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domingo, 17 de julho de 2022

Ladeira da Memória, São Paulo, Brasil






Ladeira da Memória, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Texto 1:
A Ladeira da Memória era um pequeno largo cercado por muros e grades com um portão permanentemente fechado. A densa vegetação encobria o obelisco, o monumento mais antigo da cidade. Com este aspecto chegou-se a 1919 quando Washington Luís, o Presidente do Estado, encomendou a Victor Dubugras — arquiteto francês formado em Buenos Aires — que elaborasse um novo projeto para o largo, obra esta que compunha o programa destinado às comemorações do centenário da Independência. Um novo chafariz e um pórtico com azulejos, que exibe uma cena do antigo largo, se tornaram então o símbolo do local.
O brasão da cidade idealizado por Guilherme de Almeida e o pintor, desenhista, ilustrador, ceramista e historiador paulista José Wasth Rodrigues foi escolhido através de um concurso público e aparece pela 1ª vez estampado em uma obra pública. No caso, aparece nos azulejos brancos e azuis. Esta bela cena foi registrada pelo fotógrafo suíço Guilherme Gaensly no dia da inauguração da remodelação. Vemos Victor Dubugras encostado na mureta com a capa no braço; à frente, sentadas, sua esposa e filha. Junto ao obelisco observa-se o professor Wasth Rodrigues ao lado de duas pessoas.
Texto 2:
Em 1919, o então prefeito Washington Luís encarregou o arquiteto Victor Dubugras de elaborar um projeto para o "Largo da Memória" com a finalidade de celebrar a Independência do Brasil que ocorreria três anos depois. Dubugras e o artista plástico José Wasth Rodrigues remodelaram o Largo da Memória instalando um novo chafariz (o anterior havia sido retirado em 1872), escadarias e azulejos decorativos com o brasão da cidade — escolhido em um concurso público vencido por Guilherme de Almeida e Wasth Rodrigues em 1917. Victor Jean Baptiste Dubugras nasceu em Sarthe, na França, em 1868. Ainda criança mudou-se para Buenos Aires onde iniciou seus estudos de arquitetura. Em 1891 mudou-se para São Paulo. Até 1894 trabalhou no Banco União, sob a direção do arquiteto Ramos de Azevedo. Entrou em seguida no "Departamento de Obras Públicas de São Paulo" e começou a lecionar na "Escola Politécnica". A partir de 1897, ao abrir seu próprio escritório, iniciou uma profícua produção. Infelizmente, a maioria de suas obras (algumas na Avenida Paulista) foram demolidas. Nas duas fotos de autoria de Guilherme Gaensly, vemos o dia da inauguração do novo largo. Victor Dubugras está encostado à mureta (com um sobretudo no braço) e à frente sentadas, sua esposa e filha. Mais atrás, o professor Wasth Rodrigues, junto a duas pessoas ao lado do obelisco.