sábado, 3 de agosto de 2019

A História da Bombril, São Paulo, Brasil







A História da Bombril, São Paulo, Brasil
Artigo

Ao falar em lã de aço, qual a primeira coisa que vem à sua cabeça? Bombril, claro, uma das marcas mais populares da nossa história. Tal qual Xerox, Cotonete e Gilette, Bombril virou sinônimo de um dos produtos mais usados nas residências do nosso país.
A trajetória desse produto começou aqui em São Paulo, na região do Brooklin, e teve uma história cheia de altos e baixos, como veremos adiante. Esse curioso episódio tem início em 1948, quando Roberto Sampaio Ferreira recebe como pagamento de uma dívida uma máquina de extração de esponjas de lã de aço, até então um utensílio praticamente inédito no Brasil, devido ao seu alto valor.
A empresa Abrasivos Bombril acabou sendo fundada em 14 de janeiro focando suas atividades na fabricação de lã de aço. O lançamento desse produto revolucionou a vida das donas de casa para sempre porque, além de ser um ótimo polidor, ainda servia para lavar vidros, louças, azulejos, ferragens, etc, recebendo a alcunha de “1001 utilidades”.
O sucesso foi tão grande que, naquele ano, 48 mil unidades foram comercializadas. Na época, o produto era vendido separadamente, não na embalagem que conhecemos hoje e, por essa razão, o Bombril passou a adotar um pequeno selo vermelho, para diferenciar a lã de aço de Roberto Sampaio da concorrência, que começava a olhar “com mais carinho” esse mercado recém-descoberto.
Com o passar dos anos, a Bombril decidiu usar uma caixa de papelão para colocar os produtos, com uma ilustração de uma dona de casa limpando panelas e dando um “Bom Brilho” à peça. A partir de então, o produto passa a se chamar, oficialmente, pelo nome de BOMBRIL.
Entre os anos de 1961 e 1973, a BOMBRIL cresceu de maneira impressionante e passou a incorporar outros empreendimentos, como a Companhia de Produtos Químicos – Fábrica Belém, que detinha as marcas Sapólio e Radium; a indústri ade Lão de Aço Mimosa Ltda, do Rio de Janeiro, em 1972; e a empresa Q’Lustro, que detinha quase 25% do mercado nacional de lã de aço.
Anos depois, em 1978, aconteceu o grande boom da Bombril. Através das mentes de Washington Olivetto e Francesc Petit, da agência DPZ, surge o famoso personagem do Garoto Bombril, estrelado por Carlos Moreno.  A identificação foi instantânea, fazendo com que as vendas disparassem. Com o sucesso estrondoso, a empresa aumentou sua linha de produtos, com o lançamento do Desengordurante Limpa Limo.
Em 1981 falece o fundador da Bombril, Roberto Sampaio Ferreira e no ano de 1982, acontece uma grande mudança na marca: ela muda seu nome para Bombril Indústria e Comércio Ltda. No ano seguinte surge o Mon Bijou, um dos amaciantes mais famosos do país, com uma unidade fabril na Bahia.
No ano de 1998 a popularidade da marca foi constatada na pesquisa Top of Mind, realizada pelo Datafolha, como a marca brasileira mais lembrada quando a pergunta era “Qual a primeira marca que vem à cabeça”? A popularidade da marca atinge índices elevados em abril de 2003, quando a versão tradicional do produto alcança a marca de 77 milhões de saquinhos vendidos e, no mês seguinte, bate o recorde com 79 milhões.
Após rodar pelas mãos de vários empresários, incluindo Sergio Cragnotti, controlador da Cirio, em 7 de julho de 2006 a marca voltou às mãos de Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa.
A marca BOMBRIL não somente se transformou em sinônimo de uma categoria de produto – alguém conhece lã de aço? – como também incorporou ao longo dos anos toda a praticidade requerida pela vida moderna através de uma completa linha de produtos de limpeza e higiene, presentes em praticamente todos os lares brasileiros. Afinal, com BOMBRIL, fica fácil cuidar da casa, porque há produtos para tudo: realçar ambientes, reavivar cores das roupas, dos pisos e das paredes, enfim, tudo para garantir uma enorme sensação de frescor e bem-estar para toda família. Tudo isso para manter as casas brasileiras com aquele cheirinho bom de limpeza. 
Tudo começou no verão de 1948 quando Roberto Sampaio Ferreira recebeu como pagamento de uma dívida uma máquina de extração de esponjas de lã de aço, até então um produto importado, caro e pouco acessível para a população brasileira. Nessa época, as panelas de ferro estavam cedendo lugar às feitas de alumínio, mais modernas, leves e rápidas de aquecer, porém, as donas de casa se queixavam de limpá-las com esponjas comuns. Elas desejavam usar algo que pudesse ser fácil de arear e dar brilho, deixando-as sempre novas e bonitas. Como um visionário, no dia 14 de janeiro desse mesmo ano, ele iniciou a fabricação da lã de aço com a fundação da empresa Abrasivos Bombril, no tradicional bairro do Brooklin em São Paulo. O lançamento foi uma revolução para as donas de casa porque, além de polir panelas, o produto limpava vidros, louças, azulejos e ferragens. Por isso o produto ficou popularmente conhecido pela frase “1001 utilidades”. Somente naquele ano foram vendidas 48 mil unidades.
Como inicialmente o produto era vendido solto, não havia diferenciação a não ser a qualidade de BOMBRIL. Foi então que o produto começou a usar um pequeno selo vermelho devido ao sucesso e à concorrência que não demorou a surgir no mercado. Logo depois as lãs de aço foram acondicionadas em uma caixa feita de papelão na cor vermelha, ilustrada com uma dona de casa limpando panelas, dando o “Bom Brilho” de onde se originou o nome do produto. O nome simples para batizar a nova marca foi criado a partir da mistura das palavras bom brilho, expressão que visava enaltecer as qualidades da própria lã de aço. Entre 1961 e 1973, a BOMBRIL cresceu e iniciou a incorporação de outras empresas, como a Companhia de Produtos Químicos - Fábrica Belém, detentora das marcas Sapólio e Radium (saponáceos em pedra), passando a desenvolver e aprimorar a linha de produtos, incluindo uma versão cremosa; a Indústria de Lã de Aço Mimosa Ltda., do Rio de Janeiro, em 1972; e a Q’Lustro, empresa que detinha aproximadamente 25% do mercado nacional do segmento de lã de aço. Em 1976, a empresa mudou sua linha de produção do bairro do Brooklin, em São Paulo, para uma moderna fábrica em São Bernardo do Campo, cidade próxima à capital paulista. Essa unidade existe até hoje e é considerada a grande casa da BOMBRIL, com muita gente boa trabalhando para inovar e colocar os melhores produtos no mercado.
A marca começou a ganhar enorme visibilidade em 1978 com a criação do Garoto Bombril, interpretado pelo ator Carlos Moreno. Rapidamente o personagem se associou ao produto e as vendas estouraram. Nesta mesma época, a empresa iniciou a expansão de sua linha de produtos sob a marca BOMBRIL, com o lançamento de um desengordurante. Nos anos seguintes outros novos produtos, em diferentes segmentos foram introduzidos no mercado, como por exemplo, detergente líquido, desinfetante, amaciante, além de esponjas de lã de aço com sabão, palhas de aço, sabão em barra, limpadores, panos de limpeza, inseticidas e até desodorizadores de ambiente. Neste momento a marca BOMBRIL, além de sinônimo de lã de aço, se transformou em uma completa linha de produtos para limpeza, ajudando a dona de casa em todas as tarefas domésticas.
Em 1998, a popularidade da marca pode ser comprovada quando a BOMBRIL foi apontada pela Pesquisa Top of Mind realizada todo ano pelo Datafolha, como a marca brasileira mais lembrada quando se perguntava “Qual é a primeira marca que vem à cabeça?”. A popularidade da marca atingiu índices elevados em abril de 2003 quando a versão tradicional do produto alcançou a marca de 77 milhões de saquinhos vendidos e, no mês seguinte, bateu o recorde com 79 milhões de saquinhos. Depois de um período turbulento, com o controle da italiana Cirio, de propriedade do polêmico empresário italiano Sergio Cragnotti, e de ter passado três anos sob administração judicial, a BOMBRIL retornou às mãos de um empresário brasileiro. Isto aconteceu no dia Em 7 de julho de 2006, quando Ronaldo Sampaio Ferreira, filho do fundador da empresa, assumiu o controle da BOMBRIL.
Em 2007 foi iniciado um trabalho de revitalização de marcas e lançamentos de novos produtos. O resultado: a empresa encerrou o ano com 73 novos itens e outros 72 passaram por alguma reformulação de marca, embalagens e posicionamento de mercado. No fim de 2008, a empresa realizou uma aquisição histórica com a compra da Milana, fabricante do tradicional Lysoform. Um dos mais recentes lançamentos da empresa, introduzido em 2010, foi a nova linha ECOBRIL, resultado de sólidos investimentos da BOMBRIL em pesquisas e novas tecnologias para o desenvolvimento de produtos ecológicos, naturais, concentrados, de fontes renováveis com ativos biodegradáveis. São 24 produtos como limpadores, detergentes, amaciantes, lava-roupas, sapólios e pastilhas para ralo que, além da já conhecida qualidade da marca, respeitam a biodiversidade.
Durante todo esse tempo, tudo muda o tempo todo e, com uma das marcas mais queridas dos brasileiros, não poderia ser diferente. Desde a sua fundação a BOMBRIL passou por diversas fases e reformulações, sempre acompanhando o crescimento do mercado e atenta às necessidades das mulheres que, em uma transformação, passaram de donas de casa a donas do seu próprio nariz. Uma empresa que, além de investir na inovação de novos produtos, aposta alto no humor inteligente de sua comunicação e na internet para divulgar a marca – e se manter na liderança de mercado.
A BOMBRIL é responsável pelo mais famoso garoto-propaganda da publicidade brasileira. É difícil encontrar alguém que não conheça o Garoto Bombril. Mas a história da publicidade da marca começa nos anos de 1950, quando a empresa, aproveitando o sucesso do rádio, criou o programa “Gente que brilha” na Rádio Nacional, apenas a primeira de muitas ações consagradas da BOMBRIL no meio. Ainda nesta década, logo após a chegada da televisão ao país, a empresa lançou o “Cirquinho Bombril”, apresentado pelo carismático palhaço Carequinha na lendária TV Tupi. Também inovou ao marcar presença no céu com aviõezinhos que soltavam fumaça e escreviam a palavra BOMBRIL. Porém, foi em 1978 que a empresa inaugurou uma nova fase na comunicação da marca e um marco na publicidade brasileira. Foi neste ano que os publicitários Francesc Petit e Washington Olivetto, então na DPZ, introduziram uma figura que representasse as mudanças comportamentais da época. Neste período, a sociedade presenciou uma mudança de valores sendo registrada pela publicidade. O fato é que as mulheres, em especial, começavam a valorizar mais homens com um quê de desprotegidos, tímidos ou carentes em detrimento do estereótipo machão e atlético, “símbolo” de força e segurança.
Para personificar essa mudança, a dupla de publicitários, com a ajuda do produtor Oscar Caporalli, realizou testes com vários atores, até chegarem em Carlos Moreno, que parecia ser o melhor capacitado para incorporar o perfil exigido. Logo após a primeira aparição, o público consagrou o Garoto Bombril, e aquele que seria apenas um personagem para anunciar um produto, tornou-se o porta-voz de uma empresa junto a seu público. Logo após o lançamento da campanha as vendas da lã de aço chegaram à marca de 420 milhões de unidades. Os anos passavam e o sucesso continuava. Em 1986, Olivetto abriu sua própria agência, a W/GGK, depois conhecida como W/Brasil, e a BOMBRIL acompanhou essa mudança. É uma das únicas contas que estão na agência desde sua fundação até hoje. O reconhecimento mundial não demorou e, em 1994, a campanha foi parar no Guinness Book - Livro dos Recordes - como a série de publicidade mais longeva do mundo. Se na mídia eletrônica a fórmula já era um sucesso, em 1997 ela se consagrou também na mídia impressa. As contracapas de revistas contendo anúncios da marca viraram inclusive objeto de coleção para muitas pessoas. O Garoto Bombril registrou diversas mudanças sociais e acontecimentos ao longo desses 32 anos em que esteve no ar, sempre se renovando e inovando. O caso Monica Lewinski, o sucesso de Tiazinha, a agitação do Padre Marcelo Rossi, entre outros, são exemplos de alguns momentos registrados pela publicidade da BOMBRIL, depois de 344 comerciais de televisão e mais de 100 anúncios de revistas.
Mas para surpresa geral, em 2004, Carlos Moreno se despediu da BOMBRIL em um comercial no qual dizia: “Toda vez que você usar um produto Bombril vai lembrar um pouquinho de mim”. A separação foi curta. Em 2005, ele retornou ao seu posto de Garoto Bombril. No ano seguinte, o personagem fez um retorno triunfal e provou mais uma vez que é o garoto-propaganda mais querido do Brasil. Em 2007, a principal “estrela” do mercado de lã de aço brasileiro voltou às telas de TV para brilhar ao lado de ícones nacionalmente conhecidos. Por meio de uma campanha publicitária inusitada, os telespectadores de todo o Brasil, voltaram a assistir às marcantes atuações de Carlos Moreno, ao interpretar Charlie Chaplin, Nelson Ned e o atleta do século, Pelé, para divulgar o conceito da campanha “Tudo passa. Só Bombril fica. Ninguém passa sem Bombril”. Os 30 anos como Garoto Bombril foram comemorados em grande estilo. Para marcar o aniversário do personagem mais querido da publicidade brasileira, foi lançado o livro “Eterno – 1001 anúncios da Bombril”. Em 2009, com a campanha Ô Lá em Casa!, Carlinhos Moreno voltou à mídia com um timaço de atores de primeira linha: Rodrigo Lombardi, Rodrigo Hilbert, Malvino Salvador e Cauã Reymond. Na campanha, os bonitões concorriam entre si, falando de suas qualidades, fazendo uma analogia com BOMBRIL. Tudo isso para disputar a preferência das mulheres e ver quem as consumidoras escolheriam para entregar uma das 10 casas sorteadas. Em 2010, a marca novamente recorreu à atualidade dos fatos jornalísticos para trazer o ator Carlos Moreno interpretando cada um dos principais presidenciáveis das eleições. Vestido e caracterizado de Dilma Rousseff, Plínio Sampaio Arruda, José Serra e Marina Silva, o Garoto Bombril seguiu a linha do humor. A assinatura da campanha concluía: “Sujeira, não. Bombril é a solução. Para um Brasil limpinho, vote Bombril”.
Em 2011, a BOMBRIL lançou a campanha institucional “Mulheres evoluídas”, que foi um marco importante para a grande virada da empresa. Com investimento da ordem de R$ 40 milhões, a maior campanha publicitária da empresa trouxe uma série de ineditismos em sua comunicação: mulheres como protagonistas (como as humoristas Dani Calabresa e Monica Iozzi, a atriz Marisa Orth e a cantora Ivete Sangalo), consumidoras mais jovens como público-alvo e reforço do diversificado portfólio da BOMBRIL. Com o sucesso, em 2013, a campanha ganhou uma versão batizadas de “Os Homens Evoluídos”, aqueles que entendem as mulheres, pois dividem o trabalho doméstico, são sedutores e, além de tudo, lindos.
Com três complexos industriais localizados em São Bernardo do Campo (SP), Abreu e Lima (PE) e Sete Lagoas (MG), onde são produzidas, anualmente, mais de 430 mil toneladas de produtos, a BOMBRIL, maior empresa de soluções de limpeza do país, conta hoje com mais de 2.500 funcionários e uma linha composta por 31 marcas e 606 itens divididos em 66 categorias, incluindo as populares lãs e a palhas de aço, esponjas sintéticas, detergentes, sabão em barra, saponáceos, desinfetantes, limpadores, amaciantes, lava-roupas líquidos, facilitadores de passar roupa, sachês perfumados e desodorizadores de ambiente. Uma vez completada a atividade industrial, as marcas da BOMBRIL seguem para inúmeros pontos de venda em todo o país para ajudar a limpar, perfumar e dar brilho em 99% dos lares brasileiros. 
A lã de aço BOMBRIL, continua ainda como principal produto da empresa, e responde por mais de 30% de seu faturamento, com 60% de participação de mercado. 


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