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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Passeio Público, Rio de Janeiro, Brasil




Passeio Público, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
N. 1
Fotografia - Cartão Postal

No verso, publicidade do estabelecimento "O Bandolim de Ouro".
Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

 

sábado, 23 de novembro de 2024

Aquário, 1960, Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Aquário, 1960, Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Integrantes da família Miranda posando para foto em frente ao Aquário do Passeio Público.
Nota do blog: Data 1960 / Crédito para Marcos Miranda.

sábado, 2 de novembro de 2024

Lago do Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Lago do Passeio Público, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Foto Postal Colombo N. 15
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

terça-feira, 7 de maio de 2024

Passeio Público, 2024, Curitiba, Paraná, Brasil
























































































































Passeio Público, 2024, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia


O italiano Francisco Fasce Fontana fez fortuna no Uruguai com a industrialização e o comércio de erva-mate. No começo da década de 1880, o empresário esteve em Curitiba para cobrar uma dívida e acabou se instalando, após casar com a filha do desembargador Ermelino de Leão, nome de peso entre os ervateiros paranaenses.
Em 1885, o presidente da Província do Paraná, Alfredo Taunay, ficou bem impressionado com o serviço de saneamento que Fontana promoveu no terreno de sua mansão (o chamado “Palacete das Rosas”), e o convidou para a condução dos melhoramentos daquele que viria a ser o primeiro parque público de Curitiba. A ideia era sanear e embelezar uma área alagadiça nas proximidades do Atalho da Graciosa para evitar a proliferação de agentes vetores de doenças. Fontana aceitou sabendo que o empreendimento traria benefícios para toda aquela região (que à época já era conhecida como Glória, em função do Engenho da Glória, de propriedade de Fontana).
Ele marcou época com suas técnicas inovadoras para a industrialização do mate. Delegou ao engenheiro italiano Lazzarini (que também trabalhou na estrada de ferro e na construção da Catedral) a tarefa de promover os melhoramentos no banhado. Tais intervenções foram feitas às pressas, porque precisavam ser concluídas antes do fim da gestão de Taunay. Fontana, envolvido com o projeto, injetou dinheiro do próprio bolso para que o parque se materializasse.
Mesmo inacabado, o parque teve boa receptividade entre a população. Foi batizado de “Passeio Público”, a exemplo de muitos outros espaços feitos com o mesmo objetivo, como os Passeios Públicos de Vila Bela, no Mato Grosso, criado em 1773; Vila Boa de Goiás, fundado em 1778; Rio de Janeiro, construído entre os anos de 1779 e 1883; e o de Salvador, datado de 1803. Todos foram inspirados no Passeio Público doado para a cidade de Lisboa pelo Marquês de Pombal, em 1764.
Ao lado do Passeio Público, o antigo Atalho da Graciosa também recebeu melhoramentos e passou a se chamar Boulevard 2 de Julho (posteriormente se tornaria a Avenida João Gualberto). Em seu entorno foram instalados os mais exuberantes palacetes da era dos barões da erva-mate. De certa forma, o Passeio acabou valorizando a região que, ao lado do Batel, passou a reunir as residências dos cidadãos mais abastados. Não por acaso, a linha de bondes iniciava no engenho do Barão do Serro Azul, no Batel, passava pelo centro da cidade e acabava em frente ao Engenho da Glória, alguns metros depois da entrada do Passeio. Segundo o historiador Magunus Pereira, a diversidade e exuberância da vegetação do Passeio foi uma forma dos ervateiros criarem um ambiente que se diferenciasse do “caótico mato que envolvia a cidade”.
Fontana foi escolhido como o primeiro administrador do parque, mas ao contrário do que ele provavelmente desejava, sua gestão durou pouco. Entendia ele que os lazeres e serviços oferecidos deveriam ser cobrados e, dessa forma ele conduziu os negócios, até a instalação do carrossel, também conhecido como a “elegante máquina de cavalinhos”.
No entendimento da pesquisadora Cassiana Lacerda, “essa máquina, certamente, proporcionava um sentimento de conquista povoando o imaginário dos adultos e das crianças, causando até certo tumulto”. O alvoroço provocado pelo carrossel na população pelo mecanismo foi tão intenso, que Fontana criou regras e aumentou os preços para o uso da máquina. Houve desconforto popular. As mudanças políticas diminuíram as verbas destinadas ao Passeio. Fontana ficou contrariado, pois teve de bancar a custas da manutenção do local (como já havia feito por ocasião das obras iniciais de saneamento).
A situação que realmente o deixou furioso aconteceu quando fiscais da administração pública foram lhe cobrar recibos e notas fiscais das obras que ele mesmo estava pagando. Isso o tirou do sério a tal ponto que ele fechou os portões do Passeio em represália. Diante dos portões fechados do Passeio Público, os populares quase promoveram uma revolta armada. O povo em massa invadiu o parque numa clara demonstração de que aquele espaço era de todos, era “res” pública. A cena não parece combinar com o pacato cenário sugerido pelos relatos da Curitiba antiga, mas em 1889 todo o Brasil atravessava uma turbulência política gerada pela iminência da República. Fontana, que possuía inegáveis vínculos com a monarquia, resolveu se afastar da direção do Passeio Público que, no decorrer dos anos seguintes, passou por inúmeras transformações.
Quando Fontana faleceu, o jornal “A República” publicou um obituário dizendo que ele fora responsável pela iniciativa do projeto do parque e pela doação do terreno. Em verdade, a iniciativa de se criar um parque veio de Taunay e o terreno pertencia em sua maior parte à administração municipal. Curiosamente, o mesmo texto publicado erroneamente por “A República” foi usado em duas placas de bronze instaladas no Passeio. E o busto de Fontana que se encontra na entrada do parque é de mármore, um material mais comum em cemitérios.
O Passeio Público foi inaugurado às três horas da tarde do dia 2 de maio de 1886, um domingo. Surgido de necessidades sanitaristas, o parque permanece até hoje como um pedaço de área verde em meio à cidade. Texto de João Cândido Martins.
Nota do blog: Imagens de 2024.