quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Inauguração do Primeiro Bonde Elétrico, 1900, São Paulo, Brasil


 

Inauguração do Primeiro Bonde Elétrico, 1900, São Paulo, Brasil 
São Paulo - SP
Fotografia

Em 7 de maio de 1900, finalmente era inaugurada a primeira linha de bondes elétricos em São Paulo unindo o largo de São Bento à Barra Funda. A cidade foi a quarta do país a ter bonde elétrico, após Rio de Janeiro (1892), Salvador (1897) e Manaus (1899). Inicialmente havia 15 unidades com capacidade para 45 passageiros sentados para atender algo em torno a 240 mil habitantes.
Os bondes elétricos são considerados por muitos uns dos meios de transportes mais românticos, pois percorriam em baixa velocidade as ruas dentro da cidade, subindo e descendo as ladeiras, próximo às casas de forma que era possível cumprimentar algum conhecido, além de parar na esquina da residência e em frente aos colégios.
Os primeiros bondes que chegaram ao Brasil eram puxados por animais e funcionavam da seguinte forma: possuíam rodas preparadas para que rolassem sobre os trilhos de aço e não escapassem quando puxados pelos animais. Eram conduzidos por um cocheiro, responsável por segurar as rédeas dos animais nas paradas e em caso de emergência. Considerados mais silenciosos e confortáveis do que os transportes antecessores, os trilhos permitiam fugir das irregularidades do solo. Tais bondes pararam de circular em 1903, exceto a linha no bairro de Santana inaugurada em 1890, que funcionou até 1907.
A concessão da franquia para construir, organizar e operar o sistema de bondes elétricos na cidade foi concedido à São Paulo Raiway, Light and Power Company Ltda pelo período de 40 anos. As cidades do estado de São Paulo cresceram e se modernizaram com a sua chegada, visto que a inovação possibilitou o acesso aos locais mais afastados, facilitou o passeio aos museus e teatros das capitais e permitiu a vinda da tecnologia por meio dos transportes.
Em 1910, após dez anos de inauguração, o sistema possuía 197 bondes de passageiros, 34 de cargas e 9 para malas do correio. Versáteis, adaptavam-se a diferentes funções, tais como, bondes para assistência pública (ver postagem “O Bonde da Assistência” do dia 08/04/2020 nas redes sociais da Fundação Biblioteca Nacional) casamentos e batizados, de luxo, papa-defunto, entre outros.
A cidade de São Paulo, nos anos 30, era considerada um grande centro urbano e os bondes já há algum tempo se mostravam insuficientes para suprir a demanda da cidade. Além disso, o desinteresse em continuar com o contrato que se encerraria em 1941, a falta de investimento em suas redes e energia aumentou o número de acidentes devido aos freios ineficientes, os descarrilamentos em curvas e as panes elétricas. Dessa forma, os bondes permaneceram em funcionamento até o final da Segunda Guerra Mundial.

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