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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Protesto "Olhai por Nóis", Pátio do Colégio, 2018, São Paulo, Brasil



 

Protesto "Olhai por Nóis", Pátio do Colégio, 2018, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Erguido entre 1954 e 1979, o falso conjunto jesuítico do Pátio do Colégio (ou Pateo do Collegio como alguns teimam em grafar afetadamente) é uma réplica do que se supõe ter sido a construção que originou o núcleo inicial da atual cidade de São Paulo. Embora ele tente parecer (e muitos incautos acreditem ser de fato) remanescente do século 16, o prédio é na verdade um exemplar paulistano de “falso histórico”. Finge ser antigo, e até engana bem, mas na verdade foi construído em época bastante recente.
A história do prédio, que na foto 2 do post, de 1976, aparece em sua última fase de construção, é conhecida e não vale a pena retomá-la aqui. O que quero mesmo comentar é o acontecimento que causou comoção nas redes sociais e na grande imprensa esta semana: na terça-feira, 10 de abril, o edifício amanheceu com um garrafal “Olhai por Nóis” pixado (ou pichado, como preferem os puristas da língua) em sua fachada.
A intervenção usou técnica difundida desde a década de 1990 em cidades como Los Angeles, Nova York e Paris, mas que só em 2012 desembarcou em muros brasileiros: o uso de extintores de incêndio carregados com tinta, o que permite intervenções de grande proporção. Graças a essa técnica, numa ação que durou pouco mais de um minuto, gravada pelas câmeras de segurança do local, a fachada foi inteiramente coberta, o que teria sido impossível de se produzir com os tradicionais sprays.
Reações indignadas vieram instantaneamente. Uma das primeiras foi a do próprio poder público: poucas horas depois da ação, em uma inflamada postagem no Facebook, o subprefeito da Sé, Eduardo Odloak, qualificava a intervenção como “um crime contra a cidade e todos os paulistanos de bem” (grifos no original). Em vídeo gravado no próprio local, o subprefeito anunciava: “Nós não vamos deixar quieto. Isto aqui é um ato criminoso contra a nossa cidade!”.
A grande imprensa aderiu ao discurso, classificando a pixação como ato de vandalismo e o prédio pixado como edifício histórico. Essa construção discursiva – a de um condenável ato criminoso cometido contra edifício histórico – dominou também o debate que se seguiu nas redes sociais. Este último, como costuma acontecer, se deu de maneira desalentadoramente rasa e estereotipada. Não faltou nem mesmo quem atribuísse o crime a apoiadores do PT, enxergando indícios de autoria na cor vermelha usada na intervenção!
Também não faltou no raso debate quem se incomodasse com a grafia do pronome pessoal empregado na pixação: não bastasse agredir o patrimônio, agrediu-se também a língua portuguesa. “É nós e não nóis!”, “Nem escrever direito sabem?”, gritaram não poucos puristas da língua, para os quais até os crimes devem ser cometidos respeitando a norma culta.
Não entenderam, esses zeladores do prédio e do idioma, que a súplica pixada no Pátio do Colégio não é para ninguém olhar por nós. Ao contrário, nós é que fomos chamados a olhar por “nóis”, aqueles para os quais jamais olhamos. É sintomático que, mesmo após uma súplica tão eloquente, toda nossa atenção e indignação tenham se dirigido à agressão ao prédio, incapazes que somos de olhar para “nóis”. A própria população que se refugia no Pátio, embora captada pelas mesmas imagens de segurança, não mereceu qualquer parcela de atenção.
Mas os indignados podem ficar tranquilos: em pouco tempo a situação se normalizará. A fachada ficará branca de novo (oh, desperdício de recursos!), e “nós” poderemos voltar a admirar orgulhosos esse prédio histórico de 1979. Ainda que, para tanto, tenhamos que desviar de uns tantos “nóis” inconvenientes que insistem em ficar por lá atrapalhando.
Tudo isto pra dizer que São Paulo precisava mesmo ouvir um vigoroso “olhai por nóis”. Podem me pixar. Texto de M. Jayo.
Nota do blog 1: Sou contra fazer protestos por meio de depredação de patrimônio público. Embora eu entenda a indignação do autor com certas coisas, há outras meios de se protestar sem causar prejuízo à bens públicos. Mas recomendo a leitura do artigo devido conter boas informações históricas e, como de costume, ser bem escrito.
Nota do blog 2: Imagem 1, data 2018, crédito para Pedro Pinto / Imagem 2, data 1976, crédito para Waldemir Gomes de Lima.

domingo, 22 de dezembro de 2024

domingo, 8 de setembro de 2024

Vista Aérea do Pátio do Colégio, 1971, São Paulo, Brasil


 

Vista Aérea do Pátio do Colégio, 1971, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia 

É possível observar as obras de reconstrução em estágio adiantado, bem como a demolição do prédio vizinho à Casa da Imagem, na rua Roberto Simonsen.
Nota do blog: Data 1971 / Autoria não obtida.

domingo, 7 de julho de 2024

Igreja do Colégio, São Paulo, Brasil (Igreja do Colégio) - B. J. Tobias


 

Igreja do Colégio, São Paulo, Brasil (Igreja do Colégio) - B. J. Tobias
São Paulo - SP
Coleção privada
Óleo sobre placa - 29x37

Igreja do século XVIII.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Pátio do Colégio, São Paulo, Brasil


 



Pátio do Colégio, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia - Cartão Postal

O complexo histórico-cultural-religioso "Pateo do Collegio" pertence à Companhia de Jesus, ordem religiosa dos jesuítas. Em meio aos arranha-céus do centro da capital paulista, o "Pateo do Collegio", berço dessa que se tornou uma das maiores metrópoles do mundo, foi o local onde São Paulo nasceu. Em 1554, o Padre Anchieta, após expedição que partiu do litoral, resolveu construir uma dependência para servir de alojamento e colégio para catequização dos índios, fundando assim a cidade de São Paulo.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

quinta-feira, 1 de março de 2018