sexta-feira, 8 de maio de 2020

Cais 22 de Novembro, Recife, Pernambuco, Brasil


Cais 22 de Novembro, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Hospital Pedro II, Recife, Pernambuco, Brasil


Hospital Pedro II, Recife, Pernambuco, Brasil
Recife - PE
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Arrozais em uma Fazenda, Estado de Minas Gerais, Brasil


Arrozais em uma Fazenda, Estado de Minas Gerais, Brasil
Estado de Minas Gerais - MG
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal

Obras no Largo do Tesouro, 24/03/1902, São Paulo, Brasil


Obras no Largo do Tesouro, 24/03/1902, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 238
Fotografia 

Bosque Municipal, Bosque Rodrigues Alves, Belém, Pará, Brasil



Bosque Municipal, Bosque Rodrigues Alves, Belém, Pará, Brasil
Belém - PA
N. 31
Fotografia - Cartão Postal

Rua das Casinhas, São Paulo, Brasil




Rua das Casinhas, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Em 1773 a Câmara Municipal ergueu seis quartos enfileirados que foram arrendados como mercado. Eram as casinhas. Cada uma tinha banquetas de tábua, pesos, balanças e ganchos de ferro. Aqui eram comercializados feijão, milho, toucinho, carne, aguardente, fumo, rapadura, etc. Ficavam no nosso lado direito na foto e tomavam todo o começo da atual Rua do Tesouro, que então avançava um pouco mais na direção da Rua XV de Novembro.
Em 1797 as casinhas foram demolidas e depois reconstruídas. Toda a Rua das Casinhas e parte do largo mais abaixo tinha intenso movimento de negros, escravos de ganho ou forros, sitiantes, caboclos, comerciantes e fregueses. Mas não vá o amigo, ou amiga, que nos acompanha esperar alguma noção de ordem e higiene no local.
Auguste de Saint Hilaire, o viajante da década de 1820 que esteve por um bom tempo em São Paulo, descreveu o local:
“Em S. Paulo não são encontrados negros a percorrer as ruas, como no Rio de Janeiro, transportando mercadorias sobre a cabeça. Os legumes e as mercadorias de consumo imediato são vendidos por negras que se mantêm acocoradas na rua, que, por motivo de tal comércio, tomou o nome de Rua da Quitanda. Quanto aos comestíveis indispensáveis, tais como farinha, toucinho, arroz, milho, carne seca, os mercadores, que os vendem estão, em sua maior parte, estabelecidos numa única rua denominada Rua das Casinhas, porque, efetivamente, cada venda forma uma pequena casa isolada. Não é, evidentemente, nessas vendas, que se podem encontrar a limpeza e a ordem: são obscuras e enfumaçadas. O toucinho, os cereais, a carne estão atirados em promiscuidade, e não existe ainda, nem por sombra, aquela arte com que nossos mercadores de Paris sabem dar um aspecto agradável aos alimentos mais grosseiros”.
À noite, porém mudava o cenário. O mesmo viajante francês nos conta que: “… os animais de carga e os compradores cedem lugar a verdadeiras nuvens de prostitutas de baixa classe, atraídas pelos camaradas [servidores livres] e pelos roceiros, que elas tentam pescar em suas redes”.
Vida longa tiveram as casinhas, duraram até 1874, quando então foram demolidas, pois a municipalidade tinha intenção de enfim construir um mercado de verduras, neste mesmo local, a execução deste projeto foi cheia de trapalhadas, mas, como dizia Júlio Gouveia quando apresentava o Sítio do Pica-Pau Amarelo, “isto já é outra história que fica para outra vez…”. Texto de Edison Loureiro.
Nota do blog: A foto do artigo é do Largo do Tesouro em 1862. A Rua das Casinhas ficava ao lado do prédio de 4 pavimentos, de Domingos de Paiva.




Rua 24 de Maio, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil



Rua 24 de Maio, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
Rio Grande - RS
Edit. Pitombo Lima N. 6
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Reparar na suástica da bomba de gasolina. Não tem nada a ver com nazistas, era apenas o símbolo da empresa petrolífera Shell na época (era um período anterior a sua apropriação pelos nazistas).

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Jack in the Box, São Paulo, Brasil






Jack in the Box, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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Antes da era McDonald’s e Burger King, São Paulo teve outro fast-food americano que fez história – mas que deixou pouquíssimos registros. A lanchonete Jack in the Box foi fundada em San Diego, na Califórnia, Estados Unidos, em 1951, pelo empresário Robert Oscar Peterson. O nome faz uma referência ao palhacinho que sai de surpresa de uma caixa de brinquedo. A primeira loja paulistana é do início da década de 70 (não há informações sobre o ano exato). “Sei que já frequentava a loja da Brigadeiro Luís Antônio em 1973”, recorda-se Bernardo Wu, hoje com 61 anos. Além do endereço da Brigadeiro, existiam outras seis unidades espalhadas pela capital:  Augusta, Sete de Abril, Dr. Vila Nova, Washington Luiz, Alagoas, Joaquim Floriano e Praça Panamericana. Frequentei muito a loja da Brigadeiro também. Meu lanche preferido era o “Califórnia” – presunto, queijo e ovo frito, num pão de hambúrguer, que vinha embrulhado num papel alumínio.
“Trabalhava seis horas por dia na lanchonete da Augusta”, conta Nelson Borges Machado, que ocupou a função de chapeiro do Jack in the Box em 1979. Hoje, aos 53 anos, lembra com detalhes do emprego: “Fazia 90 hambúrgueres ao mesmo tempo. Os produtos mais vendidos eram os tacos mexicanos e as bombas de chocolate. A loja da Brigadeiro era maior. Tinha cerca de 50 mesas, o dobro da nossa”. O único detalhe que o incomodava era o uniforme: calça azul, camisa vermelha xadrez, quepe azul com detalhes em vermelho. “Era terrível ter que vestir aquilo”, resmunga Nelson. Ele fala ainda de um manual de comportamento que recebeu assim que começou a trabalhar na lanchonete: “Instruía as meninas a usarem pouca maquiagem e os rapazes precisavam estar sempre com a barba feita”, conta.
A fabricante de ração Purina, que chegou ao Brasil em 1967, foi a primeira detentora da marca Jack in The Box no país. Depois, a franquia passou a ser comandada pelos sócios da Drogaria São Paulo. A reportagem fez contato com responsáveis pelas empresas. “O fato de a empresa não ser da Nestlé nessa época me impossibilita de ajudá-lo”, respondeu Daniel Brasil, assessor da empresa do ramo alimentício, que comprou a Purina em 2001. A Drogaria São Paulo informou, via assessoria de imprensa, que não gostaria de participar da reportagem. Ou seja: mais percalços para conseguir informações.
“Hoje as pessoas saem e vão a vários lugares”, diz o representante comercial Paulo Aoki, 50 anos, que frequentava as unidades da Praça Panamericana e da Brigadeiro. “Naquela época, não. A gente se reunia só para ir ao Jack. Estávamos no colegial, todos eram menores de idade, íamos de ônibus”. A orientadora pedagógica da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP), Marlene Isepe, 47 anos, ainda sabe cantarolar o slogan: “Ainda bem que tem o Jack… Jack in the Box”.
Os irmãos Cleber e Wellington Romano ajudavam os pais a cuidar da floricultura da Praça Panamericana, que pertence à família até hoje. “Abrimos no comecinho da década de 80, junto com aquela unidade do Jack”, narra o caçula Cleber, explicando que já existia na praça o restaurante Well's, que pertencia ao grupo Pão de Açúcar. Para fazer frente ao Jack, o Well’s inaugurou o Well's Burger. “Para chamar a atenção dos fregueses, o Jack colocou um hambúrguer inflável gigante na porta”, conta. “Ficou exposto durante uns 20 dias. Até que choveu e o artifício de 4 metros de altura por uns 6 de largura saiu voando e acabou caindo no telhado do restaurante Senzala, que era vizinho”.
Wellington perdeu as contas de quantas vezes comeu na lanchonete. “As cores amarela e laranja nas paredes e as cadeiras acolchoadas me chamavam atenção”, descreve. “Quando fui lá pela primeira vez, imaginei que fosse uma lanchonete de luxo, mas depois percebi que era apenas o padrão da loja”. A unidade da Panamericana ficou conhecida como ponto de encontro de corredores. Em 1984, o Jack patrocinou um evento de rali, que teve sua largada em frente à loja. “Correram Monzas, Brasílias, Chevettes e até alguns Fuscas”, conta Wellington. “Um cara perdeu o controle de um Monza Hatch e atropelou uma menina de 6 anos. Levantamos o carro com as mãos. Por sorte, não aconteceu nada de mais grave”.
O acidente também começou a marcar o fim da franquia em São Paulo. Em 1988, o Jack in the Box vendeu todos os seus restaurantes à rede carioca Bob’s. O principal fator apontado para a saída do mercado foi o aumento da concorrência no segmento de fast-food.  O McDonald’s havia desembarcado no país com um plano de expansão bastante agressivo. Em 1981, já tinha sua primeira loja aberta em São Paulo, na Avenida Paulista. A Bob’s, fundada em 1952, viu a compra como uma grande chance de entrar no mercado de São Paulo – em 1972, a franquia passou para as mãos de empresários do Guarujá, no litoral paulista.
Hoje, a Jack in The Box possuiu 2.100 lojas espalhadas pelos Estados Unidos, emprega quase 30 mil funcionários e atende cerca de 500 milhões de clientes por ano. No entanto, a rede preferiu não abrir franquias em nenhum outro país. “Até hoje, o Jack é importante para mim”, confessa o ex-chapeiro Nelson. “A metodologia de trabalho padronizado era novidade na época”, completa ele, garantindo usar os aprendizados em sua empresa de tecnologia, em Belo Horizonte, onde reside atualmente.
Nota do blog: Fui algumas vezes na unidade da Brigadeiro Luís Antônio. 

Mercado Público Municipal, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil



Mercado Público Municipal, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil
Rio Grande - RS
Phot. Teixeira
Fotografia - Cartão Postal

Rua Maranhão, Higienópolis, São Paulo, Brasil


Rua Maranhão, Higienópolis, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 23
Fotografia - Cartão Postal