Vista do Monumento Harpa e Busto de Carlos Gomes, Teatro Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil
Manaus - AM
Fotografia
O Estado, em 1897, firmou contrato com o então Domenico de Angelis para a pintura e a decoração do Salão Nobre do Teatro Amazonas.
Entre os trabalhos que deveriam ser realizados, De Angelis teria que confeccionar oito bustos em gesso, pintados em mármore de Carrara. Para homenagear então artistas brasileiros, dentre eles, o maestro e compositor Carlos Gomes que faleceu em setembro de 1896.
O busto, teve sua instalação no Salão Nobre, foi então esculpido por Enrico Quattrini, um dos artistas que fazia parte da equipe de De Angelis e que veio a Manaus para as obras do teatro. Por ocasião das comemorações do Centenário de Nascimento de Carlos Gomes, em 1936, o Governo Federal instituiu, por meio da Lei 221, de 10 de julho desse ano, o dia 11 de julho como o Dia Nacional da Música, atualmente, comemorado em 22 de novembro.
Em Manaus, também em 10 de julho de 1936, seguindo a festividade nacional, a Câmara Municipal aprovou a Lei 118, que abria assim um crédito de dois contos de réis para as despesas com a construção de uma herma em homenagem ao maestro. A construção desse marco, foi a mando do prefeito Antônio Maia. E foi esculpido pelo artista plástico amazonense Olympio de Menezes, com o formato de uma harpa, encimada por um busto de Carlos Gomes.
De acordo com o historiador Mário Ypiranga Monteiro, o busto que ficava sobre a harpa era o mesmo esculpido por Quattrini. Tendo sido, apenas, trasladado do então Salão Nobre para o monumento instalado no jardim frontal do teatro. Esse marco a Carlos Gomes, inaugurado em 11 de julho de 1936, ficou conhecido como a harpa do Teatro devido a sua localização.
Em uma reforma realizada no teatro, na década de 1960, o então monumento perdeu seu aspecto original e o busto desapareceu. Mais tarde, na então administração municipal de Jorge Teixeira, a escultura de Quattrini reaparece instalada em uma mureta na praça Cinco de Setembro (da Saudade). O busto de Carlos Gomes encontra-se, atualmente, no Salão Nobre do Teatro Amazonas, seu local de origem.
Nota do blog: Data da imagem não obtida / Texto de Durango Duarte.
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