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domingo, 13 de agosto de 2023

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Prefeitura Municipal de Porto Amazonas, Paraná, Brasil

 





Prefeitura Municipal de Porto Amazonas, Paraná, Brasil
Porto Amazonas - PR
Fotografia


O prédio da prefeitura da cidade foi construído à semelhança do barco à vapor "Cruzeiro" (terceira imagem do post), o primeiro a navegar nas águas do Rio Iguaçu.
Abaixo um pouco da história da cidade de Porto Amazonas:
1- Povoamento e fundação
A área que compreende o atual município de Porto Amazonas fazia parte da Fazenda dos Papagaios, de propriedade de Manuel Gonçalves da Cruz, em Sesmaria por ele obtida em 24 de março de 1708. Seu registro deu-se em 19 de abril do mesmo ano, no livro de Registro de Sesmarias, às folhas 187, em Santos. A totalidade das terras pertencentes ao município atual, estavam abrangidas pela Fazenda dos Papagaios, cuja sede localizava-se no atual capão do Alegrete. Após a obtenção da sesmaria, o senhor Manuel já explorava as fazendas, onde se instalara com sua família, Dona Joana Rodrigues França, tendo vários filhos, dos quais apenas a Dona Antônia da Cruz França sobreviveu até a idade de 55 anos. O senhor Manuel faleceu por volta de 1719, tendo a senhora Joana contraído novas núpcias alguns anos mais tarde com Manuel Mendes Pereira, tendo este falecido poucos anos mais tarde (1724). Dona Joana voltou a casar com o Dr. Antônio dos Santos Soares, natural de Lisboa, formado em leis pela Universidade de Coimbra, como nos conta José Carlos Veiga Lopes em seu "Antecedentes Históricos de Porto Amazonas". Ocupou o cargo de juiz em Santos e posteriormente ao vagar o cargo de ouvidor em Paranaguá foi promovido a Ouvidor Geral e Corregedor dessa Comarca. O Dr. Antônio era quem cuidava das terras da esposa e de sua enteada. A área de proporções consideráveis, fora dividida em quatro fazendas: Papagaios, Cancela, Butuquara e Porcos de Cima, além de vários currais. Como a Fazenda dos Papagaios era muito grande, o curral do Caiacanga servia para atender o gado que havia por ali. Em 1765 a Capitânia de São Paulo foi restaurada (havia sido extinta em 1748), e o o senhor D. Luís Antônio Botelho de Souza Mourão nomeado seu governador. Como havia ameaça de invasão das terras garantidas aos portugueses pelo Tratado de Madri, mandou a Curitiba seu primo Afonso Botelho de Sampaio e Souza para organizar expedições para reconhecimento e exploração da região oeste, sendo utilizados canoas para a navegação nos rios da região, e com o estabelecimento de portos de apoio às expedições.
2- Cel. Amazonas de Araújo Marcondes
Amazonas de Araújo Marcondes nasceu em Palmas - Paraná, filho de Francisco Inácio de Araújo Pimpão e de Dona Maria Josefa de França. Quando tinha a idade de 33 anos mudou-se para União da Vitória, onde casou-se com sua primeira esposa, Dona Guilhermina de Loyola, não tendo filhos neste casamento. Casou-se pela segunda vez com Dona Júlia De Malheiros, com a qual teve 9 filhos. Como nos conta José Carlos Veiga Lopes, em seu Antecedentes Históricos de Porto Amazonas, o Cel. "Desejando ardentemente promover, com a máxima rapidez, a execução de um grande melhoramento material para a sua Província, sem onerar os já debilitados cofres públicos, requereu ao Imperador a graça de conceder-lhe o privilégio da navegação a vapor no Rio Iguaçu e seus tributários". Pelo Decreto Imperial no. 7248 de 19 de abril de 1879 foi concedido a Amazonas de Araújo Marcondes o privilégio para estabelecer por si ou por meio de companhia uma linha de navegação, desde o porto denominado Caiacanga até o Porto da União. Apenas três anos depois, a 27 de dezembro de 1882, a primeira viagem com o vapor Cruzeiro (sua primeira embarcação) ocorreu, tendo a viagem durado dois dias e meio até o porto de destino. Ele não fora o primeiro a obter a concessão (outros já haviam obtido anteriormente), mas o único a efetivamente concretizar a navegação do Rio Iguaçu. Depois disto, já com outras embarcações de sua propriedade prosseguiu na consolidação de seus sonhos, tendo ao longo de sua vida propiciado o surgimento de inúmeras cidades paranaenses às margens do Rio Iguaçu. Residindo em União da Vitória, promoveu a vinda de famílias de europeus residentes em Santa Catarina para Porto Amazonas, iniciando a formação do município, com muitos dos descendentes destas famílias ainda residindo aqui. Foi prefeito de União da Vitória, por 04 mandatos, entre outras atribuições na vida política da cidade e da região. Faleceu aos 77 anos, no cargo de Prefeito Municipal daquela cidade, sendo então substituído pelo Sr. Leopoldo de Castilhos.
3- Emancipação Política
A emancipação política de Porto Amazonas ocorreu em 10 de outubro de 1947, através da Lei no. 02, tendo sido elevado à categoria de município autônomo, desmembrado de Palmeira. Em 09 de novembro do mesmo ano instalou-se o município, ocasião em que foi empossado o primeiro Prefeito interino, o Senhor José de Souza Valente, nomeado por Decreto em 24 de novembro de 1947. As primeiras eleições ocorreram alguns dias depois, sendo eleito por voto direto o Senhor João Baptista Bettega, como o primeiro Prefeito do Município de Porto Amazonas.
4- A Navegação
Após o período de 1768 a 1772, quando ocorreram as expedições de exploração e reconhecimento das terras paranaenses (então Capitânia de São Paulo) a navegação ficou praticamente abandonada. Segundo José Carlos Veiga Lopes, dois fatos viriam a alterar este quadro. O primeiro referia-se a transferência do Registro do Rio Iguaçu para o Rio Negro, através da Lei Provincial de 24 de março de 1835, que autorizava o Presidente a designar as barreiras; com isto animais podiam cruzar em qualquer lugar, o que levou à abertura de uma estrada entre Palmeira e a Lapa. O segundo foi a descoberta dos campos de Palmas, utilizado pelos criadores desde 1839; "Como o gado precisava de sal, este era levado por canoas, até Porto União da Vitória, de dois pontos, um na atual cidade de Rio Negro e outro de um porto na barra do Rio Areia (ou das Areias), atualmente divisa entre os municípios de Palmeira e Porto Amazonas", transporte este utilizado cerca de 50 anos. Os produtos transportados pelas canoas eram querosene, tecidos, bebidas, alimentos, quinquilharias e traziam erva mate, couros, crina, madeira e charque. As canoas eram construídas em imbuia, com um metro de boca e 10 metros de comprimento e uma capacidade de carga, usando como medida uma saca de 50 litros de sal, de 60 sacas que equivaliam à carga de uma tropa de 30 animais. Pela Lei Provincial no. 40 de 23 de março de 1844 autorizou-se a liberação de verba para a construção de ponte no Rio Iguaçu, no lugar denominado Porto das Laranjeiras (Porto Amazonas), que foi concluída em 1852. Em 1866 os engenheiros José e Francisco Keller (pai e filho) foram encarregados de fazer uma exploração no Rio Iguaçu, para verificar sua navegabilidade. Em 03 de abril de 1871 a mesa da Assembleia Legislativa Provincial do Paraná dirigiu ao Presidente da Província Decreto concedendo ao Tenente-Coronel Manuel de Oliveira Franco o privilégio de fazer navegação a vapor de reboque nos Rios Iguaçu, Várzea e Negro, por um período de 50 anos. Apesar da negativa inicial, a concessão foi aprovada em 17 de abril do mesmo ano. Posteriormente, a pedido do senhor George Rivington, agente da Companhia Kitto, foi concedido o privilégio por igual período, para navegar nos Rios Iguaçu e Barigüí e o direito exclusivo por dez anos de construir, custear e usufruir, um canal para estabelecer navegação a vapor entre Curitiba e o Rio Iguaçu, através da Lei no. 464 de 15 de abril de 1876 assinada pelo Presidente da Província, o Senhor Lamenha Lins. Quando a Colônia Kitto fracassou, esta concessão também ficou parada. O brigadeiro José Correia de Bittencourt foi o próximo a requerer tal concessão, tendo sido aprovada em 25 de maio de 1878, por um período de 50 anos. Esta concessão aparentemente não foi sancionada.
5- Estrada de Ferro
Em 05 de janeiro de 1889, pelo Decreto no. 10.152, poucos meses antes da Proclamação da República, foi concedida à "Compagnie Gènèrale de Chemins de Fer Brèsiliens", que construíra a ferrovia entre Curitiba e Paranaguá, privilégio para a construção, uso e gozo do prolongamento da respectiva via férrea até o Porto Amazonas, no Rio Iguaçu, com um ramal que, passando por Lapa, se dirigiria para o Rio Negro. Com o advento da República houve a necessidade de um novo pedido, atendido pelo Decreto no. 907 de 18 de outubro de 1890, assinado pelo Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório da República, concedendo àquela "Compagnie", privilégio "...para a construção, uso e gozo do prolongamento da respectiva via férrea, do Porto Amazonas, no Rio Iguaçu, até Ponta Grossa, passando por Palmeira, e a entroncar na estrada de ferro de Itararé a Santa Maria da Boca do Monte" (conf. Antecedentes Históricos de Porto Amazonas - José Carlos Veiga Lopes). O trajeto da estrada ficou assim constituído: "saindo de Curitiba seguia até a estação da Serrinha (atual Engenheiro Bley), de onde havia um entroncamento para a Lapa, continuava sempre pelo lado da margem direita do Rio Iguaçu, não beirando o mesmo. cruzava o Rio dos Papagaios e ia à Restinga Seca e atingia o Rio Iguaçu cerca de doze quilômetros acima do Porto, no local chamado Porto das Laranjeiras ou Porto Laranjeira, onde hoje esta a cidade de Porto Amazonas, que mais tarde foi denominado Estação Porto Amazonas, em terras da Fazenda Portão de João Conrado Bührer". O trecho da Serrinha à Restinga Seca foi inaugurado no dia 1o. de Novembro de 1892, e consta a mesma data para o ramal até o Rio Iguaçu. A chegada da estrada de ferro ocasionou muitas mudanças no município, principalmente no que tange a população. Houve um movimento de emigrantes atraídos para a região, incentivados não só pelo progresso, mas também pela redistribuição, por parte do Governo, das terras da antiga Colônia Kitto. A estrada de ferro proporcionou o progresso, aliada à navegação já consolidada e em expansão com o surgimento de um número cada vez maior de vapores. As atividades permaneceram em franco crescimento, até a década compreendida entre os anos de 1940 e 1950, quando a produção do sudoeste paranaense e das cidades de Lapa, São Mateus do Sul e União da Vitória, chegava a Porto Amazonas pelos vapores, sendo redespachados posteriormente para outras regiões através da estrada de ferro. Com a construção da Rodovia do Xisto este panorama foi mudando, aliado à construção da Ferrovia Central do Paraná, distante 8 quilômetros da estrada existente. Finalmente, no mês de julho de 1970 o transporte ferroviário foi totalmente paralisado, desativando-se as instalações da Estação de Porto Amazonas.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Caiaganga, Rio Iguaçu, Porto Amazonas, Paraná, São Paulo, Brasil


Caiaganga, Rio Iguaçu, Porto Amazonas, Paraná, São Paulo, Brasil
Porto Amazonas - PR
Fotografia



Rafting no Rio Iguaçu.
Piso!
O comando de Robson, dez anos de prática de rafting, era tudo o que a gente não queria ouvir. A instrução durante a prática do esporte pode ser traduzida assim: "Se joga dentro do bote que a descida vai ser difícil".
No quarto dia da expedição, além da nossa equipe de todos os dias, contamos com a apoio do Robson e do Mauro, praticantes do esporte que exige bom preparo físico e sensibilidade para detectar os melhores pontos para passagem pelas corredeiras.
Antes de começar, Robson dá as instruções: cada um deve fixar-se o melhor possível no bote, colocando os pés nos locais apropriados. "Cair é normal", disse ele. Sinceramente, uma das afirmações mais desagradáveis que ouvimos. Então, ao cair, a ordem é não ficar em pé no rio porque é grande o risco de o pé ficar preso nas pedras. Caiu, assuma posição de corredeira, ou seja, cabeça e pontas do pé para fora da água, boiando, e espere o resgate. E Robson pede atenção para os comandos durante a descida: Atenção! Segura! Piso!
Então, nos preparamos para a descida: colete salva-vidas e o capacete, que depois descobrimos que tem múltiplas funções: protege a cabeça numa eventual queda nas pedras, dentro da água; protege dos galhos com os quais você vai se deparar quando o bote passa próximo da margem; e se, eventualmente, você tiver de percorrer algum trecho por terra, com vegetação abundante, como aconteceu com parte do nosso grupo, o capacete também vai te proteger dos galhos e impedir que teias de aranha fiquem grudadas no seu cabelo.
Depois é só curtir a paisagem, já que o Rio Iguaçu é bem mais bonito nesse trecho. O silêncio só é interrompido por aquele barulhinho característico de água caindo, que indica a proximidade da primeira corredeira. Leve, classe I (numa escala que vai até VI), essa não exigiu nenhuma habilidade especial para descer.
Depois vieram outras mais emocionantes, com direito ao comando "Piso!".
"Até a primeira metade do século passado o Rio Iguaçu era o canal para o escoamento, principalmente, da produção de madeira e erva-mate. Em dezembro de 1882, o vapor Cruzeiro fez a primeira viagem entre Porto Amazonas e União da Vitória (na época, Porto União da Vitória). O escritor Arnoldo Monteiro Bach, autor do livro Vapores, lembra que a embarcação veio do Rio de Janeiro até o Porto de Antonina, onde foi desmontada e subiu a Serra do Mar, pela Estrada da Graciosa, durante quatro meses, em 11 carroções puxados por bois até Porto Amazonas. Lá o Cruzeiro foi montado novamente.
No quarto dia da Expedição ao Rio Iguaçu, Porto Amazonas foi o destino da viagem, que começou em Balsa Nova. Foram 15 quilômetros percorridos com o bote, a remo, porque o trecho é de corredeiras. O biólogo Tom Grando, consultor da expedição, explica que as escarpas que atravessam o Iguaçu nesse trecho proporcionam condições ideais para a prática do rafting.
A partir de Porto Amazonas, marco zero da navegação fluvial do Iguaçu, o rio é navegável e foi por isso que os vapores tomaram conta daquele cenário até 1953, quando as crises da erva-mate, da madeira e a chegada de meios de transporte mais eficientes colocaram um ponto final nessa história.
História que sobrevive na memória de Otávio Mello, 79 anos. Morador de Porto Amazonas, onde nasceu, ele deixa de fazer qualquer coisa para falar dos últimos anos da navegação no Iguaçu, período que acompanhou, e se emociona. Em 1949, Mello era funcionário do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis, um órgão do governo federal. O seu trabalho era mergulhar no Rio Iguaçu, em Porto Amazonas, e manter o fundo do rio limpo para a circulação dos vapores."
"Ele conta que muitas das embarcações, quando subiam o rio, traziam para a cidade madeira que ficava guardada no porto, na beira do Iguaçu. Se chovia muito, a água levava a madeira, que mais abaixo era usada pelas famílias para a construção de suas casas. A casa que Mello comprou em Porto Amazonas era dessa madeira. Ela foi desmontada e hoje ele vive com a esposa, dona Leoni, numa casa de alvenaria. Há seis anos, Mello pegou a madeira de pinheiro, que tem cerca de cem anos, e construiu a casa do sítio, distante cerca de cinco quilômetros da cidade.
No ano passado, para matar a saudade do tempo da navegação no Iguaçu, ele reuniu toda a família para um passeio de barco pelo rio. Quem oferece esse passeio é José Gonçalves, 67 anos, que construiu o barco Novo Horizonte em 2003. Foram dez meses de trabalho. Aposentado do serviço público municipal, ele usou os conhecimentos de mecânica e metalúrgica e o projeto de um amigo engenheiro naval para construir a embarcação. "A Marinha fez três vistorias e deu a liberação."
O Novo Horizonte tem capacidade para 35 passageiros. Ele pode descer o rio de Porto Amazonas a União da Vitória, mas o mais usual é ir até São Mateus do Sul, distante 155 quilômetros. São até dez horas de viagem, dependendo do nível do rio. Na subida, a navegação se estende por 16 horas.
Apaixonado pelo Rio Iguaçu, Gonçalves guarda documentos da Marinha sobre a navegação. Por exemplo, em 1939 foram transportadas 43.459 toneladas de madeira, erva-mate e outros produtos. Os documentos são do Ministério da Viação e Obras Públicas, atual Ministério dos Transportes, Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais."
"A partir de Balsa Nova o Iguaçu tem um aspecto bem melhor. A água já é mais limpa e a mata ciliar está melhor preservada. A profundidade média é de 5 metros e a largura do rio chega a 80 metros. O que se observa muito nesse trecho do rio é a presença de espuma, resultado do processo natural de depuração da água. "A presença do oxigênio na água provoca esse fenômeno", explica o biólogo Tom Grando, consultor da expedição.
A região também tem muitos pontos de extração de areia, que pode ser feita em dois locais: onde o rio extravasa e joga o material para fora ou no leito do rio, uma prática com grandes impactos ambientais porque é o leito que sustenta a fauna aquática, diz Grando.
Quem conhece o Rio Iguaçu aponta com facilidade as mudanças por que ele passou. Em Porto Amazonas, na margem da corredeira Caiacanga, vive, há 16 anos, Joilson Tadeu Scepanski. Ele trabalha para uma indústria de papel da cidade e cuida de um gerador de energia instalado no local há 56 anos. A esposa Sandrília e três filhos são a companhia de Scepanski, que pesca no Iguaçu. "Ainda dá lambari e bagre por aqui, mas do jeito que está eu não sei até quando. Vai diminuindo a cada ano."
Ele diz que o rio mudou muito em alguns anos. "Eu ajudo a limpar como posso, recolhendo o lixo que vem pelo rio e fica parado nas margens." Scepanski conta que recolhe cerca de 50 quilos de lixo por mês, principalmente garrafas PET. O material é entregue para a prefeitura de Porto Amazonas."