Blog destinado a divulgar fotografias, pinturas, propagandas, cartões postais, cartazes, filmes, mapas, história, cultura, textos, opiniões, memórias, monumentos, estátuas, objetos, livros, carros, quadrinhos, humor, etc.
Mostrando postagens com marcador Volkswagen Parati. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Volkswagen Parati. Mostrar todas as postagens
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Volkswagen Parati LS, Brasil
Volkswagen Parati LS, Brasil
Fotografia
Após o fim da produção da Variant II, em dezembro de 1980, a Volkswagen ficou sem representante no segmento das peruas. A concorrência tinha projetos de concepção mais moderna e a montadora alemã precisava se mexer.
Sua carta na manga era o projeto BX, iniciado em 1976. Dele surgiriam frutos como o Gol, líder de vendas há 20 anos, e o três-volumes Voyage. Baseado no desenho desses dois modelos, a VW elaborou uma versão perua, lançada em junho de 1982.
Com a chegada da Parati, como foi batizada, cada uma das quatro principais montadoras nacionais tinha suas peruas. Havia as pequenas Chevrolet Marajó e Fiat Panorama e as maiores Ford Belina e Caravan, esta também da Chevrolet.
Apesar de utilizar a mesma plataforma do Gol, a suspensão dianteira da Parati recebeu molas e amortecedores recalibrados e na traseira os reforços se estenderam aos braços. O eixo de trás ganhou válvulas equalizadoras de pressão dos freios, para que estes não variassem com a quantidade de carga transportada.
O porta-malas levava 620 litros até o teto com o banco traseiro na posição normal e 1.380 litros com o assento rebatido. Pela primeira vez, a VW oferecia rodas de liga leve opcionais.
No primeiro teste de Quatro Rodas com o modelo, em junho de 1982, Cláudio Carsughi elogiava o equilíbrio da suspensão e dos freios com a perua vazia ou carregada, mas apontava a falta de um termômetro na Parati GLS, topo-de-linha.
Ao ser lançada, a Parati dispunha do motor 1.5 de 78 cv a gasolina do Passat. No teste, chegou a 143,712 km/h e foi de 0 a 100 km/h em 16,54 segundos.
Dois meses depois chegou o motor 1.6, também emprestado do Passat, disponível tanto a gasolina quanto a álcool. Num comparativo de agosto de 1982 com a Belina, ambas 1.6 a álcool, Emílio Camanzi notou a melhora na dirigibilidade da Parati e sua rapidez nas ultrapassagens. Ela atingiu 157,894 km/h e precisou de 13,91 segundos para ir de 0 a 100 km/h.
No consumo rodoviário, a perua Ford levou vantagem, graças ao câmbio de cinco marchas, recurso de que as Parati LS e GLS passariam a dispor só no fim de 1984. Com isso, o consumo caiu consideravelmente, de 11,62 para 13,03 km/l com a perua vazia.
A Parati cinza Hymalaya que você vê é uma versão LS a álcool de quatro marchas de 1986 e pertence ao comerciante de veículos Camilo Cechinel Fontana, de Curitiba (PR). “Uso o carro em viagens e digo que não deve nada aos novos. Seu desempenho é excelente, apesar de o consumo ser um pouco elevado, fazendo de 6,5 a 7 km/l”, diz Fontana.
Com mesmo bloco e cabeçote do Santana 1.8, o motor 1.6 ganhou 4 cv para 1986. Nova frente e bagageiro vieram no ano seguinte, quando a Parati já rendia 90 cv.
Foi quando sua presença alcançou o mercado americano com o nome de Fox Wagon. Opção inferior ao Golf, a perua passou por mais de 2000 alterações para adaptar-se à legislação de lá, como a adoção de injeção eletrônica e catalisador, item surgido por aqui somente em 1992.
“Sua performance surpreendente e excelente visibilidade, aliadas a seu visual agradável, fazem da VW Fox GL Wagon mais que só a líder de seu segmento”, dizia a revista Motor Trend em fevereiro de 1988. “Ela provavelmente será a campeã geral de vendas.”
O motor 1.8 de 96 cv foi a grande novidade daquele ano. Após a chegada das mais modernas Fiat Elba e Chevrolet Ipanema na segunda metade dos anos 80, a Parati ainda se destacava pelo desempenho. Ela liderava o mercado de peruas desde 1983, era a preferida dos jovens, mas a idade começava a pesar.
A escalada de potência prosseguiu com a geração “bolinha” da linha 1996. A aparência seguia a do Gol 1995 e tinha vidros basculantes para os passageiros do banco de trás. Primeira Parati com injeção eletrônica, seu motor 2.0 de 109 cv era o mesmo do Gol GTi e o ABS era opcional.
O motor 1.0 de 69 cv marcou 1997. Outra novidade veio para 1998: as aguardadas duas portas a mais. Até motor 1.0 Turbo de 112 cv ela teve. Depois disso, a Parati acompanhou as reestilizações do Gol e ganhou versões com apelo esportivo e aventureiro como Summer, Sunset, Track & Field e Crossover.
Com mais de 25 anos de mercado, ela acabou perdendo participação para a Fiat Palio Weekend até ser retirada de linha, em 2012, substituída (sem o mesmo sucesso) pela SpaceFox. Texto de Quatro Rodas.
Assinar:
Comentários (Atom)




