terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Sukhoi Su-57, Rússia




 

Sukhoi Su-57, Rússia
Fotografia



A Força Aérea da Rússia recebeu em 25 de dezembro de 2020 o primeiro exemplar de série do novo caça de 5a geração, stealth, Sukhoi Su-57.
A aeronave foi entregue no padrão de pintura de mancha cinza escura com bordas pixelizadas, e o numeral “01” em vermelho. Até 2024, a Força Aérea deve receber 22 exemplares, de uma encomenda inicial já contratada de 76 caças.
O Su-57 pode levar até quatro mísseis ar-ar de médio alcance guiados por radar para combates além do alcance visual (BVR, Beyond Visual Range), designados RVV-SD (ou K-77M) no compartimento central interno na fuselagem e também dois de curto alcance, K-74M2 (RVV-SD), em compartimentos laterais, conformais sob as raízes das asas. O Su-57 pode também empregar o míssil ar-ar de longa distância RVV-BD (K-37M), com alcance de até 200 km.
Os dois compartimentos internos na linha central da fuselagem, em tandem entre os motores, ou pelo menos o da frente destes, podem também acomodar grandes armas ar-superfície, como mísseis anti-navio ou mesmo bombas guiadas. Adicionalmente, o Su-57 pode levar mísseis e bombas em quatro pilones sob as asas e dois outros sob os motores em missões de ataque nas quais não se exija a capacidade stealth – nesses casos, a carga bélica pode chegar a 5.000 kg.
O caça russo de 5ª geração manteve ainda o canhão interno GSh-30-1, de 30 mm, usado nos Su-27/35 e no MiG-29, mas numa versão muito aperfeiçoada, instalado do lado direito, com o cano protuberante bem ao lado do cockpit.
O Su-57 é equipado com o sistema de radar totalmente novo NIIP Tikhomirov N036 (também conhecido como Sh121), o qual é composto de três módulos principais. O principal desses é representado por um radar de antena ativa de varredura eletrônica (AESA, Active Electronic Scanning Array), instalado no nariz e operando em banda X. Este módulo, voltado ao hemisfério frontal, é complementado por um segundo módulo, também de banda X, que emprega duas antenas de varredura lateral, instaladas logo atrás da antena principal no nariz e que expandem a cobertura angular no plano horizontal.
E o Sistema de radar inclui ainda outro módulo, com um par de antenas de varredura em banda L, instaladas nas extensões dos bordos de ataque. Essas foram adicionadas para prover uma capacidade de detecção ampliada contra aeronaves stealth, assim como para atuar na identificação de “amigo ou inimigo” (IFF, Identification Friend or Foe).
A princípio, as tecnologias stealth, como empregadas nos caças e bombardeiros do Ocidente, são dedicadas principalmente a conter os radares, tanto aerotransportados quanto em terra, que operam em banda X (comprimento de onda centimétrico); e como consequência, sua performance stealth é muito reduzida quando confrontada com radares de ondas decamétricas, operando em banda L. Isso pode ser visto também como uma inteligente solução para compensar o RCS geral do Su-57, consideravelmente maior que os dos F-22 e F-35, por meio de uma incrementada capacidade de detecção a longa distância dos caças stealth norte-americanos (antes que o próprio Su-57 possa ser detectado) numa situação real de combate aéreo.
Já o sensor da suíte eletro-óptica (EO) de busca e rastreio, integrado ao sistema de armas da aeronave, adiciona ainda mais capacidade ao Su-57 para detectar e engajar oponentes stealth. A suíte inclui o sistema 101KS-V, instalado no nariz, assim como os sensores de alerta por ultravioleta 101KS-U posicionados sob o nariz e integrados à fuselagem traseira, assim como o interferidor (jammer) eletro-óptico 101KS-O.

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