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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Ponte Metálica, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Ponte Metálica, Manaus, Amazonas, Brasil 
Manaus - AM
Bazar Sportivo
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Pesca do Pirarucu, Estado do Amazonas, Brasil


 

Pesca do Pirarucu, Estado do Amazonas, Brasil
Estado do Amazonas - AM
Livraria Acadêmica
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida.

sábado, 1 de junho de 2024

Correio Geral, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Correio Geral, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Cartão postal circulado em 1937 / Autoria não obtida.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Mercado Municipal, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Mercado Municipal, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Litoarte
Fotografia - Cartão Postal

Nota do blog: Data não obtida.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Inauguração do Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, 11/07/1936, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil


 



Inauguração do Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, 11/07/1936, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia

A inauguração da Harpa do Teatro Amazonas ocorreu em 11 de julho de 1936.
Foi uma homenagem ao centenário de nascimento de um dos grandes nomes da nossa música, o maestro Carlos Gomes. O projeto foi assinado pelo artista plástico amazonense Olímpio Martins de Menezes (1885-1951) e na ocasião foi “emprestada” uma escultura de Carlos Gomes, em bronze, esculpida pelo italiano Enrico Quattrini no fim do século XIX.
A obra permaneceu no pátio do Teatro Amazonas até 1974, quando seu conjunto artístico teve de ser retirado para a realização da reforma que ocorreria naquele ano. O monumento acabou desaparecendo, sendo recuperado, anos depois, apenas o busto de bronze.
Nota do blog 1: O monumento desaparecido era chamado de "Harpa". Já o recuperado, é chamado de "Herma de Carlos Gomes" por uns e "Busto de Carlos Gomes" por outros.
Nota do blog 2: Crédito da imagem para revista "Cabocla", ano 1936 / Trecho de texto de Zaki Belém.

Vista do Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Vista do Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia


O Estado, em 1897, firmou contrato com o então Domenico de Angelis para a pintura e a decoração do Salão Nobre do Teatro Amazonas.
Entre os trabalhos que deveriam ser realizados, De Angelis teria que confeccionar oito bustos em gesso, pintados em mármore de Carrara. Para homenagear então artistas brasileiros, dentre eles, o maestro e compositor Carlos Gomes que faleceu em setembro de 1896.
O busto, teve sua instalação no Salão Nobre, foi então esculpido por Enrico Quattrini, um dos artistas que fazia parte da equipe de De Angelis e que veio a Manaus para as obras do teatro. Por ocasião das comemorações do Centenário de Nascimento de Carlos Gomes, em 1936, o Governo Federal instituiu, por meio da Lei 221, de 10 de julho desse ano, o dia 11 de julho como o Dia Nacional da Música, atualmente, comemorado em 22 de novembro.
Em Manaus, também em 10 de julho de 1936, seguindo a festividade nacional, a Câmara Municipal aprovou a Lei 118, que abria assim um crédito de dois contos de réis para as despesas com a construção de uma herma em homenagem ao maestro. A construção desse marco, foi a mando do prefeito Antônio Maia. E foi esculpido pelo artista plástico amazonense Olympio de Menezes, com o formato de uma harpa, encimada por um busto de Carlos Gomes.
De acordo com o historiador Mário Ypiranga Monteiro, o busto que ficava sobre a harpa era o mesmo esculpido por Quattrini. Tendo sido, apenas, trasladado do então Salão Nobre para o monumento instalado no jardim frontal do teatro. Esse marco a Carlos Gomes, inaugurado em 11 de julho de 1936, ficou conhecido como a harpa do Teatro devido a sua localização.
Em uma reforma realizada no teatro, na década de 1960, o então monumento perdeu seu aspecto original e o busto desapareceu. Mais tarde, na então administração municipal de Jorge Teixeira, a escultura de Quattrini reaparece instalada em uma mureta na praça Cinco de Setembro (da Saudade). O busto de Carlos Gomes encontra-se, atualmente, no Salão Nobre do Teatro Amazonas, seu local de origem.
Nota do blog: Data da imagem não obtida / Texto de Durango Duarte.

Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia


Esse monumento ficava na entrada dos jardins do Teatro Amazonas. 
Posteriormente foi removido e, atualmente, apenas o busto está preservado dentro do teatro.
Nota do blog: Data não obtida / Crédito da imagem para Jorge Lelis.

domingo, 10 de março de 2024

Vista Parcial Aérea, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Vista Parcial Aérea, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Bazar Sportivo
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Vista da Praça Oswaldo Cruz, com o Jardim Santos Dumont, o Jardim Jaú, o Jardim Ajuricaba de Menezes e o jardim do Pavilhão Universal e do Pavilhão Ajuricaba.

Centro, 1959, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Centro, 1959, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia

Imagem de quando Manaus era conhecida por seu lindo Centro Histórico.
Fotografia obtida a partir do Jardim Santos Dumont.
É possível ver o posto de gasolina que ficava próximo ao antigo estacionamento de táxis na lateral do Jardim. E ao fundo, o prédio que foi sede da empresa de navegação inglesa "Booth Line", que fazia a rota Manaus-Liverpool. A fotografia mostra ainda os ônibus de carroceria de madeira e carros antigos. Um centro histórico que nunca mais veremos. Crédito para Manaus de Antigamente adaptado para o blog por mim.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Praça dos Remédios, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Praça dos Remédios, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia - Cartão Postal


Bonde trafegando ao lado da praça dos Remédios, atual praça Torquato Tapajós.
Fotografia obtida do alto do prédio da Faculdade de Direito.
Essa região mantém, até hoje, belos casarões que pertencem às famílias imigrantes libanesas.
Apesar de não parecer, esse é um dos locais mais privilegiados do centro histórico.
Observem, ao fundo da imagem, que o rio Negro estava cheio, podendo haver no local a mais bela orla da cidade. Uma orla que poderia se estender até a ilha de São Vicente. 
Infelizmente essa vista que tinhámos do rio foi perdida, muitos prédios foram construídos nesse local, o que acabou impedindo sua utilização para lazer, passeio e turismo. 
Atualmente, o lugar não é dos melhores, apresentando problemas de falta de conservação, sujeira, violência, falta de segurança, consumo de drogas, etc.
Nota do blog: Cartão postal circulado em 1939.

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Praça São Sebastião e Teatro Amazonas, 1906, Manaus, Amazonas, Brasil


 

Praça São Sebastião e Teatro Amazonas, 1906, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia


A fotografia registra o Largo de São Sebastião, principal espaço cultural do centro histórico da capital amazonense, em 1906. Na imagem, podemos ver dois ícones da paisagem urbana manauara: o Teatro Amazonas e o Monumento à Abertura dos Portos. Ambos foram construídos no final do século XIX, um período marcado pela prosperidade advinda da extração do látex para a produção de borracha.
Inaugurado em 1896, o Teatro Amazonas é um dos principais cartões postais da cidade. Trata-se de uma imponente construção, em estilo arquitetônico renascentista com detalhes ecléticos. Por sua relevância histórica e cultural, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1966.
Já o Monumento à Abertura dos Portos foi inaugurado em 1900. A obra é de autoria do escultor italiano Domenico de Angelis (1852-1900) e substituiu um obelisco existente no local desde 1867. O monumento comemora a abertura dos portos e rios da Amazônia às nações estrangeiras, a partir de um decreto de 7 de dezembro de 1866.
Por fim, não podemos deixar de mencionar o calçamento com ladrilhos portugueses, inaugurado em 1901.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Ginásio Amazonense Pedro II, Manaus, Amazonas, Brasil


Ginásio Amazonense Pedro II, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Foto Postal Colombo N. 20
Fotografia - Cartão Postal




O Colégio Amazonense D. Pedro II, mais conhecido como Colégio Estadual, foi criado por meio do Regulamento 13, de 31 de agosto de 1864, na administração do presidente da Província, Adolfo de Barros Cavalcante de Albuquerque Lacerda. À época de seu surgimento, utilizava a nomenclatura Liceu Provincial Amazonense e funcionava nas dependências do Seminário Episcopal de São José de Manaus. Foi a primeira escola pública de ensino secundário do Amazonas.
Apesar de localizar-se dentro de outra instituição, o Liceu tinha administração autônoma; no entanto, apresentava mais características de curso anexo do Seminário do que, de fato, um estabelecimento de ensino independente. Tanto que, em 1865, o Regulamento 16 separou, oficialmente, o curso Secundário do Liceu do que era oferecido pelo Seminário.
Sua fundação efetiva ocorreu somente em 14 de março de 1869, por meio do Regulamento 18, sancionado por João Wilkens de Mattos. Essa mesma lei também restabeleceu ao diretor da Instrução Pública a responsabilidade pela regência do Liceu. À época, o responsável pela Pasta de Educação na Província era José Maria de Albuquerque Mello, portanto, o primeiro diretor do Liceu recém-reconhecido.
No início da década de 70 do século XIX, o Liceu passou a funcionar em um prédio alugado, situado na rua Cinco de Setembro, atual Henrique Martins, esquina com a travessa da Imperatriz, atual rua Lobo D’Almada.
Em 19 de março de 1871, foi inaugurada, em suas novas instalações, uma sala de leitura, que serviria de núcleo para a Biblioteca Pública da Província. Três anos depois, o Liceu iniciou o ano letivo instalado em novas dependências: no Palacete Provincial, na praça 28 de Setembro, atual Heliodoro Balbi.
O ensino secundário oferecido pelo Liceu recebeu, em 1877, a inclusão da Cadeira de Pedagogia, ou Curso Normal. Em 1880, volta para o prédio que pertencia ao Seminário, na então praça da Imperatriz, ex-largo da Olaria. Nesse mesmo ano, o presidente da Província, Sátyro de Oliveira Dias, aprovou a construção da sede própria desse Colégio, na rua Municipal – antiga rua Brasileira e atual avenida Sete de Setembro.
A pedra fundamental do prédio foi lançada em 25 de março de 1881, nas comemorações do Aniversário da Constituição de 1824. Em 1882, o presidente José Paranaguá reformou a Instrução Pública e incorporou o Liceu à Escola Normal.
Com essa unificação, em 15 de junho de 1882, a escola de ensino secundário foi transferida para o prédio em que o colégio normalista estava instalado, no então largo do Quartel – atual praça D. Pedro II –, esquina com a rua Governador Vitório.
O Regulamento 54, de 1884, inverteu o status desses dois estabelecimentos de ensino. O Liceu tornou-se a instituição principal e passou a chamar-se Lyceu Polytechnico, enquanto que a Escola Normal foi transformada em anexo.
Essa norma determinava, ainda, que, no prédio que estava sendo construído para abrigar o Liceu, também funcionassem, a Diretoria da Instrução Pública e a Biblioteca Provincial. A sede definitiva do Liceu, cuja planta é de autoria de Dionísio Cerqueira, foi inaugurada no dia 5 de setembro de 1886 e as suas aulas iniciaram em 21 de janeiro de 1887.
Em 1888, o Museu Botânico foi transferido do palacete do Barão de São Leonardo, na rua Ramos Ferreira, para o porão do prédio do Liceu e ficou nesse local até ser desativado pela primeira vez, em 1890. Nesse mesmo ano, ocorreu, também, a criação do Instituto Normal Superior, resultado da fusão entre Liceu e Escola Normal e destinado à formação de professores.
O Instituto Normal Superior teve apenas três anos de existência e foi substituído pelo Gymnasio Amazonense – nova denominação do antigo Liceu –, criado pelo Decreto Estadual 34, de 13 de outubro de 1893. Mais uma vez, o Curso Normal tornava-se anexo do Secundário. A medida atendia às novas normas federais de ensino, que exigiam a separação entre os cursos científicos e técnicos.
Por esse mesmo decreto, o regime de ensino do nosso ginásio foi adequado aos moldes do Gymnasio Nacional, sediado na cidade do Rio de Janeiro (à época, Capital Federal), o que assegurava aos alunos do Gymnasio Amazonense a possibilidade de ingressar nas escolas de ensino superior da mesma forma que os estudantes daquele colégio carioca – atualmente denominado Colégio Pedro II.
Em 12 de outubro de 1895, o recém-criado ginásio recebeu, em uma de suas salas, a instalação da Escola Modelo Eduardo Ribeiro, anexada ao Curso Normal e que durou até 1897. Por meio de um novo regulamento instituído em 1900, a Escola Normal adquiriu autonomia administrativa em relação ao Gymnasio e passou a ocupar o segundo andar do prédio do colégio secundarista, onde permaneceu até 1903.
Com a saída da escola normalista do 2º piso do Gymnasio, o espaço foi ocupado, entre os anos de 1905 e 1907, pela Escola Complementar Feminina. Em 1908, porém, a Escola Normal, que funcionava no prédio escolar da rua Saldanha Marinho, voltou a ocupar as dependências do Ginásio.
Por meio da Lei Orgânica do Ensino Superior e do Ensino Fundamental da República, de 5 de abril de 1911 – também conhecida como Reforma Rivadávia Corrêa –, os cursos ginasiais dos demais Estados deixaram de ser equiparados ao Gymnasio Nacional, do Rio de Janeiro. Por esse motivo, os alunos do Gymnasio Amazonense perderam o direito de ingressar nos cursos superiores oferecidos no País.
Em 30 de junho de 1915, o governador Jonathas Pedrosa, por meio do Decreto 1.117, suspendeu as aulas do Ginásio por motivo de um desentendimento ocorrido entre os alunos e o corpo docente dessa escola, o que ocasionou a depredação do prédio da rua Municipal pelos ginasianos. As atividades foram retomadas somente em 31 de março do ano seguinte.
O Estatuto do Gymnasio Amazonense foi reformulado em 1920, em atendimento à Lei Federal Carlos Maximiliano, de 10 de março de 1915, que restabelecia a equiparação das instituições estaduais com as federais. Dessa forma, os alunos do ginásio estadual voltaram a ter as mesmas regalias dos estudantes do Collegio Pedro II.
Para homenagear o último imperador do Brasil, em 28 de novembro de 1925, o Gymnasio Amazonense recebeu o aposto Pedro II, denominação que perduraria até 19 de fevereiro de 1938, quando sua nomenclatura voltou a ser Ginásio Amazonense devido à recomendação do Ministério da Educação, que considerava o nome Pedro II como sendo de exclusividade daquele colégio fluminense.
Devido ao momento de instabilidade política e econômica vivido pelo País em 1930, em Manaus, os alunos do Ginásio Amazonense que eram favoráveis a Getúlio Vargas sofriam perseguições da Polícia Civil.
O auge dessa disputa entre a força policial e os ginasianos ocorreu em 12 de agosto, quando os policiais subiram as escadarias do Colégio para prender os estudantes. Em protesto, o movimento estudantil realizou a chamada Revolução Ginasiana de 30, que culminou com a rendição da força policial e a ocupação do prédio do Quartel da Polícia pelos estudantes.
Uma nova mudança de denominação ocorreu em 14 de outubro de 1942, quando o ginásio passou a chamar-se Colégio Amazonense. No ano seguinte, em 19 de abril, mudou outra vez de nomenclatura: Colégio Estadual do Amazonas – CEA. Em 3 de maio de 1945, fundava-se a Associação Atlética do Colégio Estadual do Amazonas.
No ano de comemoração do centenário do ginásio, em 1969, uma determinação do Conselho Estadual transferiu as comemorações de 14 de março – data em que o Colégio foi efetivamente criado – para 2 de dezembro, por ser esse o dia do nascimento do imperador D. Pedro II. Seis anos mais tarde, em 3 de dezembro de 1975, adotou-se o nome Colégio Amazonense D. Pedro II, utilizado até os dias de hoje.
Em 1988, por meio do Decreto 11.034, o prédio desse ginásio – com dois andares, dezoito salas de aula e um anfiteatro – foi tombado como Monumento Histórico do Estado. Sua última reforma ocorreu entre 2007 e 2008.
Desde 2007, o Colégio Estadual disponibiliza, em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam, os cursos técnicos optativos de Informática Industrial e de Segurança do Trabalho. Ambos têm duração de dois anos, com duas turmas pela manhã e duas a tarde.
O centenário Colégio Amazonense D. Pedro II funciona, atualmente, como uma Escola-Piloto de Ensino Médio. 

segunda-feira, 29 de março de 2021

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Teatro Amazonas / Famoso Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil


Teatro Amazonas / Famoso Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Paranacart N. K-1360
Fotografia - Cartão Postal


Nota do blog: Data não obtida / Fotografia de José Kalkbrenner.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Praça São Sebastião, Manaus, Amazonas, Brasil


Praça São Sebastião, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Édition de la Mission de Propagande
Fotografia - Cartão Postal



Não seria exagero dizer que o Largo São Sebastião, localizado no Centro da Cidade, é o lugar mais acessível para ser visitado em Manaus. Democrático e amplo, o Largo está disponível a qualquer hora do dia e o deslocamento até ele é muito fácil. Sua localização privilegiada expõe um dos ambientes urbanos mais queridos da capital e seu maior “vizinho” é o grandioso (em tamanho e importância) Teatro Amazonas.
No Largo São Sebastião, o visitante pode assistir ao ar livre e gratuitamente shows musicais, apresentações de teatro, concertos e até montagens operísticas, conforme a programação do órgão responsável, a Secretaria de Estado da Cultura (SEC).
Localizado na rua José Clemente, o Largo São Sebastião é um espaço que anos atrás foi revitalizado. Tudo nele tem importância histórica. Em seu entorno, estão casas históricas que também foram revitalizadas e dão um embelezamento a mais ao local. Para chegar ao Largo, há diferentes vias, as mais conhecidas são avenida Eduardo Ribeiro e rua 10 de julho.
O Largo São Sebastião tem este nome em referência à Praça e à Igreja localizada a poucos metros de sua localização. A Praça São Sebastião, muito frequentada por moradores de Manaus, é uma das mais antigas da cidade.
Em forma de círculo, é cercada de árvores nas laterais. Um de seus maiores destaques é o piso em pedrinhas nas cores preto e branco, que faz referência ao Encontro das Águas. O chão da Praça São Sebastião inspirou o piso do calçadão da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que tem o mesmo desenho ondulado que reproduzem os banzeiros dos rios.
Outro destaque da Praça é o Monumento da Abertura dos Portos às Nações Amigas, que marca o início do comércio com outros países, além de Portugal. Construído em mármore, ele está localizado bem no meio da praça e ao redor há um chafariz. O monumento tem muitos detalhes que podem ser observados por alguém mais atento. A escultura de uma mulher, que representa a Amazônia, fica no topo. Na base, quatro caravelas apontam para direções diferentes, cada uma representando um continente (Américas, Europa, Ásia e África).
Alguns dos prédios históricos ao redor funcionam como bares e restaurantes. Um dos mais frequentados é a African House, que vende sanduíches e sucos. A Tambaqui de Banda, peixaria que tem várias filiais espalhadas pela cidade, oferece aos turistas e locais os saborosos peixes regionais, e a Sorveteria Glacial, os sorvetes feitos de frutas regionais como o cupuaçu e o açaí.
Uma banca de comida, feita de ferro trabalhado, oferece a oportunidade dos visitantes experimentarem uma das comidas típicas mais apreciadas da região, o tacacá, feito com goma de tapioca, tucupi, jambú e camarão.
Há também uma banca de revista. Mas não é uma banca qualquer. O local vende revistas e livros e, ocasionalmente, também funciona como espaço de lançamento de livros. Milton Hatoum, o mais reconhecido escritor do Estado do Amazonas, quando realiza sessões de autógrafos em Manaus, sempre gosta de fazê-las na Banca do Joaquim, como é conhecido o local.
Ao redor, há também a Galeria do Largo, que foi instalada dentro de um casarão histórico, que mantém a exposição permanente “Cidade Santa Anita”, de Mário Ypiranga Monteiro, e exposições temporárias.
Ao lado, fica a Galeria Amazônica, que vende artesanato de diversas etnias indígenas do Amazonas. São vários objetos feitos a partir de fibras, madeira e sementes.
O Largo São Sebastião vai além de seu perímetro. Como a área foi revitalizada, prédios vizinhos “aproveitaram” para também passarem por reformas. Por isso, há pequenos bares, lanchonetes, pizzarias e lojas de artesanato. Um deles é o famoso Bar do Armando, clássico espaço boêmio, frequentando por pessoas de todas as classes sociais.
À noite, o Largo São Sebastião fica mais efervescente, quando o número de frequentadores aumenta e todos os estabelecimentos estão funcionando.
Em decorrência do ciclo econômico da Borracha, que já se fazia presente na exportação regional desde 1827, Manaus deveria se apresentar moderna, limpa e atraente.
Então, com a justificativa de modernizar e embelezar a cidade, os governantes da época passaram a se preocupar mais com a aparência do lugar, tendo em vista a atração de mais investimentos e a visibilidade internacional da então Tapera de Manaus .
Foi assim que Manaus rendeu-se a influência da Belle Époque, movimento que surgiu na França, entre o final do século XIX e o início do século XX, e visou a melhoria da qualidade de vida e estruturação das cidades.
É importante salientar também que as obras urbanísticas as quais Manaus foi submetida na época possuem influência direta do complicado traçado urbano aplicado pelo prefeito de Paris, o Barão Haussman, na própria cidade de Paris.
É nesse período de transformações urbanísticas e culturais marcantes que convém falar da praça, mais precisamente do Largo de São Sebastião, como espaço de sociabilidade e palco de importantes manifestações caracterizadoras de uma sociedade e dentro de um contexto histórico definido.
Ao falar do Largo de São Sebastião, imediatamente faz-se necessário abordar também os patrimônios que estão intimamente ligados a sua história e que se constituem como referências turísticas para a cidade de Manaus, como: o Teatro Amazonas, a Igreja de São Sebastião e o Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial.
Inicialmente, o local onde hoje se situa a Praça de São Sebastião era uma pequena roça de propriedade do Tenente-coronel Antônio Lopes de Oliveira Braga e ficava localizado entre as ruas do Progresso, da Feliz Lembrança e de Gonçalves Dias.
No dia 7 de setembro de 1867, o médico Dr. Antônio Daví Vasconcelos de Canavarro, então Diretor das Obras Públicas, mandou preparar o referido terreno para que fosse erguido no mesmo uma coluna de pedra, de seis metros de altura e com quatro faces lisas, em homenagem ao ato de abertura do rio Amazonas ao comércio mundial.
Por volta de 1898, tornou-se necessário construir outro monumento em vista da necessidade de embelezamento do Praça de São Sebastião, já que a coluna apresentava em processo de deterioração. Mário Ypiranga (1972, p. 45) afirma ser o dia 5 de setembro de 1900 a data provável de inauguração oficial do Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial.
O artista italiano Domenico de Angelis é o autor do monumento atual, porém, não foi o mesmo quem executou o projeto, uma vez que era normal o artista italiano contar com uma equipe de apoio. Domenico de Angelis não chegou a ver o monumento como um todo instalado no Largo de São Sebastião, uma vez que o mesmo faleceu em março de 1900, ou seja, antes da inauguração do monumento.
Mário Ypiranga tece algumas críticas com relação ao Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial, já que o mesmo não apresenta nenhum traço característico da região amazônica, a não ser o escudo do Amazonas. O calçamento em torno do Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial foi executado por Antônio Augusto Duarte, que calçou a praça com paralelepípedos de granito de origem portuguesa nas cores pretas e brancas, uma alusão ao encontro das águas negras do rio Negro com as águas barrentas do rio Solimões.
Anos antes da instalação do Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial, tem-se a inauguração do Teatro Amazonas, considerado o símbolo mais importante do auge do ciclo econômico da Borracha na região amazônica.
Em 1883, o presidente José Paranaguá sugeriu a construção do Teatro no terreno que se localizava em frente a Praça Payssandu, uma vez que o local apresentava-se ventilado e localizava-se bem no centro da cidade.
Porém, a existência do igarapé do Espírito Santo no local tornava o terreno impróprio para receber tal obra. Assim, foi escolhido o terreno localizado em frente a Praça de São Sebastião, que pertencia ao tenente coronel Antônio Lopes Braga. O local foi desapropriado em 1884 para o início da construção do teatro, por ordem do Presidente José Paranaguá.
A cor original do Teatro Amazonas é um assunto que gera polêmicas entre autores e pesquisadores da área. Otoni Mesquita afirma que o uso da cor rosa era frequente nas fachadas dos prédios do século XIX. Além disso, a fachada divulgada em 1893 apresentava a 3 O ato de abertura do rio Amazonas ao comércio mundial deu-se em 7 de dezembro de 1866 pelo então Imperador do Brasil D. Pedro II. cor rosa, o que pode ter definido a escolha da mesma cor. Porém, o autor Mário Ypiranga Monteiro diz que a pintura cor-de-rosa do teatro é recente e de autoria do engenheiro Victor Troncoso.
Outro tema norteado por dúvidas e simbolismos é a cúpula de ferro do Teatro Amazonas. No acervo do teatro é possível encontrar um projeto metálico da cúpula, datado de 1894 e de autoria do desenhista Willy von Bancels, o mesmo autor da planta da cidade de 1893.
A armação de ferro é de origem europeia e as telhas envernizadas foram importadas da região francesa da Alsácia. A grandiosidade da cúpula, que apresenta as cores verde, amarela, azul e branca, uma alusão direta a Bandeira Nacional, era uma forma de lembrar aos barcos estrangeiros que aportavam em Manaus que os mesmos estavam em terras brasileiras. É válido lembrar que na época era possível observar o Teatro Amazonas de quase todas as partes da cidade.
A construção da cúpula no alto do Teatro Amazonas foi alvo de inúmeras críticas na época. Tal fato é ratificado em vários documentos oficiais datadas da época, onde é possível até mesmo encontrar editais chamando concorrentes para a demolição da cúpula.
Após inúmeras paralisações no andamento das obras de construção do Teatro Amazonas, em virtude de vários motivos, o mesmo foi inaugurado oficialmente em 31 de dezembro de 1896. Consequentemente, a edificação atual do Teatro Amazonas não corresponde ao projeto original.
Assim como o Monumento de Abertura dos Portos do Amazonas ao Comércio Mundial e o Teatro Amazonas, a Igreja de São Sebastião tem uma importância fundamental para a história do Largo de São Sebastião. Tal fato é ratificado pelo próprio nome do largo, na época de concepção apenas praça, influenciado diretamente pela presença da igreja no local.
Otoni Mesquita afirma que a referência mais antiga a respeito da construção da Igreja de São Sebastião é datada de novembro de 1868, conforme os relatórios da província. A construção da Igreja de São Sebastião é datada de 1888, na qual a direção é atribuída a Gesualdo Machetti. Durante todo o período de edificação da igreja, verificam-se várias paralisações nas obras e modificações no projeto arquitetônico.
Porém, a partir de 1911, a queda dos preços da Borracha provocou o fechamento dos seringais na Amazônia. A economia do látex entrou em declínio principalmente no ano de 1913 e, em 1920, foi confirmada a falência da Borracha na região. Assim, os delírios de uma sociedade cuja economia baseou-se unicamente na produção da Borracha, um dos principais erros dos governantes da época, transformaram-se em angústias e decepções, refletidas na decadência de muitas famílias importantes na cidade de Manaus e nas ruínas de muitos patrimônios ao longo do tempo.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Palácio Rio Negro, Sede do Governo, Manaus, Amazonas, Brasil



Palácio Rio Negro, Sede do Governo, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia - Cartão Postal


O Palácio Rio Negro foi sede do governo e residência oficial do governador. Seu nome original era Palacete Scholz, construído pelo alemão Waldemar Scholz, considerado o "Barão da Borracha". Teve o nome alterado para Palácio Rio Negro em 1918 após autorizada a compra pelo governador do Amazonas, Pedro de Alcântara Bacellar.
Construído no início do século XX, em estilo eclético, pelo arquiteto italiano Antonio Jannuzzi (1855-1949), para ser residência particular do comerciante da borracha, o alemão Waldemar Scholz, que devido à queda do preço da borracha a partir de 1912 e depois à primeira guerra mundial teve que o hipotecar ao coronel Luiz da Silva Gomes, por 400 contos de réis, este seringalista e comerciante, numa primeira fase arrendou o Palácio para residência do governador. E mais tarde,foi adquirido pelo governo em 1917, (compra autorizada pela lei nº892 de 28 julho 1917) , para torna-se sede do Poder Executivo e residência do governador, permanente como palácio de despachos até abril de 1995.
Em 1997, o Governo do Estado, em virtude de sua beleza arquitetônica e valor histórico, transformou-o em Centro Cultural Palácio Rio Negro, com espaços abertos a recitais de música erudita e instrumental, exposições, lançamentos de livros, dança e teatro, além de outras atividades.
Contando com a consultoria especializada de técnicos do Centro Cultural Banco do Brasil (CBBB), a Secretaria de Cultura traçou o novo formato do Palácio Rio Negro, climatizado e adequado a todo tipo de exposição.
A partir de novembro 2000, o Palácio passou a servir de polo para outros espaços culturais, agregando ao seu redor o Museu-Biblioteca da Imagem e do Som do Amazonas/ MISM, o Museu de Numismática Bernardo Ramos, a Pinacoteca do Estado, o Cine-Teatro Guarany e o Espaço de Referência Cultural do Amazonas/ ERCAM, todos funcionando com regularidade e de forma integrada.
O Palácio Rio Negro foi construído no início do século XX, no ano de 1903, para ser a residência de um rico exportador de borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz que foi também Presidente da Associação Comercial do Amazonas e Cônsul da Áustria.
Conhecido à época como Palacete Scholz, o prédio é um marco do período em que o Amazonas era um dos estados mais prósperos da União.
O declínio do comércio da borracha no Amazonas devido ao desenvolvimento da produção gomífera no continente asiático, somado a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que interrompeu a linha de navegação entre Manaus e Hamburgo, na Alemanha, prejudicou sobremaneira os negócios do comerciante alemão, que teve de hipotecar o imóvel.
Arrematado em leilão pelo rico seringalista Luiz da Silva Gomes, o prédio foi primeiramente alugado ao Estado do Amazonas, no governo do Dr. Pedro de Alcântara Bacellar.
Em 1918, apesar da crise econômica que se abatia sobre o Amazonas e das críticas de seus opositores, o Governador Pedro Bacellar adquiriu o imóvel, que passou a denominar-se Palácio Rio Negro.
O Palácio Rio Negro serviu de sede do Governo e de residência dos governadores até 1959, encerrando-se este período no governo de Gilberto Mestrinho. A partir desta data, até 1995, foi utilizado apenas como sede de Governo.
Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o Palácio Rio Negro é gerenciado pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Amazonas.
Aberto a visitação pública, também é usado para audiências e recepções do Governador do Estado do Amazonas a Chefes de Estado, Embaixadores e demais personalidades.
Cada uma das salas homenageia um governador do Amazonas ao longo da história da República. Nelas é possível admirar mobiliário em estilo manuelino, português, inglês e império, além de belas peças de estilo oriental e Art Nouveau.
O visitante pode apreciar ainda galeria de fotos dos governadores do Estado do Amazonas e as exposições: “O Poder Executivo nas Constituições do Estado”, que apresenta as constituições criadas e suas consequências no poder executivo do Amazonas, e “Símbolos do Estado do Amazonas”, que destaca bandeiras, hinos e brasões.
Representante de parte da história do período áureo da Belle Epóque, o prédio possui um mirante na torre mais alta, proporcionando uma privilegiada vista da cidade de Manaus, com destaque para o tráfego das embarcações regionais nas águas escuras do Rio Negro.