, dispensa-se o uso de ar-condicionado, dada a ventilação cruzada. Os elevadores têm sistemas que promovem o uso racional de energia.
A área comum do prédio dispõe de equipamentos de lazer bem ao estilo dos condomínios clube contemporâneos. A piscina é um capítulo à parte, integrada às pedras e vegetação do morro vizinho. “É um marco da paisagem e foi pensado como um elemento arquitetônico que respeita a natureza do entorno. Ele promove, ainda, a integração com a rua e o espaço público. Em resumo, é um prédio de arquitetura generosa”, conclui Gnoato. Texto da Gazeta do Povo.