domingo, 13 de outubro de 2019

Navy Pier, Como Centro de Treinamento da Marinha Durante a Segunda Guerra Mundial, 1941-1946, Chicago, Estados Unidos

Navy Pier, Como Centro de Treinamento da Marinha Durante a Segunda Guerra Mundial, 1941-1946, Chicago, Estados Unidos
Chicago - Estados Unidos
Fotografia - Cartão Postal

Navy Pier, 1920-1921, Chicago, Estados Unidos

Navy Pier 1920-1921, Chicago, Estados Unidos
Chicago - Estados Unidos
Fotografia 

Navy Pier, Chicago, Estados Unidos









Navy Pier, Chicago, Estados Unidos
Chicago - Estados Unidos
Fotografia - Cartão Postal

Navy Pier, Chicago, Estados Unidos


Navy Pier, Chicago, Estados Unidos
Chicago - Estados Unidos
N. 107
Fotografia - Cartão Postal



O Navy Pier é um cais na costa de Chicago, no Lago Michigan. 
O Navy Pier atualmente engloba mais de cinquenta hectares de parques, jardins, lojas, restaurante, atrações familiares e instalações de exposições e é o principal destino de lazer no Centro-Oeste, atraindo cerca de nove milhões de visitantes por ano. É uma das atrações mais visitadas em todo o meio-oeste dos Estados Unidos e é a atração turística número um de Chicago.
O Navy Pier abriu ao público em 15 de julho de 1916. Originalmente chamado de "Municipal Pier", o cais foi construído por Charles Sumner Frost, um arquiteto nacionalmente conhecido, com um projeto baseado no Plano de Chicago (1909) de Daniel Burnham e Edward H. Bennett.
Inicialmente, o Navy Pier seria uma doca para fretes, tráfego de passageiros e um espaço para recreação interior e exterior para o público. Muitos eventos foram realizados no cais, como exposições, concursos e outros tipos de entretenimento. No verão de 1918, o cais também foi usado como uma prisão para protuberâncias.
Em 1927, o cais foi renomeado Navy Pier para homenagear os veteranos navais que serviram na Primeira Guerra Mundial.
Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o cais tornou-se um centro de treinamento para a Marinha. Cerca de 10 000 pessoas trabalharam, treinaram e moraram lá. O cais continha um teatro de 2,500 lugares, academia, uma barbearia de 12 cadeiras, alfaiate, cofres, soda e uma vasta cozinha e hospital.
Em 1946, quando a Marinha acabou com sua missão, a Universidade de Illinois em Chicago realizou aulas no cais. Embora a capacidade máxima tenha sido excedida, a escola superou o cais e a universidade se mudou para o Circle Campus.
Após a universidade, o Navy Pier tornou-se subutilizado.
Em 1959, a via marítima de St. Lawrence abriu e aumentou a atividade de transporte comercial no cais por um curto período de tempo, embora os negócios se apagassem e saíssem para instalações mais modernas no Lago Calumet.
Em 1976, os edifícios do East End foram renovados e, durante um breve período, o cais estava vivo novamente, o lar de eventos de verão como o ChicagoFest. Mas a manutenção não foi feita e o cais foi em declínio.
Em 1989, a Cidade de Chicago teve o Reimagine do Instituto de Terra Urbana (ULI) para o cais. O Metropolitan Pier and Exposition Authority (MPEA) foi criado; Sua responsabilidade era gerenciar e operar o Cais Naval, bem como McCormick Place. A MPEA realizou a remodelação, incorporando algumas das recomendações da ULI.
Em 1995, o Navy Pier foi redesenhado e apresentado ao público como um local de uso misto que incorpora varejo, restaurantes, entretenimento e espaços culturais.
A partir de 2014, o plano de redesenho chamado The Centennial Vision foi implementado. O objetivo deste plano é cumprir a missão de manter o Navy Pier como espaço público de classe mundial e renovar o píer para que ele tenha mais entretenimento noturno e durante todo o ano e mais atraentes paisagens e design. 

Casa das Rosas, Avenida Paulista, Década de 40, São Paulo, Brasil

Casa das Rosas, Avenida Paulista, Década de 40, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista Aérea do Monumento e Museu do Ipiranga, São Paulo, Brasil



Vista Aérea do Monumento e Museu do Ipiranga, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 155
Fotografia - Cartão Postal

Filosofia de Internet - Humor


Filosofia de Internet - Humor
Humor

sábado, 12 de outubro de 2019

Edifício Sobre as Ondas, Guarujá, São Paulo, Brasil




Edifício Sobre as Ondas, Guarujá, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

A história do município de Guarujá se confunde com a história da aristocracia paulista. Em 1892 foi fundada a Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, empresa constituída pelo grupo econômico ligado a firma Prado, Chaves e Cia., uma das maiores empresas de exportação de café do país. Esse grupo, liderado pelo conselheiro Antônio Prado, seu cunhado Elias Chaves e por diversos grandes produtores de café decidiu criar no que hoje é o centro do Guarujá, na Praia de Pitangueiras, um complexo turístico que obviamente iria atender a uma seletíssima demanda por lazer à beira mar. O sucesso do empreendimento deveria ser imediato, dado o porte dos seus empreendedores. O conselheiro Antonio Prado, descendente de uma das famílias mais ricas do Brasil, proprietária de fazendas de café, casas exportadoras e estradas-de-ferro, era um bem sucedido empresário e político tendo sido prefeito de São Paulo entre 1899 e 1911. Elias Pacheco Chaves, seu cunhado e sócio era uma das figuras mais influentes na aristocracia paulista foi presidente da província de São Paulo por um curto período em 1885. Assim em 1893, sob a presidência de Elias Fausto Pacheco Jordão, a Companhia Balneária inaugura o empreendimento, que era constituído de 46 casas, uma igreja, um hotel e um cassino, tudo pré-fabricado em madeira importado dos Estados Unidos.
O empreendimento agradou em cheio aos aristocráticos paulistanos, sendo que o balneário, principalmente pelo seu cassino, era freqüentado por nomes como Jafet, Matarazzo, Chaves, Siciliano, Prado e a nata da sociedade paulista. Numa época em que o banho de mar estava mais relacionado a propriedades medicinais do que a atividade de lazer, as grandes atrações do Guarujá eram o seu hotel e o cassino. O Grande Hotel, com toda a sua sofisticação teve três fases distintas: até 1897 quando foi destruído por um incêndio, até 1910 em uma construção de alvenaria e a partir de 1912, quando conheceu o seu apogeu, em um elegante edifício projetado por Ramos de Azevedo, vindo a ser até a sua demolição no começo dos anos 60, um dos hotéis mais sofisticados do país.
A inauguração da Via Anchieta em 1947 torna muito comuns as viagens entre São Paulo e o Guarujá e com isso mais gente passa a freqüentar o município, mudando o perfil de ocupação urbana na cidade. Essa ocupação permitiu novas perspectivas de desenvolvimento imobiliário que de certa maneira compensou as perdas advindas do fim do jogo. Começa a se verificar no Guarujá um processo de verticalização acelerado que viria a tornar o município, na década de 70 a terceira cidade do país em investimentos imobiliários.
Nos anos 40, o Guarujá, com suas areias brancas e seu mar de águas límpidas continua a ser o endereço de férias preferido da elite paulistana, agora composta também pela burguesia industrial que, graças à guerra que impediu as importações, se consolidava como a nova dona do dinheiro na cidade que mais crescia no mundo: São Paulo.
O Brasil desta época tornava-se cada vez mais americano, copiando os usos e costumes de nossos aliados do norte: ouvia-se blues, Hollywood fazia a cabeça de milhares de pessoas e o american way of life tornava-se o ideal dos brasileiros de classe média.
Antenado nesses novos ventos que sopravam acima da linha do Equador, o Dr. Antonio Roberto Alves Braga, médico e advogado procura o amigo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves para que o auxiliasse na escolha de um terreno no Guarujá, onde pretendia construir um edifício de apartamentos que atendesse a demanda que começava a se manifestar pela aquisição de uma residência de férias à beira-mar.
Dessa forma os dois se colocaram a procurar um terreno que pudesse receber o que seria um dos primeiros edifícios de apartamentos a ser construído no Guarujá. A escolha então recaiu sobre o terreno onde se situava o Hotel Orlandi, um pequeno hotel construído num promontório de pedras entre as praias de Astúrias e Pitangueiras, praia essa que já possuía o edifício Pitangueiras, construído no início dos anos 40 e o Monduba, de Rino Levi.
Nessa época, Oswaldo possuía escritório na Rua Marconi, no mesmo prédio de um arquiteto formado no Mackenzie e com alguns anos a mais de experiência profissional: Jayme Campello Fonseca Rodrigues. Oswaldo então convida seu colega para participar do projeto que seria aprovado pela Prefeitura de Guarujá em 26 de outubro de 1945 e que por suas características se configuraria como um dos primeiros exemplares de arquitetura moderna a ser construído no litoral de São Paulo.
No Edifício Sobre as Ondas estão contidos todos os conceitos do modernismo, com o projeto incorporando os elementos que tornaram a arquitetura brasileira referência internacional. Juntamente com o racionalismo preconizado por Le Corbusier – piloti, planta livre, terraço jardim - vemos também a incorporação do repertório brasileiro em elementos que a partir de sua utilização por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, passaram a compor o ideário dos arquitetos modernos brasileiros.
No projeto do Sobre as Ondas, aparece de forma marcante um dos elementos mais fortes de nossa arquitetura moderna – a curva, que estabelece o contraponto com o racionalismo da fachada que modula os seus elementos construtivos. Em curva também é a própria configuração do edifício, que parece abraçar o mar, e ao mesmo tempo dominar a paisagem. Esta subversão da paisagem à técnica se faz muito presente no discurso modernista.
A partir de um programa indefinido, por parte do incorporador, os arquitetos Jayme e Oswaldo, puderam conduzir o processo de projeto no sentido de atender aos preceitos que se apresentavam então. Propuseram a adoção de três tipologias diferentes de apartamentos, formando um conjunto com 44 unidades de um dormitório, 22 com dois dormitórios e 22 com três dormitórios, além de restaurante, playground, salão de jogos distribuídos em térreo, mezanino, 11 pavimentos tipo e cobertura com 2 apartamentos e  salão de jogos para uso coletivo.
A planta do pavimento tipo segue uma rígida modulação, que é quebrada apenas nas áreas úmidas que envolvem as caixas de circulação vertical. A organização em três blocos permite um uso muito otimizado dos espaços, resultando em áreas de circulação horizontal mínimas. O elevador de serviço tem suas paradas feitas em meios níveis, racionalizando a sua utilização.Também em planta podemos observar a aplicação dos conceitos modernistas: a modulação e a utilização de cozinhas-corredor são bem características.
Apesar do rigor da planta funcionalista, com os apartamentos de um, dois e três dormitórios formando um corpo único, temos a presença de uma grande laje curva que compõe o mezanino e serve como terraço coberto no térreo de onde se descortina o mar. “Essa grande laje é uma influência clara de Oscar Niemeyer e da escola carioca” declara Oswaldo em depoimento ao autor.
No mezanino localiza-se a parte superior do restaurante, que faz o contraponto com a rigidez do pavimento tipo. Ali foi prevista uma grande “ameba”, que integrava os dois níveis do restaurante. Outro elemento interessante do projeto – infelizmente retirado por alegados motivos de segurança – é o conjunto de rampa e escada que fazia a ligação entre o térreo e o mezanino pelo exterior do edifício. Solto do corpo do prédio, este permitia o acesso entre os dois pavimentos externamente, providência muito apropriada para o uso de veraneio que se daria ao edifício.
O térreo é composto por jardins, que juntamente com um painel de azulejos, deveriam ser projetados por Roberto Burle Marx, porém essa intenção dos arquitetos não prosperou. Porém no restaurante foi executado um painel da artista plástica Lise Forrel. Essa prática se repetiria em outros projetos de Oswaldo, como a residência Michel Abu Jamra, que exibe um painel de Clóvis Graciano. O pé direito duplo do térreo confere uma sensação maior de contato com o mar, pois esse terraço está literalmente “sobre as ondas”.
Na cobertura, são colocados dois apartamentos, mais um salão comum a todos os condôminos, que durante o processo de construção foi transformado em mais um apartamento. Observa-se aí a incorporação da casa de máquinas ao pavimento, que juntamente com a caixa d’água projetada longitudinalmente, retiram os volumes característicos do alto do prédio, criando na fachada um resultado mais harmonioso.
Aí vemos que apesar dos conceitos funcionalistas, que pregavam a submissão da forma à função, o projeto teve preocupação com aspectos formais, que seria uma ordenação muito presente na arquitetura brasileira.
O cuidado com os detalhes de projeto vão desde o desenho de maçanetas e respiros nos elevadores com motivos marinhos, na escolha do revestimento dos pilotis, até ao grafismo no nome do edifício localizado na sua entrada.  Os materiais usados no revestimento são pastilhas cerâmicas em tons de azul e nos pilares do térreo e muros, pedra.
A obra foi quase que totalmente acompanhada somente pelo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves, já que o arquiteto Jayme Fonseca Rodrigues faleceu precocemente em 1947. A partir daí Oswaldo passa a assumir inteiramente a condução do projeto, até a sua inauguração em 17 de julho de 1951.
O edifício se tornaria um sucesso também do ponto de vista comercial. Com um lançamento feito em grande estilo, as vendas, ajudadas pelas maquetes de José Zanine Caldas foram feitas em pouco tempo. Segundo Oswaldo em uma semana todos os apartamentos foram reservados.
A construção, a cargo da Construtora Richter & Lotufo, segue fielmente o projeto aprovado pela Prefeitura de Guarujá em 1945, com exceção da cobertura, que teve as suas áreas comuns transformadas em unidades autônomas. Posteriormente foi feito o fechamento de uma das lajes do mezanino no restaurante.
Oswaldo Corrêa Gonçalves se tornaria um dos arquitetos mais importantes de São Paulo, com diversos projetos espalhados pelo estado sempre dentro dos princípios modernistas que nortearam o Sobre as Ondas.
É importante ressaltar que o Sobre as Ondas não é uma manifestação isolada dos princípios modernistas, mas sim fruto de preocupações projetuais que freqüentavam as pranchetas de uma parcela significativa dos arquitetos paulistas, que antes de meramente seguir os conceitos corbusianos, procuravam respostas para as questões mais prementes do fazer arquitetura no Brasil.
Localizado entre as praias das Astúrias e Pitangueiras, estabelecendo a separação entre elas, o Sobre as Ondas, exposto na Trienal de Milão e premiado no IV Congresso Panamericano de Arquitetura de Lima passou a ser um marco referencial na paisagem, intenção essa alcançada pelos arquitetos, pois foi a partir de sua interferência que foi escolhido o terreno.
Passados 50 anos de sua inauguração, o Sobre as Ondas continua dominando a paisagem – apesar dela ter mudado radicalmente nesses anos. Pioneiro de uma série de projetos feitos pela nata da arquitetura paulista na cidade do Guarujá, para a abastada elite paulistana, o edifício continua a marcar a orla pela sua elegância e implantação privilegiada. A despeito dos críticos, os conceitos de modernidade exercitados neste projeto frutificaram e ainda hoje se apresentam como forma de expressão representativa em nossa arquitetura.


Edifício Sobre as Ondas, Guarujá, São Paulo, Brasil



Edifício Sobre as Ondas, Guarujá, São Paulo, Brasil
Guarujá - SP
Foto Postal Colombo N. 7
Fotografia - Cartão Postal



O Sobre as Ondas é um edifício residencial localizado entre as praias das Pitangueiras e Astúrias, no município do Guarujá, estado de São Paulo. O projeto do edifício foi aprovado pela prefeitura em 26 de outubro de 1945. A construção começou no ano seguinte, mas a inauguração oficial deu-se apenas em 17 de julho de 1951.
O Sobre as Ondas foi construído no terreno onde estava antes o Hotel Orlandi, comprado por Antônio Roberto Alves Braga, interessado em atender à nascente demanda por residências de férias em cidades praianas, já com o intuito de ali construir o prédio. No projeto, assinado pelos arquitetos Oswaldo Corrêa Gonçalves e Jaime Campello Fonseca Rodrigues, que morreu durante a construção, foram levados em consideração diversos conceitos do modernismo, como as curvas, que fazem o edifício "abraçar" o mar. A construção foi feita sem fundações, com o prédio inserido diretamente na pedra. O pedido de seu tombamento foi feito pelo escritor Geraldo Anhaia Mello.
Foram idealizados no projeto três tipos de apartamento: 44 com um dormitório, 22 com dois e outros 22 com três dormitórios. Na cobertura há três apartamentos, sendo que um deles originalmente seria um salão comum. No térreo há uma laje curva que compõe o mezanino e o arquiteto Gonçalves declarou à revista Arquitextos que foi influência de Oscar Niemeyer. Sucesso comercial, segundo Oswaldo Gonçalves todos os apartamentos teriam sido reservados em apenas uma semana. O projeto foi exposto na Trienal de Milão e também foi premiado durante o IV Congresso Panamericano de Arquitetura de Lima.

Praia de Pitangueiras, Guarujá, São Paulo, Brasil

Praia de Pitangueiras, Guarujá, São Paulo, Brasil
Guarujá - SP
Fotografia - Cartão Postal