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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Palacio de Correos, Buenos Aires, Argentina


 

Palacio de Correos, Buenos Aires, Argentina
Buenos Aires - Argentina
N. 37
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data e autoria não obtidas.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Selo "200 Anos da Primeira Constituição do Brasil", 2024, Correios, Brasil


Selo "200 Anos da Primeira Constituição do Brasil", 2024, Correios, Brasil
Selo

Em 25 de março de 2024, comemoramos os 200 anos da primeira Constituição brasileira. 
Por essa razão, os Correios lançam este bloco de selos, ressaltando três textos que foram fundamentais para a construção da nossa nação. 
Primeiramente, a Constituição de 1824, que orientou a consolidação da Independência, regrando o funcionamento das principais instituições do novo país. O texto começou a ser trabalhado por uma Constituinte convocada em 3 de junho de 1822, antes da proclamação da Independência. Os constituintes iniciaram seus trabalhos em 3 de maio de 1823, tentando construir um texto inspirado pelo liberalismo dominante. Para o cidadão, isso significava a afirmação de direitos individuais, tais como a liberdade de pensamento e religião, o direito à propriedade, o direito a exercer atividades econômicas, a inviolabilidade da residência e da correspondência, e a garantia de que todos estariam sujeitos às leis. Na política, apregoava-se a divisão dos poderes e o estabelecimento de uma democracia representativa baseada na propriedade e na renda. A Assembleia entrou em choque com o Imperador quando discutiu a limitação dos poderes do soberano, sendo dissolvida em 12 de novembro de 1823. Pedro I outorgou em seguida um novo texto e determinou sua aprovação pelas Câmaras de Vereadores dos municípios. O novo texto preservava a força do Imperador, estabelecendo uma divisão de poderes em quatro ramos: Executivo, Legislativo e Judiciário, seguindo a tradição liberal, e o Moderador, de exercício exclusivo do soberano. Reaproveitou, entretanto, várias das ideias liberais em relação aos direitos do cidadão, incluindo a limitação do voto e do exercício de cargos representativos, que exigiam comprovação de determinados níveis de renda (voto censitário). Só homens votavam. Elementos antiliberais do texto são notáveis, como o predomínio do Moderador sobre os outros poderes; o estabelecimento de um Senado vitalício, escolhido pelo Imperador; e a existência de um Conselho de Estado, também escolhido pelo soberano, que o assessorava nas principais decisões. Além disso, a Constituição não tocava no principal problema social da época: a existência do braço escravizado, tratado como um tipo de propriedade garantida pelo Estado.Apesar da origem autoritária, foi o texto constitucional de maior vigência, sofrendo alterações mínimas até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. 
O segundo destaque é a Constituição de 1934, na qual foram introduzidas medidas de grande significação social. Seu texto decorre diretamente do movimento político que encerrou a República Velha (1889–1930), a Revolução de 1930, cujos participantes exigiam a moralização do sistema político, no qual prevalecia a fraude eleitoral, facilitada pelo voto aberto e os conchavos políticos entre o Governo Federal e grupos aliados nos Estados, com o predomínio dos grandes latifundiários e à revelia da vontade dos eleitores. Getúlio Vargas foi alçado ao poder por meio de movimento armado que submeteu o antigo grupo governante.
A promessa de uma nova Constituição foi adiada por Getúlio até que um novo movimento, a Revolução Constitucionalista de 1932, liderada pelos paulistas, obrigasse o governante a ceder. A Assembleia Constituinte se reuniu a partir de 15 de novembro de 1933, promulgando o novo texto em 15 de julho de 1934. Nele, várias reivindicações das ascendentes camadas urbanas são encontradas, especialmente: a instituição do voto secreto e do voto feminino e a instituição de leis trabalhistas voltadas ao trabalhador urbano. Previu novos órgãos no Judiciário, estabelecendo a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral. No campo econômico, nacionalizou as riquezas do subsolo e as quedas d’água, exigiu a maioria de trabalhadores brasileiros em empresas estrangeiras e abriu a possibilidade de nacionalização de bancos e empresas de seguro. O Legislativo passou a contar com deputados classistas, indicados por associações profissionais, ao lado de deputados e senadores escolhidos em eleição popular.
A Constituição de 1934 teve vida curta, atropelada pelo próprio Getúlio, que, a pretexto de combater a subversão, outorgou um novo texto em 10 de novembro de 1937, no Golpe do Estado Novo, instituindo a ditadura. Entretanto, várias de suas conquistas perduraram e foram retomadas em constituições posteriores, depois de restabelecida a democracia no País. 
Por último, temos a atual Constituição Federal de 1988, fruto da Assembleia Nacional Constituinte, convocada durante a presidência de José Sarney, cumprindo promessa do presidente eleito Tancredo Neves, falecido antes de assumir o cargo. O texto atual foi construído em contraposição ao regime militar instituído em 1964, razão pela qual contém, logo nos primeiros artigos, uma extensa declaração de direitos sociais e políticos que haviam sido negados aos cidadãos durante os 21 anos do regime de força. No texto, além da ampla liberdade política, foram lançadas as bases de um Estado de bem-estar social, que exige do Estado papel ativo na economia e na ação social, para combater a desigualdade e garantir a cidadania plena ao brasileiro. Nele estão refletidos os avanços alcançados nas constituições anteriores, rumo a um País mais democrático e justo, além de inovações como os sistemas que organizam as grandes políticas públicas, como é o SUS. Não à toa, foi batizada de Constituição Cidadã. Constituições são organismos vivos, que devem acompanhar a evolução das sociedades. O Congresso Nacional se esforça, desde a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988, para manter a atualidade do texto, propondo, discutindo e gerando as emendas necessárias. Esse processo pressupõe o predomínio da democracia, exercida desde o momento do voto até a elaboração das leis e a avaliação dos resultados das políticas públicas organizadas por elas. Dessa democracia, o cidadão brasileiro jamais poderá abrir mão. Texto dos Correios.
Nota do blog 1: Na teoria é lindo. Na prática...
Nota do blog 2: Data e autoria da imagem não obtidas.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Agência Central dos Correios, Avenida Brasil, Araraquara, São Paulo, Brasil








Agência Central dos Correios, Avenida Brasil, Araraquara, São Paulo, Brasil
Araraquara - SP
Fotografia

Localizada na avenida Brasil, 570.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.
 

domingo, 5 de janeiro de 2025

Selo "35 Anos da Constituição Federal 1988-2023", 2023, Correios, Brasil



 

Selo "35 Anos da Constituição Federal 1988-2023", 2023, Correios, Brasil
Selo

Texto 1:
O bloco apresenta as cores da Bandeira Nacional e da capa da Constituição. Os elementos apresentados remetem à Bandeira Nacional e imagens dos registros históricos da data de promulgação da Constituição de 1988, como: a imagem dos Três Poderes, que representa e enaltece a defesa da democracia brasileira, a imagem de Ulysses Guimarães, no momento emblemático em que ergue a constituição cidadã e a imagem do povo brasileiro, complementando o simbolismo do processo de redemocratização nacional. O número 35 é apresentado de uma forma estilizada e com os algarismos sobrepostos, dando mais dinamismo e profundidade à marca. A técnica usada foi computação gráfica.
A Constituição Federal é considerada um símbolo da democracia brasileira. Sua promulgação representou um passo na garantia e proteção de direitos fundamentais à sociedade, sendo, até hoje, a principal ferramenta da democracia e dos direitos do povo brasileiro. Promulgada em 5 de outubro de 1988, se tornou o principal símbolo do processo de redemocratização nacional. Após 21 anos de ditadura militar, a sociedade brasileira, por meio do Parlamento, concebia uma Constituição que assegurava liberdade e dignidade. Nela, foram criados mecanismos para evitar abusos de poder do Estado. A Assembleia Nacional Constituinte trabalhou durante 20 meses com a atuação de 559 parlamentares (72 senadores e 487 deputados federais) e intensa participação da sociedade. A Constituição de um país é um marco que regula matérias de interesse vital para a nação, estabelecendo normas jurídicas comuns ao Estado e aos cidadãos e cidadãs. No texto constitucional encontram-se consignados preceitos básicos, tais como organização e forma de Governo, as funções dos poderes públicos – Legislativo, Executivo e Judiciário – questões relativas à segurança nacional, à ordem econômica e social, à família, à educação e cultura, aos direitos políticos e aos direitos e garantias individuais, entre outros. Ao longo de nossa história política, o Brasil vem buscando o aperfeiçoamento de um modelo constitucional, com os anseios dos indivíduos no contexto de uma sociedade democrática, e o progresso das instituições.
A histórica sessão solene do Congresso Nacional em que foi promulgada a atual Constituição da República Federativa do Brasil, no dia 5 de outubro de 1988, foi marcada por fortes discursos e por momentos de emoção. Uma cerimônia que simbolizou um passo estruturante para a transição entre a ditadura e a democracia. A sessão de promulgação começou pouco depois das 15h30, no Plenário da Câmara dos Deputados - a essa altura, lotado. Estavam presentes os constituintes, parlamentares estrangeiros, embaixadores, integrantes do governo, militares, representantes de instituições religiosas e outros convidados. Logo depois da execução do Hino Nacional, Ulysses assinou os exemplares originais da Constituição, usando caneta que lhe havia sido presenteada por funcionários da Câmara em 1987. Em seguida, levantou-se de sua cadeira e ergueu um exemplar.- Declaro promulgada. O documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude para que isso se cumpra! Todo o Plenário aplaudiu. Eram 15h50 - a partir desse momento, passava a valer a nova Constituição do Brasil. Texto dos Correios.
Texto 2:
Embora tenha trazido inovações, a Constituição Federal de 1988 também trouxe coisas ruins. Como foi elaborada em sua imensa maioria por opositores do antigo regime militar, praticamente tornaram impossível punir ou cassar deputados, senadores, juízes, funcionários públicos, etc.
Essas legislações, criada por eles para protegê-los de um futuro golpe militar, passaram a ser utilizadas para salvá-los de acusações de corrupção, tráfico de influência, formação de quadrilha, fraude, etc, gerando uma sensação de impunidade sem fim no país.
O processo para punir/cassar/demitir um deputado, senador, juiz, prefeito, governador ou funcionário público, é longo, quase interminável, cheio de brechas e realizado/presidido por seus próprios pares ou amigos, sendo quase impossível chegar a uma punição adequada.
Ninguém aguenta mais os altos salários (a maioria acima do teto constitucional) do Judiciário/Legislativo/Executivo, os beneficíos odiosos, as negociatas, os desvios de dinheiro, o tráfico de influência, o nepotismo, as nomeações políticas, etc, tudo feito com dinheiro público.
A coisa é tão absurda que, por exemplo, um juiz pego em corrupção é "punido" com aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.
Pessoalmente, posso dizer que toda vez que vejo essa fotografia do Ulysses Guimarães exibindo a Constituição Federal como um troféu, na hora penso na impunidade, na proteção eterna contra corrupção, etc, é quase que automático para mim. Ela parece ser uma espécie de "carta curinga" da corrupção e das coisas erradas. Texto do Blog.

Selo "Constituição de 1988", Correios, Brasil



 

Selo "Constituição de 1988", Correios, Brasil
Fotografia

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Selo "Café do Brasil", 1938, Correios, Brasil


 

Selo "Café do Brasil", 1938, Correios, Brasil
Selo

Selo de 1938, no valor de 1200 réis, com propaganda do café brasileiro.


Panorama Parcial, Rio de Janeiro, Brasil






Panorama Parcial, Rio de Janeiro, Brasil
Rio de Janeiro - RJ
Fotografia - Cartão Postal


Texto:
O Syndicato Condor no contexto da aerofilatelia do Brasil:
A história do Syndicato Condor é a história pioneira do serviço postal aéreo no Brasil, desde os primeiros tempos da instalação da infra-estrutura da aviação comercial no país. Esse período, de 1927 a 1930, de extrema relevância aerofilatélica, coincide com aquele em que o Syndicato Condor esteve autorizado por Lei a emitir e a usar os seus próprios selos para recolher as tarifas aeropostais que lhe eram devidas.
Fundamento legal:
Nos primórdios da aviação comercial no Brasil, o Governo Federal foi autorizado, por deliberação do Congresso Nacional, expressa no artigo 19, da Lei 4.911, de 12 de janeiro de 1925, a regulamentar o serviço aéreo no pais, quer para linhas internacionais, quer para as interiores.
A autorização conferida pelo poder Legislativo incluía a licença para o Governo contratar o transporte aéreo de correspondências postais a companhias particulares, sendo que as companhias assim contratadas poderiam emitir selos próprios, previamente aprovados pelo Diretor Geral dos Correios, para o fim de arrecadar, diretamente dos usuários, as taxas a elas devidas, segundo tabelas elaboradas pelo poder público.
Carece, portanto, de qualquer fundamento, o não reconhecimento dessas emissões por alguns editores de catálogos filatélicos ou a prática de outros de classificá-las como "não-oficiais" ou "semi-oficiais".
Condor Syndikat:
Atraído ao Brasil e convencido por Otto Ernst Meyer, empresário alemão radicado em Porto Alegre, da viabilidade do seu pioneiro projeto de criação de uma empresa aérea no país, o Condor Syndikat decidiu associar-se ao empreendimento. Para o projeto, Meyer já dispunha de incentivos fiscais garantidos pelo Governo do Rio Grande do Sul e de certo apoio financeiro por parte de dez investidores locais.
Coube, assim, ao Condor Syndikat, ao amparo da nova legislação, solicitar e obter a primeira concessão para atuar no Brasil. Pelo Aviso n°60/G, de 26 de janeiro de 1927, Ministério da Viação e Obras Públicas, ele foi autorizado, pelo prazo de um ano, a exercer o tráfego aéreo, por meio de hidroaviões, em três linhas:
a) entre Rio de Janeiro e a cidade de Rio Grande, com escalas em Santos, Paranaguá, São Francisco e Florianópolis;
b) entre Rio Grande e Porto Alegre, com escala em Pelotas;
c) entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, com poderes para estender essa rota até Montevidéu, caso obtivesse consentimentos do governo uruguaio.
Cabe assinalar que o Condor Syndikat, companhia alemã, fundada em Berlim, em 1924, não era no país de origem uma empresa operadora de transporte aéreo, mas sim um fornecedor de equipamentos aeronáuticos e serviços correlatos. Representava os interesses das instituições germânicas do setor, atentas ao imenso potencial do mercado que se abria no continente americano, o que lhes propiciaria, além do mais, alocar recursos humanos e desenvolver tecnologias de ponta para atuar sob condições tropicais.
A vinda do Condor Sydikat ao Brasil foi procedida por experiência que realizou, em agosto e setembro de 1925, na América Central, com um ambicioso projeto de implantar o tráfego aéreo na região e de conseguir do governo dos Estados Unidos autorização para estender uma linha até aquele país. Ante a recusa norte-americana, os vôos experimentais foram suspensos e os aviões levados de volta à Alemanha.
Isso por pouco tempo, entretanto. Logo em seguida, o Condor Syndikat novamente dirigiu o seu interesse para a América, desta vez para o sul do continente, Montevidéu e Buenos Aires, aonde os aviões chegaram, em novembro de 1926, por via marítima, para demonstrações. Contudo, como o destacado acima, quis a história que o Condor Syndikat acabasse optando por operar no Brasil.
Obtida a concessão para atuar no Brasil, o Condor Syndikat assumiu na associação com o grupo Meyer o compromisso de estabelecer com o hidroavião tipo Dornier Wal, então batizado com o nome de Atlântico, um serviço aéreo regular na Lagoa dos Patos, entre as cidades de Rio Grande e Porto Alegre, com escala em Pelotas. O acordo assinado determinava ainda que, tão logo fosse fundada a companhia aérea brasileira projetada, a linha da Lagoa dos Patos passaria a ser por ela operada e o hidroavião Atlântico incorporado ao seu patrimônio, como forma de integralização da participação acionária do Condor Syndikat. Essa nova empresa viria a se chamar Sociedade Anônima Empresa de Viação Aérea Rio Grande – Varig.
Entretanto, vislumbrando horizontes muito mais amplos, o Condor Syndikat não se ateve apenas aos limites regionais da linha da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, objeto do seu acordo com o grupo Meyer.
Simultaneamente, solicitou ao poder concedente, o Governo Federal, linha pelo litoral sul do Brasil, até o Rio de Janeiro. Essa linha, que seria o embrião de uma futura atuação de âmbito nacional e continental, além de caminho aberto para a Europa pelo porto de Rio de Janeiro, estava destinada pelo Condor Syndikat a ser transferida, tão breve quanto possível, ao Syndicato Condor Limitada, empresa brasileira a ser por ele criada e que o sucederia.
Segundo a estratégia então elaborada pelo Condor Syndikat, as duas empresas, Varig e Syndicato Condor, não seriam concorrentes e sim complementares, ficando o atendimento ao mercado regional do Rio Grande do Sul a cargo da primeira e o nacional e internacional para a segunda.
Assim foi idealizado e melhor executado. Em 26 de janeiro de 1927, conforme já referido, o Condor Syndikat obteve autorização governamental para atuar no Brasil, na forma que requereu. A 22 de fevereiro do mesmo ano, tiveram início os vôos regulares na rota da Lagoa dos Patos, ainda sem o transporte de correspondência. Em 28 de março de 1927, foi realizado o primeiro vôo regular no Brasil com transporte de mala postal, entre Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. A 20 de maio de 1927 partiu o primeiro vôo de Rio Grande para o Rio de Janeiro, com escala em Porto Alegre e, em 3 de junho, ocorreu viagem inaugural Rio de Janeiro – Rio Grande, e escalas, realizada pelo hidroavião Atlântico.
Em 7 de maio de 1927 foi fundada a Sociedade Anônima Empresa de Viação Aérea Rio Grandense – Varig que, a 15 de junho, realizou o seu primeiro vôo regular, assumindo, definitivamente, a operação na linha da Lagoa dos Patos e recebendo em seu acervo a transferência do “Atlântico”.
Finalmente, em 9 de novembro de 1927, o recém-fundado Syndicato Condor Ltda, empresa brasileira, sucedânea da Alemã Condor Syndikat, inicia seus vôos regulares na linha Rio de Janeiro a Rio Grande. A partir dessa última data o Syndicato Condor assume, de fato, o comando da linha costeira em substituição ao Condor Syndikat, embora o decreto de autorização formal só viesse a ser expedido em 20 de Janeiro de 1928, semana em que expirava o prazo de um ano concedido ao antecessor.
Com as duas companhias, Syndicato Condor e Varig, viabilizadas e em plena operação, estava cumprida a missão do Condor Syndikat no Brasil. Estava, também, firmemente cravado o alicerce da aviação comercial no país. E mais ainda, estava armado o braço sul-americano da Deutsche Lufthansa para a disputa mundial com a sua arqui-rival européia, a francesa Lignes Latécoère, que logo depois passou a denominar-se Compagnie Générale Aéropostale – C.G.A.
Selo próprio:
Entre 17 de março de 1927 e 30 de junho de 1934, período em que vigorou a permissão, apenas três companhias aéreas se valeram da faculdade legal de usufruir selos mandados imprimir e emitidos por elas mesmas: o Syndicato Condor Ltda, no período de 8 de novembro de 1927 a 30 de novembro de 1930; a Sociedade Anônima Empresa de Viação Aérea Rio Grandense – Varig, de 9 de novembro de 1927 a 30 de junho de 1934; e a Empresa de Transportes Aéreos – ETA & Companhia Ltda, de 17 de junho de 1929 a 20 de fevereiro de 1930.
A regulamentação estabelecida pelo poder concedente permitia que, provisoriamente, por no máximo seis meses, contados da data em que fossem autorizadas a fazer transporte aéreo de correspondência, as empresas empregassem carimbo, ou outro meio qualquer, para comprovação do pagamento das tarifas que lhes pertenciam. Assim, enquanto, não ficaram prontos os selos encomendados na Alemanha ao Reichsdruckerei (estabelecimento impressor de valores, ao estilo da nossa Casa da Moeda), o Condor Syndikat e a Varig se valeram dos famosos e muito raros carimbos selos triangulares.
Syndicat Condor, uma empresa brasileira:
Ao se avaliar, sob o ponto de vista da importância filatélica, os aspectos geográficos, políticos, sociais e econômicos que envolveram a atuação das companhias aéreas particulares na "implementação" e no desenvolvimento da infra-estrutura da aviação comercial no Brasil, prepondera, no contexto geral da Aerofilatelia brasileira, a posição proeminente do Syndicato Condor Ltda.
Ao contrário da Varig e da ETA que, naquele período pioneiro, atuaram em âmbito exclusivamente regional, o Syndicato Condor Ltda. nasceu e cresceu marcado por cobertura nacional cada vez mais ampla.
Tendo sede e base operacional localizadas na cidade do Rio de Janeiro, então capital da República, já em fevereiro de 1930, as linhas Condor ligavam de Norte a Sul, ao longo da costa Atlântica, os principais centros populacionais, políticos e econômicos de um país de dimensões continentais.
Nessa época, a linha costeira do Syndicato Condor atendia às seguintes importantes regiões brasileiras: Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre, Laguna, Florianópolis, Curitiba, Santos, São Paulo, Rio de janeiro, Vitória, Caravelas, Belmonte, Ilhéus, Bahia (atual Salvador), Aracaju, Maceió, Recife, Paraíba (atual João Pessoa) e Natal.
Ainda em 1930, no mês de agosto, a Condor partiu em direção ao oeste, até Corumbá, e depois Cuiabá, no Mato Grosso, com linha regular via Santos/São Paulo, começando no Rio de Janeiro.
A expansão para oeste, imediatamente permitiu a criação do correio aéreo Brasil/Bolívia, através do serviço combinado Syndicato Condor Limitada/ Lloyd Aéreo Boliviano, também ela uma companhia de origem alemã. Segundo o convênio, o intercâmbio das malas postais procedentes da Bolívia e do Brasil era realizado em Corumbá/Porto Suarez, na fronteira dos dois países, seguindo destino na viagens de retorno dos aviões ao Rio de Janeiro, com escala em Santos, e a La Paz, com escala em Santa Cruz, respectivamente.
O caminho para Europa:
Somado ao estratégico propósito de crescimento voltado para a integração nacional, através da comunicação aérea, era também prioridade para o Syndicato Condor atender à crescente demanda de um mercado emergente, principalmente no centro-sul do país e nas áreas de mais forte colonização alemã, ávido por melhor qualidade e maior rapidez no intercâmbio postal com a Europa. Do outro lado, idêntica aspiração na Alemanha e países de forte imigração para o Brasil.
A par da conquista do mercado interno, encurtar o caminho Europa/América do Sul, aumentar a demanda por esse caminho e conquistar a sua maior fatia, alvos também da concorrente francesa CGA, eram objetivos sempre presentes na estratégia da Deutsche Lufthansa. O forte fundamento para o elevado investimento que realizou no Brasil por intermédio do Condor Syndikat, inicialmente, e depois pelo sucessor deste, o Syndicato Condor Ltda, braços operacionais e prepostos não declarados da grande empresa aérea alemã.
As portas de saída:
Até 20 de março de 1930, o Syndicato Condor utilizou a conexão pelo porto do Rio de Janeiro, mediante serviço combinado com os vapores internacionais de carreira, para remeter à Europa as malas postais que trazia do interior do país destinada àquele continente.
Excepcionalmente, valeu-se também do porto de Santos para essas remessas, sendo raríssimos os aerogramas Condor com essa característica de saída. O trânsito, entre o porto do Rio de Janeiro e o destinatário na Europa, era, até então, de aproximadamente quinze dias.
A inauguração de Linha Norte, em 5 de fevereiro de 1930, estendendo os Serviços Aéreos Condor até Natal, permitiu que a partir de 21 de março daquele ano, fosse aberta nova e mais rápida alternativa de conexão postal com a Europa.
Por meio de uma operação de translado de malas postais, realizada ao largo da ilha de Fernando de Noronha, entre os hidroaviões Condor e os navios internacionais de carreira Cap. Arcona e Cap. Polonio, o tempo de trânsito para a Europa se viu reduzido de quinze para dez dias, aproximadamente. Ambas as embarcações pertenciam a Companhia de Navegação Hamburg Südamerika (Hamburgo – Buenos Aires) que, na viagem de volta para a Europa transportavam as malas postais até Las Palmas, nas Ilhas Canárias, costa oeste da África, de onde seguiam, via aérea, para a Europa, em serviço combinado com a Deutsche Lufthansa.
Convênio com o Correio alemão e as franquias mistas:
Para agilizar e tornar mais rápida a entrega ao destinatário no Brasil da correspondência vinda da Europa, o Syndicato Condor vislumbrou a oportunidade de acertar acordo com o Correio da Alemanha aproveitando o potencial oferecido pela sua linha aérea ao longo do litoral brasileiro.
Com esse propósito, foi firmado com a administração postal alemã convênio aprovado pela portaria nº133, do Ministério da Alemanha, publicado no Amtsblatt (Diário Oficial) nº 25, de 26 de março de 1929, com vigência a partir de abril daquele mesmo ano. Em maio, a cidade livre de Dantzig aderiu ao acordo.
Pelo convênio firmado, o remetente na Alemanha, quando da expedição da correspondência para o Brasil, poderia indicar a Condor para realizar o transporte aéreo entre o porto marítimo e o domicílio do destinatário. Além da franquia normal em selos alemães, a opção pelo serviço acima referido pagava porte prévio em selos da Condor, vendidos, afixados e obliterados na Alemanha, em valor correspondente à tarifa do transporte aéreo que seria realizado pela companhia sobre o território brasileiro.
Para melhor caracterizar e bem distinguir a correspondência despachada sob a égide do convênio supra citado, era afixado no envelope, na agência postal de origem, etiqueta retangular verde-amarela, picotada, bilíngüe, em alemão e francês, identificando o serviço contratado, com os seguintes dizeres: “Pelo Serviço Aéreo Condor no Brasil”.
Assim nasceram as belas, raras e famosas “franquias mistas Condor”.
As franquias mistas de bordo dos navios:
Sendo de nacionalidade alemã as agências postais a bordo dos navios Cap. Arcona e Cap. Polonio, da companhia de navegação Hamburg Südamerika, era também facultado aos seus usuários dispor dos mesmos serviços aéreos no Brasil, garantidos pelo acordo Syndicato Condor/Correio Alemão aos remetentes na Alemanha.
Essa facilidade postal em relação ao Brasil estava à disposição dos passageiros e tripulantes dos dois navios em qualquer etapa do percurso: quer estivessem seguindo em direção ao Norte ou ao Sul. Assim, a opção pelo uso do transporte aéreo Condor, entre o porto de desembarque da mala postal no Brasil e a cidade de destino, era paga em selos da própria Condor, vendidos, afixados e obliterados nos próprios navios. Não foram usadas quaisquer etiquetas indicadoras desse serviço combinado.
Todos os selos, da Alemanha e do Syndicato Condor, que assim reunidos formavam as raras e atraentes franquias mistas de bordo do Cap. Arcona e do Cap. Polonio, eram obliterados pelos característicos carimbos tipo flâmula, que assinalavam a data e identificavam o navio e a companhia de navegação.
As franquias mistas vindas pelo Zeppelin:
Em maio de 1930, foi realizada a primeira viagem do Graf Zeppelin ao Brasil, na linha triangular Europa-América do Sul-América do Norte-Europa. Preparatória para o estabelecimento de um serviço aéreo regular intercontinental, por meio de dirigíveis. Partindo da base de operações em Friedrichshafen, na Alemanha, a gigantesca aeronave, aportou, seguidamente, em Sevilha, Recife, Rio de Janeiro, Recife, Lakehurst, Sevilha e, finalmente, retornou à origem em Friedrichshafen.
Tratando-se o Zeppelin de uma unidade alemã, os preceitos postais do convênio entre o Syndicato Condor e os Correios da Alemanha foram aplicados ao curso e ao processamento da correspondência destinada à América do Sul. Por meio de contrato especial, foi estabelecida a adesão de Dantzig, da Áustria, Liechtenstein, Holanda, Sarre, Suíça e Espanha.
Dessa forma, a correspondência endereçada à América do Sul, para além da cidade do Rio de Janeiro, porto de desembarque da mala postal, foi franqueada com taxa aérea adicional em selos Condor, vendidos, afixados e obliterados na origem, no montante de 2.000 réis para o Brasil e de 5.000 réis para o Uruguai, Argentina e Bolívia, a cada 20 gramas ou fração. Do Rio de Janeiro, a mala postal trazida pelo Zeppelin foi distribuída pela linha aérea Condor para as demais cidades brasileiras de destino. Para Montevidéu e Buenos Aires, seguiram em um vôo especial e para La Paz, em outro.
O Graf Zeppelin, nessa primeira viagem ao Brasil, trouxe franquias mistas Condor oriundas da localidade de Friedrichshafen, da cidade de Berlin, de Sevilha, na Espanha, e outras, muito mais raras, identificadas pelo carimbo datador e obliterador alemão, indicado de postagem a bordo do próprio dirigível.
O fim da circulação dos selos Condor:
Em 29 de agosto de 1930, pelo Decreto n°19.331, o Syndicato Condor obteve permissão do Governo no Federal para estender as suas linhas aos países estrangeiros em geral, caso obtivesse autorização dos respectivos governos.
Essa importante conquista, levou a companhia a não mais utilizar os seus próprios selos, por força das convenções postais que só admitiam o porte internacional por meio de franquias do Correio Oficial de cada país. Em virtude dessa contingência, a Diretoria da empresa decidiu pela data de 1 de dezembro de 1930 para a efetivação da medida de suspender a circulação dos seus selos. Permaneceram válidas, entretanto, até o trâmite final, as correspondências em trânsito, postadas até a véspera.
O apogeu operacional:
Na década de 30, sempre em colaboração e com o apoio de Deutsche Lufthansa, o Syndicato Condor cresceu e expandiu as suas atividades internas e internacionais. A companhia atingiu o apogeu operacional no período de 1934 a 1940, paralelamente ao crescimento do poderio bélico e econômico da Alemanha, nos anos de glória da ascensão do regime nazista.
Oficialmente inaugurada em fevereiro de 1934, a rede Condor/Lufthansa, já em 1937, cobria regularmente, em apenas quatro dias, os 15.300 quilômetros de caminhada aérea entre Santiago do Chile e Frankfurt, na Alemanha, com dois vôos semanais de ida e volta.
Além de toda a cobertura e, território brasileiro, desde o extremo sul do país até Parnaíba, Floriano e Belém, ao norte, e a Corumbá e Cuiabá, no oeste, essa extensa rede transoceânica para a América do Sul, com pólos em Santiago e Frankfurt, servia Buenos Aires, Montevidéu, Las Paz, Bathurst, Las Palmas, Lisboa e Marselha. Afora uma imensa malha aérea, atendida por conexões a partir desses pontos, mais a ligação direta Frankfurt – Berlim, com irradiação para toda a Europa.
Em 1937, a quantidade de correspondência transportada em cada vôo transoceânico Condor/Lufthansa era de 65 a 70 mil cartas.
A desfiguração e o fim:
Em 19 de agosto de 1941, pelo Decreto-Lei n°3.523, o Syndicato Condor Ltda teve formalizada a mudança da sua razão social para Serviços Aéreos Condor Ltda, em virtude de legislação Federal do Estado Novo, de 5 de julho de 1939, que tornou privativa das associações profissionais de classe a denominação de Sindicato.
Entre 1941 e 1942, ante o crescente sentimento "anti-germânico" no Brasil, provocado pela repulsa ao nazismo e em represália às hostilidades militares alemãs, atingindo a frota de marinha mercante brasileira, a Condor teve suas operações interrompidas, só retomando as atividades em abril de 1942, desapropriadas, inteiramente nacionalizada e totalmente desfigurada, depois de rompidos e extintos
todos os seus vínculos anteriores.
Em 16 de janeiro de 1943, pelo Decreto-Lei n° 5.197, outra alteração na razão social foi homologada, passando a empresa a se chamar Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul Ltda que, em 1975, foi incorporada à Varig, mediante aquisição do controle acionário pela Fundação Ruben Berta. Trecho de texto de Frederico Mendes de Moraes.
Nota do blog 1: Cartão postal enviado pelo "Serviço Aéreo Transatlântico / Via Condor - Zeppelin".
Nota do blog 2: Data efetiva da imagem não obtida (cartão postal circulado em 1932) / Autoria desconhecida.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Correios e Telégrafos, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Correios e Telégrafos, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil 
Ribeirão Preto - SP
Fotografia 

Localizado na rua Álvares Cabral, número 612, esquina com Américo Brasiliense.
Nota do blog: Data 1956 / Autoria desconhecida.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Correio, São Paulo, Brasil



 

Correio, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Editor V. Steidel & Cia
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida (circa 1898-1901).

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Selo "100 Anos da Cripta da Catedral da Sé", 2019, Correios, Brasil

 


Selo "100 Anos da Cripta da Catedral da Sé", 2019, Correios, Brasil
Selo

Sobre os selos:
A emissão é composta por um se-tenant de seis selos, traz em sua parte superior o característico teto da cripta da Catedral da Sé, formado por abóbodas de tijolinhos aparentes. Nos selos das extremidades, está retratada a escadaria que dá acesso à cripta, localizada sete metros abaixo do nível da Praça da Sé. O segundo e o quinto selos reproduzem esculturas que representam Jó e São Jerônimo, respectivamente, ambas as peças simbolizam a morte cristã e foram esculpidas em Roma por Frederico Leopoldo e Silva especialmente para o edifício. O altar da cripta, projetada por Maximilian Emil Hehl, é retratado no terceiro selo. Marcando a presença das importantes personalidades cujos restos mortais estão abrigados na cripta centenária, o quarto selo traz reprodução da medalha que orna o túmulo de Dom Duarte Leopoldo e Silva: arcebispo de São Paulo entre 1908 e 1938 e que foi responsável pelo desenvolvimento do projeto de construção e início das obras da Catedral da Sé, em 1913. A folha com 12 selos, possui uma vinheta com o título da emissão, o croqui da cripta e a marca da catedral da Sé. A direção de arte deste se-tenant de selos é do Estúdio Centro, com ilustrações em lápis e aquarela de Eduardo Bajzek, arquiteto especializado em desenhos de perspectivas (texto dos Correios).
100 anos da cripta da Catedral de São Paulo / Relíquia histórica e joia arquitetônica da cidade:
Inaugurada no dia 16 de janeiro de 1919, a cripta da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo foi a primeira parte concluída do novo templo na reformulada Praça da Sé – que substituía o antigo largo de mesmo nome, quatro vezes menor. A nova praça integrava um conjunto maior de ações da Prefeitura de São Paulo que tinham o objetivo de adequar a cidade ao seu crescimento desordenado, fruto do sucesso da economia do café. De fato, São Paulo viu sua população crescer de cerca de 30 mil pessoas em 1870 para pouco mais de 240 mil no início dos anos 1900. O alto crescimento populacional expandia também os territórios da cidade, que deixava de ter vida só no seu centro histórico e começava a ganhar as periferias. A simplicidade da antiga catedral, de estilo barroco e construída em taipa de pilão, não parecia mais adequada à grandeza da cidade. Espécie de capela subterrânea, a cripta acolhe os túmulos dos bispos e arcebispos que governaram São Paulo ao longo desses 274 anos de história (a partir de 1745 como diocese, com território desvinculado da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, e desde 1908 como arquidiocese). Estão na cripta da Catedral de São Paulo os restos mortais de bispos como Dom Duarte Leopoldo e Silva, que foi o primeiro arcebispo de São Paulo e conduziu a elaboração do projeto e os primeiros passos das obras da nova catedral, e de Dom José Camargo de Barros, morto num naufrágio que foi imortalizado em tela do pintor paulista, Benedito Calixto. Como acontece com as milenares catedrais europeias, a cripta de São Paulo também tem a presença de outros personagens muito importantes para a história da cidade e do País. Estão sepultados nela, por exemplo, os restos mortais do cacique Tibiriçá, considerado o primeiro cidadão paulistano, e de Diogo Antonio Feijó, que exerceu o cargo de regente do então império brasileiro quando Dom Pedro II era menor de idade. Sete metros abaixo do nível da Praça da Sé, com piso de mármore quadriculado e teto de tijolinhos a mostra que são marcas de sua arquitetura, a cripta tem, ainda, duas esculturas em mármore Carrara de grande valor artístico. Executadas pelo escultor paulista Francisco Leopoldo e Silva, que estudou com Brecheret em Paris, as esculturas abordam a temática da morte e da ressureição na ótica cristã a partir das histórias de São Jerônimo e Jó. Celebrar o centenário da cripta é fazer memória da vida de todos esses personagens da história de nosso País. Mais do que isso, é celebrar a história da própria cidade de São Paulo refletida nas marcas do seu principal e mais importante templo. Quando lançou a ideia de construir uma nova catedral para São Paulo, Dom Duarte proferiu um discurso em sua residência afirmando que os católicos paulistas gostariam de uma catedral grandiosa “que, testemunhando a fartura dos nossos recursos materiais, seja também hino de ação de graças a Deus Nosso Senhor”. Ao celebrar os 100 anos da cripta da catedral, chamada à época de sua inauguração de “joia arquitetônica” e “relíquia histórica” da cidade de São Paulo, retomo o discurso de Dom Duarte Leopoldo e Silva naquele 25 de janeiro de 1912 em que ele apresentou a ideia de uma catedral que fosse o “selo” da “imensa e poderosa grandeza” de São Paulo, e, com ele, faço votos de que nossa catedral siga sendo casa de Deus que habita nessa cidade imensa, uma catedral que seja “escola de arte e estímulo a pensamentos mais nobres e mais elevados”. Com essa emissão os Correios, por meio da Filatelia, emoldura com picote de selo a joia arquitetônica da cidade de São Paulo, a Cripta da Sé (texto do Cardeal Odilo Pedro Scherer / Arcebispo Metropolitano de São Paulo).
Detalhes técnicos:
Edital nº 20; Arte: Eduardo Bajzek (ilustração) e Estúdio Centro (direção de arte); Processo de Impressão: offset; Papel: cuchê gomado; Folha com 12 selos (2 se-tenants de 6 selos); Valor facial: 1º Porte Carta Não Comercial; Tiragem: 180.000 selos (30.000 se-tenants); Área de desenho: 23,5 x 39mm e 26 x 39mm; Dimensão do selo: 26 x 44mm; Picotagem: 11,5 x 11; Data de emissão: 05/09/2019; Local de lançamento: São Paulo/SP; Impressão: Casa da Moeda do Brasil (texto dos Correios).
Nota do blog: Crédito da imagem para os Correios.

sábado, 28 de setembro de 2024

Correios e Telégrafos, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil



Correios e Telégrafos, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil 
Ribeirão Preto - SP
Photo Sport
Fotografia - Cartão Postal

Localizado na rua Álvares Cabral, número 612, esquina com Américo Brasiliense.
Nota do blog: Data não obtida.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Agência Central dos Correios e Telégrafos de Santa Cruz do Rio Pardo, Praça Deputado Leônidas Camarinha, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, Brasil



 

Agência Central dos Correios e Telégrafos de Santa Cruz do Rio Pardo, Praça Deputado Leônidas Camarinha, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, Brasil
Santa Cruz do Rio Pardo - SP
Fotografia

Localizada na praça Deputado Leônidas Camarinha, 267.
Nota do blog: Imagens de 2024 / Crédito para Jaf.

sábado, 1 de junho de 2024

Correio Geral, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Correio Geral, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Cartão postal circulado em 1937 / Autoria não obtida.

domingo, 12 de maio de 2024

Selo "Centenário Club Athletico Paranaense", 2024, Correios, Brasil












Selo "Centenário Club Athletico Paranaense", 2024, Correios, Brasil
Selo


Os Correios lançaram o selo institucional e o carimbo comemorativo “Centenário Club Athletico Paranaense” em 26/03/2024, data em que o clube completa 100 anos. O lançamento faz parte da programação do Athletico para comemorar a data histórica. A peça filatélica foi carimbada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Athletico Paranaense, Aguinaldo Coelho de Farias, em cerimônia conduzida pelo superintendente dos Correios no Paraná, Marcos Paulo Paim. 
Esse é o primeiro selo institucional lançado pelos Correios no Paraná. A nova modalidade de selo postal foi criada em 2023 com o objetivo de ressaltar temáticas do universo sociocultural, de repercussão nacional e internacional. Após o lançamento, as peças ficarão disponíveis para comercialização nos canais de venda físico e digital. Texto do CAP.
Nota do blog: Imagens 1 a 4, ano 2024, crédito para CAP / Imagens 5 a 9, crédito para João Alberto Correia da Silva.


segunda-feira, 29 de abril de 2024

Sub-Administração dos Correios / Agência do Correio, 1913, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






 

Sub-Administração dos Correios / Agência do Correio, 1913, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Não encontrei registro/histórico da localização do prédio.
Mas, alternativamente, temos uma informação obtida nas redes sociais do provável endereço: segundo Sebastião Miguel da Assunção, que trabalhou nos Correios de nossa cidade por quase quatro décadas, essa agência era na rua General Osório, lado direito, entre as ruas Amador Bueno e Álvares Cabral. 
Nota do blog 1: Como não consegui outras informações além do depoimento citado, deixo o post com status de "informações ainda sujeitas à confirmação". Caso encontre novas evidências, atualizo o post.
Nota do blog 2: Imagem publicada em 1913 / Crédito da postagem da imagem para Mauro Porto.

sábado, 27 de abril de 2024

Selo "Cinquentenário da Fábrica Presidente Vargas - Piquete", Correios, Brasil


 

Selo "Cinquentenário da Fábrica Presidente Vargas - Piquete", Correios, Brasil
Selo


A Fábrica Getúlio Vargas foi inaugurada em 15 de março de 1909, no recém criado município de Piquete. A idéia de sua construção foi iniciativa do Ministro da Guerra (1898-1902) Marechal João Nepomuceno Medeiros Mallet, filho do Marechal Emílio Luiz Mallet, patrono da Artilharia do Exército.
Anteriormente, em 1898, o Ministro criou o Estado-Maior do Exército junto com a então Fábrica de Pólvora e Explosivos de Piquete, a primeira de pólvora sem fumaça na América do Sul, constituindo-se pontos de inflexão para a Reforma Militar do Exército (1898-1945). Tal Reforma elevou os baixos índices operacionais do Exército, de 1874-1887, aos elevados índices comprovados pela Força Expedicionária Brasileira durante a 2ª Guerra Mundial nos campos da Itália, onde ela fez muito boa figura, ao lutar contra em aliança com frações dos melhores exércitos do mundo presentes na Europa.
O nome da Fábrica foi mudado, mais tarde, para Fábrica de Piquete e, em 8 de dezembro de 1942, para Fábrica Getúlio Vargas. Um dos valorosos chefes da construção da fábrica de pólvora de base dupla foi o Coronel Luiz Sá Affonseca, que como general chefiou a construção da AMAN.
O próprio Presidente Getúlio Vargas visitou a Fábrica em outubro de 1942, na ocasião em que ocorriam as manobras do Exército no vale do rio Paraíba.
A construção da fábrica teve início em julho de 1905, no governo do Presidente Rodrigues Alves, por determinação de seu Ministro da Guerra, Marechal Francisco Paulo Argolo (1896 e 1902-6) e foi conduzida pela equipe do Tenente-Coronel Augusto Maria Sisson.
O local definido para a fábrica atendia a critérios topográficos, estratégicos e geopolíticos, principalmente, por situar-se entre os dois maiores centros industriais brasileiros, Rio de Janeiro e São Paulo.
Por questões de ordem técnica, o local, inicialmente escolhido, foi substituído pela região das fazendas Estrela do Norte, Limeira e Sertão.
A construção da Fábrica Getúlio Vargas levou três anos e atendia ao objetivo de melhor assegurar a soberania e a integridade do Brasil, cujas forças armadas dependiam da importação de munições e explosivos.
Cabe ressaltar que, em 1908, ocorreu a Grande Reforma do Exército, levada a efeito pelo Marechal Hermes da Fonseca, e marcada pela criação de Brigadas Estratégicas. A Reforma importou fuzis Mauser, metralhadoras Madsen e canhões Krupp e a respectivas fábricas de munições que foram instaladas em Realengo.
O projeto da Fábrica foi elaborado nos Estados Unidos da América, em Nemours, pela Companhia Eleuthère Irénée du Pont que enviou para o Brasil, com a finalidade de acompanhar por quase um ano a instalação, o engenheiro L. W. Burwirth, o químico Theodore Baker e o mecânico T. R. Wright.
Em 25 de maio de 1905, teve início a fabricação de pólvora sem fumaça e, cerca de três meses mais tarde, o Exército recebeu o primeiro lote fabricado no Brasil.
Em 1911, a Fábrica de Piquete conquistou o Grande Prêmio da Exposição de Torino – Itália. Em 1922, na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, comemorativa do Centenário da Independência do Brasil, recebeu mais uma vez “O Grande Prêmio”.
O seu primeiro diretor foi o Ten Cel Achilles Veloso Pederneiras, que regressava da missão de Adido Militar nos Estados Unidos, onde discutiu questões para a construção da Fábrica com Eleuthère du Pont, além da compra de materiais a ela destinados. Permaneceu por seis anos na nobre função. Há diversas citações que enaltecem o trabalho do Ten Cel Pederneiras, uma das mais significantes consta no livro de visitas e foi redigida pelo arquiteto Adolpho Morales de Los Rios Filho: “Ao ilustre Coronel Pederneiras, alma de artista, num corpo de aço, fundador e primeiro Diretor da Fábrica, o meu incondicional parabéns!”
O Coronel Pederneiras deixou a Direção da Fábrica em 14 de março de 1915 para dirigir o Arsenal de Guerra do Rio. Veio a falecer dois anos depois.
A partir de 1977, a Fábrica Getúlio Vargas foi incorporada à Indústria de Material Bélico (IMBEL), empresa vinculada ao Comando do Exército.
A Fábrica de Piquete foi um dos grandes feitos do Exército e marcou a presença pioneira do Exército no vale do rio Paraíba. Presença militar resgatada em 1996 no Simpósio de História do Vale do Paraíba, promovido pelo IEV em Resende na AMAN e AEDB e, em Itatiaia, no Centro de Recuperação do Exército, no qual atuamos na direção científica como 2º vice-presidente do IEV. Dela saíram produtos para quartéis, fortalezas, navios e aviões, uma contribuição estratégica expressiva para as Forças Armadas do Brasil.
Ela representou a vanguarda na fabricação de explosivos industriais e deu origem à indústria nacional de explosivos químicos. Seus produtos foram vitais na construção em todo o Brasil, de suas hidroelétricas, túneis, estradas, metrôs, prospecção de petróleo, mineração de carvão, de ferro, ouro, tornando-se conhecido em todo o Brasil, até entre os caçadores como eu fui, com sua célebre pólvora Piquete sem fumaça, muito superior à pólvora com fumaça que lembro era da marca Elefante.
Assim, apresentamos a síntese histórica deste empreendimento do Exército criado com a finalidade de abastecer o Exército e a Armada (Marinha) com seus produtos; entregar as sobras ao mercado, adaptadas no que convier, aos usos correntes, criando assim uma fonte de receita para o Estado e proceder a estudos técnicos relativos a pólvoras e explosivos, como também, mediante indenização, para fins particulares. Texto de Cláudio Moreira Bento.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Vista Parcial / Rua Américo Brasiliense, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Vista Parcial / Rua Américo Brasiliense, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Foto Esporte
Fotografia - Cartão Postal

Imagem mostrando trecho da rua Américo Brasiliense (vista do prédio dos Correios).
Nota do blog: Data não obtida / Trocar imagem do post por outra com maior resolução (a realizar).