Blog destinado a divulgar fotografias, pinturas, propagandas, cartões postais, cartazes, filmes, mapas, história, cultura, textos, opiniões, memórias, monumentos, estátuas, objetos, livros, carros, quadrinhos, humor, etc.
Mostrando postagens com marcador Largo da Ordem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Largo da Ordem. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
"Mais uma fotomontagem com mesmo tema no Largo da Ordem. Aqui garotos aproveitam uma pausa para alimentar os cavalos junto ao bebedouro, antes de seguirem para alguma das muitas chácaras nos arredores da Curitiba de antigamente. Esses carroções ainda rodavam nesses pontos da cidade no início da década de 50 do século passado."
Nota do blog: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.
Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
"Minha fotomonagem de hoje, com uma cena fotografada em 1938, que mostrava alguns dos vários colonos, poloneses ou italianos, que se reuniam no principal ponto da Curitiba daqueles tempos. Certamente esse era o momento em que descansavam e davam de beber aos animais no Largo da Ordem. Aparentemente os homens ali ficavam, enquanto as senhoras colocavam as rezas em dia, ou faziam compras no comércio local antes de seguirem cada qual para uma das inúmeras chácaras dos arredores que, com o passar dos tempos, dariam origem aos muitos bairros ao redor do centro da cidade."
Nota do blog: O presente post reproduz fotomontagem e texto de Marcos Nogueira. Para quem não conhece, ele realiza minuciosas pesquisas e "reconstrói" edificações históricas com quase todos os detalhes originais, usando como base fotos de época, além de também inserir essas mesmas construções antigas em cenários atuais, mostrando onde eram localizadas. Um trabalho belíssimo que merece ser compartilhado e conhecido.
terça-feira, 28 de novembro de 2023
Festa de São Francisco, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Festa de São Francisco, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal
domingo, 12 de novembro de 2023
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, 1945, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, 1945, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Nota do blog: Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem).
Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, Circa 1915-1916, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, Circa 1915-1916, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Nota do blog 1: Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem).
Nota do blog 2: No dia estava ocorrendo uma procissão.
Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, 1914, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, 1914, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Nota do blog: Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem).
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
A imagem permite uma boa visão do local, quase dá para "entrar" no armazém do Roque e comprar algum produto.
Destaque para os veículos da época: uma Rural, Fuscas, lambretas, além de um belissímo veículo Hudson 1947, de um tempo diverso da imagem.
O estado que o imóvel se encontrava só ressalta o bom trabalho de restauração efetuado.
Nota do blog 1: Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem).
Nota do blog 2: A imagem é, provavelmente, do ano de 1970. O imóvel foi desapropriado neste mesmo ano, passando por restauro para se tornar, posteriormente, Casa Romário Martins, sendo reinaugurado em 1973. Outro indício a se considerar é o péssimo estado e pintura do imóvel, o que parece demonstrar que o dono já sabia que seria desapropriado, não tendo motivos para reformar ou cuidar.
terça-feira, 31 de outubro de 2023
sábado, 28 de outubro de 2023
Fachada da União Comercial / Atual Casa Vermelha, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Fachada da União Comercial / Atual Casa Vermelha, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
quarta-feira, 18 de outubro de 2023
segunda-feira, 16 de outubro de 2023
Bebedouro, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Bebedouro, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Nota do blog: Imagem da primeira década de 1900, vê-se o bebedouro em sua forma original, com dez colunas, além de outras duas unidas por um arco, tendo ao centro uma espécie de tanque que armazenava a água. Tal formato permitia que diversos animais pudessem saciar sua sede simultaneamente, fato que condenou o uso da água deste bebedouro para a população.
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
A Casa Romário Martins é o último exemplar da arquitetura colonial portuguesa no centro de Curitiba.
Edificação térrea com telhado em quatro águas, foi construída em alvenaria de pedra para servir de moradia e casa de comércio.
Construída no século XVIII, foi moradia, açougue e armazém de secos e molhados.
Desde 1973, restaurada, funciona como um espaço cultural.
Seu nome é uma homenagem ao jornalista, político e historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948).
Localizada no Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem), número 30.
Nota do blog: Imagens de 2023 / Crédito para Jaf.
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
domingo, 13 de novembro de 2022
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Interior do Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, Anos 1920, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Interior do Armazém de Secos e Molhados de Guilherme Etzel / Atual Casa Romário Martins, Anos 1920, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Nota do blog: Data década de 1920 / Autoria desconhecida.
Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Casa Romário Martins, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Origem: Considerada um dos últimos remanescentes da arquitetura de estilo colonial português em Curitiba, a Casa Romário Martins foi construída provavelmente no século XVIII. Durante o século XIX, um de seus proprietários foi Lourenço de Sá Ribas, que a comprou da Irmandade do Santíssimo Sacramento.
As paredes externas, de pedras, fizeram com que o edifício ficasse conhecido em outras épocas como a “casa das pedras”. Suas divisões internas eram de taipa, o assoalho de tabuado largo e as janelas e portas em arco.
No início do século XX, partes da Casa Romário Martins pertenciam a Fridulpho da Silva Pereira e sua mulher, bem como a João Manoel de Sá Ribas e sua mulher. Ali funcionava o Armazém de Paiva.
O Armazém de Guilherme Etzel: A partir de 6 de março de 1902, o imigrante alemão Guilherme Etzel foi, aos poucos, adquirindo a Casa Romário Martins. Sob sua propriedade, ele abriu no local um Armazém de Secos e Molhados, comércio tradicional em regiões com bastante circulação de pessoas, como era o caso do Largo da Ordem.
Nos anos seguintes, há diversos registros de compra de outros edifícios e lotes por Guilherme Etzel, todos localizados no Largo da Ordem. Exemplo disso é o caso de um sobrado que divide parede com a Casa Romário Martins, na Rua São Francisco (e que até hoje está preservado!). Ele foi também construído por Guilherme Etzel, em 1911, ao que tudo indica para servir ao comércio no andar térreo, e à moradia no segundo andar. Anos mais tarde, esse sobrado ficou conhecido como Casa Piekarz, por ter sido alugado pelo alemão Roque Piekarz, que nele instalou uma hospedaria.
Todos esses exemplos mostram que Guilherme Etzel foi um imigrante com posses, fato que o possibilitou investir em imóveis e negócios naquela que era a região mais movimentada de Curitiba.
O Armazém do Roque: Registros da escritura mostram que, em 1925, a Casa Romário Martins e o sobrado ao lado foram vendidos pela família Etzel. A nova proprietária foi a viúva Adelaide Kopp.
De 1930 até a década de 1970, a Casa Romário Martins foi alugada para fins comerciais, abrigando o Armazém Roque, um açougue e uma peixaria no anexo construído ao lado. Esses diversos usos do imóvel transformaram-no por completo: sua estrutura já era muito diferente da original.
Além disso, os demais edifícios antigos do Largo da Ordem se encontravam deteriorados, já que não havia uma política de preservação.
O ressurgimento da Casa Romário Martins: Até então, a Casa Romário Martins não tinha esse nome e nem mesmo era um patrimônio público tombado e preservado. Ela somente ressurgiu dessa forma quando houve a transformação de um dos espaços mais conhecidos de Curitiba: o Largo da Ordem.
No início da década de 1970, o IPPUC elaborou um Plano de Revitalização do Setor Histórico de Curitiba, que tinha como objetivo dar uma nova cara e utilidade aos espaços públicos do centro de Curitiba.
Uma das principais medidas desse Plano foi a transferência da feirinha de artesanato que acontecia na Praça Zacarias para o Largo da Ordem, que acarretou na modificação de vários dos espaços do Largo.
Em 1970, o imóvel que viria a ser a Casa Romário Martins foi desapropriado pela prefeitura e passou por um processo de restauro elaborado pelo arquiteto Cyro Corrêa Lyra, que durou até 1973.
Nesse processo constatou-se que — pela idade mais que centenária do prédio e pelas diversas utilidades que teve ao longo do tempo — sua fachada e o interior foram descaracterizados.
O restauro executado, no entanto, conseguiu recuperar boa parte do aspecto externo da Casa Romário Martins. Por sua vez, não foram refeitas as divisórias originais dos cômodos, justamente para que o espaço interno ficasse amplo e pudesse, assim, receber atrações culturais, como as exposições, que até hoje acontecem no seu interior.
Após 3 anos de restauro, em 1973 a casa colonial do Largo da Ordem foi reinaugurada com o nome Romário Martins, para homenagear este que foi um importante personagem paranaense. Inicialmente, ela abrigou o Arquivo Histórico Municipal — semelhante à atual Casa da Memória —, mas desde 1981 é um espaço de exposições relacionadas à memória da história de Curitiba.
Romário Martins: Alfredo Romário Martins (1874-1948) foi um historiador, jornalista e político curitibano. Desde muito jovem (15 anos), começou a trabalhar em jornais e, promovido a redator, tomou gosto pela História. O Museu Paranaense esteve sob sua direção por mais de 20 anos. Na política, Alfredo Romário Martins foi vereador e, como deputado estadual (reeleito 9 vezes), criou os brasões do Estado do Paraná e do município de Curitiba, a bandeira do Paraná, regulou o corte de madeira e estabeleceu a data de 29 de março de 1693 como a data oficial da fundação da capital paranaense. Antes de completar 18 anos, casou-se com Benedita Menezes Alves, sobrinha do poeta Emílio de Menezes. No mesmo ano, estreou como escritor com a obra “O Combate de Cormorant”, sobre o bombardeamento do navio inglês no Forte da Ilha do Mel, ocorrido em 1850.
Um ano depois, publicou a primeira obra oficial sobre a “História do Paraná”, seguida de vários outros livros, sendo os mais relevantes para a História: “O Que é o Paraná” e “Terra e Gente do Paraná”. Em 1900 criou o Instituto Histórico e Geográfico Paranaense. Defendeu o Paraná nas questões do Contestado quando, em 1901, Santa Catarina ingressou com uma ação reivindicatória relativa aos limites territoriais do Paraná. Foi um intenso ativista em prol da causa paranaense e, ainda no início do século XX, esteve entre os intelectuais que idealizaram o Movimento Paranista.
Arquitetura Colonial: Entre o fim do século XIX e início do século XX — com a proclamação da República — a cidade de Curitiba buscou se urbanizar e se modernizar. Foi então que muitos edifícios de estilo colonial, muitos dos quais com mais de 100 anos, foram reformados ou mesmo demolidos para dar lugar a prédios de estilos mais modernos.
Por isso, a preservação da Casa Romário Martins ganha ainda mais importância, por representar um dos últimos remanescentes da arquitetura colonial na capital paranaense, juntamente com sua vizinha, a Igreja da Ordem. Texto do Turistória.
Nota do blog: Data e autoria das imagens não obtidas.
sábado, 15 de outubro de 2022
Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia - Cartão Postal
Nota do blog 1: Destaque para o Palacete Wolf (à direita), Igreja da Ordem (ao fundo), Igreja do Rosário (à esquerda).
Nota do blog 2: Cartão postal circulado em 24/11/1900.
sexta-feira, 22 de abril de 2022
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Anos 60, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Armazém do Roque / Atual Casa Romário Martins, Anos 60, Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Localizada no Largo Coronel Enéas (Largo da Ordem), número 30, no Setor Histórico da cidade, a Casa Romário Martins é o último exemplar de arquitetura colonial portuguesa existente em Curitiba.
A edificação guarda as características das casas curitibanas do início do século XIX, que apresentavam, em geral, um único pavimento, sendo muitas delas construídas à base de pedra.
A casa já foi utilizada como moradia até o início do século passado, quando passou a abrigar o armazém de secos e molhados de propriedade de Guilherme Etzel e, a partir de 1930, o armazém do Roque. Manteve atividades comerciais até sua desapropriação, em 1970, pela Prefeitura Municipal de Curitiba. Restaurada conforme projeto do arquiteto Cyro Lyra, a Casa Romário Martins foi tombada pelo Estado em 1971 e incorporada ao patrimônio histórico curitibano.
A denominação Romário Martins foi uma homenagem ao historiador paranaense, nascido em Curitiba em 1874, e que jamais residiu no imóvel.
A casa já foi utilizada como moradia até o início do século passado, quando passou a abrigar o armazém de secos e molhados de propriedade de Guilherme Etzel e, a partir de 1930, o armazém do Roque. Manteve atividades comerciais até sua desapropriação, em 1970, pela Prefeitura Municipal de Curitiba. Restaurada conforme projeto do arquiteto Cyro Lyra, a Casa Romário Martins foi tombada pelo Estado em 1971 e incorporada ao patrimônio histórico curitibano.
A denominação Romário Martins foi uma homenagem ao historiador paranaense, nascido em Curitiba em 1874, e que jamais residiu no imóvel.
A Casa Romário Martins abrigou, provisoriamente, o Arquivo Histórico Municipal, que na época estava em fase de organização. Com a ampliação de suas atividades e a necessidade de um espaço mais adequado, o arquivo foi transferido, em 1981, para a recém-criada Casa da Memória. Dessa forma, a Casa Romário Martins tornou-se um espaço de importantes exposições para o resgate das memórias mais significativas da cidade de Curitiba. Trecho de texto da Fundação Cultural de Curitiba.
Nota do blog 1: Como curiosidade, reparem na cinta de couro colocada no capô da DKW. Moda da época, dizia-se que a DKW "corria demais" (kkk!) e, devido a velocidade, o capô podia abrir...rs. É verdade que houveram alguns casos de abertura, mas nada tinham a ver com a velocidade da DKW. Eram, sim, defeitos de construção do modelo, ainda estávamos no início da indústria automobilística no Brasil.
Nota do blog 2: Data década de 60 / Autoria desconhecida.
sábado, 19 de fevereiro de 2022
Bebedouro do Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Bebedouro do Largo da Ordem, Curitiba, Paraná, Brasil
Curitiba - PR
Fotografia
Antes de conhecer a história do bebedouro do Largo da Ordem, que tal entender porque ele se chama bebedouro do “Largo da Ordem”?
Antes de se chamar Largo da Ordem, o largo se chamava “Largo Coronel Enéas”, uma figura importante do cotidiano curitibano no século XIX. O largo ganhou esse nome após a morte do militar que atuou na política, na gestão de obras de infraestrutura da capital e como juiz de paz.
No início do século XX o Largo Coronel Enéas passou a se chamar Largo da Ordem em função da igreja da Ordem Terceira de São Francisco, que no século anterior (1834), acabou desmoronando e só foi totalmente restaurada no século XX. Os jornais da época (1978) noticiaram as obras na igreja e a necessidade de preservação de uma das construções mais antigas da cidade com a manchete “Restaure-se a Ordem”. Desde então o “Largo Coronel Enéas” passou a se chamar “Largo da Ordem”.
Durante anos, o bebedouro do “Largo Coronel Enéas”, construído em 1855, viu passar por aquelas vielas de paralelepípedo muito da vida cotidiana da capital paranaense. Ali ficava o principal centro comercial da cidade de Curitiba. Os colonos, com suas carroças abarrotadas de produtos agrícolas vindos das colônias de imigrantes, e os tropeiros se aglomeravam ao redor do bebedouro para dar de beber seus cavalos e fazer seus negócios.
Antes da construção do bebedouro, os donos do comércio local disponibilizavam a água aos baldes, água essa, que vinha de duas bicas e do Rio Ivo, hoje canalizado. As duas bicas eram chamadas de “Carioca do campo”, localizada na atual Rua Riachuelo e “carioca de baixo”, localizada na Av. Marechal Deodoro. A “Carioca de baixo”, anos depois, se transformou na praça Zacarias, onde ainda hoje existe um chafariz com torneiras, simbolizando aquelas, que antes eram utilizadas para o fornecimento de água da população.
“Cariocas” eram os locais onde haviam estruturas construídas para que as pessoas pudessem pegar a água aos baldes em um olho d’água. Essa estrutura era feita de um tipo de argamassa e óleo de baleia, que servia para decantar a argila e areia da água que brotava do solo. O nome “Carioca” faz referência aos primeiros sistemas de abastecimento de água do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, trazidos pelos portugueses no período Colonial.
O centro de Curitiba era um local úmido, cheio de nascentes e vertedouros, porém, a crescente demanda da população e dos animais, além de questões sanitárias, tornou impossível o compartilhamento das fontes. Assim, o Bebedouro do Largo da Ordem foi construído para atender a demanda de uso exclusivo dos animais que carregavam as carroças, transformando-se na principal parada dos colonos que vinham da estrada do Assungui, atual Mateus Leme, importante rota de comércio que ligava as colônias desde Cerro Azul até a vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, nossa Curitiba.
Não havia na cidade de Curitiba um sistema de água e esgoto encanado na cidade, para suprir as demandas da época foram instalados fontes e bebedouros nos principais locais de compra e venda de produtos vindos das colônias. Apenas em 1904 o primeiro contrato de para obras de abastecimento público foi assinado e a partir de 1908 Curitiba passou a ter o primeiro sistema de abastecimento de água.
Nem sempre o bebedouro teve o formato que tem hoje, inicialmente o bebedouro possuía um formato de cálice, com estrutura em metal. O formato em trapézio, com estrutura de pedras e uma bacia de metal foi fruto de uma reforma, realizada através dos esforços do governador da época, Manoel Ribas, que assumiu a liderança do governo em 1935. Desde então, permanece como cenário de passagem de moradores e turistas ou para os frequentadores da feira dominical do Largo da Ordem.
Assinar:
Postagens (Atom)