quarta-feira, 6 de setembro de 2017

La Belle Époque (La Belle Époque) - Angelina Drumaux

                                                 
La Belle Époque (La Belle Époque) - Angelina Drumaux
Coleção privada
OST - 63x51




A Belle Époque (expressão francesa que significa bela época) foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa, que começou no fim do século XIX, com o final da Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e durou até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. A expressão também designa o clima intelectual e artístico do período em questão. Foi marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.
É considerada uma era de ouro da beleza, inovação e paz entre os países europeus. Enquanto novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais, a cena cultural estava em efervescência: cabarés, o cancan e o cinema haviam nascido, a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. A Belle Époque foi representada por uma cultura urbana de divertimento, incentivada pelo desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte, os quais aproximaram ainda mais as principais cidades do planeta.
Seu início praticamente coincide com a instauração da Terceira República Francesa (início 1870), um período caracterizado pelo otimismo, a paz regional e prosperidade econômica, além de inovações culturais, científicas e tecnológicas. No clima do período, especialmente em Paris, as artes floresceram. Muitas obras-primas da literatura, música, teatro e artes visuais ganharam reconhecimento. Foi nomeada, em retrospecto, quando começou a ser considerada uma "Idade de Ouro", em contraste com os horrores da Primeira Guerra Mundial.
Nos novos-ricos Estados Unidos, que emergiam do Pânico de 1873, a época comparável foi apelidada de Gilded Age. Na Grã-Bretanha, a Belle Époque coincidiu com a Era Vitoriana tardia e a Era Eduardiana. Na Alemanha, com os reinados dos cáiseres Guilherme I, Frederico III e Guilherme II, na Rússia com os reinados dos czares Alexandre III e Nicolau II, na Itália com os reinados dos reis Vítor Emanuel II, Humberto I e o início do reinado de Vítor Emanuel III, no México com o período conhecido como Porfiriato. Na Europa, os antigos Império Austro-Húngaro e Império Otomano, com capitais em Viena e Constantinopla respectivamente, ainda eram considerados grandes potências, apesar de ambos terem sidos desmantelados após a Primeira Guerra Mundial. Política europeia viu muito poucas mudanças de regime, a principal excepção é Portugal, que experimentou uma revolução republicana em 1910. Na Ásia, o Japão, que passava pelo período chamado Era Meiji rapidamente se modernizava e industrializava e começava a rivalizar as potências européias. O Brasil vivia os anos finais do Império e os primeiros anos da República.
Inovações tecnológicas como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, inspiravam novas percepções da realidade. Com seus cafés-concertos, balés, óperas, livrarias, teatros, boulevards e alta costura. Paris, a Cidade Luz, era considerada o centro produtor e exportador da cultura mundial. A cultura boêmia imortalizada nas páginas do romance de Henri Murger, Scènes de la vie de bohème (1848), era um referencial de vida para os intelectuais brasileiros, leitores ávidos de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac. Ir a Paris ao menos uma vez por ano era quase uma obrigação entre as elites, pois garantia o vínculo com a atualidade do mundo.
Ocorreram ainda várias mudanças no mundo da arte na Europa, fazendo com que teatros, exposições de telas, cinemas, entrassem no cotidiano dos burgueses. E apenas eles tinham acesso a este mundo da arte. A Belle Époque americana é, no entanto, instalada rapidamente no país, por meio de uma breve industrialização que começa em meados de 1875, e depois ainda sobrevive até 1930, sendo aos poucos minada por novos movimentos agrícolas.
O estilo chamado art nouveau ("arte nova" em português) foi típico da Belle Époque. Esta corrente artística surgiu nos finais do século XIX, em reacção ao emprego abusivo na arte de motivos clássicos ou tradicionais. Em vez de se basear nos sólidos modernos da arte clássica, a art nouveau valorizava os ornamentos, as cores vivas e as curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes das plantas dos animais e das mulheres. É uma arte essencialmente decorativa sendo as principais obras desse estilo fachadas de edifícios, objetos de decoração (móveis, portões, vasos), jóias, vitrais e azulejos. Um dos pintores mais conhecido da Arte Nova é Alfonse Mucha.
Tendo surgido, acredita-se, de uma série de influências na arte, também na literatura, considera-se que entre os seus precursores estão William Morris e o movimento Arts and Crafts, o movimento Pré-Rafaelita, o Historicismo do Romantismo do Barroco, do Revivalismo Gótico e Celta, William Blake e Walter Crane, as gravuras Japonesas , Oscar Wilde, o ideal wagneriano de Gesamtkunstwerk, de Aubrey Beardsley, a poesia simbolista de Mallarmé e das pinturas de Toulouse-Lautrec, Munch, Whistler, Nabis e Seurat.
Em literatura, considera-se que um dos principais precursores do estilo Art Nouveau Revivalismo Celta, especialmente na Inglaterra, Escócia, Irlanda e Escandinávia, o qual teria dado, voltando-se para as "épocas áureas" de cada país. Apesar dos motivos medievais de cavalaria usados por esta tendência literária, que contribui para a Art Nouveau em outros gêneros artísticos, havia nesta escola um desejo da libertação do antigo e uma certa procura do novo, que refletiu-se em movimentos como o Novo Paganismo ou o Novo Hedonismo enquanto que O retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde "caracterizava-se pela Nova Voluptuosidade".
No fim do século XIX o êxodo rural, o desenvolvimento das comunicações e a eletricidade, aliadas ao crescimento urbano propiciaram o surgimento da cultura do divertimento, que ganhou status social na burguesia por meio dos cabarés, onde era possível encontrar a fusão dos elementos da cultura erudita com os elementos das classes baixas.
A indústria do divertimento (parque de diversão e cinema) foi possível devido ao desenvolvimento da eletricidade e a diminuição da jornada de trabalho, fazendo com que os operários tivessem mais horas livres para o lazer. Os parques e os cinemas transformaram-se em entretenimento de massa, por ter ingressos baratos e provocarem um desprendimento momentâneo da realidade cotidiana das pessoas.

Flores (Flowers) - Angelina Drumaux

                                                           
Flores (Flowers) - Angelina Drumaux
Coleção privada
OST - 92x65

Pintura de Rosas (Peinture de Roses) - Angelina Drumaux

                                                 

Pintura de Rosas (Peinture de Roses) - Angelina Drumaux
Coleção privada
OST - 56x46

Buquê de Primavera (Bouquet Printemps) - Angelina Drumaux

                                               
Buquê de Primavera (Bouquet Printemps) - Angelina Drumaux
Coleção privada
OST - 50x70 -1933


Natureza Morta com Groselhas Vermelhas (Still Life With Red Currants) - Clara von Sivers

                                 
Natureza Morta com Groselhas Vermelhas (Still Life With Red Currants) - Clara von Sivers
Coleção privada
OST - 54x70 - 1890

Ranúnculos em Cafeteira de Prata (Buttercups in a Silver Coffee Pot) - Anne Cotterill

                                         
Ranúnculos em Cafeteira de Prata (Buttercups in a Silver Coffee Pot) - Anne Cotterill
Coleção privada
Litografia - 39x29

Calêndulas (Marigolds) - Anne Cotterill

                                                         
Calêndulas (Marigolds) - Anne Cotterill
Coleção privada
Litografia - 26x31

Buquê de Primavera (Spring Bouquet) - Angelina Drumaux



Buquê de Primavera (Spring Bouquet) - Angelina Drumaux
Coleção privada
OST - 92x65

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Retrato de Dom João VI (Retrato de Dom João VI) - Jean Baptiste Debret


Retrato de Dom João VI (Retrato de Dom João VI) - Jean Baptiste Debret
Museu Nacional de Belas Artes Rio de Janeiro Brasil
OST - 60x42 - 1817

Cartaz de Propaganda da Primeira Guerra, "I Want You for U.S. Army", 1917, Estados Unidos - James Montgomery Flagg

                                   

Cartaz de Propaganda da Primeira Guerra, "I Want You for U.S. Army", 1917, Estados Unidos - James Montgomery Flagg
Propaganda de guerra - Estados Unidos
Cartaz / Poster    

The top hat, the goatee, the burning eyes and that long accusing finger – the "I Want YOU!" poster has become one of the most iconic images in American history. Used by the U.S. Army to recruit troops during the First World War, this image transformed the character of Uncle Sam into a stern and powerful figure. His persuasive pose and marked demeanour proved to be a hugely effective tool during the war, and a staggering four million copies of it were printed between 1917 and 1918.
While the poster continues to be recognised the world over, its creator's name has not fared quite as well. Born in New York in 1877, James Montgomery Flagg was a hugely prolific illustrator, who – at the peak of his career – was said to have been the highest paid magazine illustrator in all of America. Talented from a young age, Flagg had sold his first illustration at the age of twelve. By fourteen he had become a regular illustrator for Life, and two years after that he joined the staff of its rival publication Judge.
Flagg was an outspoken man who didn't suffer fools gladly. An unapologetic fan of fast cars and beautiful women, he took great pleasure in his work and in return it brought him fame and fortune. He lived the life of a bohemian, mixing with celebrities and sycophants and earning a reputation for being one of the most colourful and cantankerous characters of his day.
When the war broke, Flagg was thirty-nine years of age and so was too old to enlist. Instead, he volunteered his skills to the Division of Pictorial Publicity (DPP) – a group initially established by the illustrator Charles Dana Gibson. The DPP had grown out of an effort to use illustration as a means to promote the war effort and it was quickly absorbed into Woodrow Wilson's Committee on Public Information. At its peak, it held over three-hundred illustrators in its ranks, including the likes of Howard Chandler ChristyN.C. Wyeth and even a young Norman Rockwell.
Flagg, who had already created the "I Want YOU!" image for a July 1916 issue of Leslie’s Weekly, produced forty-six posters for the DPP's war effort – many of them featuring the character of Uncle Sam. For Flagg, the use of this national personification was the ideal tool for propaganda, and while images of Uncle Sam had existed since as early as the 1800s, it was Flagg's version that cemented the identity that we think of today.
Flagg saw little issue in borrowing images and ideas from other artists and he did this frequently. “How well the idea was handled was far more interesting to him than its origin” noted Susan E. Meyer in her 1974 biography of the illustrator. His fondness for appropriation is particularly clear when comparing his Uncle Sam poster to Alfred Leete's poster Lord Kitchener Wants You from 1914. Here, Flagg has simply replaced the British War Secretary with Uncle Sam, and while the illustrator never denied or admitted the similarity between the two works, the resemblance is clearly evident.
At the time, Flagg's Uncle Sam felt like a dynamic and exciting re-imagining of the character. Uncle Sam had always been portrayed as a folksy and friendly type, but under Flagg's expressive brush, America was to be shown as a handsome and robust figure. Whether it was through patriotism, thriftiness or vanity, the story goes that Flagg decided to use himself as the model for this new rendition of Sam. According to Meyer, the illustrator was acutely aware of his own good looks and was particularly proud of his shapely eyebrows. Ageing himself with makeup, a fake goatee and wearing the now iconic hat, Flagg composed the image in front of a mirror and thus Uncle Sam was made in Flagg's own image.
As the years passed, the illustrator began to look more-and-more like his original creation and he continued to use himself as the model for several more posters – even occasionally posing for press photos in full Uncle Sam garb. It was a decision that won him the admiration of Franklin D. Roosevelt, who praised his resourcefulness and noted that his methods suggested that he had "Yankee forebears".
After the First World War, Flagg returned to working with a number of advertising and publishing clients. Despite the fading lustre of illustration's “Golden Age”, he continued to have success – particularly in magazines where nearly every major publisher wanted to work with him. He drew caricatures of movie stars, illustrated a handful of books and even wrote an autobiography. When America returned to war in 1941, his posters were suddenly back in demand. Millions more of his iconic Uncle Sam poster were printed and the image continued to be just as effective.
Unfortunately, as the post-war era dawned, the world had changed too much for Flagg. Illustrators needed to work fast to adapt to the changing world of mass markets and colour photography and Flagg found that his style of illustration was quickly falling out of fashion. Drifting into obscurity, he found himself trapped in a world that he deplored. His vision was failing and his health had left him incapable of enjoying the playboy lifestyle that he had once so much adored. “I really died twenty years ago” he noted, “but nobody had the nerve to bury me”.
James Montgomery Flagg died on May 27, 1960, and was interred at Woodlawn Cemetery in The Bronx. Despite once being one of the most celebrated figures in American culture, only twenty people came to pay their respects. It was a sad end for a once much-loved figure. Yet today, his poster remains one of the most iconic images of the twentieth-century; a lasting icon that symbolises the power of patriotism. This, I feel, is an achievement that even Flagg himself could not bemoan.