Mostrando postagens com marcador Avenida São João. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Avenida São João. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de março de 2025

Avenida São João / Largo do Paissandu, Setembro de 1951, São Paulo, Brasil

 


Edifício do Banco do Brasil (em construção) / Edifício do Banespa e Martinelli, ao fundo - 09/1951.


Geoportal - 1958.


Edifício do Banco do Brasil (em construção) / Edifício do Banespa e Martinelli, ao fundo - 09/1951.


Edifício do Banco do Brasil (em construção) / Edifício do Banespa e Martinelli, ao fundo - 09/1951.

Edifício do Banco do Brasil (em construção) / Edifício do Banespa e Martinelli, ao fundo - 09/1951.


Largo do Paissandu e edifício Daniel Martins Ferreira, ao fundo - 09/1951.


Largo do Paissandu e edifício Daniel Martins Ferreira, ao fundo - 09/1951.


Largo do Paissandu e edifício Daniel Martins Ferreira, ao fundo - 09/1951.



Avenida São João / Largo do Paissandu, Setembro de 1951, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nota do blog: Data 09/1951 / Fotografias de Chico Albuquerque / Crédito da postagem para Kiyoshi Hiratsuka.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Avenida São João, 1974, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João, 1974, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Avenida São João, altura da Praça Júlio Mesquita, com destaque para o extinto Cine Caverna e o Restaurante do Papai.
Nota do blog: Data 1974 / Autoria não obtida.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Técnico do IPT Verificando Nível de Ruído no "Minhocão" / Elevado Presidente Costa e Silva / Atual Elevado Presidente João Goulart, São Paulo, Brasil


 

Técnico do IPT Verificando Nível de Ruído no "Minhocão" / Elevado Presidente Costa e Silva / Atual Elevado Presidente João Goulart, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Um técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) verifica o nível de ruído na avenida São João, na região do Minhocão.
Nota do blog: Data 1989 / Autoria não obtida.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Avenida São João, 1974, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João, 1974, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista da avenida São João, altura do Largo do Arouche.
Entre os edifícios, do lado esquerdo, ainda existia o Palácio do Rádio.
Nota do blog: Data 1974 / Autoria não obtida.

Correio, São Paulo, Brasil


 

Correio, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotolabor N. 68
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Palácio do Rádio, Avenida São João, São Paulo, Brasil

 
















Palácio do Rádio, Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Quem hoje ouve a Rádio Cultura faz uma associação direta à Fundação Padre Anchieta ou mesmo ao Governo do Estado de São Paulo, entretanto suas origens são mais antigas e relacionadas a um produto brasileiro bastante popular: o Biotônico Fontoura.
A rádio surgiu no início dos anos 30 como uma brincadeira dos irmãos Olavo e Dirceu Fontoura, filhos de Cândido Fontoura dono do conhecidíssimo Biotônico. As primeiras transmissões ocorreram na garagem de uma casa na rua Padre João Manuel, sendo inicialmente apenas para aprendizado e entretenimento deles e de amigos. O primeiro nome da estação foi “A Voz do Juqueri”, em alusão ao então Asilo de Alienados do Juqueri.
As irradiações de início clandestinas trouxeram algumas dores de cabeça aos Fontoura, que não desistiram e logo perceberam que sua brincadeira tinha enorme potencial, e dessa forma surgiria oficialmente a PRE-4 Rádio Cultura, agora renomeada de “A Voz do Espaço”.
E a rádio que deu seus primeiros passos em uma garagem, passou a crescer com investimentos da família Fontoura, agora em novas instalações, dessa vez oficiais, no bairro paulistano do Jabaquara, onde estavam localizadas sua torre de transmissão, escritórios e estúdios de irradiação.
A inauguração da sede no Jabaquara, em 1936, foi uma grande festa e contou com diversas personalidades do meio artístico e cultural, destacando-se Procópio Ferreira, que apresentou no local a peça “Deus lhe pague”. Também estava presente Nhô Totico, que desde 1934 já estava no elenco da Rádio Cultura com o programa “Vila da Arrelia”.
A aceitação da rádio pelos ouvintes de São Paulo foi imediata, com a audiência animando a família Fontoura, que logo percebeu que havia um grande inconveniente em sua sede no Jabaquara: era demasiadamente longe.
A distância da região central de São Paulo, onde tudo acontecia, não impedia os auditórios de encherem e nem mesmo eram obstáculo para as famosas peneiras, eventos que selecionavam novos talentos para o rádio, mas incomodava os proprietários que sentiam que se estivessem estabelecidos em uma região de maior destaque, teriam tudo para se consagram de vez.
Assim, surgiu em 1937 o projeto do futuro Palácio do Rádio.
A Rádio Sociedade Cultura, nome oficial da empresa de 1936 até 1969, e os Fontoura não mediram esforços para construir um edifício que transformaria de vez o rádio paulistano. Um prédio suntuoso na avenida São João, a mais elegante da cidade e apelidada por muitos de “Broadway Paulistana”, que abrigaria as novas instalações de irradiação, escritórios e um auditório.
Dessa forma, em 28 de março de 1939, apenas 3 anos depois da emissora abrir as portas oficialmente, nascia o magnífico Palácio do Rádio.
Construído em estilo art déco e fortemente inspirado nos famosos teatros de rádios dos Estados Unidos, o Palácio do Rádio era naquele momento a mais ousada e moderna instalação de uma emissora no Brasil. O edifício foi pensado para oferecer a melhor estrutura para seus espectadores, funcionários e, é claro, para as estrelas do rádio.
O auditório era moderno e contava com uma sofisticada iluminação indireta, poltronas grandes e confortáveis, sistema de ar condicionado, palco projetado para espetáculos radiofônicos de qualquer porte, sistema de som moderno à disposição tanto para a plateia quanto para os estúdios. Além disso, a discoteca da emissora contava com mais de 5000 discos no momento de sua inauguração.
De acordo com e edição de 28 de março de 1939 do extinto jornal Correio Paulistano, a Rádio Cultura passava a contar naquele momento com o maior e mais caro cast radiofônico do Brasil.
Portanto, a inauguração mostrou que a Rádio Cultura não inaugurava suas instalações por brincadeira: para a estreia foram convidados estrelas do rádio e da música de vários cantos do Brasil e do mundo, como o conjunto cubano “Habana”, a atriz e cantora argentina Lita Landi, o pianista brasileiro Francisco Gorga e o tenor húngaro Nicolau Szedo da Ópera Real da Hungria entre outros, todos eles dirigidos por Nicolau Tuma então locutor chefe da emissora.
Desde sua inauguração, o Palácio do Rádio passou a contar com um rigoroso sistema de entrada, uma de suas principais características, que só permitia a entrada do público em suas instalações mediante a retirada de ingresso, o que trazia maior segurança e organização aos espetáculos que lá eram exibidos.
Mas, com o passar dos anos, mais rádios surgiram no dial e a concorrência entre as emissoras passou a ficar cada vez mais acirrada. Além disso, a família Fontoura também já não conseguia dedicar-se como gostaria à rádio, já que sua empresa principal, a do biotônico, requeria muito atenção e tempo dos filhos de Cândido Fontoura.
Assim, em 1940, a Rádio Cultura acabou vendida para Paulo Machado de Carvalho, proprietário da Rádio Record, passando a formar as Emissoras Unidas. Posteriormente, em 1953, foi novamente vendida, desta vez para as Organizações Victor Costa.
Aos poucos a rádio passou a enfrentar dificuldades e deixou de contar com elenco próprio, o que reduziu consideravelmente o público que frequentava o Palácio do Rádio. Mesmo assim o aniversário de 22 anos da emissora foi bastante comemorado e contou com transmissão pela extinta TV Paulista, mas já sem o mesmo brilho de antes.
Dessa forma, com o auditório recebendo um público bem abaixo do esperado e as atenções começando a se voltar aos programas televisivos, em destaque desde o surgimento da TV no Brasil em 1950, começou-se a pensar em novos usos para o ainda elegante Palácio do Rádio.
Em 1953 surge a possibilidade de Cacilda Becker assumir o auditório para transformá-lo em um teatro, as conversas realmente ocorrem mas por alguma razão, desconhecida, a célebre atriz brasileira desistiu da ideia no final daquele ano. É o começo do fim do que outrora e tão brevemente foi o grande endereço do rádio em São Paulo.
Diante dessa nova situação, a rádio foi mantendo um certo nível de qualidade, mas sem o brilho de antes, até ser vendida ao Grupo Diário Associados em 1959. A rádio ficaria sob o controle deste conglomerado até ser transferida, junto com TV Cultura, para o governo paulista através da Fundação Padre Anchieta no final da década de 1960.
Com tantas mudanças em curto tempo e o declínio da era do rádio em função da televisão, o edifício da avenida São João, número 1285, não encontrava um destino apropriado para continuar existindo.
Ele iniciou os anos 70 em franca decadência até que, em 1975, foi demolido. Alguns anos mais tarde seus vizinhos do lado esquerdo também foram demolidos. Restou apenas um, ainda que descaracterizado, onde funciona o Hotel San Michel.
Seus outros vizinhos deram lugar ainda nos anos 70, a um edifício comercial, hoje destinado à Polícia Civil (DPPC). Já o terreno que outrora abrigou o Palácio do Rádio, permaneceu vazio até 2013, até que no seu lugar foi construído um novo edifício.
O nome do empreendimento bem que poderia ser “Palácio do Rádio” em homenagem ao que outrora existiu ali, mas como estamos no Brasil a escolha foi bem fora de sintonia com a cidade: "Uptown Arouche".
E assim desapareceu, sem deixar rastros, um pedaço importante não só da história de São Paulo, mas também da memória do rádio no Brasil. Texto Douglas Nascimento.
Nota do blog: Imagens 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11, data 07/1939, crédito para Revista Acrópole / Imagem 2, data não obtida, crédito para Riveplac / Imagens 12 a 13, data e autoria não obtidas.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Avenida São João, 1962, São Paulo, Brasil



 

Avenida São João, 1962, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Nota do blog: Data 1962 / Fotografias de Chico Albuquerque / Crédito da postagem para Kiyoshi Hiratsuka.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Avenida São João com Enfeites de Natal do Mappin, Dezembro de 1978, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João com Enfeites de Natal do Mappin, Dezembro de 1978, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Enfeites patrocinados pelo extinto Mappin.
Nota do blog: Data 1978 / Autoria não obtida.

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Avenida São João, São Paulo, Brasil





Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 34
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Cartão postal circulado em 09/04/1940 / Autoria não obtida.

 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Rua São João / Avenida São João, São Paulo, Brasil


 

Rua São João / Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia 

Com os limitados recursos materiais e técnicos da época, vemos os trabalhos de nivelamento do solo e movimentação de terra para o alargamento da futura avenida que passou a ter 30 metros de largura. Observe o campanário da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (concluída em 1906) no Largo do Paysandú. 
Neste trecho à direita, até a esquina da então rua do Seminário, foram construídos o prédio do Cotonifício Paulista (de 1916); o prédio Oscar Rodrigues (de 1928); o Hotel Britânia (de 1920); o Hotel Central (de 1918) e o edifício dos Correios (de 1922). 
Repare ao fundo à esquerda (indicado com a seta) na esquina das ruas São João e Ipiranga, o imenso arvoredo na frente do Colégio Americano (de 1875). 
A autoria da histórica imagem é desconhecida. 
Através da Lei Municipal nº 1596 de 1912 foi autorizado o alargamento da rua de São João; portanto, presume-se que a foto seja de circa 1913.
Nota do blog: Data circa 1913 / Autoria desconhecida.

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Fachada do Cine Broadway, Avenida São João, São Paulo, Brasil


 

Fachada do Cine Broadway, Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Na época estava em cartaz o filme "Voando para o Rio", de 1933. 
Naquela época os lançamentos de filmes não eram simultâneos nos Estados Unidos e Brasil, assim, baseado no descrito na imagem, podemos estimar a imagem em 1934.
Nota do blog: Data efetiva não obtida (circa 1934) / Autoria não obtida.

Avenida São João, São Paulo, Brasil



 

Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
N. 96
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Cartão postal circulado em 05/04/1936 / Autoria não obtida.

sábado, 29 de junho de 2024

Avenida São João a Noite, São Paulo, Brasil



 

Avenida São João a Noite, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal Colombo N. 40
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Circulado em 20/11/1963

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Avenida São João, São Paulo, Brasil



 

Avenida São João, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Foto Postal N. 45
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Circulado em 17/01/1942.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Zeppelin Sobre São Paulo, Brasil


 

Zeppelin Sobre São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotóptica F283
Fotografia - Cartão Postal


Texto 1 sobre o cartão postal:
Em primeiro plano, à direita, vemos a avenida São João em direção à praça Antônio Prado.
A imagem visa registrar a passagem do dirigível Graf Zeppelin por São Paulo em 1933.
Texto 2 sobre a Fotóptica emissor do cartão postal:
"Os postais efêmeros da enigmática Série F"
O que significa para a cronologia da fotografia apresentar novos nomes e fatos que poderão trazer mais consistência à sua história? Evidentemente, os novos dados são sempre bem vindos, mas não podemos esquecer que muitas vezes eles nascem relacionados a uma experiência vivida, relatada oralmente por aqueles que participaram do processo. À medida que nos distanciamos no tempo, algumas dessas iniciativas se valorizam, outras se perdem nas sombras do esquecimento, e temos aquelas que vão se manifestando aos poucos, até encontrar o momento exato para se tornarem públicas.
Como muitos sabem, tenho uma pequena coleção de cartões postais brasileiros e essa paixão surgiu quando percebi, no início de minha formação como pesquisador da fotografia brasileira, a potencialidade desse objeto enquanto fonte de informação. Claro que estou pensando nas milhares de séries (sim, milhares!) produzidas na primeira metade do século XX. Com isso, eu me aproximei de um universo delirante de colecionadores, cartofilistas apaixonados pelos temas, pelas cidades, pelos bondes, pelas séries e muito mais. Particularmente, meu interesse é a própria fotografia. Busco entender a produção de um conjunto de cartões postais a partir dos diferentes interesses de seus produtores – social, político, comercial, cultural.
Ado Kyrou, em seu clássico livro L’Age D’Or de la Carte Postale, defende que esse período de ouro ocorreu entre 1900 e 1925, quando as técnicas de impressão evoluíram e possibilitaram à fotografia um espaço de disseminação e distribuição, bem diverso dos jornais e das revistas ilustradas. No Brasil, só para se concentrar nos mais conhecidos, tivemos uma rica produção cartofilista nas séries de Marc Ferrez, Guilherme Gaensly, Augusto Malta, entre outros.
Em contrapartida, tivemos uma produção de menor escala, na maioria das vezes em suporte fotográfico, que podemos hoje entender como cópias de época, atualmente de difícil acesso e raramente encontrado nos nichos especializados em comercializar esse tipo de produto. No Brasil, os cartões postais, em sua maioria, têm como temas vistas urbanas ou rurais evidenciando ora a transformação dos espaços nas capitais e grandes cidades, ora a rotina de trabalho nas fazendas de café ou cana de açúcar. Excepcionalmente, temos algumas cenas do cotidiano, nas quais a figura humana é destacada em sua profissão, como uma das séries de Ferrez, por exemplo.
Nos anos 1940 e 1960, período em que a produção de cartões postais se arrefeceu em todo o mundo, destacam-se algumas interessantes iniciativas em São Paulo. Entre elas, o Foto Postal Colombo, de Sulpizio Colombo, 1888-1970; a CTP (copyright Theodor Preising), de Theodor Preising, 1883-1962; a FotoLabor, de Werner Haberkorn, 1907-1997; e uma misteriosa e numerosa Série F, entre outras. Vou me concentrar na Série F que tanto já perturbou os colecionadores.
Há alguns anos, chegou-se a conclusão de que a Série F era uma produção da Loja Fotóptica e, tão logo constatou-se a informação, fui checar com meu querido amigo Thomaz Farkas, fotógrafo pioneiro do Foto Cine Clube Bandeirante, produtor de cinema, empresário de sucesso e grande incentivador da fotografia brasileira através da revista e da Galeria Fotóptica.
Para minha surpresa, Farkas não só confirmou as expectativas como, ao longo de várias conversas, foi passando boas informações sobre a enigmática Série F. O curioso é que a produção é numerada e chega a mais de mil imagens, mas desconhecemos a série completa. Indaguei-o por diversas vezes para verificar quem poderia ter a série, mas nem mesmo a Fotóptica teve a preocupação de manter pelo menos uma coleção em seus arquivos.
A seleção das imagens também é curiosa. Sem uma edição fechada ou pré-visualizada, me surpreendi ao saber que as fotografias transformadas em cartão postal têm autorias distintas. Podemos, no limite, afirmar que cada imagem tem um autor diferente, porque a seleção se dava de modo muito peculiar. Segundo Farkas, o fotógrafo amador deixava seu filme na loja para revelar e ampliar, atividade bastante comum nesse período intermediário da democratização do fazer fotográfico. O laboratorista, ao se deparar com uma boa imagem – os critérios eram absolutamente subjetivos –, informava o chefe do laboratório e o balconista da loja que faziam a intermediação com o fotógrafo.
Este, por sua vez, quase sempre ficava lisonjeado com a escolha e, em troca de alguns postais e mais alguns descontos, permitia o uso de sua imagem. A tiragem é outro mistério, pois Farkas não soube me dizer com exatidão os números praticados, mas lembrava-se de alguns cartões postais de sucesso que chegavam a 500 cópias. As cópias eram ampliadas em papel Wessel e, na maioria das vezes, a tiragem era feita manualmente.
Um dos funcionários mais graduados da Fotóptica era Fredi Kleemann (1927-1974), de origem alemã e que, durante anos, foi balconista e eventualmente laboratorista. Segundo depoimento de German Lorca, o chefe do laboratório era um senhor chamado Alexandre e talvez um dos responsáveis pela produção das fotografias. Kleemann, por sua vez, também se notabilizou por produzir um precioso acervo fotográfico do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), onde também atuava como ator. Seu acervo foi adquirido pela Secretaria Municipal de Cultura, na gestão de Sábado Magaldi, e encontra-se disponível para consultas na Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo.
Vemos a cidade como metrópole emergente, alguns de seus personagens mais célebres, como o jornaleiro Clóvis flagrado em plena atividade no centro velho da cidade de São Paulo, a flora e a fauna, e alguns cartões de atividades tão singulares que mereceram o destaque de estar na Série F, da Fotóptica. É bom especular: como essa questão era difundida entre os usuários do laboratório? Será que eles fotografavam com a intenção de ter sua fotografia selecionada? O distanciamento histórico e a falta de documentação talvez não permitam que tenhamos respostas precisas. Mas, garanto que durante meus encontros com Farkas, em diferentes ocasiões, provoquei bastante sua memória para extrair o máximo de informações com a intenção de colaborar nessa complexa teia que é a construção de uma história da fotografia contada a partir dos seus principais colaboradores.
Como a Série F é volumosa, reunimos um grupo de colecionadores para juntar as peças e tentar entender através da numeração das imagens, os temas tratados e os espaços públicos eleitos. Claro que, para a Fotóptica, a produção significava mais uma opção de negócio e valorização do cliente. A ideia, segundo Farkas, veio de seu pai Desidério Farkas, e por diversas vezes lembrou-me que havia a produção de cópias em tamanho postal e, entre as melhores fotografias, produziam-se ainda cópias em tamanho 18X24 cm. Ao olhar retrospectivamente o negócio com os olhos de hoje, podemos supor que se tratava de um empreendimento que visava também valorizar a fotografia como meio de expressão e documentação.
Sabemos que, de tempos em tempos, surge uma novidade no cenário da fotografia brasileira. Estamos atentos para a produção contemporânea, mas não podemos deixar cair no esquecimento empreendimentos como esse, de desaparecimento programado à medida que o postal é um objeto efêmero e descartável. Trazer de volta à luz boas iniciativas é também nossa responsabilidade. Texto de Rubens Fernandes Júnior.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Avenida São João, 1953, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João, 1953, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Vista da avenida ainda com duas mãos de direção. Quadra entre avenida Ipiranga atrás do fotógrafo e rua Dom José de Barros. É possível vermos os cines Broadway (à esquerda) e Ritz (à direita).

Avenida São João, 1979, São Paulo, Brasil


 

Avenida São João, 1979, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Avenida São João, altura do Largo do Paissandu em 1979. Nesta época havia uma faixa no sentido contrário para os ônibus chegarem ao Vale do Anhangabaú e Praça do Correio.
Nota do blog: Autoria da imagem não obtida.