Rio de Janeiro - RJ
N. 31
Fotografia - Cartão Postal
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O Parque Povo Mário Pimenta Camargo, ou Parque do Povo,
foi inaugurado no dia 28 de setembro de 2008, no distrito do Itaim Bibi, no
bairro de Chácara Itaim, em São Paulo, Brasil. Trata-se de uma área de 133.547
metros quadrados que conta com um complexo esportivo de três quadras
poliesportivas com marcação especial para esportes paralímpicos, campo de
futebol grama verde, pista de ciclismo própria, pista de skate, local para
caminhada, pista de corrida, um jogo de tamanho real de xadrez no qual as
pessoas podem movimentar as peças enormes em um tabuleiro quadriculado no chão,
trilha e aparelhos de ginástica para o público usufruir. Na grandiosa área
aberta do gramado que se localiza na parte central, é possível tomar sol ou
fazer piquenique em meio as arvores. O Jardim Sensitivo, que tem em sua
composição ervas aromáticas, dá ao público a possibilidade de cheirar, tocar ou
até provar algumas das iguarias que crescem no jardim, como mostarda, coentro,
cheiro-verde, cebolinha, babosa e manjericão. O local apresenta plena
acessibilidade às pessoas com mobilidade reduzida, feito com materiais
recuperados de demolições realizadas pela cidade para a construção de suas
calçadas, como os resíduos recicláveis de edifícios encontrados na região
central da cidade São Paulo. A Prefeitura de São Paulo realiza um novo projeto
para que as áreas do parque tenham maior durabilidade e facilidade em sua
manutenção. Quanto a sua história, o parque está instalado numa área que
pertencia à Caixa Econômica Federal e ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Durante mais de vinte anos, cerca de onze agremiações esportivas fizeram uso
irregular do local. A Prefeitura conseguiu a cessão de uso do espaço somente no
ano de 2016. O então projeto educativo e ambiental desenvolvido no local
incluiu sete trilhas autoexplicativas, nas quais estão distribuídas as plantas
que formam parte das coleções botânicas do parque. A abertura do parque foi
marcada pela plantação de duzentas e trinta e uma mudas de árvores e atividades
especiais para os visitantes. No parque não há restrição à entrada de animais
domésticos (desde que estejam presos com guia e focinheira para os animais de
maiores portes ). A ciclofaixa de lazer, aberta aos domingos e feriados das 7
às 16 horas, também é uma opção, visto que o local não conta com estacionamento
para carros, ela faz a ligação do Parque do Povo ao do Ibirapuera e
Villa-Lobos, disponibilizando um passeio de bicicleta mais longo pelas ruas da
cidade. Na grande área aberta do gramado central, é possível tomar um sol ou
fazer um piquenique em meio ao verde raro de se encontrar na capital paulistana.
O parque também disponibiliza diversas atrações gratuitas todos os meses, para
todos o públicos e gostos, como aulas de yoga, grupos de caminhada, aulas de
Tai Chi Pai Lin , aula de esgrima, aulas de pilates, Movimentos Saúde: Zumba,
Salsa , Shiene e Piloxing, aula de golfe indoor, a programação mensal completa
pode ser encontrada no Portal da Prefeitura da cidade de São Paulo. O
denominado popular e extraoficialmente Parque do Povo nasceu em 1930, quando os
arredores dos trechos de várzea do Rio Pinheiros começaram a ser ocupados para
que jovens e adultos praticassem futebol amador. A capital paulistana tem um
histórico de ter sido desenvolvida a partir de colinas que se localizavam entre
os vales Anhangabaú e Tamanduateí. Essas colinas não passavam pelas regiões de
várzeas, que, durante muito tempo ficaram sob o domínio dos rios e eram
utilizadas para lazer. Nas décadas de 1950 e 1960, tenderam-se cada vez mais a
desaparecer e o Parque do Povo é hoje em dia uma das poucas e raras regiões da
cidade de São Paulo que manteve sua preservação apesar da área que o envolve
ser cada vez mais edificada. Naquela época, analisando através de cartografias,
é possível verificar que o Rio Pinheiros não tinha ainda um curso retificado,
ou seja, seu canal era composto por diversas curvas sinuosas. Os trechos que
hoje correspondem ao Parque do Povo ficavam localizados na margem oposta da
atual margem do Rio Pinheiros, isso ocorreu devido as obras de retificação,
iniciadas no ano de 1938, que mudaram a localização dos terrenos que abrigariam
o Parque do povo, deixando-os então na margem direita. Neste período o terreno
do local estava em nome de dois proprietários: o antigo Instituto de
Aposentadoria e Pensão dos Comerciários (IAPC), posteriormente sucedido pelo
Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social
(IAPAS) e atualmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, a outra
parte, cerca de 70% da área, era dividida entre as Construtoras Paranapanema e
Urbatec, além da Associação Nossa Senhora do Bom Parto, as quais mais tarde, em
razão de dívidas contraídas ao longo do tempo, perderam o terreno para a Caixa
Econômica Federal. A área do Parque do Povo foi se consolidando cada vez mais
como um espaço residual para o futebol de várzea e, nas décadas de 1980 e 1990,
pela via do processo de tombamento, surgiu a necessidade de serem estabelecidas
políticas públicas para que as práticas do esporte e outros lazeres pudessem
garantir sua continuidade sem prejuízos. O estudo final de tombamento foi
elaborado em 1994, por uma equipe técnica multidisciplinar que contou com um
amplo campo de conhecimento, tais como antropologia, sociologia, história,
geografia e biologia, assessorada por professores da Universidade de São Paulo
( USP ). A resolução do processo de tombamento do Parque do Povo, que foi
publicada em 1995, mostrou que era de suma importância que a área fosse
protegida em decorrência de seu valor histórico e de sua importância na cultura
popular. O uso e a apropriação social do ambiente iam contra os interesses do
mercado da época, o estudo de tombamento do Parque exibiu alguns dados
relevantes em relação aos frequentadores do local, que era de um público
oriundo de diversas partes da metrópole, dentre eles, a maior parte era
composta por trabalhadores do comércio local (vendedores, corretores,
balconistas, ambulantes) e dos restaurantes que tinham em volta (garçons,
cozinheiros, serventes, copeiros, pizzaiolos). Cenário muito diferente do
atual, o que é importante frisar. Uma das técnicas para que a frequência do
parque não caísse eram os torneios promovidos para diferentes faixas etárias,
desde crianças a adultos. Assim como as escolinhas de futebol para as pessoas
do bairro e das proximidades. Ali no Parque aconteciam, além do futebol de várzea,
outras duas modalidades culturais: o Circo-Escola Picadeiro e o Teatro Vento
Forte, que ajudaram a impulsionar a necessidade de proteção cultural ao local.
Pelo ano de 1990, o Parque do Povo, que era repleto dessas atividades
circenses, shows de artistas populares e peças de teatro alternativo, começou a
se contradizer com o bairro elitizado que se construíra a sua volta, o Itaim
Bibi. A partir dessa construção, mudanças profundas começaram a ser realizadas,
tais como a remoção dos antigos moradores, a destruição dos campos de futebol,
demolição das instalações dos clubes, a transferência do circo-escola para
outro bairro, deixando apenas uma área da formação antiga, a do Teatro Vento
Forte, que entrou com uma intervenção do Ministério da Cultura para que pudesse
permanecer ali. Basicamente, a história do Parque hoje divide-se em antigo
Parque do Povo e novo Parque do Povo, que foi reinaugurado no dia 28 de
setembro de 2008, pertencente agora a Prefeitura de São Paulo. Após essa enorme
transformação do local, surgiu um parque totalmente diferente, de autoria do
arquiteto paisagista André Graziano, a proposta conta com extensos gramados
espalhados por todo o espaço, playground, um novo paisagismo, pistas de
caminhada, aparelhos de ginástica, quadras poliesportivas e uma ciclofaixa de
lazer. Da construção antiga, apenas um único campo de futebol foi permanecido,
mas atualmente encontra-se cercado e não é utilizado para do esporte. O espaço
hoje é considerado um dos principais locais de convivência e lazer da capital.
Em junho de 2018, a Associação Parque do Povo assinou um termo de cooperação
com a prefeitura de São Paulo para gestão de manutenção e melhorias no Parque
do Povo, buscando investir um milhão e oitocentos mil reais no parque. O local
conta com uma quantidade vantajosa de verde, repleto de natureza a sua volta.
Somente em espécies de aves típicas de ambientes abertos são encontradas mais
de 37 tipos, tais como beija-flor-tesoura, pica-pau-do-campo,
suiriri-cavaleiro, sabiá-do-campo, tico-tico. Na copa das árvores ou em
sobrevoo pode-se observar maracanã-nobre, tuim, sanhaçu-do-coqueiro,
ferreirinho-relógio, alegrinho e pitiguari. De plantas, são 32 espécies
distribuídas em conjuntos temáticos compostos por árvores frutíferas nativas,
exóticas, madeiras nobres e trepadeiras, entre elas a grumixama e o pau-brasil
estão ameaçados. Um ponto atraente é o Jardim dos Sentidos, composto por ervas
aromáticas que são possíveis de cheirar, tocar e até morder, como a mostarda,
coentro, cheiro-verde, cebolinha, babosa e manjericão. A forma que se deu a
paisagem urbana do Parque do Povo pode ser considerada hoje como excepcional e
repleta de significados, pois é um espaço que foi moldado pela cultura popular
de sua época e, apesar de hoje ter se modificado, os rastros ainda permanecem.
O Parque é visto por estudiosos como um ambiente que resiste a lógica que o
cerca, onde os inúmeros prédios a sua volta o enxergaram, por muito tempo, como
um obstáculo para a expansão territorial e econômica do bairro. O chamado urbanismo
racionalista que tem como nome principal o arquiteto Le Courbusier, defende a
densidade demográfica, ou seja, a clássica imagem da metrópole, sempre repleta
de prédios altos, podendo ocasionar a segregação dos espaços. No âmbito
imobiliário a existência do Parque nunca gerou interesses positivos pois
acreditavam que sua área estava degradada e precisava, então, ser reurbanizada,
afim de aumentar a valorização econômica do local. Por isso foram necessárias
as intervenções estatais, que vieram com políticas e práticas para ajustar o
Parque do Povo ao meio em que está localizado e as necessidades daquele espaço,
tal qual a sua requalificação, fazendo assim com que nenhum dos lados saíssem
em desvantagem, nem o econômico, nem o urbano. Atualmente, a situação foi
revertida e as últimas análises imobiliárias mostram que a valorizaram dos
imóveis ao redor do Parque bateram seu recorde de valorização.
As São Paulo Corporate Towers são torres-gêmeas
arranha-céus localizadas na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, na cidade
de São Paulo. Foram projetadas pelo escritório de arquitetura norte-americano
Pelli Clarke Pelli Architects, em parceria com o escritório de arquitetura
brasileiro Aflalo & Gasperini Arquitetos, sendo o primeiro responsável pelo
projeto e o segundo pelo estudo de viabilidade, tropicalização e
desenvolvimento técnico. A construção do empreendimento começou em 2014 e sua
inauguração aconteceu em 2016. A altura das torres é de 139 metros cada uma,
sendo um dos empreendimentos mais altos do país. O projeto São Paulo Corporate
Towers está localizado na Avenida Presidente Juscelino Kubistchek, no centro
econômico de São Paulo. Próximo ao Shopping JK Iguatemi, tem uma vista
privilegiada para uma das áreas mais modernas da cidade de São Paulo. De um
lado, pode-se observar o Rio Pinheiros, o Jóquei Clube e a Sede do Grupo
Santander Brasil, e, quando nos andares mais altos, pode-se ver o Pico do
Jaraguá. Do outro lado, observa-se os modernos prédios do Itaim Bibi e da Vila
Olímpia, e, ao fundo, o Parque Ibirapuera.