sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Edifício Praça da Bandeira / Antigo Edifício Joelma, São Paulo, Brasil

 






Edifício Praça da Bandeira / Antigo Edifício Joelma, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

Texto 1:
O Edifício Praça da Bandeira, anteriormente denominado Edifício Joelma, é um prédio comercial situado na cidade de São Paulo. Foi inaugurado em 1972.
Com vinte e cinco andares, sendo dez de garagem, localiza-se no número 225 da Avenida Nove de Julho, com outras duas fachadas para a Praça da Bandeira, na lateral, e para a rua Santo Antônio, nos fundos.
Tornou-se internacionalmente conhecido em 1° de fevereiro de 1974, quando ainda tinha a denominação original, por conta de um grande incêndio em suas dependências, que resultou em 191 mortos e mais de 300 feridos.
Texto 2:
O prédio começou a ser construído em 1969, pela Joelma S/A - Importadora, Comercial e Construtora, que o dotou do mais moderno sistema de incêndios, conforme afirmou um dos diretores da empresa, Jorge Cassab. Na construção foi utilizada estrutura de concreto armado, com vedações externas de tijolos ocos, cobertos por reboco e fachada em ladrilhos. As janelas eram de vidro plano em esquadrias de alumínio e a cobertura com telhas de cimento amianto sobre estrutura de madeira.
O subsolo e o térreo seriam destinados à guarda de registros e documentos; entre o 1° e o 10° andar, ficariam os estacionamentos; do 11° ao 25°, as salas de escritórios, divididas em duas torres: Norte, com face para a Av. Nove de Julho; e Sul, voltada para a Rua Santo Antônio.
Concluída sua construção em 1972, o edifício foi imediatamente alugado ao Banco Crefisul de Investimentos. No começo de 1974, a empresa ainda terminava a transferência de seus departamentos, quando no dia 1° de fevereiro, às 08h54 de uma sexta-feira, um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12° andar, deu início a um incêndio, que rapidamente se espalhou pelos demais pavimentos. As salas e escritórios no Joelma eram configurados por divisórias, com móveis de madeira, pisos acarpetados, cortinas de tecido e forros internos de fibra sintética, condição que muito contribuiu para o alastramento incontrolável das chamas.
O Joelma contava com uma única escada central para servir às duas torres de escritórios. Não havia escadas de emergência nem brigadas de incêndio ou plano de evacuação. No início do sinistro, muitos conseguiram fugir pelos elevadores, até que estes pararam de funcionar e também provocaram várias mortes, incluindo um grupo de treze pessoas encontradas em um dos elevadores, que nunca puderam ser identificadas, e ficaram conhecidos como as Treze Almas do Edifício Joelma. A escada foi rapidamente tomada pela densa fumaça, impedindo a fuga dos ocupantes, que ao invés de descerem, começaram a subir, na esperança de serem resgatados no topo do prédio.
Sem ter como escapar, muitos tentaram abrigar-se em banheiros e nos parapeitos das janelas. Outros sobreviventes concentraram-se no 25° andar, que tinha saída para os terraços das Torres Norte e Sul. O Corpo de Bombeiros recebeu a primeira chamada às 09h03 da manhã. Dois minutos depois, viaturas partiram de quartéis próximos, mas devido à condições adversas no trânsito só chegaram no local às 09h10. Helicópteros foram acionados para auxiliar no salvamento, mas não conseguiram pousar no teto do edifício, pois este não era provido de heliponto. Telhas de amianto, escadas, madeiras e a fumaça do incêndio também impediram o pouso das aeronaves.
Os bombeiros, muitos deles desprovidos de equipamentos básicos de segurança, como máscaras de oxigênio, decidiram entrar no prédio para o resgate, tentando alcançar aqueles que haviam conseguido chegar ao topo do edifício. Foram apenas parcialmente bem sucedidos. A fumaça e as chamas já haviam vitimado dezenas de pessoas. Algumas pessoas, movidas pelo desespero, começaram a se atirar do edifício. Mais de 20 saltaram e nenhum sobreviveu. Apenas uma hora e meia após o início do fogo é que o primeiro bombeiro conseguiu, com a ajuda de um helicóptero do Para-Sar (o único potente o suficiente para se manter pairando no ar enquanto era feito o resgate), chegar ao telhado. Já então muitos haviam perecido devido à alta temperatura no topo do prédio, que chegou a alcançar 100 graus celsius. A maioria dos que ali estavam conseguiu se salvar por se abrigarem sob uma telha de amianto. Apenas no telhado da Torre Norte foram resgatados sobreviventes. No telhado da Torre Sul, todos morreram.
Por volta de 10h30, o fogo já havia consumido praticamente todo o material inflamável no prédio. O incêndio foi finalmente debelado, com a ajuda de 12 autobombas, 3 autoescadas, 2 plataformas elevatórias e o apoio de dezenas de veículos de resgate. Às 13h30, todos os sobreviventes haviam sido resgatados. Dos aproximadamente 756 ocupantes do edifício, 191 morreram e mais de 300 ficaram feridos. A grande maioria das vítimas era formada por funcionários do Banco Crefisul de Investimentos.
A tragédia do Joelma, que se deu apenas dois anos após o incêndio no Edifício Andraus, reabriu a discussão popular com relação aos sistemas de prevenção e combate a incêndio nas metrópoles brasileiras, cujas deficiências foram evidenciadas nas duas grandes tragédias. Na ocasião, o Código de Obras do Município de São Paulo em vigor era o de 1934, um tempo em que a cidade tinha 700 000 habitantes, prédios de poucos andares e não havia a quantidade de aparelhos elétricos dos anos 1970.
A investigação sobre as causas da tragédia, concluída e encaminhada à justiça em julho de 1974, apontava a Crefisul e a Termoclima, empresa responsável pela manutenção elétrica, como principais responsáveis pelo incêndio. Afirmava que o sistema elétrico do Joelma era precário e estava sobrecarregado. O resultado do julgamento foi divulgado em 30 de abril de 1975. Kiril Petrov, gerente-administrativo da Crefisul, foi condenado a três anos de prisão. Walfrid Georg, proprietário da Termoclima, seu funcionário, o eletricista Gilberto Araújo Nepomuceno e os eletricistas da Crefisul, Sebastião da Silva Filho e Alvino Fernandes Martins, receberam condenações de dois anos.
Após o incêndio, o prédio ficou interditado para obras por quatro anos. Reinaugurado em setembro de 1978, foi dado amplo destaque para seus novos padrões de segurança, e foi chamado de "Novo Joelma" nas propagandas veiculadas pela Itaoca, empresa responsável pela locação das salas comerciais. Em meados dos anos 2000 foi rebatizado como Edifício Praça da Bandeira.

Propaganda "Ponha um Tigre no seu Carro!", Esso, Brasil


 

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Memorial da Resistência de São Paulo / Estação Pinacoteca / Pina Estação, São Paulo, Brasil

 


Memorial da Resistência de São Paulo / Estação Pinacoteca / Pina Estação, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia


A Pina Estação é um local de exposições artísticas da cidade de São Paulo, mantida pelo Governo do Estado de São Paulo. Fica localizada no centro da cidade, no Largo General Osório, 66, no bairro da Luz ao lado da Sala São Paulo e da Estação Júlio Prestes. Abriga exposições temporárias da Pinacoteca de São Paulo, o Memorial da Resistência de São Paulo, o Centro de Documentação e Memória da Pinacoteca do Estado (Cedoc) e a Biblioteca Walter Wey.
Histórico do prédio:
Após arrendar a Estrada de Ferro Sorocabana em 1907, a Brazil Railway Company de Percival Farquhar anunciou a intenção de construir uma nova sede para a Sorocabana, agora rebatizada "Sorocabana Railway Company", dadas as condições da existente e primitiva estação desta ferrovia na capital paulista.
O projeto do prédio foi contratado junto ao escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, autor de outros edifícios símbolos de São Paulo como o Mercado Municipal, o Theatro Municipal, o Palácio das Indústrias, entre outros. Em estilo eclético conta com seis pavimentos, construído em três módulos em uma área de 7550 metros quadrados. O revestimento da fachada é em tijolos cerâmicos aparentes e praticamente quase todo o material foi importado da Inglaterra e Alemanha.
Suas obras foram iniciadas em meados de 1908, como parte de um grande plano de remodelação do pátio, armazéns e da estação ferroviária terminal de São Paulo. Após seis anos de obras, a nova estação e sede da Sorocabana Railway foi entregue em 1914. Apesar de ser um prédio moderno, a Sorocabana o classificou como provisório pois tinha a intenção de construir uma nova estação de passageiros para rivalizar com a Estação da Luz.
Com a construção e aberta da nova estação São Paulo na década de 1930, o prédio perdeu sua função de estação e passa a ser uma sede administrativa da Sorocabana até ser transformada em sede da delegacia do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops, a polícia política do governo paulista, órgão criado em 1924) pelo interventor Fernando de Sousa Costa em 1942.
Com o fim do Deops, o prédio abrigou a Delegacia de Defesa do Consumidor da Polícia Civil até 2002.
Posteriormente foi transformado no Memorial da Resistência, com a exposição de longa duração que faz uma reflexão do controle, repressão e resistência durante o período da ditadura militar.
O prédio foi incorporado pela Pinacoteca do Estado em 2002 e é administrado e mantido pela instituição.
Nota do blog: O local tem história e não deixa de ser uma boa opção de passeio. Dito isso, recomendo que se resolver visitar, não vá a pé, especialmente a partir da Estação da Luz. O entorno é completamente dominado por drogados, moradores de rua, pedintes, prostitutas, pivetes, etc. O policiamento é inexistente neste trajeto, você estará sozinho sem nenhuma proteção. É extremamente perigoso, especialmente para mulheres. Se optar por ir, vá e volte de Uber ou de carona, descendo e embarcando na porta de entrada. Lá dentro é tranquilo, especialmente porque eles mantém seguranças na entrada para evitar esse problema. É mais uma das inúmeras situações vergonhosas que acontecem na cidade de São Paulo, nunca são resolvidas e sempre pioram...

Vista Aérea do Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Vista Aérea do Centro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: Na imagem se vê o Theatro Carlos Gomes e a Estação da Mogiana.

Chevrolet Special Deluxe Coupe 1940, Estados Unidos

 


























Chevrolet Special Deluxe Coupe 1940, Estados Unidos
Fotografia

Chevrolet Master Deluxe Coupe 1941, Estados Unidos

 

























Chevrolet Master Deluxe Coupe 1941, Estados Unidos
Fotografia