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domingo, 11 de agosto de 2019
Revolução Paulista de 1924, São Paulo, Brasil
Revolução Paulista de 1924, São Paulo, Brasil
Artigo
A Revolta Paulista de 1924, também chamada de Revolução Animal, Revolução do Isidoro, Revolução Esquecida, Revolução de 1924 e de Segundo 5 de julho, foi a segunda revolta tenentista e o maior conflito bélico da cidade de São Paulo. Teve início na madrugada de 5 de julho e terminou em 28 de julho de 1924. A revolta foi motivada pelo descontentamento dos militares com a crise econômica e a concentração de poder nas mãos de políticos de São Paulo e Minas Gerais.
Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. O objetivo principal do levante era depor o presidente Artur Bernardes (considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas). Entre as reivindicações estava o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório.
Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924, a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o bairro da Penha, em 9 de julho, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista na época. Carlos de Campos ficou instalado em um vagão adaptado na estação Guaiaúna, da Central do Brasil, onde se encontravam as tropas federais vindas de Mogi das Cruzes.
No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras no estado de São Paulo.
Os revoltosos então entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga, convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, e respondeu aos revoltosos:
“Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente!”
Coronel Fernando Prestes
A cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial os bairros operários, como a Mooca e o Brás, e de classe média, como Perdizes.
Sem artilharias nem aviões para enfrentar as tropas legalistas, os tenentes rebeldes se retiraram para Bauru na madrugada de 28 de julho, onde Isidoro Dias Lopes ouvira a notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul. Às 10 horas da manhã de 28 de julho Carlos de Campos retornou ao seu gabinete no Palácio do Governo.
Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Os tenentistas recuaram rumo ao sul do Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, unindo-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes.
Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado de São Paulo, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos que foi denominado como a Coluna da Morte.
O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição ao Dr. Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de Julho.
O general de divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar, que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução tenentista. Outro general, o general Noronha, criticou a retirada precipitada da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo.
Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930.
No bairro de Perdizes, a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente.
A segunda revolta do movimento tenentista ocorreu em 5 de julho de 1924, dois anos após o fracasso da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. A Revolta Paulista de 1924 foi realizada sob a liderança do general Isidoro Dias Lopes. Os objetivos da Revolta Paulista eram os mesmos que da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana: voto secreto, reformas no ensino público, poder político ao exército, fim da corrupção e destituição do presidente, ou seja, lutavam pelo o fim do governo vigente na República Velha.
A Revolta Paulista ficou conhecida como o maior bombardeio ocorrido na cidade de São Paulo, diversos prédios e casas foram destruídos, principalmente em áreas operárias. A revolta contou com a participação de cerca de mil militares e perdurou por longos 23 dias. Os bombardeios ocorreram em pontos estratégicos da cidade, e entre eles estava a sede do governo estadual. Durante a revolta aproximadamente 300 mil pessoas tiveram que se deslocar da cidade de São Paulo, para proteger suas vidas. Uma das exigências dos militares era que o então presidente de estado, Carlos Campos, fosse para o interior da cidade. Por causa dessas ações dos rebeldes, Campos se viu obrigado a ausentar-se da capital para o interior do estado, zelando pela sua própria vida.
No interior de São Paulo ocorreram revoltas em menor proporção e algumas prefeituras foram tomadas pelos rebeldes. Inicialmente a liderança da Revolta Paulista tinha planejado que outros estados aderissem a seu movimento, como forma de ganhar mais visibilidade nacional. Porém somente os estados de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Sergipe e Rio Grande do Sul apoiaram as ideias do movimento realizando ações em outros dias, mas os atos tiveram pouca representação para a Revolta Paulista.
Em 10 de julho de 1924, os tenentistas divulgaram publicamente um manifesto para deposição imediata do presidente da república Artur Bernardes e o cumprimento de reformas governamentais. Bernardes respondeu à Revolta Paulista com a organização de outra parte do exército (leal ao governo) e ordenou que aviões bombardeassem a cidade.
A Revolta Paulista que não tinha um plano de governo tão elaborado e como o movimento não possuía apelo e adesão popular, acabou chegando ao seu fim. Entre os militares revoltosos, muitos foram presos, mortos ou ficaram feridos. No final, a cidade ficou em destroços.
Os tenentistas diante dessa situação insatisfatória resolveram se dispersar para o sul do país, para os estados do Paraná e Santa Catarina onde conquistaram algumas cidades, mas sem êxito. Com o fim dessa jornada, parte dos tenentistas que restaram juntaram-se ao líder Luís Carlos Prestes, com o movimento da Coluna Prestes. A Coluna tinha as mesmas propostas políticas que a Revolta Paulista, porém possuía mais organização e idealismo, durando assim dois anos.
O nevoeiro se dissipara. O céu estava claro, mas o frio seguia intenso no início da tarde da terça-feira, 22 de julho de 1924, em São Paulo. Uma profusão de casas e fábricas estava no chão, algumas ainda envoltas em fumaça espessa. Pessoas corriam pelas ruas carregando o que podiam para fugir de cenas que algumas viveram na Europa alguns anos antes. Após 17 dias de “bombardeios terrificantes” desfechados por baterias de canhões situadas na colina do bairro da Penha, na zona leste, uma combinação de roncos agudos vindos do céu agitava ainda mais uma população aterrorizada.
Quem olhasse para cima contaria dez aviões em formação a 500 metros do chão.
De repente, dois deles, um pouco maiores que os demais, reduzem a altitude e soltam alguns objetos. O efeito seria devastador. Seis explosivos de 60 quilos abrem crateras pelo centro e arrasam casas e fábricas em bairros operários. Por sorte ninguém morreu. Uma testemunha contaria, mais de cinquenta anos depois, que “os aviadores tiveram ordem de jogar bombas no Brás; diziam que a italianada era a favor da revolução”.
O Jornal do Commercio do dia seguinte contaria que “de diversos pontos partiu cerrada fuzilaria contra os aviões”. Inútil. Os aparelhos ganham altura, fazem uma curva sobre a estação da Luz e voltam para a zona leste. Em quinze minutos pousariam numa pista improvisada próxima à estação de trens de Guaiaúna, na Penha, então uma região quase rural.
Aquele era o décimo sétimo dia de um levante que entraria para a história como a Revolução de 1924, ou a Revolução Esquecida. Esse último qualificativo talvez venha do fato de as elites cafeeiras terem ficado assustadas com a sublevação da média oficialidade, que chegou a receber apoio de setores populares.
A rebelião que envolvia São Paulo desde 5 de julho era resultado de uma intrincada teia de tensões históricas. Suas raízes estão no agravamento de problemas sociais, no autoritarismo dos governos da chamada República Velha e em descontentamentos nos meios castrenses que já haviam desembocado no movimento tenentista, dois anos antes.
Naquele duro inverno, em meio a uma crise econômica, eclodiu uma nova sublevação. Tropas do Exército e da Força Pública tomaram quartéis, estações de trem e edifícios públicos e expulsaram da cidade o governador Carlos de Campos. No comando, em sua maioria, camadas da média oficialidade. Quatro dias depois, era instalado um governo provisório, que se manteria até 27 de julho. O país vivia sob o estado de sítio do governo Arthur Bernardes (1922-1926).
Entre as reivindicações dos revoltosos estavam: “1º Voto secreto; 2º Justiça gratuita e reforma radical no sistema de nomeação e recrutamento dos magistrados (…) e 3º Reforma não nos programas, mas nos métodos de instrução pública”. No plano político, destaca-se ainda “a proibição de reeleição do Presidente da República (…) e dos governadores dos estados”.
Várias guarnições de cidades próximas aderiram ao movimento. Apesar da falta de um programa claro, setores do operariado organizado apoiaram os revolucionários e exortaram a população a auxiliá-los no que fosse possível.
As ruas da capital foram palco de intensos combates, com direito a fuzilaria, granadas e tiros de morteiros. Cerca de trezentas trincheiras e barricadas foram abertas em diversos bairros.
A partir do dia 11, o governador deposto, instalado nas colinas da Penha, seguindo determinações do presidente da República, decidiu lançar uma carga de canhões em direção ao centro. O objetivo era aterrorizar a população e forçá-la a se insurgir contra os rebelados.
De forma intermitente, os bairros operários da Mooca, Ipiranga, Belenzinho, Brás e Centro sofreram bombardeio por vários dias. Casas modestas e fábricas foram reduzidas a escombros e cadáveres multiplicavam-se pelas ruas. Sem conseguir dobrar a resistência, o governo federal decidiu bombardear a cidade com aviões de combate.
Três semanas depois de iniciada, a rebelião foi acuada. Dos 700 mil habitantes da cidade, cerca de 200 mil fugiram para o interior, acotovelando-se nos trens que saíam da estação da Luz. O saldo dos 23 dias de revolta foi 503 mortos e 4.846 feridos. O número de desabrigados passou de 20 mil. No final da noite do dia 28, cerca de 3,5 mil insurgentes retiraram-se da cidade com pesado armamento em três composições ferroviárias. O destino imediato era Bauru, no centro do estado.
Deixaram um manifesto, agradecendo o apoio da população: “No desejo de poupar São Paulo de uma destruição desoladora, grosseira e infame, vamos mudar a nossa frente de trabalho e a sede governamental. (…) Deus vos pague o conforto e o ânimo que nos transmitistes”.
As tensões não cessariam. No ano seguinte, parte dos revolucionários engrossaria a Coluna Prestes (1925-1927). Mais tarde, outros tantos protagonizariam – e venceriam – a Revolução de 30.
A segunda data, 9 de julho, é marcada pelo estopim de uma revolução que não faz jus ao nome. Exaltada e cultuada como uma manifestação de defesa intransigente da democracia, ela faz parte da criação de certa mitologia gloriosa para São Paulo.
O evento, em realidade, representa a sublevação da oligarquia cafeeira contra a Revolução de 30, que a retirou do governo e se constituiu no marco definidor do Brasil moderno.
Aquele processo não pode ser visto apenas como uma tomada de poder por um punhado de descontentes. Suas causas envolvem as contrariedades nos meios militares e contradições do próprio desenvolvimento do país. A crise de 1929 acabara de chegar, colocando em xeque o liberalismo reinante.
A Revolução consolidou a expansão das relações capitalistas, que trouxe em seu bojo a integração ao mercado – via Estado – de largos contingentes da população. O mecanismo utilizado foi a formalização do trabalho. As novas relações sociais e a intervenção do Estado na economia – decisiva para a superação da crise e para o avanço da industrialização – implicaram uma reconfiguração e uma modernização institucional do País.
A consequência imediata foi a perda da hegemonia da economia cafeeira, centrada principalmente em São Paulo e parte de Minas Gerais. Percebendo as mudanças no horizonte, as classes dominantes locais foram à luta em 1932.
Explodiu então a rebelião armada das forças insepultas da República Velha, querendo recuperar seu domínio sobre o País. Tendo na linha de frente a Associação Comercial e a Federação das Indústrias (Fiesp), o levante tinha entre seus líderes sobrenomes importantes do Estado, como Simonsen, Mesquita, Silva Prado, Pacheco e Chaves, Alves de Lima e outros. O movimento contou com expressivo apoio popular, uma vez que os meios de comunicação (rádio, jornais e revistas) reverberaram as demandas das classes altas.
A campanha que precedeu a sublevação exacerbou uma espécie de nacionalismo paulista, incentivado por grupos separatistas. Entre esses, notabilizava-se o escritor Monteiro Lobato. A síntese da aversão local ao restante do país expressava-se na difundida frase, que classificava o estado como “a locomotiva que puxa 21 vagões vazios”, em referência às demais unidades da federação.
O objetivo do movimento, derrotado militarmente em 4 de outubro, era derrubar o governo provisório de Getulio Vargas e aprovar uma nova Constituição. Daí a criação do nome “revolução constitucionalista”, uma contradição em termos. Revolução é uma ação decidida a destruir uma ordem estabelecida. A expressão “constitucionalista” expressava uma tentativa recuperação do status quo, regido pela Carta de 1891. Se era “constitucionalista”, não poderia ser “revolução”.
Os sempre proclamados “ideais de 1932” são vagas referências à legalidade e à democracia. Mas não existia, por parte do topo da pirâmide social paulista, nenhuma formulação que fosse muito além da recuperação da hegemonia regional (leia-se, dos cafeicultores).
Oitenta e dois anos depois, o 9 de julho segue comemorado como a data magna do estado, uma espécie de 7 de setembro local. E os acontecimentos de 5 de julho de 1924 continuam como páginas obscuras de um passado distante.
O Panteão, Roma, Itália (The Pantheon, Rome) - Ippolito Caffi
O Panteão, Roma, Itália (The Pantheon, Rome) - Ippolito Caffi
Roma - Itália
Coleção privada
OST - 20x31 - 1840
Roma - Itália
Coleção privada
OST - 20x31 - 1840
The present work – a daytime veduta of the Piazza
Rotonda with the facade of the Pantheon and the 16th-century fountain by
Giacomo della Porta – belongs to the Roman phase of Caffi’s oeuvre,
characterized by a vigorous palette and a blurring of the outlines that
emancipates his work from the 18th century tradition of vedute, allowing him to
achieve greater vibrancy and intensity. While Caffi’s works from other periods
are characterized by a clear and serene vision, a closeness to life, and a
sensitivity to the effects of light and colour, it is in the Roman subjects
repeated on dozens of occasions that the artist succeeds in surpassing the
optical approach handed down from Canaletto, executing scenes with great
emotive and suggestive power.
In this painting, Caffi selects a classic Roman veduta, widely reproduced since the mid-18th century, changing very little of the Canalettian prototype. The enormous bulk of the Pantheon dominates the centre of the composition, overlapped slightly by the obelisk of the fountain of Piazza della Rotanda and perfectly framed by the facades of the adjacent buildings. Unlike numerous other eighteenth-century vedute, priority is given to the swarm of passers-by, washerwomen and beggars that animate the square, conveying with great immediacy the everyday life of a Roman afternoon. The freshness of this informal scene and the warm luminosity that fills the square is contrasted with the severity of the Eternal City and its monuments, the great mass of the Pantheon ominously shrowded in shadow. Bathed by an oblique light from the West, the vestiges of imperial Rome appear strangely immobile and incumbent; the square is a place of culture, of art and commerical exchange, providing an unperturbed platform around which the events of the day evolve. It is a silent testimony to the life that surrounds it, communicating a sense of the eternity of art and the transience of time.
In this painting, Caffi selects a classic Roman veduta, widely reproduced since the mid-18th century, changing very little of the Canalettian prototype. The enormous bulk of the Pantheon dominates the centre of the composition, overlapped slightly by the obelisk of the fountain of Piazza della Rotanda and perfectly framed by the facades of the adjacent buildings. Unlike numerous other eighteenth-century vedute, priority is given to the swarm of passers-by, washerwomen and beggars that animate the square, conveying with great immediacy the everyday life of a Roman afternoon. The freshness of this informal scene and the warm luminosity that fills the square is contrasted with the severity of the Eternal City and its monuments, the great mass of the Pantheon ominously shrowded in shadow. Bathed by an oblique light from the West, the vestiges of imperial Rome appear strangely immobile and incumbent; the square is a place of culture, of art and commerical exchange, providing an unperturbed platform around which the events of the day evolve. It is a silent testimony to the life that surrounds it, communicating a sense of the eternity of art and the transience of time.
Bivaque na Vila Mariana Durante a Revolução de 1924, São Paulo, Brasil
Bivaque na Vila Mariana Durante a Revolução de 1924, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
São Paulo - SP
Fotografia
Estacionamento provisório de tropas, a céu aberto (protegidas ou não por
barracas etc) ou sob algum tipo de abrigo natural (por exemplo, árvores).
Sanitário Público ao Lado da Antiga Igreja da Sé, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil
Sanitário Público ao Lado da Antiga Igreja da Sé, Aproximadamente 1900, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Rua General Carneiro, 1934-1936, São Paulo, Brasil - Erwin Scheu
Rua General Carneiro, 1934-1936, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
No período de 1934-1936, o fotógrafo alemão Erwin Scheu registrou entre outras, esta incrível vista panorâmica que merece ser ampliada para se descobrir detalhes. Ao fundo, no centro da cena, o Mercado Municipal (de 1933); mais próximo, entre o Parque Dom Pedro II e a Praça Ragueb Chohfi, o Palacete Nacim Schoueri (do final da década de 1920), marco da influência sírio-libanesa na região da 25 de Março.
Os 2 imóveis à esquerda do Nacim Schoueri, na esquina da atual Rua Jorge Azem — assim como o próprio palacete — embora descaracterizados, vandalizados e pichados, continuam lá para denunciar o descaso e abandono geral na decadente região, propagandeada como Centro Histórico de São Paulo. Na linha do horizonte à direita, o que sugere ser a Igreja do Bom Jesus no Brás (na Rangel Pestana), é na verdade a Paróquia Santo Antônio do Pari (na Praça Padre Bento). Os pontos mencionados no texto estão indicados com o asterisco.
50 Anos do LP "Abbey Road" dos Beatles, Inglaterra
50 Anos do LP "Abbey Road" dos Beatles, Inglaterra
Artigo
Com canções
como "Come Together", "Something", "Oh! Darling"
e "Here Comes the Sun", o álbum dos Beatles "Abbey Road" é
datado de setembro de 1969. Porém, alguns dias antes, em 8 de agosto
daquele ano, John Lennon (1940-1980), Paul McCartney, George Harrison
(1943-2001) e Ringo Starr caminhavam pela faixa
de pedestres da rua que dá nome ao disco, em Londres. A foto, que marcou
gerações e é reconhecida em todo o mundo, agora completa 50 anos.
O registro foi feito pelo
escocês Iain MacMillan (1938-2006), fotógrafo que
pagou guardas de trânsito para fazer os cliques. Na mesma rua, fica o
lendário estúdio Abbey Road, onde a banda gravava seus discos. Ainda hoje, ele
é utilizado por artistas nacionais e internacionais que sonham em passar por
lá.
A icônica imagem saiu de uma sessão de
fotos que durou apenas dez minutos. MacMillan registrou apenas seis
opções. Mesmo assim, ela é ainda lembrada e reproduzida por fãs em Londres
e também em ruas de todos os países do mundo. Em São Paulo, a avenida Paulista
é frequentemente fotografada por fãs que recriam a cena.
No aniversário de 20 anos da foto,
MacMillan deu uma entrevista ao jornal inglês The Guardian revelando
que toda a ideia foi de Paul McCartney. "A ideia foi dele,
preciso dizer, do Paul McCartney. Poucos dias antes do ensaio, ele
desenhou um rascunho de como ele imaginava a capa do disco, e acabou sendo o
que foi feito naquele dia", contou o fotógrafo.
"A foto
escolhida foi a quinta das seis produzidas porque era a única que reproduzia
perfeitamente a formação do 'V' nas pernas de todos eles", afirmou
MacMillan.
Detalhes da foto criaram lendas como a
de que McCartney estaria morto. O Volkswagen com a placa LMW
281F ao fundo indicaria o sinal '28 IF' ou "28 se", uma
pista de o músico teria completado 28 anos, na época, se estivesse
vivo.
A foto ainda foi interpretada como
uma procissão fúnebre em que John Lennon, de branco, era considerado
um padre, Ringo Starr, de preto, um agente funerário, e George
Harrison, o coveiro. Paul teria sido substituído com alguém porque é
canhoto e segurava um cigarro com a mão direita. Hoje, está bem claro
que McCartney está em lúcido e entre nós.
Para MacMillan, o sucesso da foto vem de sua
simplicidade. "É uma foto estilizada e muito simples. Também é uma imagem
em que as pessoas podem se relacionar. É um lugar onde as pessoas ainda
podem andar", afirmou, em entrevista ao Guardian.
Versões superluxo do álbum estão sendo
relançadas na Europa com CD's, LP's, DVD's e material gráfico comemorativo. A
Amazon está fazendo entregas para o Brasil. Há produtos de US$ 22 (R$ 86)
a US$ 100 (R$ 394)
Abbey Road foi o 12º álbum de estúdio da banda britânica The Beatles. Foi lançado em
26 de setembro de 1969, e leva o mesmo nome da rua de Londres onde situa-se
o estúdio Abbey
Road. Foi produzido e orquestrado por George Martin para
a Apple
Records. Este álbum está na lista dos 200 álbuns
definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.
Apesar de ter sido o penúltimo álbum lançado
pela banda, foi o último a ser gravado. As músicas do último disco lançado
pelos Beatles, Let It Be, foram
gravadas alguns meses antes das sessões que deram origem a Abbey Road. O álbum
é considerado um dos melhores do grupo e parecia que os momentos de
turbulências tinham passado e tudo havia voltado ao normal entre eles, mas na
verdade o maior problema da banda começou a esquentar: Guerra de poderes. Após
a morte de Brian
Epstein, Paul
McCartneysugeriu que Lee Eastman, advogado de sucesso e pai de Linda Eastman, tomasse
conta dos negócios, mas os outros Beatles, desconfiando e visando a uma
proteção maior ao legado de todos, sugeriram que Allen Klein, (que era
promotor dos Stones e já vinha
tentando "roubar" os Beatles de Epstein havia muito tempo), seria a
melhor opção pelo seu jeito convicto de "homem das ruas". McCartney
não concordou por achar absurdo pagar 15% de todos os lucros para Klein. Após a
separação da banda, Eastman foi advogado da carreira solo de Paul e Allen Klein
foi à justiça por ter roubado uma média de cinco milhões dos Beatles. Os demais
Beatles mantiveram contrato com Klein até 1977.
George Martin produziu e orquestrou o disco
junto com Geoff
Emerick como engenheiro de som, Alan Parsons como
assistente de som e Tony Banks como operador de fitas. Martin considera Abbey Road o melhor disco que os
Beatles fizeram. E não é por menos: ele é o mais bem acabado de todos e um
dos mais cuidadosamente produzidos (comparável somente a Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band).
Sua estrutura foi bastante pensada e discutida, e as visões discordantes dos
integrantes da banda só contribuíram para a riqueza da criação final.
Também foi em Abbey Road que George Harrison se
firmou como um compositor de primeira linha. Após anos vivendo sob a sombra
de John Lennon e
McCartney, ele finalmente emplacou dois grandes sucessos com este álbum:
"Here Comes the Sun" e "Something". Ambas as canções foram
regravadas incessantemente ao longo dos anos, sendo que Something chegou a ser
apontada pela revista Time como "a melhor música do disco" e
como a segunda música mais interpretada no mundo, atrás somente de
"Yesterday", também dos Beatles.
Este disco foi marcado pelo uso de novos
recursos tecnológicos que estavam surgindo na época. Um deles foi o
sintetizador Moog, que começava a ser utilizado em maior escala dentro do rock.
Ele possibilitava que virtualmente qualquer som fosse gerado eletronicamente. O
Moog pode ser notado claramente em músicas como "Here Comes the Sun",
"Maxwell's Silver Hammer" e "Because". Por seu trabalho em
Abbey Road, os engenheiros de som Geoff Emerick e Phillip McDonald ganharam
o Grammy.
Após as
desastrosas sessões de gravação do álbum então chamado de "Get Back"
(mais tarde intitulado "Let It Be" para publicação), Paul McCartney
sugeriu ao produtor George Martin que os Beatles se reunissem e fizessem um
álbum "como nos velhos
tempos… como a gente fazia antes", gravado ao vivo, sem overdubs e, logicamente, livres
dos conflitos que começaram com as sessões do Álbum
Branco. Martin pensou, levou em consideração o acontecido de
ter sido produtor secundário do álbum Get Back e aceitou, mas com a condição que a banda se
comportasse "como nos velhos
tempos", e ele seria tratado como o "produtor dos velhos tempos" também. Queria o
consentimento de Lennon que aceitou numa boa pois eles estavam loucos para
compor e gravar. Porém algumas faixas como "Something" e "Golden
Slumbers/Carry That Weight/The End" seguiram o estilo do Álbum Branco, de gravar
individualmente. Mas o resultado final acabou sendo este grande álbum,
considerado por muitos críticos como o melhor da banda, e segundo a
revista Rolling Stone o
14° melhor álbum de todos os tempos.
Quando foi gravado na época do vinil, o álbum
tinha dois lados bem distintos entre si, a fim de agradar tanto a Paul
McCartney como a John Lennon individualmente. O lado A, que ia de "Come
Together" a "I Want You", foi feito para agradar a Lennon. É uma
coleção de faixas individuais, enquanto que o lado B (para agradar a McCartney)
contém uma longa coletânea de curtas composições que seguem sem interrupção. A
sequência de juntar músicas inacabadas criadas por McCartney e Lennon em um
enorme pout-pourri foi ideia de Paul, constituindo-se numa espécie de ópera
dentro do disco. No entanto, diferente de Sgt. Pepper's, considerar Abbey Road um disco conceitual é um engano. "É um bom
disco de Rock&roll", disse Harrison.
A famosa
fotografia da capa do álbum foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road
em 8 de agosto de 1969 por Iain Macmillan. A sessão de fotos durou dez minutos.
John, sempre muito apressado, só queria "tirar a foto e sair logo dali, deveríamos estar gravando o disco
e não posando pra fotos idiotas". Detalhe: a ideia da foto foi de
Paul McCartney. Foram feitas seis fotos. Paul McCartney escolheu a que achou
melhor. A foto foi objeto de rumores e teorias de que Paul estaria morto,
vítima de um acidente de carro em 1966. Apesar de ter sido apenas uma
brincadeira e puro marketing do
grupo, a lenda ainda é assunto
de alguns beatlemaníacos.
Na capa do LP, os Beatles estão a atravessar a rua numa faixa
de segurança a poucos metros do Estúdio Abbey Road, e ficou
marcada para sempre para muitas pessoas.
A foto conteria supostas "pistas"
que dariam força ao rumor de que Paul estava morto: Paul está descalço (segundo
ele, naquele dia fazia muito calor, e ele não estava aguentando ficar com nada
nos pés), fora de passo com os outros, está de olhos fechados, tem o cigarro na
mão direita, apesar de ser canhoto, e a placa do fusca (em inglês, beetle) estacionado é
"LMW", referindo-se às iniciais de Linda McCartney Widow ("Linda McCartney Viúva")
e, abaixo, o "281F",
supostamente referindo-se ao fato de que McCartney teria 28 anos se (if, em inglês) estivesse vivo (o I em
"28IF" é realmente um "1", mas isso é difícil de se ver na
capa. Um contra-argumento é que Paul tinha somente 27 anos no momento da
publicação de Abbey Road, embora alguns interpretem isso como que ele teria um
dia 28 anos se ele estivesse vivo.). Os quatro Beatles na capa, segundo o mito "Paul
está morto", representariam o padre (John, cabelos compridos e barba,
vestido de branco), o responsável pelo funeral (Ringo, em um terno preto),
o cadáver (Paul, em um
terno, mas descalço - como um corpo em um caixão), e o coveiro (George,
em jeans e uma camisa de trabalho
de denim). Além disso, há um
outro carro estacionado, de cor preta, de um modelo usado para funerais e eles andam
em direção a um cemitério próximo
a Abbey Road. Notem também que, atrás do Paul, tem um carro como se estivesse
passando pelo mesmo lugar que ele está. Outra suposta pista seria que, na
contracapa do álbum, ao lado esquerdo da palavra Beatles, haveria 8 pontos
formando o número 3 (sendo, então, "3 Beatles"). O homem de pé na
calçada, à direita, é Paul Cole, um turista dos Estados Unidos que só se deu
conta que estava sendo fotografado quando viu a capa do álbum meses depois.
Durante as
gravações de Abbey Road, o engenheiro de som Geoff Emerick fumava muito os
cigarros da marca "Everest". Por
algum tempo, ficou decidido entre os Beatles que este seria o nome do disco.
Eles até pensaram em fretar um jato e ir até o Everest tirar a foto para o
disco. Mas como estavam em cima do prazo, decidiram atravessar a rua, e chamar
de Abbey Road em homenagem ao estúdio que serviu a eles durante quase 10 anos.
Abbey Road é o álbum
mais vendido dos Beatles.
Foi o primeiro
disco a ser gravado com oito canais de áudio.
Alan Parsons, o assistente de som, foi engenheiro de som no
clássico de 73 "The Dark Side of the Moon" da
banda inglesa Pink Floyd.
John Kurlander, o
engenheiro de som, foi produtor e diretor de som da trilogia "O Senhor Dos Anéis."
O fusquinha da capa está
atualmente no museu da Volkswagen em
Wolfsburg, Alemanha.
Esse foi mais um
trabalho dos Beatles envolvendo o polêmico número nove. Sintomaticamente
encerrando a carreira dos Beatles (Abbey Road=9 letras), segue a linha de "Revolution 9" e que
depois seria retomada por Lennon em sua carreira solo, # 9 Dream, e em diversas outras
citações do ex-beatle.
Neste álbum,
encontra-se a música mais curta dos Beatles (Her Majesty) com apenas 23
segundos de duração.
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