Vista Aérea da Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Ainda em Construção, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia
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quinta-feira, 13 de junho de 2019
Vista Parcial de Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Foto João Abade
Fotografia - Cartão Postal
Conforme o site oficial da cidade, em 1717 o futuro Conde de Assumar viajou a caminho de Vila Rica, passando pela Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá. Para alimentar o visitante e sua comitiva, os pescadores da região foram convocados para pescar para ele, mesmo sabendo que o período não estava propício para pesca. Durante o percurso, muitos pescadores desistiram pela falta de peixe e apenas três deles permaneceram.
João Alves, um dos três pescadores, lançou sua rede e quando a retirou não havia nenhum peixe, apenas a imagem de uma santa quebrada. Logo em seguida, em outra parte do rio, jogou a rede novamente e encontrou a parte que estava faltando da imagem. Acreditando ser um sinal divino e reconhecendo ser uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, os pescadores jogaram a rede pela terceira vez, mas dessa vez, surgiu uma abundância de peixes, assim denominaram a imagem como Nossa Senhora da Conceição “Aparecida” das águas do Rio Paraíba do Sul.
Por 15 anos a imagem permaneceu com Filipe Pedroso, outro dos três pescadores, mas já com idade avançada, entregou ao filho que construiu um oratório à margem da estrada, o que atraiu muitas pessoas. Mas foi só em 1745 que a primeira capela com a imagem foi inaugurada, o que tornou o turismo religioso a maior fonte de renda da cidade.
Em 17 de dezembro de 1928, Aparecida se torna oficialmente um município. Já em 1955 o projeto arquitetônico da construção da nova Basílica dedicada a Nossa Senhora da Conceição Aparecida começa e três anos depois é criada a Arquidiocese de Aparecida.
A cidade é chamada popularmente de Aparecida do Norte por conta da linha férrea que existia entre Rio de Janeiro e São Paulo. As pessoas que iam até Aparecida vinham em direção à estação norte de trem em São Paulo. Aparecida está a cerca de 170 km da Capital paulista e de acordo com um Censo de 2022 tem pouco mais de 30 mil habitantes.
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia
Nova e Velha Basílica com Passarela / Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Ambrosiana
Fotografia - Cartão Postal
Nota do blog: Data não obtida.
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia - Cartão Postal
Cena de Beijo, Rua Conselheiro Crispiniano com Rua 24 de Maio, Centro, Anos 70, São Paulo, Brasil
Cena de Beijo, Rua Conselheiro Crispiniano com Rua 24 de Maio, Centro, Anos 70, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
São Paulo - SP
Fotografia
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia
A Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, é um templo religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida, no interior do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é uma catedral. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída ao longo de todo o Santuário.
A estrutura foi solenemente sagrada em 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II, quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros. Já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Em novembro de 2016, por decreto do Papa Francisco, a basílica foi elevada à dignidade de igreja-catedral da Arquidiocese de Aparecida, título transferido da igreja de Santo Antônio, em Guaratinguetá. O santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil. Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história.
A Basílica Nova é a terceira igreja que foi construída para abrigar a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A primeira foi iniciada em 1741 e inaugurada a 26 de julho de 1745; a segunda foi iniciada em 1844 e inaugurada em 24 de junho de 1888. O Santuário Nacional de Nossa Senhora é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.
Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.
Benedito Calixto Neto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega. Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.
Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das Pitas, teve sua terraplanagem iniciada em 1952 e terminada em 1954. Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955, pela Nave Norte, e seguiu para a construção da Torre Brasília que teve sua estrutura metálica doada pelo então presidente, Juscelino Kubitschek.
Terminada a torre, as obras seguiram para a cúpula central, depois, já em meados de 1972, para a Capela das Velas e para a Nave Sul, passando depois para as Naves Oeste e Leste, e as alas intermediárias, finalmente.
Há uma passarela, denominada "Passarela da Fé", que faz ligação entre a igreja velha e a basílica ao qual possui 392 m de extensão, onde há fiéis que esse trecho percorrem de joelhos.
Aparecida - SP
Fotografia
A Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, é um templo religioso católico localizado no município brasileiro de Aparecida, no interior do estado de São Paulo. É o maior templo católico do Brasil e o segundo maior do mundo, menor apenas que a Basílica de São Pedro, no Vaticano. É a maior catedral do mundo, visto que a Basílica Vaticana não é uma catedral. Também é o maior espaço religioso do país, com mais de 143 mil m² de área construída ao longo de todo o Santuário.
A estrutura foi solenemente sagrada em 4 de julho de 1980, pelo Papa João Paulo II, quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elevou a nova basílica a Santuário Nacional. Localiza-se no centro da cidade, tendo como acesso a "Passarela da Fé", que liga a basílica atual com a antiga, ambas visitadas pelos romeiros. Já recebeu a visita de três papas: João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Em novembro de 2016, por decreto do Papa Francisco, a basílica foi elevada à dignidade de igreja-catedral da Arquidiocese de Aparecida, título transferido da igreja de Santo Antônio, em Guaratinguetá. O santuário é visitado anualmente por aproximadamente 12 milhões de romeiros de todas as partes do Brasil. Em 2017, o santuário registrou 13 milhões de visitantes, o maior de sua história.
A Basílica Nova é a terceira igreja que foi construída para abrigar a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A primeira foi iniciada em 1741 e inaugurada a 26 de julho de 1745; a segunda foi iniciada em 1844 e inaugurada em 24 de junho de 1888. O Santuário Nacional de Nossa Senhora é dirigido e administrado pelos Missionários Redentoristas da Congregação do Santíssimo Redentor, desde 1894.
Em meados da década de 1940, os missionários da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos por redentoristas, perceberam a necessidade de se erigir um novo templo para devoção do povo para com Nossa Senhora da Conceição Aparecida: era preciso um espaço mais amplo, que comportasse mais pessoas. Dessa necessidade, surgiu a ideia de se construir não uma qualquer igreja maior, mas uma basílica.
Benedito Calixto Neto foi o arquiteto contratado para a elaboração do projeto, que foi pedido em forma de cruz grega. Em 1945, o então cardeal de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta levou ao Vaticano o projeto da, então, futura basílica, que foi julgado como brilhante pela comissão examinadora.
Também conhecida por "Basílica Nova", está construída sobre o Morro das Pitas, teve sua terraplanagem iniciada em 1952 e terminada em 1954. Começou a ser construída em 11 de novembro de 1955, pela Nave Norte, e seguiu para a construção da Torre Brasília que teve sua estrutura metálica doada pelo então presidente, Juscelino Kubitschek.
Terminada a torre, as obras seguiram para a cúpula central, depois, já em meados de 1972, para a Capela das Velas e para a Nave Sul, passando depois para as Naves Oeste e Leste, e as alas intermediárias, finalmente.
Há uma passarela, denominada "Passarela da Fé", que faz ligação entre a igreja velha e a basílica ao qual possui 392 m de extensão, onde há fiéis que esse trecho percorrem de joelhos.
Basílica Velha, Aparecida, São Paulo, Brasil
Basílica Velha, Aparecida, São Paulo, Brasil
Aparecida - SP
Fotografia - Cartão Postal
Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida, é o nome pelo qual ficou conhecido o templo, que foi inaugurado em 1888, em cerimônia presidida por Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, então Bispo de São Paulo, território diocesano que compreendia todo o estado paulista na época.
Cinco anos depois, em 1893, a igreja recebeu o título de Santuário Episcopal e, em 1908, o Vaticano concedeu ao templo o título de Basílica Menor, a primeira igreja no Brasil a receber tal reconhecimento.
Em 1982, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT - declarou o tombamento da igreja, de estilo barroco, como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico.
Em 2004, foi iniciada a restauração que devolveu as características originais da igreja que tinham se perdido após intervenções ao longo dos anos. O trabalho minucioso, que durou 11 anos, foi concluído em 2015 sem que a visitação ao local fosse interrompida.
Nestes 130 de acolhida aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, a Basílica Velha foi destino de cinco presidentes da República em exercício, que visitaram o local em ocasiões especiais, além da Princesa Isabel, da qual se tem dois registros históricos de sua visita.
A Basílica Velha foi o terceiro local religioso a abrigar a Imagem original de Nossa Senhora Aparecida, encontrada pelos pescadores em 1717.
Antes do início de sua construção, havia no mesmo local a chamada Capela do Morro dos Coqueiros, a primeira igreja em honra à Virgem Aparecida autorizada pela Igreja Católica. Mas, este centro de peregrinação, construído em 1745, com 150 metros quadrados, ficou pequeno para o volumoso número de devotos que já visitavam a imagem de Nossa Senhora no século XVIII.
Então, em 1834, a pequena capela passou por reformas e adaptações e, em 1878, passou a adquirir a arquitetura que a Basílica Velha mantém hoje. A inauguração da igreja nova aconteceu 10 anos depois.
Antes disso, um primeiro oratório havia sido construído pelos pescadores, às margens do Rio Paraíba do Sul e abrigou a Imagem até a construção da Capela do Morro dos Coqueiros em 1745.
Aparecida - SP
Fotografia - Cartão Postal
Basílica Velha de Nossa Senhora Aparecida, é o nome pelo qual ficou conhecido o templo, que foi inaugurado em 1888, em cerimônia presidida por Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, então Bispo de São Paulo, território diocesano que compreendia todo o estado paulista na época.
Cinco anos depois, em 1893, a igreja recebeu o título de Santuário Episcopal e, em 1908, o Vaticano concedeu ao templo o título de Basílica Menor, a primeira igreja no Brasil a receber tal reconhecimento.
Em 1982, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT - declarou o tombamento da igreja, de estilo barroco, como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico.
Em 2004, foi iniciada a restauração que devolveu as características originais da igreja que tinham se perdido após intervenções ao longo dos anos. O trabalho minucioso, que durou 11 anos, foi concluído em 2015 sem que a visitação ao local fosse interrompida.
Nestes 130 de acolhida aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, a Basílica Velha foi destino de cinco presidentes da República em exercício, que visitaram o local em ocasiões especiais, além da Princesa Isabel, da qual se tem dois registros históricos de sua visita.
A Basílica Velha foi o terceiro local religioso a abrigar a Imagem original de Nossa Senhora Aparecida, encontrada pelos pescadores em 1717.
Antes do início de sua construção, havia no mesmo local a chamada Capela do Morro dos Coqueiros, a primeira igreja em honra à Virgem Aparecida autorizada pela Igreja Católica. Mas, este centro de peregrinação, construído em 1745, com 150 metros quadrados, ficou pequeno para o volumoso número de devotos que já visitavam a imagem de Nossa Senhora no século XVIII.
Então, em 1834, a pequena capela passou por reformas e adaptações e, em 1878, passou a adquirir a arquitetura que a Basílica Velha mantém hoje. A inauguração da igreja nova aconteceu 10 anos depois.
Antes disso, um primeiro oratório havia sido construído pelos pescadores, às margens do Rio Paraíba do Sul e abrigou a Imagem até a construção da Capela do Morro dos Coqueiros em 1745.
Pedra Fundamental de Brasília, Distrito Federal, Brasil
Pedra Fundamental de Brasília, Distrito Federal, Brasil
Planaltina, Brasília - DF
Fotografia
A pedra
fundamental de Brasília é um obelisco construído como monumento arquitetônico para lançar a construção
de Brasília.
O obelisco está localizada no Morro do
Centenário a 1033 metros de
altitude e 47º39' de longitude, a exatamente 9 km de Planaltina, onde também se localiza a Igreja de São Sebastião,
que tem aproximadamente 200 anos, contrastando com a idade real da cidade mais
velha do Distrito Federal, a cidade de Planaltina.
Para comemorar o centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922, ao meio dia,
o presidente dos Estados
Unidos do Brasil, Epitácio
Pessoa, faz assentar a pedra
fundamental da futura capital do país a dez quilômetros de Planaltina.
Baseada no sonho de Dom Bosco, a pedra fundamental caracteriza o ponto central
do Brasil, "entre os paralelos 15 e 20 graus."
O decreto para o assentamento da pedra fundamental
foi assinado por Epitácio Pessoa em janeiro de 1922, mas o diretor da Estrada
de Ferro Goiás em Araguari (MG), Balduíno Ernesto de Almeida, somente foi informado
pelo Inspetor de Estradas de Ferro, Palhano de Jesus, por telegrama em 27 de
agosto. Ou seja, somente a dez dias do Centenário ele soube que teria que
erguer o monumento no Retângulo
Cruls, a 450 km dali, e
inaugurá-lo de forma solene, exatamente ao meio-dia de 7 de setembro.
O Obelisco tem forma piramidal de base quadrada com 3,75 m de altura, a
contar das fundações. As suas faces estão orientadas pelos pontos cardeais. A
Placa comemorativa está situada na face oeste, na qual está
escrito: "Sendo Presidente da República o Excelentíssimo Senhor Dr.
Epitácio da Silva Pessoa, em cumprimento ao disposto no decreto n.º 4.494 de 18
de janeiro de 1922, foi aqui colocada em 07 de setembro de 1922 ao meio-dia, a
Pedra Fundamental da Futura Capital dos Estados Unidos do Brasil".
O marco
geodésico encontra-se a sete
metros do monumento, a 7,5 km da cidade de Planaltina e a 24 km a NE da
estação rodoviária de Brasília (em linha reta), em concreto, com chapa do IBGE cravada
no topo, numa caixa com tampa móvel e de ferro fundido.
O assentamento da pedra fundamental da futura
capital, no Centenário da Independência, a 7 de setembro de 1922, bem poderia
ter sido — como sugeriu Duque Estrada — o sepultamento definitivo
da ideia, com a colocação de "uma pedra por cima".
O mero relato da expedição
Balduíno, na época, deveria causar no Rio de Janeiro uma péssima impressão
sobre o local escolhido para a futura capital — tantas seriam as dificuldades
encontradas para a realização de uma tarefa aparentemente simples.
Pior do que o relato dessas
dificuldades, só se chegasse ao Rio de Janeiro a notícia de um fracasso em
desempenhá-la na data marcada.
Hoje, esse relato deixa uma
impressão difícil de definir, entre a simples falta de planejamento e a
hipótese mais complicada — mas possível, até provável — de
um tropeço bem planejado e simples, articulado em algum ponto da
"cadeia de comando" do governo.
Assinado o decreto em janeiro
de 1922, somente a 27 de agosto — faltando 10 dias para o Centenário — o
diretor da Estrada de Ferro Goiás, com sede em Araguari (MG), foi informado, por
telegrama, de que o ministro da Viação e Obras Públicas o havia encarregado de
erguer um monumento no Retângulo Cruls, a 450 km dali, e inaugurá-lo de
forma solene, exatamente ao meio-dia de 7 de setembro.
O telegrama do inspetor-geral de Estradas de Ferro,
Palhano de Jesus, informava que uma placa de bronze acabava de ser encomendada,
na véspera (!), ao Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo, que após fazer o
molde e fundi-la, deveria enviá-la a Araguari. Tudo o mais, da construção do
monumento até a organização do evento, ficava por conta do engº Balduíno:
« Faltava-me tempo para pensar; para agir ainda pouco
era o tempo... »
A solução prática e rápida foi projetar uma
pirâmide-obelisco de pedras artificiais, e apenas montar o conjunto no local.
Feitas as fôrmas e vasado o concreto, as “pedras” ficaram prontas em 31 de
agosto.
A ferrovia, porém, chegava só até Ipameri (GO), 150
km além de Araguari, porém ainda a 300 km do Retângulo Cruls. Para transportar
de Ipameri em diante as pedras (5 toneladas), cimento, ferramentas, pessoal,
comitiva e alimentos para 15 dias, fretou 5 automóveis "Ford Bigode"
e 6 caminhões. Esgotada a frota automobilística de Araguari, outros 4
automóveis tiveram de ser fretados em cidades vizinhas.
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A placa encomendada em São Paulo
chegou às 10h30 da manhã de 1º de setembro. Às 11h, partiu de Araguari o trem
especial com toda a comitiva, as "pedras" de concreto, cimento,
ferramentas, alimentos, e os 15 veículos fretados, chegando a Ipameri ao
anoitecer.
A baldeação da carga dos vagões para automóveis e caminhões tomou toda a noite
e parte da madrugada. Quase ninguém dormiu. Às 5h da manhã do dia seguinte, 2
de setembro, a caravana — reforçada por mais 2 "Ford Bigode" —
iniciou a segunda parte da viagem. Nas primeiras 7
horas foram percorridos apenas 20 km, com os caminhões estacando a cada
momento, nas grandes rampas que tinham de vencer [Com sorte, talvez a
estação das chuvas ainda não houvesse começado]. No total, no primeiro dia de
viagem, das 5h às 21h, foram vencidos apenas 76 km.
No segundo dia, 3 de setembro, a caravana avançou mais 84 km até o cair do sol,
quando chegou ao povoado de Cristalina. Segundo as informações locais, a partir
dali a estrada não apresentaria grandes problemas. Balduíno, que vinha à
retaguarda, decidiu, acossado pelo tempo, seguir à frente com os "Ford
Bigode", deixando os caminhões seguirem atrás da caravana. Tarde da noite,
chegou ao arraial de Mestre d'Armas [Planaltina], fixado como referência,
e que seria a base dos trabalhos.
O dia 4 foi empregado — entre outras
coisas — a escolher o local para o monumento. O engenheiro visitou o
córrego Acampamento [acampamento da 2ª Missão
Cruls; atualmente Parque Nacional de Brasília] e o Paranoá.
Esses dois locais delimitavam — a
leste e noroeste — a área preferida por Cruls e Glaziou para a construção da futura
capital [e onde, de fato, veio a ser construída]. Mas estavam a 40 km de
sua base de trabalho, o arraial de Mestre d'Armas [Planaltina], onde
àquela altura os caminhões ainda eram esperados. É possível que essa distância
extra tenha pesado na sua decisão, diante da falta de tempo.
Os caminhões
chegaram na manhã do dia 5, e nessa mesma manhã o engº Balduíno escolheu um
local bem mais próximo: um promontório sobre o vale do rio São Bartolomeu, a
apenas 8 km de Mestre d'Armas. Batizou o local de "serra da
Independência"; e aos dois morros ali existentes atribuiu os nomes de
"Centenário" e "7 de Setembro":
« Pois bem, no
morro do Centenário decidi, bem ou mal, na manhã de 5 de setembro, colocar a
pedra básica da futura capital da República. »
Às 17 horas do dia
5, todo o material dos caminhões já estava descarregado no morro do Centenário.
No dia 7, às 10 horas, estava pronto o monumento que tinha de ser inaugurado
exatamente ao meio-dia — segundo a letra da lei, inscrita em bronze na placa
afixada à face oeste do marco:
« Sendo
Presidente da República o Exmº Sr. Dr. Epitácio da Silva Pessoa, em cumprimento
ao disposto no Decreto 4.494, de 18 de janeiro de 1922, foi aqui colocada em 7
de setembro de 1922, ao meio-dia, a Pedra Fundamental da futura Capital Federal
dos Estados Unidos do Brasil. »
A descrição do
evento e a lista dos participantes dão a dimensão do outro lado do trabalho
necessário ao engº Balduíno Almeida para cumprir à risca a missão recebida em
cima da hora — a organização do “evento”:
« No momento em que
o sol atravessava o meridiano, ao meio-dia de 7 de setembro de 1922, o engº
Balduíno Ernesto de Almeida, responsável pela missão e representante do governo
federal, começa a içar a Bandeira Nacional ao som do Hino Nacional executado
pela bandinha de Planaltina, acompanhada de marcha batida pelos clarins do 6º
Batalhão de Caçadores aquartelado em Ipameri, perante
autoridades [locais] e representantes, e uma centena de outras
pessoas da região que foram ao local, em cavalhada. »
A palavra
"representantes" define bem o status do local e do evento.
Balduíno, diretor da
Estrada de Ferro Goiás, com sede em Araguari (MG), representava o
presidente da República, Epitácio Pessoa, por ordem do ministro da Viação,
transmitida por telegrama do inspetor-geral das Estradas de Ferro, Palhano de
Jesus.
O segundo orador,
Arthur Povoa, discursou em nome do presidente do Estado de Goiás, coronel Eugênio Jardim.
Em seguida, falou o
deputado estadual Evangelino Meirelles, representante "3 em 1" do
Congresso estadual (Camara e Senado de Goiás) e do deputado federal Americano
do Brazil, autor do projeto de lei que determinava o lançamento da pedra
fundamental. Este último fez a delegação por telegrama do Rio de
Janeiro.
De corpo presente,
discursou apenas o intendente municipal de Formosa, Francisco Hugo Lobo; e
compareceram Salviano Monteiro Guimarães e Nicolau Silva, autoridades em Mestre
d'Armas [Planaltina] e Santa Luzia [Luziânia]; além do juiz de
direito Henrique Itiberê, de Formosa.
A Câmara dos
Deputados se fez representar pelo engº Aldo de
Azevedo [possivelmente da Estrada de Ferro Goiás].
O ministro da
Guerra, Pandiá Calógeras, foi representado pelo major Adelino de
Guaycurus Piranema [possivelmente aquartelado em Ipameri (GO)].
O outro autor do
projeto, deputado federal (pelo Maranhão) Rodrigues Machado, pediu por
telegrama que o jornalista Germires Reis [Zelmires Reis,
cf. AH2:27-28], de Santa Luzia [Luziânia],
o representasse na solenidade.
A imprensa do Rio de
Janeiro e de todos os demais Estados foi "representada" unicamente
pelo jornalista Pedroso Pimentel, enviado especial de A Noite, do Rio de
Janeiro. Devido às "dificuldades para a emissão de despachos
telegráficos", só 4 dias mais tarde foi publicada sua primeira matéria.
As imagens foram
feitas pelo « fotógrafo Plínio (que acompanhou o engº Balduíno) ».
A ata do evento
solene foi ditada pelo engº Balduíno e escrita simultaneamente em 3 originais
pelo major Adelino Guaycurus Piranema e pelos engenheiros Alvaro Cardoso de
Mello e Edgard Peixoto Guimarães, auxiliares de Balduíno na Estrada de Ferro
Goyaz.
Ao final, foi
servida uma taça de champanhe.
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