domingo, 6 de setembro de 2020

Palácio das Indústrias, 1940, São Paulo, Brasil


Palácio das Indústrias, 1940, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista Aérea do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


Vista Aérea do Hospital das Clínicas e Faculdade de Medicina da USP, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia - Cartão Postal

Trevo do Estudante, Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, Brasil


Trevo do Estudante, Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal

Você sabe o motivo de chamar “Trevo do Estudante”?
Conheça a história abaixo:
Edson Luís de Lima Souto (Belém, 24 de fevereiro de 1950 — Rio de Janeiro, 28 de março de 1968) foi um estudante secundarista brasileiro assassinado por policiais militares, durante um confronto no restaurante Calabouço, centro do Rio de Janeiro. Seu assassinato marcou o início de um ano turbulento de intensas mobilizações contra o regime militar que endureceu até que fosse decretado o chamado Ato Institucional número cinco de 13 de dezembro de 1968 (AI-5).
Nascido em uma família pobre, iniciou os estudos na Escola Estadual Augusto Meira em Belém, no Pará. Mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, no qual funcionava o restaurante Calabouço.
Em 28 de março de 1968, os estudantes do Rio de Janeiro estavam organizando uma passeata-relâmpago para protestar contra a alta do preço da comida no restaurante Calabouço, que deveria acontecer no final da tarde do mesmo dia.
Por volta das 18 horas, a Polícia Militar chegou ao local e dispersou os estudantes que estavam na frente do complexo. Os estudantes se abrigaram dentro do restaurante e responderam à violência policial utilizando paus e pedras. Isso fez com que os policiais recuassem e a rua ficasse deserta. Quando os policiais voltaram, tiros começaram a ser disparados do edifício da Legião Brasileira de Assistência, o que provocou pânico entre os estudantes, que fugiram.
Os policiais supuseram que os estudantes iriam atacar a Embaixada dos Estados Unidos e invadiram o restaurante. Durante a invasão, o comandante da tropa da PM, aspirante Aloísio Raposo, atirou e matou o secundarista Edson Luís com um tiro a queima roupa no peito. Outro estudante, Benedito Frazão Dutra, chegou a ser levado ao hospital, mas também morreu.
Temendo que a PM sumisse com o corpo, os estudantes não permitiram que ele fosse levado para o Instituto Médico Legal (IML), mas o carregaram em passeata diretamente para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde foi velado. A necrópsia foi feita no próprio local pelos médicos Nilo Ramos de Assis e Ivan Nogueira Bastos na presença do Secretário de Saúde do Estado. Seu óbito de n° 16.982 teve como declarante o estudante Mário Peixoto de Souza.
O registro de ocorrência n° 917 da 3ª Delegacia de Polícia informou que, no tiroteio ocorrido no restaurante Calabouço, outras seis pessoas ficaram feridas: Telmo Matos Henriques, Benedito Frazão Dutra (que morreu logo depois), Antônio Inácio de Paulo, Walmir Gilberto Bittencourt, Olavo de Souza Nascimento e Francisco Dias Pinto. Todos atendidos no Hospital Souza Aguiar.
No período que se estendeu do velório até a missa da Igreja da Candelária, realizada em 2 de abril foram mobilizados protestos em todo o país.
Em São Paulo, quatro mil estudantes fizeram uma manifestação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Também foram realizadas manifestações no Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito da USP (Largo São Francisco), na Escola Politécnica da USP e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
O Rio de Janeiro parou no dia do enterro. Para expressar seu protesto, os cinemas da Cinelândia amanheceram anunciando três filmes: A noite dos Generais, À queima roupa e Coração de Luto. Centenas de cartazes foram colados na Cinelândia com frases como "Bala mata fome?", "Os velhos no poder, os jovens no caixão" e "Mataram um estudante. E se fosse seu filho?".
Edson Luís foi enterrado ao som do Hino Nacional Brasileiro, cantado pela multidão.
Na manhã de 4 de abril foi realizada um missa na Igreja da Candelária em memória de Edson. Após o término da missa, as pessoas que deixavam a igreja foram cercadas e atacadas pela cavalaria da Polícia militar com golpes de sabre. Dezenas de pessoas ficaram feridas.
Outra missa seria realizada na noite do mesmo dia. O governo militar proibiu a realização dessa missa, mas o vigário-geral do Rio de Janeiro, D. Castro Pinto, insistiu em realizá-la. A missa foi celebrada com cerca de 600 pessoas.
Temendo que o mesmo massacre da manhã se repetisse, os padres pediram que ninguém saísse da igreja. Do lado de fora havia três fileiras de soldados a cavalo com os sabres desembainhados, mais atrás estava o Corpo de Fuzileiros Navais e vários agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).
Num ato de coragem, os clérigos saíram na frente de mãos dadas, fazendo um "corredor" da porta da igreja até a avenida Rio Branco para que todos os que estavam na igreja pudessem sair com segurança. Apesar desse ato, a cavalaria aguardou que todos saíssem e os encurralaram nas ruas da Candelária. Novamente o saldo foi de dezenas de pessoas feridas.
A canção "Menino", composta por Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, gravada no álbum Geraes (1976), e cantada também por Elis Regina nas apresentações e no disco Saudade do Brasil (1980), refere-se a Edson Luís.
A canção "Coração de Estudante", composta por Wagner Tiso inicialmente sob o nome de "Tema de Jango" para um documentário sobre João Goulart, ganhou letra de Milton Nascimento lembrando a tragédia de Edson Luís e a canção foi rebatizada como "Coração de Estudante". A canção foi gravada no álbum Ao Vivo em 1983.
Em 28 de março de 2008, para lembrar os quarenta anos de sua morte, foi inaugurada uma estátua em homenagem ao estudante Edson Luís na praça Ana Amélia (entre a avenida Churchill e a rua Santa Luzia).
O trevo viário que liga o Aterro do Flamengo às avenidas General Justo e Presidente Antônio Carlos, próximo ao Aeroporto Santos Dumont, passou a ser conhecido como Trevo Estudante Edson Luís de Lima Souto.
A trágica cena do seu assassinato foi representada na novela do SBT, Amor e Revolução, no dia 28 de setembro de 2011.

Edifício Itália, Anos 60, São Paulo, Brasil


Edifício Itália, Anos 60, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista Aérea do Farol da Barra, Salvador, Bahia, Brasil


Vista Aérea do Farol da Barra, Salvador, Bahia, Brasil
Salvador - BA
Edicard
Fotografia - Cartão Postal

Demolição do Palacete Prates, São Paulo, Brasil


Demolição do Palacete Prates, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Romi-Isetta, Brasil








Romi-Isetta, Brasil
Fotografia



Duvido que você não tenha aberto um sorriso ao ver a foto acima. Quando ele passa, não há quem não vire a cabeça. Muitos acenam e alguns tentam estabelecer contato com os ocupantes na base do grito. É inútil, pois a bordo tudo o que se escuta é algo parecido com uma máquina de fazer caldo de cana operando em ritmo de pastelaria lotada.
O Romi-Isetta é o carro mais exótico já fabricado no Brasil. O eixo traseiro é bem mais estreito que o dianteiro e ele aparenta ser ainda menor do que realmente é, com 2,27 metros de comprimento por 1,38 de largura. Entra-se nele literalmente pela frente.
Foi justamente por falta de uma segunda porta que o carrinho, lançado em 1956, não foi considerado oficialmente o primeiro carro nacional. No ano anterior, as Indústrias Romi, que até hoje fabricam máquinas operatrizes em Santa Bárbara d”Oeste (SP), deram início à fabricação da versão brasileira da Isetta, sob licença da fábrica italiana Iso.
De pé sobre o piso do carro e apoiado na capota, com uma ligeira meia-volta já estou instalado no banco para dois lugares. Antes de dar a partida, apanhei um bocado do câmbio – as posições são invertidas (a primeira é para baixo) e as trocas são feitas com a mão esquerda.
Encontrar o trilho das quatro marchas é uma questão de sorte, muita paciência e um pouquinho de jeito – ou força, cá entre nós. Quem tem o volante nas mãos fica com a coluna de direção entre os pés. Os instrumentos não são mais que um pequeno velocímetro – que marca até 100 km/h – e três luzes-espia: dínamo, pisca e farol alto. Com exceção do para-brisa, os “vidros” são de plástico e garantem a visibilidade de um caça Spitfire da Segunda Guerra.
O Romi-Isetta tinha algumas soluções originais. Por exemplo: o motor de partida e o dínamo, que alimenta o sistema elétrico de 12 volts, formam uma única peça. Debaixo do banco há uma torneirinha, como nas motos, que comuta a passagem para a reserva de 3 litros do tanque de combustível (com capacidade de 13 litros). E a transmissão é feita por duas correntes, que levam a força do motor às rodas traseiras.
Os primeiros Romi eram equipados com motor dois tempos, de dois cilindros. Para o modelo 1959, o último a ser fabricado regularmente, a fábrica anunciava nas revistas uma velocidade máxima de 95 km/h, um consumo de 25 km/l e garantia que o carro “vence com sobras as subidas mais íngremes”, graças ao novo motor BMW de quatro tempos monocilíndrico, de 298 cm3 e 13 hp de potência.
Descontado o entusiasmo do redator do “reclame”, 80 km/h por hora me parece uma velocidade mais próxima da realidade. Quanto às ladeiras, não ponho a mão no fogo. Nas retas, eu garanto: o carrinho desenvolve bem, desde que não haja timidez no trato com o acelerador. Dos buracos, é melhor passar longe.
A suspensão é cumpridora, mas não pode fazer milagres com as rodas de aro 10. Mas os freios seguram bem a barra. Abrir o teto de lona é uma necessidade nos dias mais quentes: os grandes quebra-ventos não dão conta de ventilar a cabine.
Mesmo depois de encerrada a produção, alguns Romi-Isetta ainda foram montados, com o estoque de peças remanescente dentro da fábrica. No total, foram produzidas cerca de 3 000 unidades.
O público nunca levou o Romi-Isetta muito a sério. Era visto mais como uma excentricidade do que uma solução prática de transporte. E o fato de ter ficado à margem da política de incentivos à indústria automobilística, durante o governo Juscelino Kubitschek, fez com que seu preço não fosse competitivo – em 1959, ele custava mais de 60% do preço de um Fusca. Esses fatores contribuíram em parte para encurtar sua temporada por aqui. Mas, assim como muitos animais pré-históricos, ele foi vítima da seleção natural, devido a suas próprias limitações. Especialmente a de locomover-se mais rápido. 
Nota do blog: Data e autoria não obtidas.



Linha de Montagem do Volkswagen Fusca e Volkswagen Kombi, Fábrica da Volkswagen do Brasil, 1968, São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil


Linha de Montagem do Volkswagen Fusca e Volkswagen Kombi, Fábrica da Volkswagen do Brasil, 1968, São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil
São Bernardo do Campo - SP
Fotografia

Construção da Cobertura da Estação Ferroviária do Engenho de Dentro, Década de 30, Rio de Janeiro, Brasil


Construção da Cobertura da Estação Ferroviária do Engenho de Dentro, Década de 30, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia

Volkswagen Santana Executivo 2.0 Automático 1990, Brasil














Volkswagen Santana Executivo 2.0 Automático 1990, Brasil
Fotografia