sábado, 3 de agosto de 2019

Avenida Paulista, São Paulo, Brasil


Avenida Paulista, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

Vila Itororó, São Paulo, Brasil














Vila Itororó, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


A Vila Itororó é um imóvel localizado no número 265 da Rua Martiniano de Carvalho, no bairro da Bela Vista, na cidade de São Paulo, no Brasil. É composto por um palacete e 37 casas.
A vila foi construída entre 1922 e 1929, com topografia irregular e sem um estilo arquitetônico definido, pelo empreiteiro e comerciante português Francisco de Castro, com a proposta arquitetônica "de ocupação do espaço público pela comunidade". Segundo o jornal Folha de S. Paulo, foi montado "um conjunto surrealista que não se prende às regras do utilitarismo nem obedece a regras e estilos determinados, surpreendendo até hoje [1978] aos pesquisadores pelo seu ecletismo e singularidade". As três casas sobrepostas que formam a vila são sustentadas por colunas adquiridas quando da demolição do antigo Theatro São José, que ficava no local onde, hoje, existe o Shopping Light, no Vale do Anhangabaú. As janelas redondas que adornam o palacete principal, com vitrais que representavam as bandeiras de diversos países, assim como as cariátides e esculturas de deuses gregos presentes na vila, podem ter vindo da mesma demolição ou de outros edifícios demolidos. As passarelas originalmente eram feitas de madeira, mas ao longo dos anos foram trocadas por passarelas de concreto, qualificadas como "modernismo deteriorante" pelo Jornal da Tarde em 1984.
Na época da construção, o Riacho Itororó passava por ali, daí o nome da vila. Mais tarde, foi canalizado. Dentro da vila, foi construída a primeira piscina privada de uso público em São Paulo, hoje desativada, tendo chegado a ficar cheia de lodo e servido como depósito para o maquinário enferrujado da antiga lavanderia do conjunto. A piscina, que tirava água do Itororó, ainda funcionava nos anos 1980, como parte do clube Eden Liberdade, tendo sido erguida uma parede de tijolos a seu lado, supostamente para dar maior privacidade aos banhistas.
O local, no início considerado "fino", foi invadido na década de 1940. Aos poucos, transformou-se em cortiço e, já nos anos 1970, estava em processo de degradação. Castro teve seu patrimônio tomado por credores, que doaram a vila ao Hospital Beneficente Augusto de Oliveira Camargo (HAOC) por volta de 1950, após sua morte. Em 1978, o Sesc planejava comprar o conjunto de casas para transformá-lo em um "centro de convivência cultural", com teatro, biblioteca e cinema abertos ao público. O processo de compra, entretanto, não foi para a frente, e o processo de degradação continuou, apesar de um projeto de restauração solicitado pela prefeitura a um grupo de arquitetos em 1976. A piscina, por exemplo, funcionou até os anos 1980, como parte do Clube Eden Liberdade. "Este é um caso de destruição por abandono", disse o arquiteto Benedito Lima de Toledo ao Jornal da Tarde em 1984. A degradação acentuou-se em 1997, quando a Fundação Leonor de Barros Camargo, mantenedora do HAOC, desistiu de cobrar aluguel dos imóveis que compõem a vila.
A área foi declarada de utilidade pública pela prefeitura em 2006. Em agosto de 2009, a Justiça paulista decidiu que a Secretaria de Estado da Cultura deveria tomar posse do terreno. O governo estadual pagou à fundação oito milhões de reais pelo imóvel. A previsão era de que os moradores desocupassem o local até dezembro de 2010, mudando-se para um prédio da CDHU no mesmo bairro. "Desta vez não tem jeito", afirmou um morador do local ao Jornal da Tarde em junho de 2010. "Ou pegamos o apartamento ou vamos ficar sem nada." A presidente da Associação de Moradores e Amigos da Vila também reclamou ao JT na mesma reportagem: "O ideal seria continuarmos aqui no espaço restaurado. Como você vai revitalizar um lugar expulsando parte de sua história?" Em setembro de 2011, 86 famílias foram retiradas, completando-se a desocupação com a saída das outras 18 famílias em outubro. As primeiras 86 foram transferidas para imóveis da CDHU próximos ao local, enquanto as demais deveriam receber aluguel social até terem definida sua transferência definitiva.
Tal qual em 1978, o projeto previa transformar a vila em um polo cultural, com cinema e biblioteca, desta feita administrado pela prefeitura, e tinha previsão de início de obras para 2011, mas o registro das construções só começou a ser feito em 20 de dezembro, com a demolição dos "puxadinhos" prevista para ser iniciada na semana seguinte. No dia 15, teriam saído as últimas pessoas que habitavam a vila, rumo a unidades da CDHU, mas, em setembro de 2012, ainda havia cinco famílias morando no local. A previsão de início das obras propriamente ditas passou para 2012, a um custo estimado inicialmente em cinquenta milhões de reais, mas que baixou para quarenta milhões de reais quando o projeto de restauração foi divulgado, em setembro de 2012. Além do polo cultural, previa-se um centro gastronômico.
Em abril de 2015, a vila foi aberta ao público, para que sua reforma fosse acompanhada por meio de visitas com monitores. A previsão então era de que a vila fosse reaberta parcialmente reformada em 2016 e totalmente em 2018. Enquanto a reforma estivesse ocorrendo, estavam previstos exposições, seminários, oficinas e outras atividades culturais, a ser realizadas em um galpão anexo, localizado na Rua Pedroso.
Na década de 20 do século passado, um descendente de portugueses chamado Francisco de Castro construiu a primeira vila urbana de São Paulo, a Vila Itororó. A grandiosidade e o valor cultural desta obra vão muito além do que nossos olhos conseguem ver.
Composta por um palacete e mais 37 casas, a vila foi construída numa área de 4500 m² na Rua Martiniano de Carvalho, 265, usando boa parte do entulho da demolição do Teatro São José, primeiro teatro da cidade, mas que foi destruído em um incêndio. Foi a primeira obra de engenharia brasileira a utilizar material reciclado.
Concluída em 1922, a vila é a materialização do conceito de surrealismo, caracterizado pelo abstrato, irreal e inconsciente, uma arte que se liberta de qualquer lógica e razão. À frente do seu tempo, a vila surgiu antes mesmo do Manifesto Surrealista, publicado na França em 1924.
E o surrealismo da obra chamou a atenção de toda a população da cidade. Leões da babilônia guardavam a entrada da mansão, ao lado de estátuas trazidas do teatro, enquanto colunas de estilo romano sustentavam as casas. Vitrais circulares com brasões do antigo império brasileiro ainda são parte da decoração. Tudo muito eclético, sem nenhum tipo de regra ou estilo e dentro de uma topografia totalmente irregular.
A Vila leva este nome por causa do Riacho do Itororó que, canalizado, percorre seu curso abaixo da Avenida 23 de Maio. Suas águas abasteciam a piscina da vila, uma ousadia para a época, já que esta foi a primeira piscina particular da cidade de São Paulo.
Apelidado pelos moradores de “Castelo do Bexiga”, a vila era considerada um local chique, onde eram realizados bailes com direito a orquestra e tudo. Mas o proprietário, Francisco de Castro, se afundou em dívidas e seu patrimônio foi tomado por credores.
Aos poucos o local começou a ser invadido e acabou se transformando em um grande cortiço. Com a morte de Castro, na década de 30, a vila foi leiloada e posteriormente doada para o Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC).
Nos anos 70 a vila estava muito deteriorada. O SESC planejava comprá-la para criar um centro de convivência cultural, mas processo de compra não deu certo e a degradação continuou de tal forma que em 1996 o HAOC desistiu de cobrar aluguel e abandonou a gestão dos imóveis, que iam ficando cada vez mais destruídos.
Em 2006 a prefeitura declarou que a área era de utilidade pública e em 2009 a justiça deu a posse para o Município da Cidade de São Paulo. O governo indenizou o hospital em 8 milhões de reais.
Começava uma briga com os moradores da Vila Itororó. Eles deveriam desocupar os imóveis até o final de 2010 e seriam transferidos para prédios da CDHU no próprio bairro. A desocupação se concretizou em 2011.
O novo destino da vila é se tornar um centro cultural e gastronômico. A reforma começou em 2012 e em abril de 2015 ela começou a ser aberta para visitas monitoradas, com o intuito de que a população não só acompanhe a reforma, mas também que ajude a definir o uso do espaço.

Chegada da Nave Espacial Gemini 5 para Exposição, Praça da Sé, 1966, São Paulo, Brasil



Chegada da Nave Espacial Gemini 5 para Exposição, Praça da Sé, 1966, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


A cápsula espacial norte-americana “Gemini 5” foi exposta na Praça da Sé em 29 de janeiro de 1966. Fazia menos de um ano que a nave tinha voltado do espaço. A “Gemini 5” ficou em órbita de 23 a 29 de agosto de 1965, e no espaço deu 120 voltas pela Terra. Ver a nave tinha um gostinho especial no contexto da conquista do espaço entre EUA e URSS. Era como ver uma máquina vencedora. Porque a “Gemini 5” tinha acabado de bater recordes na disputa e colocava os Estados Unidos na frente da União Soviética na corrida. A nave, pilotada pelos astronautas Gordon Cooper e Charles Conrad tinha batido o recordes de voltas ao redor da terra, foram 120 contra 81 dos russos. Também, a missão da “Gemini 5” fez com que o número de horas de voo de astronautas americanos superassem os dos soviéticos. Depois da missão, eles chegaram a 507 horas e 16 minutos. E o terceiro recorde foi o de permanência no espaço, alcançado por Cooper, que já havia realizado outro voo. No final, a corrida pelo espaço foi vencida pelos americanos em 1969 com a chegada na lua. A exposição da nave na principal praça da cidade era uma das atrações da exposição “Trabalhismo no Estados Unidos”, ocorrida no Automóvel Clube de São Paulo, cuja sede era na própria praça.



Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil

Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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Construção do Memorial da América Latina, São Paulo, Brasil


Construção do Memorial da América Latina, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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Construção do MASP, São Paulo, Brasil


Construção do MASP, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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A História da Bombril, São Paulo, Brasil







A História da Bombril, São Paulo, Brasil
Artigo

Ao falar em lã de aço, qual a primeira coisa que vem à sua cabeça? Bombril, claro, uma das marcas mais populares da nossa história. Tal qual Xerox, Cotonete e Gilette, Bombril virou sinônimo de um dos produtos mais usados nas residências do nosso país.
A trajetória desse produto começou aqui em São Paulo, na região do Brooklin, e teve uma história cheia de altos e baixos, como veremos adiante. Esse curioso episódio tem início em 1948, quando Roberto Sampaio Ferreira recebe como pagamento de uma dívida uma máquina de extração de esponjas de lã de aço, até então um utensílio praticamente inédito no Brasil, devido ao seu alto valor.
A empresa Abrasivos Bombril acabou sendo fundada em 14 de janeiro focando suas atividades na fabricação de lã de aço. O lançamento desse produto revolucionou a vida das donas de casa para sempre porque, além de ser um ótimo polidor, ainda servia para lavar vidros, louças, azulejos, ferragens, etc, recebendo a alcunha de “1001 utilidades”.
O sucesso foi tão grande que, naquele ano, 48 mil unidades foram comercializadas. Na época, o produto era vendido separadamente, não na embalagem que conhecemos hoje e, por essa razão, o Bombril passou a adotar um pequeno selo vermelho, para diferenciar a lã de aço de Roberto Sampaio da concorrência, que começava a olhar “com mais carinho” esse mercado recém-descoberto.
Com o passar dos anos, a Bombril decidiu usar uma caixa de papelão para colocar os produtos, com uma ilustração de uma dona de casa limpando panelas e dando um “Bom Brilho” à peça. A partir de então, o produto passa a se chamar, oficialmente, pelo nome de BOMBRIL.
Entre os anos de 1961 e 1973, a BOMBRIL cresceu de maneira impressionante e passou a incorporar outros empreendimentos, como a Companhia de Produtos Químicos – Fábrica Belém, que detinha as marcas Sapólio e Radium; a indústri ade Lão de Aço Mimosa Ltda, do Rio de Janeiro, em 1972; e a empresa Q’Lustro, que detinha quase 25% do mercado nacional de lã de aço.
Anos depois, em 1978, aconteceu o grande boom da Bombril. Através das mentes de Washington Olivetto e Francesc Petit, da agência DPZ, surge o famoso personagem do Garoto Bombril, estrelado por Carlos Moreno.  A identificação foi instantânea, fazendo com que as vendas disparassem. Com o sucesso estrondoso, a empresa aumentou sua linha de produtos, com o lançamento do Desengordurante Limpa Limo.
Em 1981 falece o fundador da Bombril, Roberto Sampaio Ferreira e no ano de 1982, acontece uma grande mudança na marca: ela muda seu nome para Bombril Indústria e Comércio Ltda. No ano seguinte surge o Mon Bijou, um dos amaciantes mais famosos do país, com uma unidade fabril na Bahia.
No ano de 1998 a popularidade da marca foi constatada na pesquisa Top of Mind, realizada pelo Datafolha, como a marca brasileira mais lembrada quando a pergunta era “Qual a primeira marca que vem à cabeça”? A popularidade da marca atinge índices elevados em abril de 2003, quando a versão tradicional do produto alcança a marca de 77 milhões de saquinhos vendidos e, no mês seguinte, bate o recorde com 79 milhões.
Após rodar pelas mãos de vários empresários, incluindo Sergio Cragnotti, controlador da Cirio, em 7 de julho de 2006 a marca voltou às mãos de Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa.
A marca BOMBRIL não somente se transformou em sinônimo de uma categoria de produto – alguém conhece lã de aço? – como também incorporou ao longo dos anos toda a praticidade requerida pela vida moderna através de uma completa linha de produtos de limpeza e higiene, presentes em praticamente todos os lares brasileiros. Afinal, com BOMBRIL, fica fácil cuidar da casa, porque há produtos para tudo: realçar ambientes, reavivar cores das roupas, dos pisos e das paredes, enfim, tudo para garantir uma enorme sensação de frescor e bem-estar para toda família. Tudo isso para manter as casas brasileiras com aquele cheirinho bom de limpeza. 
Tudo começou no verão de 1948 quando Roberto Sampaio Ferreira recebeu como pagamento de uma dívida uma máquina de extração de esponjas de lã de aço, até então um produto importado, caro e pouco acessível para a população brasileira. Nessa época, as panelas de ferro estavam cedendo lugar às feitas de alumínio, mais modernas, leves e rápidas de aquecer, porém, as donas de casa se queixavam de limpá-las com esponjas comuns. Elas desejavam usar algo que pudesse ser fácil de arear e dar brilho, deixando-as sempre novas e bonitas. Como um visionário, no dia 14 de janeiro desse mesmo ano, ele iniciou a fabricação da lã de aço com a fundação da empresa Abrasivos Bombril, no tradicional bairro do Brooklin em São Paulo. O lançamento foi uma revolução para as donas de casa porque, além de polir panelas, o produto limpava vidros, louças, azulejos e ferragens. Por isso o produto ficou popularmente conhecido pela frase “1001 utilidades”. Somente naquele ano foram vendidas 48 mil unidades.
Como inicialmente o produto era vendido solto, não havia diferenciação a não ser a qualidade de BOMBRIL. Foi então que o produto começou a usar um pequeno selo vermelho devido ao sucesso e à concorrência que não demorou a surgir no mercado. Logo depois as lãs de aço foram acondicionadas em uma caixa feita de papelão na cor vermelha, ilustrada com uma dona de casa limpando panelas, dando o “Bom Brilho” de onde se originou o nome do produto. O nome simples para batizar a nova marca foi criado a partir da mistura das palavras bom brilho, expressão que visava enaltecer as qualidades da própria lã de aço. Entre 1961 e 1973, a BOMBRIL cresceu e iniciou a incorporação de outras empresas, como a Companhia de Produtos Químicos - Fábrica Belém, detentora das marcas Sapólio e Radium (saponáceos em pedra), passando a desenvolver e aprimorar a linha de produtos, incluindo uma versão cremosa; a Indústria de Lã de Aço Mimosa Ltda., do Rio de Janeiro, em 1972; e a Q’Lustro, empresa que detinha aproximadamente 25% do mercado nacional do segmento de lã de aço. Em 1976, a empresa mudou sua linha de produção do bairro do Brooklin, em São Paulo, para uma moderna fábrica em São Bernardo do Campo, cidade próxima à capital paulista. Essa unidade existe até hoje e é considerada a grande casa da BOMBRIL, com muita gente boa trabalhando para inovar e colocar os melhores produtos no mercado.
A marca começou a ganhar enorme visibilidade em 1978 com a criação do Garoto Bombril, interpretado pelo ator Carlos Moreno. Rapidamente o personagem se associou ao produto e as vendas estouraram. Nesta mesma época, a empresa iniciou a expansão de sua linha de produtos sob a marca BOMBRIL, com o lançamento de um desengordurante. Nos anos seguintes outros novos produtos, em diferentes segmentos foram introduzidos no mercado, como por exemplo, detergente líquido, desinfetante, amaciante, além de esponjas de lã de aço com sabão, palhas de aço, sabão em barra, limpadores, panos de limpeza, inseticidas e até desodorizadores de ambiente. Neste momento a marca BOMBRIL, além de sinônimo de lã de aço, se transformou em uma completa linha de produtos para limpeza, ajudando a dona de casa em todas as tarefas domésticas.
Em 1998, a popularidade da marca pode ser comprovada quando a BOMBRIL foi apontada pela Pesquisa Top of Mind realizada todo ano pelo Datafolha, como a marca brasileira mais lembrada quando se perguntava “Qual é a primeira marca que vem à cabeça?”. A popularidade da marca atingiu índices elevados em abril de 2003 quando a versão tradicional do produto alcançou a marca de 77 milhões de saquinhos vendidos e, no mês seguinte, bateu o recorde com 79 milhões de saquinhos. Depois de um período turbulento, com o controle da italiana Cirio, de propriedade do polêmico empresário italiano Sergio Cragnotti, e de ter passado três anos sob administração judicial, a BOMBRIL retornou às mãos de um empresário brasileiro. Isto aconteceu no dia Em 7 de julho de 2006, quando Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa, assumiu o controle da BOMBRIL.
Em 2007 foi iniciado um trabalho de revitalização de marcas e lançamentos de novos produtos. O resultado: a empresa encerrou o ano com 73 novos itens e outros 72 passaram por alguma reformulação de marca, embalagens e posicionamento de mercado. No fim de 2008, a empresa realizou uma aquisição histórica com a compra da Milana, fabricante do tradicional Lysoform. Um dos mais recentes lançamentos da empresa, introduzido em 2010, foi a nova linha ECOBRIL, resultado de sólidos investimentos da BOMBRIL em pesquisas e novas tecnologias para o desenvolvimento de produtos ecológicos, naturais, concentrados, de fontes renováveis com ativos biodegradáveis. São 24 produtos como limpadores, detergentes, amaciantes, lava-roupas, sapólios e pastilhas para ralo que, além da já conhecida qualidade da marca, respeitam a biodiversidade.
Durante todo esse tempo, tudo muda o tempo todo e, com uma das marcas mais queridas dos brasileiros, não poderia ser diferente. Desde a sua fundação a BOMBRIL passou por diversas fases e reformulações, sempre acompanhando o crescimento do mercado e atenta às necessidades das mulheres que, em uma transformação, passaram de donas de casa a donas do seu próprio nariz. Uma empresa que, além de investir na inovação de novos produtos, aposta alto no humor inteligente de sua comunicação e na internet para divulgar a marca – e se manter na liderança de mercado.
A BOMBRIL é responsável pelo mais famoso garoto-propaganda da publicidade brasileira. É difícil encontrar alguém que não conheça o Garoto Bombril. Mas a história da publicidade da marca começa nos anos de 1950, quando a empresa, aproveitando o sucesso do rádio, criou o programa “Gente que brilha” na Rádio Nacional, apenas a primeira de muitas ações consagradas da BOMBRIL no meio. Ainda nesta década, logo após a chegada da televisão ao país, a empresa lançou o “Cirquinho Bombril”, apresentado pelo carismático palhaço Carequinha na lendária TV Tupi. Também inovou ao marcar presença no céu com aviõezinhos que soltavam fumaça e escreviam a palavra BOMBRIL. Porém, foi em 1978 que a empresa inaugurou uma nova fase na comunicação da marca e um marco na publicidade brasileira. Foi neste ano que os publicitários Francesc Petit e Washington Olivetto, então na DPZ, introduziram uma figura que representasse as mudanças comportamentais da época. Neste período, a sociedade presenciou uma mudança de valores sendo registrada pela publicidade. O fato é que as mulheres, em especial, começavam a valorizar mais homens com um quê de desprotegidos, tímidos ou carentes em detrimento do estereótipo machão e atlético, “símbolo” de força e segurança.
Para personificar essa mudança, a dupla de publicitários, com a ajuda do produtor Oscar Caporalli, realizou testes com vários atores, até chegarem em Carlos Moreno, que parecia ser o melhor capacitado para incorporar o perfil exigido. Logo após a primeira aparição, o público consagrou o Garoto Bombril, e aquele que seria apenas um personagem para anunciar um produto, tornou-se o porta-voz de uma empresa junto a seu público. Logo após o lançamento da campanha as vendas da lã de aço chegaram à marca de 420 milhões de unidades. Os anos passavam e o sucesso continuava. Em 1986, Olivetto abriu sua própria agência, a W/GGK, depois conhecida como W/Brasil, e a BOMBRIL acompanhou essa mudança. É uma das únicas contas que estão na agência desde sua fundação até hoje. O reconhecimento mundial não demorou e, em 1994, a campanha foi parar no Guinness Book - Livro dos Recordes - como a série de publicidade mais longeva do mundo. Se na mídia eletrônica a fórmula já era um sucesso, em 1997 ela se consagrou também na mídia impressa. As contracapas de revistas contendo anúncios da marca viraram inclusive objeto de coleção para muitas pessoas. O Garoto Bombril registrou diversas mudanças sociais e acontecimentos ao longo desses 32 anos em que esteve no ar, sempre se renovando e inovando. O caso Monica Lewinski, o sucesso de Tiazinha, a agitação do Padre Marcelo Rossi, entre outros, são exemplos de alguns momentos registrados pela publicidade da BOMBRIL, depois de 344 comerciais de televisão e mais de 100 anúncios de revistas.
Mas para surpresa geral, em 2004, Carlos Moreno se despediu da BOMBRIL em um comercial no qual dizia: “Toda vez que você usar um produto Bombril vai lembrar um pouquinho de mim”. A separação foi curta. Em 2005, ele retornou ao seu posto de Garoto Bombril. No ano seguinte, o personagem fez um retorno triunfal e provou mais uma vez que é o garoto-propaganda mais querido do Brasil. Em 2007, a principal “estrela” do mercado de lã de aço brasileiro voltou às telas de TV para brilhar ao lado de ícones nacionalmente conhecidos. Por meio de uma campanha publicitária inusitada, os telespectadores de todo o Brasil, voltaram a assistir às marcantes atuações de Carlos Moreno, ao interpretar Charlie Chaplin, Nelson Ned e o atleta do século, Pelé, para divulgar o conceito da campanha “Tudo passa. Só Bombril fica. Ninguém passa sem Bombril”. Os 30 anos como Garoto Bombril foram comemorados em grande estilo. Para marcar o aniversário do personagem mais querido da publicidade brasileira, foi lançado o livro “Eterno – 1001 anúncios da Bombril”. Em 2009, com a campanha Ô Lá em Casa!, Carlinhos Moreno voltou à mídia com um timaço de atores de primeira linha: Rodrigo Lombardi, Rodrigo Hilbert, Malvino Salvador e Cauã Reymond. Na campanha, os bonitões concorriam entre si, falando de suas qualidades, fazendo uma analogia com BOMBRIL. Tudo isso para disputar a preferência das mulheres e ver quem as consumidoras escolheriam para entregar uma das 10 casas sorteadas. Em 2010, a marca novamente recorreu à atualidade dos fatos jornalísticos para trazer o ator Carlos Moreno interpretando cada um dos principais presidenciáveis das eleições. Vestido e caracterizado de Dilma Rousseff, Plínio Sampaio Arruda, José Serra e Marina Silva, o Garoto Bombril seguiu a linha do humor. A assinatura da campanha concluía: “Sujeira, não. Bombril é a solução. Para um Brasil limpinho, vote Bombril”.
Em 2011, a BOMBRIL lançou a campanha institucional “Mulheres evoluídas”, que foi um marco importante para a grande virada da empresa. Com investimento da ordem de R$ 40 milhões, a maior campanha publicitária da empresa trouxe uma série de ineditismos em sua comunicação: mulheres como protagonistas (como as humoristas Dani Calabresa e Monica Iozzi, a atriz Marisa Orth e a cantora Ivete Sangalo), consumidoras mais jovens como público-alvo e reforço do diversificado portfólio da BOMBRIL. Com o sucesso, em 2013, a campanha ganhou uma versão batizadas de “Os Homens Evoluídos”, aqueles que entendem as mulheres, pois dividem o trabalho doméstico, são sedutores e, além de tudo, lindos.
Com três complexos industriais localizados em São Bernardo do Campo (SP), Abreu e Lima (PE) e Sete Lagoas (MG), onde são produzidas, anualmente, mais de 430 mil toneladas de produtos, a BOMBRIL, maior empresa de soluções de limpeza do país, conta hoje com mais de 2.500 funcionários e uma linha composta por 31 marcas e 606 itens divididos em 66 categorias, incluindo as populares lãs e a palhas de aço, esponjas sintéticas, detergentes, sabão em barra, saponáceos, desinfetantes, limpadores, amaciantes, lava-roupas líquidos, facilitadores de passar roupa, sachês perfumados e desodorizadores de ambiente. Uma vez completada a atividade industrial, as marcas da BOMBRIL seguem para inúmeros pontos de venda em todo o país para ajudar a limpar, perfumar e dar brilho em 99% dos lares brasileiros. 
A lã de aço BOMBRIL, continua ainda como principal produto da empresa, e responde por mais de 30% de seu faturamento, com 60% de participação de mercado. 


Rua da Assembleia e o Palacete Pádua Salles, Projeto do Escritório de Ramos de Azevedo, 1900, São Paulo, Brasil - Otto Rudolf Quaas

Rua da Assembleia e o Palacete Pádua Salles, Projeto do Escritório de Ramos de Azevedo, 1900, São Paulo, Brasil - Otto Rudolf Quaas
São Paulo - SP
Acervo IMS
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Praça Julio Mesquita, Avenida São João e o Edifício Andraus, São Paulo, Brasil


Praça Julio Mesquita, Avenida São João e o Edifício Andraus, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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Alargamento da Avenida São João, 1913, São Paulo, Brasil

Alargamento da Avenida São João, 1913, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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