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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Ram 1500, Estados Unidos
Ram 1500, Estados Unidos
Fotografia
Desde que a nova Ram 2500 chegou ao Brasil, há cerca de um ano, muitos fãs da marca criaram expectativa em torno de outra picape: a 1500. Afinal, essa irmã menor dispensa habilitação para caminhão – além das restrições de circulação e limitações de velocidade.
Mas aí vieram a alta do dólar, a pandemia da Covid-19… e, o que parecia certo, se tornou cada vez mais distante. E não é que, agora, a empresa resolveu bater o martelo?
Só que a novidade não chegará às lojas como uma opção mais acessível, já que os preços partem de R$ 399.990 – e até puxaram a 2500 para cima na tabela.
Em relação ao tamanho, não espere que a “caçula” norte-americana seja concorrente para Chevrolet S10, Ford Ranger e VW Amarok.
Para ter ideia, com 5,92 m de comprimento, a Ram 1500 é quase 60 cm maior que uma Toyota Hilux. E, só no entre-eixos de 3,67 m, caberia um Fiat Mobi (e ainda sobrariam 10 cm de folga).
Na altura, os 2,01 m superam com facilidade até verdadeiros trambolhos, como o finado Hummer H1, sem falar que os 2,08 m de largura ultrapassam a Mercedes-Benz Sprinter.
É claro que esse latifúndio garante espaço de sobra – e não apenas para pessoas: há dois bagageiros nos para-lamas traseiros, com 103 litros cada um e até tomada de 115 V.
Dentro, há 151 litros divididos em diferentes porta-objetos, que incluem dois compartimentos sob o assoalho traseiro e um vão sob os assentos da segunda fileira.
No console central, cabe até um notebook de 15 polegadas e também há outra tomada de 115 V. E a picape ainda tem espalhados nove portas USB e um carregador sem fio.
Durante o lançamento, os executivos da fábrica insistiram em falar do apelo de luxo que a Ram 1500 terá por aqui. Por isso, a lista de equipamentos é recheada de itens que nem sequer existem na irmã maior, como o teto solar panorâmico (o head-up display chegará em breve à 2500).
E não faltam aquecimento em todos os bancos e volante, retrovisor com câmera traseira, ajuste elétrico da altura dos pedais e sistema de som da Harman Kardon de 900 W com 19 alto-falantes e subwoofer, entre outros.
Mas é bem provável que, apesar de todos esses recursos, a principal estrela da cabine seja a central multimídia de 12 polegadas, exatamente igual àquela utilizada pela irmã maior.
Afinal, ela não controla somente funções de áudio, mas também o funcionamento e as configurações do próprio veículo, assim como ar-condicionado digital bizona.
Dividida em duas partes, permite que o usuário escolha a disposição da melhor maneira. E ainda oferece câmeras de 360 graus, além de conexão por Apple CarPlay e Android Auto.
Para quem procura vida mansa, a boa notícia é que a Ram 1500 também tem condução semiautônoma, com piloto automático adaptativo (com função Stop&Go, que permite o uso no trânsito, por exemplo), sistema de frenagem de emergência com reconhecimento de pedestres, assistente de permanência em faixa capaz de atuar diretamente na direção e assistente automático para balizas.
Para facilitar a vida na cidade, até o freio de estacionamento por pedal foi trocado por um botão.
Se o V8 5.7 Hemi é suficiente para garantir o título de picape mais potente do país, com 400 cv, também serve como calcanhar de Aquiles para a estreante. Afinal, é movido somente a gasolina. Em relação ao torque, são 56,7 kgfm (a 2500, 6.7 turbodiesel, tem 365 cv e 110 kgfm).
A fábrica diz que a novata chega aos 100 km/h em 6,4 segundos. Já o consumo pelo Inmetro é 5,6 km/l na cidade e 6,6 km/l na estrada.
E olha que, para melhorar as médias, esse modelo (que supera 2,5 toneladas) tem motor que desativa até quatro de seus cilindros e grade dianteira ativa que favorece a aerodinâmica.
Ainda que os números pareçam de esportivo, não se deixe levar por essa ideia. Na verdade, a Ram 1500 corresponde melhor às expectativas de quem procura conforto e versatilidade.
Talvez por isso o ajuste de suspensão, cerca de 2,5 cm mais alta e que tem amortecedores da Bilstein nessa configuração Rebel (única trazida ao Brasil), seja melhor para absorver buracos e imperfeições do que para conter rolagens da carroceria nas curvas.
E a direção elétrica segue a receita voltada à maciez.
Todas as respostas são progressivas e anestesiadas, como era a fórmula dos veículos norte-americanos de décadas atrás. Não há reações rápidas aos movimentos do volante, que é pouco comunicativo.
E nem mesmo a aceleração não parece tão brutal quanto a ficha técnica faz parecer.
Para completar o isolamento da cabine – não somente nas reações, mas também nas sensações que transmite aos ocupantes –, a estreante tem cancelamento ativo de ruídos e vidros dianteiros laminados.
Naturalmente, como em qualquer picape, a tendência é sair de traseira – contribuem os pneus de uso misto, piores no asfalto.
Só que o controle de estabilidade ultraconservador está sempre presente e atua para que, antes mesmo do limite da aderência, a Ram 1500 fique mais dianteira (reduzindo riscos de acidentes).
Para conseguir alguma ousadia ao volante, é preciso desligar as assistências, o que não é recomendado para o dia a dia. Foi assim que produzimos a foto queimando pneus e derrapando.
É fora de estrada que a picape realmente se destaca. Não apenas pela distância em relação ao solo de 24,9 cm, mas pela capacidade de ignorar boa parte dos obstáculos sem colocar em risco o conforto a bordo.
Já o sistema de tração nas quatro rodas, que tem as funções High e Low (essa segunda serve só para baixas velocidades), não tem diferencial central, o que limita a utilização em terra e lama, por exemplo.
E, como já é padrão, todos os acionamentos são feitos eletronicamente por botões.
Claro que há algumas incoerências para nosso mercado, como a capacidade de carga de apenas 610 kg – 40 kg menos que a Fiat Strada de cabine dupla.
Mas a caçamba também tem soluções engenhosas, principalmente para o uso no dia a dia previsto pelo fabricante no Brasil, como é o caso da tampa traseira multifuncional, que abre para baixo, como nas picapes tradicionais, e também para os lados, facilitando o acesso à parte traseira dentro de uma garagem.
Com lançamento confirmado para abril de 2021, a novata chegará, inicialmente, só com o pacote completo – e está prevista para custar cerca de R$ 420.000.
E a marca não revela quantas unidades pretende vender ano que vem, mas vale dizer que a Ram 2500 chegou às lojas com meta de 700 unidades em 12 meses e deve fechar este ano com 1.500 emplacamentos.
Agora resta saber se o público também receberá bem uma picape movida só a gasolina pelo preço da irmã maior (referência no segmento). Se for pela CNH especial, talvez seja melhor voltar à autoescola.
Confortável e bem recheada, novata repete os trunfos da Ram 2500, mas esbarra no motor a gasolina e no preço próximo ao da irmã.
A Caipirinha (A Caipirinha) - Tarsila do Amaral
A Caipirinha (A Caipirinha) - Tarsila do Amaral
Coleção privada
OST - 60x81 - 1923
Na próxima semana, em 17 de dezembro, quinta-feira, a Bolsa de Arte leiloará uma das obras mais icônicas da pintora Tarsila do Amaral: “A Caipirinha”, pintada em óleo sobre tela. Inicialmente, o leilão terá o lance de 47 milhões de reais, o que é um recorde para um artista brasileiro.
Segundo notícia publicada no UOL, a obra de arte pertencia ao empresário Salim Taufic Schahin, um dos sócios do grupo Schahin, mas foi confiscada pela Justiça depois que a empresa faliu em 2018, em virtude de dívidas de cerca de 6,5 bilhões de reais, que surgiram após denúncia no escândalo da Lava Jato.
“Nunca houve uma obra dessa relevância e deste valor sendo vendida no Brasil, por isso o leilão deve gerar uma grande expectativa. Até então, os dois recordes de vendas públicas no país eram de ‘Superfície Modulada nº 4’, de Lygia Clark, que alcançou R$ 5,3 milhões em 2013, e ‘Vaso de flores’, de Guignard, arrematada dois anos depois por R$ 5,7 milhões em valores da época”, declarou o presidente da Bolsa de Arte Jones Bergamin, conhecido como Peninha.
“A Caipirinha” foi finalizada quando Tarsila viajou pela segunda vez à Paris, em 1923, década vista por muitos críticos de arte como a mais importante da trajetória de Amaral. A obra mostra a transformação da artista Modernista em uma ‘pintora de sua terra’.
“Sou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte dos nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academias”, declarou Tarsila do Amaral na época.
Avenida Severino Meirelles, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil
Avenida Severino Meirelles, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil
Santa Rita do Passa Quatro - SP
Fotografia
Tudo passa!
Bela e Santa Rita do Passa Quatro!
A beleza das fotos aéreas nem sempre reflete o que se encontra lá embaixo.
Em tempos remotos que deixaram muita saudade aos que nele viveram e ainda vivem, aos que imaginam e aos incrédulos que zombam!
Ainda hoje nossa avenida ainda é bela, mas nem tanto quanto antes!
Nossa avenida principal, sem veículos no seu trajeto, pouquíssimos letreiros de neon, bem arborizada, sarjetas e calçadas limpas, começava na Praça Rui Barbosa, hoje Zequinha de Abreu. Seus jardineiros, em tempos remotos, José Belizário e um pouco mais tarde, José Guerreiro. Por detrás da simplicidade de seus nomes ali encontrávamos a competência e a capacidade em conservar os gramados, parecendo que penteavam diariamente, moldavam os pinheirinhos, regavam as rosas, varriam com uma vassoura gigante feita de ponteiros de pequenos bambus de varinhas de pesca, isso tudo de segunda à sábado. E no sábado até as duas da tarde!
Subindo a avenida, na esquina atrás da Igreja Matriz, do lado direito a farmácia do João Correia, com o farmacêutico Kito Barbatana. Do outro lado o bar e padaria do João Gusman, em frente a Casa Barcelos: Antônio Barcellos (campeão em simpatia), Luiz Lucente, Chico Pizzo; mais a frente o alfaiate do Narciso Nori; o Banco Bandeirantes, depois o casarão da antiga família Tinkson; a Cooperativa de consumo Popular (hoje restaurante); na esquina, a esquerda o Bar Furão (hoje uma papelaria)! Furão foi um dos atores do filme Da Terra Nasce o Ódio! Gostou daqui e aqui ficou por uns tempos.
Em frente as oficinas e redação da Folha de Santa Rita. A sua direita a Selaria Bevilacqua (transformava couros em verdadeiras obras de arte), demolida para dar lugar ao Cine Mirela. O Mirela dispensa qualquer comentário. Oh! Zito Spadon! Grande idealista! Em frente, ao lado do palacete da família Tarabella, a sorveteria do Florindo Viviani. Os sorvetes ali produzidos (dava de 10 nos da Kibon). Esse local, demolido, deu lugar ao Banco Agrícola (criado e administrado por grandes idealistas da nossa cidade; atualmente a categoria “idealista” da cidade é extinta).
Em frente a sede da Companhia Prada de Eletricidade (também santa-ritense). Mais à esquina o Banco Artur Scatena, em frente a Relojoaria Senise (do italiano Antônio Senise; em tempos idos foi participante ativo de todas atividades sociais). No outro lado da rua (hoje lanchonete) a Farmácia do Toniquinho Alves, farmacêutico conceituado. Ali, os meninos Pedro Franco de Oliveira, Ramiro Jordão, Geraldo Manarin começaram com lavador de vidros. Nas farmácias era comum a manipulação de medicamentos. Nessa farmácia, na parede, existia um pequeno artesanato em madeira onde se lia: “Conversa mole na botica, a receita sai errada e o doente logo estica!”
Subindo: a direita, a pensão da senhora Maria Augusta. Em frente a Casa Segato (Gerson de Almeida Santos, gerente; Vandirez Graton, escrituraria; no balcão, Timo Ciscato, Mané Segato (nos deixou antes do combinato), Chico Segato (falecido).
Na esquina a Imobiliária Santa Rita (nada a ver com vendas de casas e terrenos). Material para construção, outros artigos, e até mesmo piano! Bicicletas de marca estrangeira que chamava nossa atenção! Ali era gerente Wilson Nisti e funcionários: Carlindo Ramos, Messina, Jacó Chamma, Irineu Otaviano, etc.
Na esquina à direita do Francisco Ribeiro, o Bar Danúbio Azul, do Lécio Leme de Souza. Ali se comprava passagens para o Danúbio Azul. Ao lado a barbearia do Eduardo Bagna e Zé Gallo. Era o ponto de encontro dos normalistas, da nossa Escola Normal: Edward Tomazi, José Alberto Zorzi (Zezo), meu ídolo, junto com o Dourado na defesa da AASR: Romano Vita, Romeu de Oliveira, Sylvestre Zanirato Filho (o beque Dourado), Zezinho Giaretta e ainda os novatos Calabé Vita, Rosenberg Gândara, Wanderlei Rocha, etc.
Subindo, a esquerda, O Conti, sapateiro, pai da Leninha (uma das pessoas mais folclóricas que conhecemos). Em frente a Visual: óculos relógios; ao lado a Casa Renato (calçados), além do Renato Cassoli trabalhava o Armandinho Peruzzi (outro ídolo da AASR), o Décio Japão.
Em frente a Casa Espanhola. Ali tinha de tudo, desde sementes até livros e cadernos escolares! Maurício, André Afonso, etc. E ainda o espanhol nato Vicente Affonso Moreno.
Em frente outro estrangeiro aqui radicado que marcou época: jornalista, escritor, poeta e farmacêutico José Rodrigues Palhares. Assinava nas suas poesias “Rodrigues Palhares”!
Logo acima tinha o Posto Texaco e Transportes Gracioso Limitada. Em frente a padaria do Mingo Capuz! Com certeza era o sobrenome italiano Capuzzo!
Encerrando nossa trajetória, no quarteirão antes da porteira da ferrovia morava a Anunciata Barbatana Zorzi! Parteira que ajudou a nascer, com certeza duas ou três gerações! (Inclusive eu, que não sou muita coisa... como diziam os italianos “bella roba”!). Trecho de texto de Argemiro Octaviano atualizado e adaptado para o blog.
Ponte da Tabatinguera, Década de 40, São Paulo, Brasil
Ponte da Tabatinguera, Década de 40, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
A Ponte da Tabatinguera — na década de 1940 — ao lado da rua homônima utilizada para acessar o Quartel (antigo Hospital dos Alienados). No alto da imagem avista-se a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, inaugurada em 1810, na esquina das ruas do Carmo (antiga da Boa Morte) e Tabatinguera. Ao fundo, a região da baixada do Glicério.
Demolição do Prédio da Delegacia Fiscal, 1947, São Paulo, Brasil
Demolição do Prédio da Delegacia Fiscal, 1947, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Após ter ultrapassado seu obstáculo nº 1 — referindo-me à já demolida Igreja Nossa Senhora dos Remédios na Praça João Mendes —, o prefeito "arrasa-quarteirões", supera outro grande problema: enfim, em 22/02/1947, o mal situado, planejado e efêmero prédio da Delegacia Fiscal começou a ser demolido à base de marretadas, possibilitando o plano de ligar o Vale do Anhangabaú à Avenida Tiradentes. Este seu ambicioso projeto seria concluído após 5 anos. Por ironia, no térreo do antigo Cine Central, parece haver uma grande liquidação de fogos Caramuru. Os conhecedores da história certamente se recordarão do grande incêndio que destruiu o Polytheama e de certa forma, cedeu espaço à construção deste prédio.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
Presidente Juscelino Kubitschek no Dia em que Visitou Pela Primeira Vez o Local Escolhido Para a Construção de Brasília, 02/10/1956, Brasília, Distrito Federal, Brasil
Presidente Juscelino Kubitschek no Dia em que Visitou Pela Primeira Vez o Local Escolhido Para a Construção de Brasília, 02/10/1956, Brasília, Distrito Federal, Brasil
Brasília - DF
Fotografia
Nota do blog: Deveria ter voltado e esquecido dessa história. Mas não fez assim e até hoje pagamos e sofremos as consequências...
Casa da Bóia, 1914, Rua Florêncio de Abreu, São Paulo, Brasil
Casa da Bóia, 1914, Rua Florêncio de Abreu, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Fachada da Estação da Luz Após Incêndio, 1946, São Paulo, Brasil
Fachada da Estação da Luz Após Incêndio, 1946, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Coincidentemente, o sinistro ocorreu quando expirou a concessão da linha aos ingleses que controlavam a SPR — empresa responsável pela construção e operação da ligação entre Santos e Jundiaí que teve seu início em 1867, sendo a primeira ferrovia do Estado de São Paulo. Na época comentou-se que o incêndio teria sido proposital.
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