domingo, 9 de setembro de 2018

Avião 14-bis, Santos Dumont, Paris, França


Avião 14-bis, Santos Dumont, Paris, França
Paris - França
Fotografia

O 14-bis, também conhecido como Oiseau de Proie (francês para “ave de rapina”), foi um avião construído pelo inventor brasileiro Alberto Santos Dumont que em 12 de novembro de 1906 conquistou o Prêmio  e o Prêmio do Aeroclube da França ao realizar um voo de 220 metros em Paris.
O 14-bis era inicialmente constituído por um aeroplano unido ao balão 14, em testes feitos por Santos Dumont em meados de 1906 – daí o nome "14-bis", isto é, o "14 de novo". A função do balão era reduzir o peso efetivo do aeroplano e facilitar a decolagem. O aeróstato, porém, gerava muito arrasto e não permitia ao avião desenvolver velocidade.
O primeiro teste do 14-bis foi feito em 19 de julho de 1906, conectado ao balão n.º 14. Em 23 de agosto, o 14-bis foi finalmente testado sem estar acoplado ao balão. Após uma primeira corrida sem decolar, na segunda tentativa o aeroplano elevou-se do chão e voou. Entretanto a sua estabilidade não agradou a Santos-Dumont, que mesmo assim declarou-se satisfeito.
No dia 3 de setembro de 1906 foi instalado o motor náutico Antoinette de 50 cavalos-vapor no lugar do de 24 até então utilizado. Transformou o 14-bis assim no Oiseau de Proie, com o qual obteve um salto de 11 metros em 13 de setembro de 1906; infelizmente o pouso brusco danificou a estrutura e o motor do avião e quebrou as duas rodas, interrompendo os testes.
Santos-Dumont fez novas modificações no avião: envernizou a seda das asas para aumentar a sustentação, retirou a roda traseira, por atrapalhar a decolagem, e cortou a estrutura portadora da hélice. Em 23 de outubro de 1906, no Campo de Bagatelle, Paris, o Oiseau de Proie II, após várias tentativas, percorreu sessenta metros em sete segundos, a uma altura de aproximadamente dois metros, perante mais de mil espectadores. Esteve presente a Comissão Oficial do Aeroclube da França, entidade reconhecida internacionalmente e autorizada a homologar qualquer evento significante, tanto no campo dos aeróstatos como no dos "mais pesado que o ar". Novamente, porém, o pouso brusco danificou as rodas do avião. O 14-bis ainda não era totalmente controlável.
Em 12 de novembro do mesmo ano, com o avião - agora o Oiseau de Proie III - provido de ailerons rudimentares para ajudar na direção, percorreu 220 metros em 21,5 segundos, estabelecendo o recorde de distância da época. O feito foi registrado pelo Aeroclube da França em um monumento, preservado no Campo de Bagatelle.
Em 14 de abril de 1907 o 14 bis realizou seu último voo. Após tentativas frustradas de estabilizar a aeronave, Santos-Dumont perdeu o controle e bateu contra o chão. Ao invés de reparar o avião, Santos-Dumont preferiu canibalizar as peças do protótipo em outros projetos – seu motor equipou os projetos 15, 16 e 18, e as hélices e as rodas também foram aproveitadas em outros aparelhos.

Banco Imobiliário - Manufatura de Brinquedos Estrela S/A



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Jogo


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Jogo da Vida - Manufatura de Brinquedos Estrela S/A



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Jogo

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Alegoria à Proclamação da República e à Partida da Família Imperial (Alegoria à Proclamação da República e à Partida da Família Imperial) - Anônimo

Alegoria à Proclamação da República e à Partida da Família Imperial (Alegoria à Proclamação da República e à Partida da Família Imperial) - Anônimo
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano São Paulo
OST - 82x103 - Século XIX

Vista da Atual Praça Carlos Gomes, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Vista da Atual Praça Carlos Gomes, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Nota do blog: Ao fundo, o Palacete Innecchi (já demolido).

Catedral Metropolitana de São Sebastião e Praça da Bandeira, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Catedral Metropolitana de São Sebastião e Praça da Bandeira, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

A Proclamação da República (A Proclamação da República) - Oscar Pereira da Silva

A Proclamação da República (A Proclamação da República) - Oscar Pereira da Silva
Museu Casa de Benjamim Constant Rio de Janeiro
OST - 80x124 - 1889

Moema (Moema) - Victor Meirelles

Moema (Moema) - Victor Meirelles
MASP São Paulo
OST - 129x190 - 1866

Garimpeiro em Diamantina, Minas Gerais (Garimpeiro em Diamantina) - Henrique Bernardelli

Garimpeiro em Diamantina, Minas Gerais (Garimpeiro em Diamantina) - Henrique Bernardelli
Diamantina - MG
Coleção privada
Óleo sobre painel - 23x13

Proclamação da República (Proclamação da República) - Benedito Calixto

Proclamação da República (Proclamação da República) - Benedito Calixto
Pinacoteca Municipal de São Paulo
OST - 123x200 - 1893


Proclamação da República é uma pintura a óleo sobre tela de 1893 realizada por Benedito Calixto. O quadro retrata o movimento político-militar ocorrido quatro anos antes, em 15 de novembro de 1889, que instaurou a República do Brasil e, consequentemente, derrubou a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil.
O artista, autodidata e relacionado com a elite de cafeicultores paulistas, recebeu a encomenda de reproduzir o acontecimento por meio de fotografias e representações já existentes. Foi a primeira grande cena pintada por Benedito Calixto, que até então fazia apenas retratos e recuperações de figuras históricas de pequenas proporções. Dentre as obras que se propõem a retratar a Proclamação, a de Calixto traz uma interpretação diferente, excluindo o elemento civil do primeiro plano da cena e colocando Marechal Deodoro como elemento central da composição.
O quadro pertence ao acervo da Prefeitura Municipal de São Paulo e se encontra na Pinacoteca do Estado.
A tela é ambientada no centro do Rio de Janeiro, então capital do país, e tem como cenário o Campo de Santana, antigo Campo da Aclamação, que recebia esse nome por ser também o local onde D. Pedro I se nomeou imperador décadas antes. Até o século 18 o local era um pântano, e no ano da Proclamação da República abrigava o Comando do Exército, o Senado, a Casa da Moeda, a Prefeitura e a Estação D. Pedro II. 
À direita da pintura se encontra o quartel-general do Exército - onde hoje está localizado o Palácio Duque de Caxias, ao lado da Estação Central do Brasil. O Palácio permanece sendo de uso militar. Nesse grande prédio amarelo estão localizadas as tropas de Comando do Exército, convocadas por Marechal Deodoro da Fonseca. Militares se distribuem por toda a tela e o espaço é ocupado também por canhões e cavalaria. No centro da figura alguns indivíduos fazem um gesto vitorioso com os braços estendidos. Dentre eles, em destaque, se encontra Manuel Deodoro da Fonseca, peça importante para a destituição da monarquia e formação de um novo governo republicano provisório. Ele é retratado com as vestes militares condecoradas, e estende o braço empunhando, em vez de uma espada, um quepe militar - demonstrativo da ausência de relutância e violência durante o movimento. 
Em meio ao grupo de militares que é destacado no centro da pintura, existem homens sem farda, com cavalos ou não. Ao fundo se encontram silhuetas sem faces reconhecíveis, com algumas pessoas próximas das casas observando o processo com indiferença. Essa representação traz o elemento da não participação civil durante a Proclamação. A maior diferença da tela de Benedito Calixto para outras do mesmo período que retratam o evento, como a de Oscar Pereira da Silva, é que no caso de Calixto o destaque está no novo regime, na ação dos militares, nos canhões e na agitação das tropas. A faixa de populares que é colocada na tela de Oscar, por exemplo, está ausente na de Calixto. Há apenas diminutas figuras, em pé e não montadas nos cavalos, situados na extrema direita, que parecem sinalizar a presença de poucos civis. Por isso, o quadro é considerado como um dos mais realistas relacionados ao episódio. Essas diferenças se dão, provavelmente, pelo espaço de tempo entre o acontecimento e a realização da obra. Quando Benedito Calixto pinta o quadro já haviam se passado quatro anos, em que aconteceram revoltas contra o governo provisório e Deodoro da Fonseca havia sido deposto.
Apesar de retratar a não participação civil, há uma corrente que critica o tom heroicizado dado aos militares. A fumaça que paira na cena indica que os canhões teriam sido disparados, entretanto, não houve tiros durante o ocorrido. Sendo assim, ou é um elemento inverossímil ou representa disparos de festim, que teriam sido lançados para celebrar a República. 
As árvores e o verde que se distribuem por todo o fundo da tela representam a integração do cenário com o natural, trazendo uma visão positiva da natureza como elemento importante do país. A cena ambientada ao ar livre, e não em gabinetes ou palácios, reforça a ideia de que não houve uma conquista. A ausência de enfrentamento e a não promoção de um ato de coragem constroem um cenário brasileiro, fatores ligados a autopromoção das elites militares e econômicas, coloca essa integração ambiental como positiva. A encomenda do quadro vem para construir uma representação direcionada às elites emergentes, principalmente aos cafeicultores paulistas aos quais Calixto se relacionava.