quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A Tomada do Cemitério de Solferino, Itália (La Presa del Cimitero di Solferino) - Eleuterio Pagliano





A Tomada do Cemitério de Solferino, Itália (La Presa del Cimitero di Solferino) - Eleuterio Pagliano
Solferino - Itália
Museu do Risorgimento Milão
OST - 361x210 - 1866


Eleuterio Pagliano, pittore-soldato di successo, partecipò a diverse campagne per l’indipendenza italiana, tra cui quella del 1859 come garibaldino, illustrando diversi episodi di tali guerre e numerosi accadimenti storici come era di moda all’epoca. Nella tela Pagliano raffigura la battaglia di Solferino, scontro decisivo della giornata. L’artista crea una raffigurazione insolita riproducendo una scena di combattimento ambientata nel camposanto di Solferino, con gli austriaci che si ritirano abbandonando i cadaveri dei caduti tra le tombe, mentre dal muro di cinta sberciato dai colpi di cannone irrompono gli zuavi, le truppe d’assalto dell’esercito francese. Sullo sfondo appaiono, a sinistra, la Rocca, a destra, il Colle dei Cipressi, mentre in primo piano, illuminate da una luce nitida, solare, estremamente reale, si stagliano le croci del cimitero. L’opera colpisce per il particolare taglio fotografico e la ricerca luministica sicuramente effettuata en plein air. Sappiamo infatti che Pagliano, incaricato dal re di rappresentare la battaglia, si recò appositamente sul luogo per documentare fedelmente il teatro dello scontro, scegliendo di rappresentare un episodio di grande impatto, appunto la presa del camposanto di Solferino da parte dei francesi, ultimo presidio austriaco dopo la presa della rocca di Solferino sulla quale si scorge infatti sventolare il tricolore francese. Il dipinto, oggi conservato al Museo del Risorgimento di Milano, era un tempo collocato in Palazzo Reale insieme ad altri quadri sul tema di Solferino e San Martino.

Senhorita Reclinada com Leque (A Reclining Lady with a Fan) - Eleuterio Pagliano


Senhorita Reclinada com Leque (A Reclining Lady with a Fan) - Eleuterio Pagliano
Coleção privada
Aquarela - 29x44 - 1876

A Aula de Geografia (La Lezione di Geografia) - Eleuterio Pagliano


A Aula de Geografia (La Lezione di Geografia) - Eleuterio Pagliano
Gallerie d'Italia Piazza Scala Milão
OST - 125x180 - 1880


“Ecco l’America dice segnando col dito un punto del mappamondo, il vecchio professore di geografia; le due scolare stanno attente per sentire di quell’America, che allora non aveva ancora tanti zii milionari, ma che faceva sognare forse più tesori in causa delle fandonie spacciate allora sull’Eldorado e colle quali Voltaire pare che profetasse la scoperta delle miniere della California” (Chirtani 1880b, p. 387). Con queste parole Luigi Chirtani accompagnava la riproduzione in incisione della Lezione di geografia sulle pagine dell’“Illustrazione Italiana”, pubblicata in occasione della sua presentazione all’Esposizione nazionale di Torino del 1880, che nell’edizione di quell’anno prevedeva specifici premi per i quadri di genere. Il soggetto, replicato “parecchie volte e in diverse proporzioni” (Esposizione postuma 1903, p. 8), era apparso alla rassegna braidense del 1874 e, di nuovo, al Salon del 1879, a conferma del successo riscosso dalla pittura di genere di ispirazione neo-settecentesca presso il grande pubblico, nonché della raggiunta notorietà internazionale dell’artista, legato da vincoli commerciali al mercante d’arte Alphonse Goupil (Lamberti 1998, pp. 60-65). Negli stessi anni in cui la moda per le scene in costume si diffondeva in Francia e veniva esportata anche in America, pure a Milano – grazie al talento di pittori come Gerolamo Induno, Mosè Bianchi, Eleuterio Pagliano – si assistette al successo di questo repertorio piacevole e disimpegnato, dove la straordinaria qualità tecnica era messa al servizio di un’arte priva di qualsiasi contenuto o messaggio. Da questa serie interminabile di opere piccole e preziose, tuttavia, La lezione di geografia si distingue per l’inquadratura ravvicinata e, soprattutto, per l’ambientazione all’aria aperta che permetteva all’autore di sperimentare una luce chiara e diffusa, grazie alla quale valorizzare la tavolozza dai toni pastello ispirata ai grandi maestri del Settecento. “S’immagina qualche cosa come Tiepolo che stenda la mano al Greuze”, aveva commentato Giuseppe Mongeri ammirando la “dolcezza di colori, un’armonia di toni, un’aria diafana, diffusa, carezzevole, come una sonata tutta sui sordini”, mentre una parte della critica registrava negativamente quella “raffinatezza soverchia” e, soprattutto, l’allontanamento dell’artista dalle sperimentazioni sul vero (Chirtani 1880a, p. 1), condotte insieme al collega e amico Domenico Morelli, precoce interprete delle prime istanze naturaliste, suo ospite a Milano nel 1861. Tuttavia, proprio quell’atmosfera sognante che sapeva proiettare il pubblico in un mondo sensuale e spensierato, garantì lo strepitoso successo dell’artista, le cui opere erano richieste dalla ricca borghesia alla moda che vi rispecchiava la propria aspirazione a raggiungere la felicità attraverso la gioia di vivere e la libertà dei costumi, ed esprimeva nel lusso il proprio potere.

Primitiva Estação da Luz, 1865, São Paulo, Brasil



Primitiva Estação da Luz, 1865, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Aquela que seria a principal estação da capital se situava no Jardim da Luz, praticamente encostada na atual Estação da Luz. Assim como esta, ela também se localizava onde temos hoje a Rua Mauá.
"Seguro morreu de velho
Quem avisa amigo é
Quem quiser dar bons passeios
Tem carrinhos – sem receios
Bem baratos lá na Sé."
O que tem os versinhos acima a ver com a SPR – São Paulo Railway, a “Inglesa”? Para entender temos que conhecer a história da festa da chegada da primeira locomotiva à Estação da Luz,
Apenas alguns anos depois que foram inauguradas as primeiras ferrovias na Inglaterra, em 1825 e 1829, houve uma primeira tentativa de construção de uma ferrovia em São Paulo que permitisse escoar a produção de bens que eram produzidos no interior para o porto de Santos.
Assim, já em 30 de março de 1835 foi votada uma lei provincial autorizando o Presidente da Província a “conceder carta de privilégio exclusivo para a companhia de Aguiar, Viúva, Filhos & Comp., Platt e Reid para a factura de uma estrada de ferro para o transporte de gêneros e passageiros desde a Villa de Santos até São Carlos [atual Campinas], Constituição, Ytu, ou Porto Feliz”, mas esta iniciativa não foi para frente.
Somente vinte anos depois, uma lei geral e outra provincial deram condições para que em 26 de abril de 1856 um decreto desse concessão por 90 anos a Irineu Evangelista de Souza, então Barão de Mauá, José Antônio Pimenta Bueno, futuro Marquês de São Vicente, e José da Costa Carvalho, Marquês de Monte Alegre para a construção e exploração de uma ferrovia que ligasse Santos a Jundiaí. Assim, em 1860, foi reunido o capital que formou a São Paulo Railway Company com aporte de capitais ingleses.
As obras começaram em 24 de novembro de 1860 e em 1864 já estava funcionando o primeiro plano inclinado da Serra.
Em 1865, todos os 800 metros da Serra do Mar já haviam sido vencidos e os trilhos chegavam à então modesta Estação da Luz.
A Câmara Municipal resolveu então fazer uma grande comemoração. Ao meio-dia de seis de setembro daquele ano foi marcada a chegada do primeiro trem à Estação. Haveria uma cerimônia de batismo do trem, após a banda de música, e os discursos de praxe, seria oferecido um “copo d’água” aos empreiteiros da estrada, no Jardim Público. Bem, o tal “copo d’água” era um eufemismo para um opíparo banquete no Jardim da Luz.
Ao saber dos planos da Câmara, um dos funcionários da empresa, Sr. Henderson disse que não era conveniente, pois apesar dos trilhos já estarem assentados até a Estação da Luz, ainda havia trabalho a fazer no assentamento e o trem deveria trazer grande quantidade de material.
Mas o roteiro da solenidade foi seguido e o trem foi recebido na Mooca com uma banda de música. Vários figurões graúdos, inclusive o Presidente da Província, o Conselheiro Carrão embarcaram para serem recebidos em triunfo na Estação da Luz. Eram duas locomotivas puxando três vagões. O Conselheiro Carrão acomodou-se na primeira locomotiva junto com mais algumas pessoas e todos os outros nos vagões.
A viagem transcorreu tranquila até o Brás e passando a estação do Brás havia uma ligeira curva à direita e entrava-se no aterrado que seguia em reta pelo aterrado da várzea do Tamanduateí até a estação.
Após passar o Brás, o maquinista acelerou a composição e, quando chegava à ponte do Tamanduateí, já próximo ao Jardim da Luz, ouviu-se um forte estalo e a corrente que unia as duas locomotivas partiu-se. A primeira seguiu em frente, mas a segunda despencou pela borda do aterro levando o resto do comboio e uma parte dos trilhos. Calculou-se a velocidade do comboio em 45 km/h.
O maquinista Peregrino Lodi, teve morte instantânea e os passageiros todos ficaram feridos, alguns em estado grave, mas todos acabaram se recuperando.
Quem pagou o pato foi o engenheiro fiscal do governo, Ernesto Street, que perdeu o emprego.
Os versos que abrem esta história são de autoria de Pedro Taques de Almeida Alvim (1824-1878), que além de poeta, foi redator e um dos proprietários do jornal Diário de São Paulo além de deputado provincial em várias legislaturas e seguramente foi um dos passageiros da viagem fatídica. O melhor a fazer então é encerrar a história passando a palavra ao Segismundo José das Flores, pseudônimo que usava Pedro Taques em suas crônicas divertidas em forma de cartas de um caipira para o compadre. Ele que ele conte como foi o acidente.
“Vinham duas charolas adiante com a cozinha do bicho, cuja chaminé botava fumaça que era uma temeridade. Treparam todos e por minha desgraça eu também, que fiquei em um dos caixões da tal chocolateira. Não sei porque, compadre, quando empanelei-me no tal patíbulo, tive ímpetos de pedir demissão.
Já ia formando um pulo para safar-me quando roncou a monstruosidade, que só me deu tempo para agarrar-me a um pobre companheiro, ainda mais desgraçado que eu. O bicho deu um arranco e assobiou que se podia ouvir aí bem perto do sítio do compadre Antonio Joaquim. Varou por aí como um rojão soltado atravessado e, enquanto o diabo esfrega um olho, já tínhamos enxergado a cabecinha da torre do Brás.
Até o dito Brás o bicho desunhou que só enxergamos o verde do terreno que ia passando de carreira por nós. Daí em diante é que a porca torceu o rabo. O maquinista, foguista, cozinheiro ou o diabo que o valha que dá corda de fogo ao tal vagão parece que engrilou e meteu as chinelas no bicho. Aqui é que foram elas. Não enxergamos mais nada, era tudo cor de ar; os passageiros davam cabeçadas, as cadeiras iam ao chão. Eu gritava ao homem do fogareiro que parasse com um milhão de diabos, pois receava que aquilo estourasse com governo, câmara e Segismundo. Qual! O ladrão do rei do fogo redobrava a doze e o bicho ia corcoveando.
Ninguém dizia palavra porque contra o progresso de fogo ninguém pia, muito menos eu, apesar de estar desesperado por pilhar em terra o tal inglês da cozinha. Continuou o desalmado a esporear o potro de ferro que botava fogo pelo nariz e fumaça pelos olhos.
E agora compadre, veja o que me aconteceu nessa idade! Tanto fez o bruto da chaminé com o seu canudo que o potro corcoveou de verdade, tropicou no estribilho e prancheou conosco!
Não sei o que aconteceu, pois desfaleci. Quando dei por mim estava eu dentro de um valo com meus colegas de caixão e com os respectivos caixões em terra, os varões arrebentados, uns a saírem do valo e outros a saltarem da ratoeira. Entre mortos e feridos alguns escaparam. Eu agarrei-me a uma cerca e fiquei nela escarranchado e habilitado a meter-me em curativos de cirurgiões.
Cada um tratou de si, cuidando de safar-se e dar o basta, apesar de já estarmos perto do Jardim, como indicava o cheiro do almoço municipal.”
Texto de Edison Loureiro.

Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, Brasil

Santa Casa de Misericórdia, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Belvedere Trianon, Avenida Paulista, 1916, São Paulo, Brasil

Belvedere Trianon, Avenida Paulista, 1916, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Assentamento de Trilhos, Luz, 1902, São Paulo, Brasil


Assentamento de Trilhos, Luz, 1902, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Assentamento de Trilhos, Avenida Paulista, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil

Assentamento de Trilhos, Avenida Paulista, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Ilha das Cobras e Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil

Ilha das Cobras e Ilha Fiscal, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A Primeira Bandeira Italiana Trazida para Florença em 27 de Abril de 1859, Itália (La Prima Bandiera Italiana Portata in Firenze il 27 Aprile 1859) - Francesco Saverio Altamura




A Primeira Bandeira Italiana Trazida para Florença em 27 de Abril de 1859, Itália (La Prima Bandiera Italiana Portata in Firenze il 27 Aprile 1859) - Francesco Saverio Altamura
Florença - Itália
Museu Nacional do Risorgimento Italiano Turim
OST - 51x75 - 1859


Un'atmosfera trasognata ed evocativa avvolge il giovinetto che in una mattina di primavera passeggia sulla collina fiorentina di San Miniato, recando sulla spalla con fare disinvolto il tricolore. La luce limpida e ferma, unita alla pacata intonazione cromatica, accentua il carattere intimo e per nulla enfatico di questa interpretazione del tema patriottico. suggerito quasi certamente dalla partenza da Firenze del granduca Leopoldo II di Lorena, nell'aprile del 1859. La visione solenne della basilica e del convento di San Miniato al Monte, che si staglia netta secondo un meditato rapporto di luci e di ombre sul cielo, è indicativa dell'importanza delle ricerche del pittore per l'evoluzione della "macchia".