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domingo, 29 de dezembro de 2024

Escritório Central do Moinho Santista / Atual Edíficio Induseg, Largo do Café, São Paulo, Brasil

 














Escritório Central do Moinho Santista / Atual Edíficio Induseg, Largo do Café, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


Quem caminha pelas ruas do triângulo histórico do centro de São Paulo e observa todos aqueles edifícios, onde a quase totalidade são antigos, talvez nunca tenha imaginado que um dos mais icônicos tinha originalmente apenas 2 andares, antes de se transformar em um arranha-céu.
A curiosa história deste prédio começa antes mesmo de sua construção, com o crescimento de uma das maiores empresas brasileiras das primeiras décadas do século 20, o Moinho Santista. Originalmente estabelecida na cidade de Santos, pela facilidade de seus negócios e exportações, a empresa muda sua sede para a capital paulista em 1908, em um prédio na rua da Quitanda.
Como o edifício em questão era muito aquém das necessidades da então pujante Santista, a empresa decide construir um novo edifício para abrigar sua sede própria. O local escolhido: o Largo do Café, na época uma das áreas mais valorizadas do centro paulistano.
Nos anos 1910 finalmente é inaugurado o chamado "Escritório Central do Moinho Santista", uma edificação luxuosa de dois andares em estilo neoclássico que passava a abrigar a administração da empresa nos andares superiores e o setor financeiro no térreo, cuja estrutura lembrava muito a de uma agência bancária.
Com o passar dos anos e já associado à multinacional Bunge, o Moinho Santista foi ampliando suas atividades comerciais e a sede do Largo do Café foi ficando cada vez menos adequada para os negócios. Ao invés de demolir sua sede e construir outra a empresa teve uma decisão inusitada: ampliar o edifício.
Na década de 1940 o Moinho Santista transformou sua sede de dois andares em um arranha-céu com 14 e modernas instalações, porém sem alterar a fachada neoclássica original existente. Já os novos andares seguiram um estilo arquitetônico próprio, diferente dos dois andares originais. O prédio, inclusive, passa a ser o mais alto do Largo do Café, o que se mantém inalterado até os dias atuais.
Com o passar dos anos o grupo Bunge, proprietário do Moinho Santista e de outras empresas, transferiu sua sede para outra região da capital e o edifício foi colocado à venda, sendo adquirido pelo Banco do Comércio e Indústria de São Paulo S/A (Comind), que nos anos 1980 chegou a ser um dos cinco maiores do Brasil.
É nesse momento que o prédio recebe um "batismo" e passa a ter nome oficial, sendo chamado de edifício Induseg, nome mantido até os dias atuais apesar de não estar estampado em nenhuma de suas entradas. O nome é a sigla de Companhia Nacional de Seguros do Comércio e da Indústria, uma das empresas do Comind.
O prédio mudaria de dono mais uma vez na década de 1980, o Comind teve suas operações liquidadas pelo Banco Central em 1985. Apesar da mudança de proprietário, o prédio não sofreu alterações e permanece preservado e em bom estado de conservação. Foi tombado pelo Conpresp como patrimônio histórico paulistano no ano de 1992.
Em algum momento após a construção do edifício, não se sabe se na fase inicial ou em sua ampliação, a Santista encomendou painéis artísticos ao escultor Victor Brecheret. Este conjunto ficava no hall principal do prédio, onde atualmente funciona uma farmácia. Contudo, não mais se encontra lá.
Conversei com Sandra Brecheret, filha do artista e presidente da Fundação Escultor Victor Brecheret, sobre o paradeiro da obra. Ela confirmou a existência dos painéis e conta que um deles foi destruído após uma reforma, mas que os demais sobreviveram e chegaram a ser expostos em cavaletes pelo Banco Itaú no início dos anos 2000. Consultei o Instituto Itaú Cultural a respeito da obra, que informou que a obra não faz parte do acervo do grupo Itaú, não tendo, portanto, informações sobre seu paradeiro.
O Centro de Memória Bunge, instituição responsável pela preservação e gestão da memória empresarial do Grupo Bunge, que inclui o acervo do Moinho Santista, possui uma réplica em miniatura da obra. Está é a única imagem que temos desse painel. A pergunta que não quer calar ficará, portanto, no ar: onde foi parar o painel de Victor Brecheret? Texto do São Paulo Antiga.
Localizado no Largo do Café, 11 / Rua São Bento, 308.
Nota do blog: Imagens 1 a 4, data década de 1920, crédito para Centro de Memória Bunge / Imagem 5, data 1957, autoria desconhecida / Imagens 6 e 7, data 2024, crédito para São Paulo Antiga / Imagem 8, data desconhecida, crédito para Centro de Memória Bunge.

domingo, 22 de dezembro de 2024

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

"Mais uma fotomontagem com mesmo tema no Largo da Ordem. Aqui garotos aproveitam uma pausa para alimentar os cavalos junto ao bebedouro, antes de seguirem para alguma das muitas chácaras nos arredores da Curitiba de antigamente. Esses carroções ainda rodavam nesses pontos da cidade no início da década de 50 do século passado."
Nota do blog: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.

Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil


 

Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

"Minha fotomonagem de hoje, com uma cena fotografada em 1938, que mostrava alguns dos vários colonos, poloneses ou italianos, que se reuniam no principal ponto da Curitiba daqueles tempos. Certamente esse era o momento em que descansavam e davam de beber aos animais no Largo da Ordem. Aparentemente os homens ali ficavam, enquanto as senhoras colocavam as rezas em dia, ou faziam compras no comércio local antes de seguirem cada qual para uma das inúmeras chácaras dos arredores que, com o passar dos tempos, dariam origem aos muitos bairros ao redor do centro da cidade."
Nota do blog: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Centro Histórico de Curitiba, Paraná, Brasil


 

Centro Histórico de Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Todos os domingos o Centro Histórico de Curitiba fica repleto de visitantes e turistas, todos atraídos pela tradicional feirinha de artesanato e curiosidades da capital paranaense. Muitos deles até adentram os templos que lá existem, mas poucos imaginam como foi um dia a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Benedito (Salvo engano esse o nome completo). Foi a terceira igreja construída na Curitiba de antigamente. A foto usada na montagem de hoje mostra como era a primeira igreja do Rosário, em estilo colonial, construída por e para os escravos tendo sido inaugurada em 1737.
Nota do blog: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Procissão no Centro, 1928, Curitiba, Paraná, Brasil





Procissão no Centro, 1928, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia

Procissão realizada em 1928, na atual rua Dr. Claudino dos Santos / Centro Histórico de Curitiba.
Ao fundo, é possível ver o Palácio Garibaldi / Sociedade Garibaldi.
Imagem, provavelmente, tomada a partir da Casa Hoffmann.
Na imagem 2, veja como se encontra o local atualmente.
Nota do blog: Imagem 1, data 1928, autoria de Julius Hoffmann, crédito para Paulo José da Costa / Imagem 2, data 2019, crédito para o Google Maps.

domingo, 17 de março de 2024

Centro Histórico, São Paulo, Brasil

 






Centro Histórico, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia



Cena da Capitão Salomão*, antiga rua da Esperança. No alto (indicada com a seta), a Igreja Nossa Senhora dos Remédios — ao lado da então acanhada praça João Mendes. À esquerda, a travessa do Quartel, atual rua Felipe de Oliveira. Todo o casario existente à direita, entre as ruas Capitão Salomão e Marechal Deodoro foi demolido para a remodelação do Largo da Sé, futura praça e a demorada construção da Igreja Metropolitana da Sé. De autoria do célebre fotógrafo italiano Aurélio Becherini, a imagem foi registrada em 1912.
*Através do Ato nº 2187 de 27/09/1923, a Capitão Salomão (antiga rua da Esperança) foi "transferida" e renomeou a travessa Paysandú no largo homônimo.

Centro Histórico, Circa 1910, São Paulo, Brasil

 






Centro Histórico, Circa 1910, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia 

Vista registrada por Aurélio Becherini em c.1910 — a partir da rua Rodrigo Silva em direção à Quintino Bocaiúva (antiga rua do Príncipe) que se inicia na rua Direita. No plano médio à esquerda, o início da rua Riachuelo. Descendo a rua Quintino Bocaiúva, observe à esquerda, o pequeno prédio de 2 pavimentos e mais abaixo, após a rua Riachuelo um de 2 e outro de 3 pavimentos. Os três (indicados com a seta) ainda sobrevivem. Na cena capturada no mesmo ponto pelo Google Maps em 2023, constata-se que eles resistiram à especulação imobiliária — embora descaracterizados no piso térreo.

terça-feira, 9 de maio de 2023

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Rua do Quartel com Travessa do Quartel, 1914, São Paulo, Brasil






Rua do Quartel com a Travessa do Quartel, 1914, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

A foto superior, de autoria de Aurélio Becherini, foi registrada em 1914 e mostra à direita, a rua do Quartel (atual Onze de Agosto), esquina com a então travessa do Quartel — renomeada como rua Felipe de Oliveira. A 2ª construção assobradada é justamente o Quartel de Linha.
Na cena obtida através do Google Maps em 2021, observamos o Palácio da Justiça que ocupou o espaço das construções demolidas. À esquerda, na Anita Garibaldi (antiga rua do Trem), a Central do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

domingo, 17 de novembro de 2019

Detalhe do Centro, 1938, São Paulo, Brasil


Detalhe do Centro, 1938, São Paulo, Brasil 
São Paulo - SP
Fotografia


Vista panorâmica tomada a partir do Palácio da Justiça, nesta época funcionando parcialmente e ainda inacabado (só seria inaugurado em 1942). A direita, a rua Anita Garibaldi, a antiga rua do Trem em direção à rua do Carmo e Igreja da Ordem Terceira do Carmo. O cruzamento visto mais aquém é a rua Silveira Martins, antiga rua das Flores. Em primeiro plano, as instalações utilizadas pelo Corpo de Bombeiros (o Quartel do Batalhão de Bombeiros Sapadores está à extrema direita e não aparece na imagem). Ao fundo, o Parque Dom Pedro II, o Palácio das Indústrias, o Gasômetro e a Igreja Nossa Senhora do Pari.
Os dois quarteirões compreendidos entre as ruas Anita Garibaldi, do Carmo, de Santa Theresa, Onze de Agosto (antiga rua do Quartel) e Felipe de Oliveira (antiga travessa do Quartel), desapareceram para a abertura da Praça Clóvis Bevilácqua. Com exceção da Igreja e do edifício na esquina da rua Silveira Martins, o restante foi demolido.