Avenida Severino Meirelles, Santa Rita do Passa Quatro, São Paulo, Brasil
Santa Rita do Passa Quatro - SP
Fotografia
Tudo passa!
Bela e Santa Rita do Passa Quatro!
A beleza das fotos aéreas nem sempre reflete o que se encontra lá embaixo.
Em tempos remotos que deixaram muita saudade aos que nele viveram e ainda vivem, aos que imaginam e aos incrédulos que zombam!
Ainda hoje nossa avenida ainda é bela, mas nem tanto quanto antes!
Nossa avenida principal, sem veículos no seu trajeto, pouquíssimos letreiros de neon, bem arborizada, sarjetas e calçadas limpas, começava na Praça Rui Barbosa, hoje Zequinha de Abreu. Seus jardineiros, em tempos remotos, José Belizário e um pouco mais tarde, José Guerreiro. Por detrás da simplicidade de seus nomes ali encontrávamos a competência e a capacidade em conservar os gramados, parecendo que penteavam diariamente, moldavam os pinheirinhos, regavam as rosas, varriam com uma vassoura gigante feita de ponteiros de pequenos bambus de varinhas de pesca, isso tudo de segunda à sábado. E no sábado até as duas da tarde!
Subindo a avenida, na esquina atrás da Igreja Matriz, do lado direito a farmácia do João Correia, com o farmacêutico Kito Barbatana. Do outro lado o bar e padaria do João Gusman, em frente a Casa Barcelos: Antônio Barcellos (campeão em simpatia), Luiz Lucente, Chico Pizzo; mais a frente o alfaiate do Narciso Nori; o Banco Bandeirantes, depois o casarão da antiga família Tinkson; a Cooperativa de consumo Popular (hoje restaurante); na esquina, a esquerda o Bar Furão (hoje uma papelaria)! Furão foi um dos atores do filme Da Terra Nasce o Ódio! Gostou daqui e aqui ficou por uns tempos.
Em frente as oficinas e redação da Folha de Santa Rita. A sua direita a Selaria Bevilacqua (transformava couros em verdadeiras obras de arte), demolida para dar lugar ao Cine Mirela. O Mirela dispensa qualquer comentário. Oh! Zito Spadon! Grande idealista! Em frente, ao lado do palacete da família Tarabella, a sorveteria do Florindo Viviani. Os sorvetes ali produzidos (dava de 10 nos da Kibon). Esse local, demolido, deu lugar ao Banco Agrícola (criado e administrado por grandes idealistas da nossa cidade; atualmente a categoria “idealista” da cidade é extinta).
Em frente a sede da Companhia Prada de Eletricidade (também santa-ritense). Mais à esquina o Banco Artur Scatena, em frente a Relojoaria Senise (do italiano Antônio Senise; em tempos idos foi participante ativo de todas atividades sociais). No outro lado da rua (hoje lanchonete) a Farmácia do Toniquinho Alves, farmacêutico conceituado. Ali, os meninos Pedro Franco de Oliveira, Ramiro Jordão, Geraldo Manarin começaram com lavador de vidros. Nas farmácias era comum a manipulação de medicamentos. Nessa farmácia, na parede, existia um pequeno artesanato em madeira onde se lia: “Conversa mole na botica, a receita sai errada e o doente logo estica!”
Subindo: a direita, a pensão da senhora Maria Augusta. Em frente a Casa Segato (Gerson de Almeida Santos, gerente; Vandirez Graton, escrituraria; no balcão, Timo Ciscato, Mané Segato (nos deixou antes do combinato), Chico Segato (falecido).
Na esquina a Imobiliária Santa Rita (nada a ver com vendas de casas e terrenos). Material para construção, outros artigos, e até mesmo piano! Bicicletas de marca estrangeira que chamava nossa atenção! Ali era gerente Wilson Nisti e funcionários: Carlindo Ramos, Messina, Jacó Chamma, Irineu Otaviano, etc.
Na esquina à direita do Francisco Ribeiro, o Bar Danúbio Azul, do Lécio Leme de Souza. Ali se comprava passagens para o Danúbio Azul. Ao lado a barbearia do Eduardo Bagna e Zé Gallo. Era o ponto de encontro dos normalistas, da nossa Escola Normal: Edward Tomazi, José Alberto Zorzi (Zezo), meu ídolo, junto com o Dourado na defesa da AASR: Romano Vita, Romeu de Oliveira, Sylvestre Zanirato Filho (o beque Dourado), Zezinho Giaretta e ainda os novatos Calabé Vita, Rosenberg Gândara, Wanderlei Rocha, etc.
Subindo, a esquerda, O Conti, sapateiro, pai da Leninha (uma das pessoas mais folclóricas que conhecemos). Em frente a Visual: óculos relógios; ao lado a Casa Renato (calçados), além do Renato Cassoli trabalhava o Armandinho Peruzzi (outro ídolo da AASR), o Décio Japão.
Em frente a Casa Espanhola. Ali tinha de tudo, desde sementes até livros e cadernos escolares! Maurício, André Afonso, etc. E ainda o espanhol nato Vicente Affonso Moreno.
Em frente outro estrangeiro aqui radicado que marcou época: jornalista, escritor, poeta e farmacêutico José Rodrigues Palhares. Assinava nas suas poesias “Rodrigues Palhares”!
Logo acima tinha o Posto Texaco e Transportes Gracioso Limitada. Em frente a padaria do Mingo Capuz! Com certeza era o sobrenome italiano Capuzzo!
Encerrando nossa trajetória, no quarteirão antes da porteira da ferrovia morava a Anunciata Barbatana Zorzi! Parteira que ajudou a nascer, com certeza duas ou três gerações! (Inclusive eu, que não sou muita coisa... como diziam os italianos “bella roba”!). Trecho de texto de Argemiro Octaviano atualizado e adaptado para o blog.

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