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segunda-feira, 18 de abril de 2022
Rua Quirino de Andrade, 1969, São Paulo, Brasil
Rua Quirino de Andrade, 1969, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Em primeiro plano a Rua Quirino de Andrade que até 1908 foi denominada como Ladeira do Piques. Ao fundo avista-se o Largo da Memória. À esquerda, a Rua Coronel Xavier de Toledo que até 1899 era conhecida como Rua do Paredão — observando-se a foto compreende-se o óbvio motivo. O paredão na verdade é um muro de arrimo.
"Castelinho", Esquina das Ruas Bresser e 21 de Abril, 1986, Brás, São Paulo, Brasil
"Castelinho", Esquina das Ruas Bresser e 21 de Abril, 1986, Brás, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
O "castelinho" na esquina das ruas Bresser e 21 de Abril, bairro do Brás. Embora tenha sido descaracterizado em seu piso térreo, externamente parece bem conservado — atualmente abriga uma galeria comercial. À direita, a Praça Dr. Clóvis Arthur Rodrigues. Na cena capturada no Google Maps em 2021, o mesmo local.
Avenida São João, 1954, São Paulo, Brasil
Avenida São João, 1954, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Vista de nosso mais histórico logradouro em direção à Praça Antônio Prado onde vemos os três edifícios que todos conhecem. O do Banco do Brasil, recém concluido. À esquerda, o Cine Broadway inaugurado em 03/05/1934 — funcionou até 1967 e o prédio demolido em 1970. O Broadway pertenceu à família César Reis protagonista da tragédia familiar no castelinho da Rua Apa, esquina com a São João a alguns quarteirões atrás. No outro lado, à direita da avenida, o Cine Ritz aberto em 17/02/1943. O local veio abaixo no final da década de 1960 e no mesmo lugar construido um prédio onde foi reaberto em 16/04/1981 como Cine Ritz São João.
Cruzamento da Avenida Indianópolis com a Avenida Rubem Berta, Década de 60, São Paulo, Brasil
Cruzamento da Avenida Indianópolis com a Avenida Rubem Berta, Década de 60, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Largo do Paissandu, São Paulo, Brasil
Largo do Paissandu, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Vista da fachada lateral direita da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, concluída em 15/04/1906. Bons tempos em que a praça cumpria seu papel de área de lazer a serviço da população. À esquerda, a São João e o casario onde foram construidos o Centro Comercial Grandes Galerias e a Galeria Olido. Atrás da igreja — na esquina da Rua Dom José de Barros e canto arredondado — o Edifício Santa Victória. À direita, na esquina da boêmia Rua do Boticário, o Edifício Daniel M. Ferreira.
E pensar que se cogitou em transferir novamente a igreja. Desta vez, para a instalação do monumento em homenagem a Duque de Caxias — obra de Brecheret confeccionada no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. As dimensões gigantescas do conjunto demoveram as autoridades do intento. Em 1959, foi finalmente instalada na Praça Princesa Isabel. O autor da obra chegou a pensar na Praça da Bandeira. De autoria ignorada, a imagem foi registrada no final da década de 1940.
Estádio do Morumbi / Estádio Cícero Pompeu de Toledo, 1973, São Paulo Futebol Clube, São Paulo, Brasil
Estádio do Morumbi / Estádio Cícero Pompeu de Toledo, 1973, São Paulo Futebol Clube, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Vista panorâmica do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. No entorno do estádio visualizamos a Praça Roberto Gomes Pedrosa, as avenidas Giovanni Gronchi, Jules Rimet e Padre Lebret e as ruas Dona Adelina Ashcar, Sérgio Paulo Freddi, Dr. Erasmo Teixeira de Assunção, Jandiro Joaquim Pereira e José Yázigi. A exemplo do aeroporto de Congonhas, muitos achavam sinal de status residir nas proximidades destes pontos que se instalaram primeiro e atualmente são perturbadores do sossego público.
Obras de Assentamento de Trilhos de Bondes na Confluência da Rua Senador Feijó com Rua Cristóvão Colombo, 1900, São Paulo, Brasil
Obras de Assentamento de Trilhos de Bondes na Confluência da Rua Senador Feijó com Rua Cristóvão Colombo, 1900, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
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Obras de assentamento de trilhos de bondes na confluência da Senador Feijó, antiga Rua da Freira e Travessa da Academia, atual Cristóvão Colombo — ao lado da Faculdade de Direito. Em segundo plano, à esquerda, o local onde foi erguida a Escola de Comércio Álvares Penteado. A pedra fundamental foi lançada em 30/05/1907 e levou quase 18 meses para o término da construção porque grande parte dos materiais utilizados foram importados da Europa e do Canadá. O prédio foi inaugurado em 12/12/1908. No mês seguinte entraram os primeiros estudantes da 1ª escola de contabilidade do Brasil, com o objetivo de formar profissionais contábeis e posteriormente, de secretariado e economia — áreas que se encontravam em franca expansão no início do século 20. A foto, registrada em 16/05/1900 é de autoria de Guilherme Gaensly. Na cena capturada pelo Google Maps em 2021, as transformações no local.
Motor Ford LL23, o Motor Mais Potente do Ford Mustang Era Brasileiro - Artigo
Motor Ford LL23, o Motor Mais Potente do Ford Mustang Era Brasileiro - Artigo
Fotografia
Em 55 anos de história, o Ford Mustang viveu altos e baixos.
Hoje o esportivo pode estar em um de seus melhores momentos, com suspensão independente na traseira em todas as versões, motores potentes e design interessante.
Mas não foi nada fácil superar a crise do petróleo, em meados dos anos 1970. O Mustang só conseguiu isso graças a um motor feito no Brasil.
O ano é 1974. De forma quase simuntâna, as fábricas de motores da Ford de Lima, Ohio (EUA), e Taubaté (SP) – antiga fábrica de peças de fundição e componentes de chassis da Willys – começam a fabricar os motores 2.0 OHC e o 2.3 OHC – chamado LL23 –, criado poucos anos antes na Europa, onde tinha versões entre 1,3 e 2 litros.
Se nos EUA esse motor estreava no Ford Pinto, por aqui a versão com carburador simples, com de 99 cv brutos (79 cv líquidos, que é a medida oficial hoje) e 16,9 mkgf de torque, equiparia os Ford Maverick e F-75, além do Jeep CJ-5.
Ele era o substituto do seis cilindros 3.0 de origem Willys. Já o 2.0 era feito apenas para exportação.
O desempenho do Maverick 2.3 não era dos melhores. Em teste de QUATRO RODAS feito em 1977, o Maverick GT4 precisou de 17,4 s para chegar aos 100 km/h e alcançou máxima de 153,8 km/h.
Mas foi melhor que o seis cilindros testado em 1973, que precisou de 20,8 s para chegar aos 100 km/h e não passou dos 148,1 km/h.
Não eram tempos de exageros. Se a crise do petróleo fez o Brasil recorrer ao Próalcool, a agência de controle ambiental dos Estados Unidos obrigou os fabricantes a seguir normas rígidas de consumo.
Até o Ford Mustang precisou recorrer ao motor 2.3 com parcos 83 cv a partir de sua segunda geração, também lançada em 1974.
Enquanto a fábrica de Taubaté seguia todo vapor, com demanda de carros nacionais e norte-americanos, uma equipe de engenheiros se esforçava para extrair mais força do motor 2.3.
A resposta se tornaria tendência na década seguinte: turbocompressor.
A exportação do motor LL23 turbo começaria em 1979, mesmo ano que o Maverick deixava de ser fabricado no Brasil. Com carburador de corpo duplo e turbo trabalhando a 0,34 bar, chegava aos 132 cv.
Fez sua estreia no Mustang de terceira geração, mas no mesmo ano apareceria no Mercury Capri. Depois, equiparia também os pacatos Ford Fairmont Futura e Mercury Zephyr.
Mas a solução encontrada para combinar desempenho e baixo consumo não deu muito certo. A lubrificação deficiente, que chegava a provocar incêndios, era apenas um dos problemas apresentados neste motor.
Eles ainda eram agravados pela válvula de alívio (wastegate) regulável, que permitia que o turbo fornecesse pressão de até 0,62 bar, vendida como acessório pela Ford Motorsport.
Acabou que este motor se tornou opcional em 1981 e desapareceu do catálogo em 1982. Mas não pense que esse foi o fim do motor de Taubaté.
A Ford retrabalhou o sistema de sobrealimentação do motor e substituiu o carburador pela injeção eletrônica para 1983.
A potência foi a 145 cv, dando um fôlego extra aos Ford Mustang Turbo GT, Thunderbird Sport Coupe e Mercury Capri RS (irmão “gêmeo” do Mustang) e Cougar XR7 (“gêmeo” do T-Bird).
Todos tinham câmbio manual de cinco marchas e, em alguns diferencial de deslizamento limitado (LSD) era opcional.
Agora o LL23 Turbo era reconhecido pela confiabilidade. Em 1985, já com 155 cv, foi usado no Merkur XR4Ti – nada mais que o Sierra XR4i europeu adaptado para o mercado americano.
Isso, enquanto no Brasil comemorava-se a estreia do motor 1.6 CHT de 73 cv (atualização do 1.6 de origem Renault, com 69 cv) no Ford Del Rey 1984.
Mas o velho motor feito no interior de São Paulo alcançou seu auge um ano antes. Em 1984 surgia o Mustang SVO, que comemorava os 20 anos do modelo, e o Thunderbird Turbo Coupé.
Em ambos, o motor 2.3 ganhava intercooler e turbocompressor trabalhando a 1,0 bar, elevando a potência a 175 cv. Passaria a 205 cv em 1985 e voltaria aos 200 cv nos modelos vendidos entre 1986 e 1988.
Vale dizer que essa potência só valia para as versões com câmbio manual de cinco marchas. Quando com o automático de cinco marchas, a potência não passava de 152 cv: a pressão do turbo era limitada em 0,65 bar para poupar o câmbio.
Mas os equipamentos eram padrão entre as versões. A suspensão recebia amortecedores Bilstein, os freios tinham ABS em todas as rodas e o trambulador do câmbio manual era fornecido pela Hust.
Bancos Recaro, rodas de alumínio, de 16 polegadas e novo kit aerodinâmico deixavam eles mais invocados.
Como a injeção computadorizada não tinha um sensor de detonação, cabia ao motorista mudar o comportamento da injeção, por meio de um interruptor, caso o combustível fosse comum ou premium.
O pequeno (para os padrões norte-americanos) 2.3 turbo fazia bonito nas pistas, superando as versões com motor V8 – inclusive em preço.
Além de ser mais leve, o motor menor instalado atrás do eixo dianteiro melhorava sua distribuição de peso. Mas isso não durou muito.
A partir da linha 1988 o LL23 regrediu para a versão aspirada de 100 cv no Mustang, que ganhou duas velas por cilindro no ano seguinte e continuou assim até o lançamento da terceira geração do esportivo, em 1993.
O motivo? A Ford conseguiu aperfeiçoar o bom e velho V8 302, que agora tinha injeção eletrônica, novos cabeçotes e bielas otimizadas.
Com 228 cv e 41,5 mkgf de torque (contra 33,6 mkgf do 2.3), e a preferência do público norte-americano, o velho V8 Windsor voltou à posição de destaque na linha.
Se o Mustang SVO ia de 0 a 96 km/h em 6,8 s (mesmo tempo de um Golf GTI), o Mustang com o renovado V8 cumpria a mesma prova em 6,5 s.
Hoje o Mustang 2.3 EcoBoost, sucessor espiritual do SVO, chega aos 96 km/h em 5,1 s graças aos seus 306 cv.
Os dias de glória do motor LL23 acabaram. A versão aspirada ganharia sobrevida nos Estados Unidos com deslocamento aumentado para 2.5L para ser usado na Ranger.
Por aqui, a fábrica de Taubaté acompanhou a mudança. Continuou fornecendo motores os motores 2.3 e 2.5 para os Ford Taunus e Sierra argentinos. O maior chegava a render 120 cv na versão esportiva XR4, com carburação de corpo duplo e outras melhorias internas.
Por aqui, a Ford preferiu continuar usando novas versões do CHT e aproveitar a Autolatina para ter acesso aos motores 1.6 e 1.8 AP, da Volkswagen.
A última aparição do velho motor quatro cilindros foi na Ford Ranger argentina, entre 1998 e 2001. Já com injeção eletrônica, rendia os mesmos 120 cv.
Em 2002 ele daria lugar ao 2.3 Duratec – hoje aumentado para 2.5L). Um final melancólico para um motor produzido continuamente por quase 30 anos.
Ford Maverick OHC, Brasil
Ford Maverick OHC, Brasil
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Quando foi lançado nos EUA em 1969, o Maverick era visto como uma opção de carro econômico. Quase uma ironia para o povo daqui: acostumado com parâmetros europeus desde o sucesso do Fusca, ele era visto como beberrão.
Ainda que hoje lembrado justamente por causa do 302 V8 de série no GT e opcional aos outros, os modelos de briga por faixas no mercado, Super e Super Luxo, não eram assim tão bem amados. Eram dotados do conjunto motriz básico, transplantado do Itamaraty, versão de luxo do Aero-Willys que sucedera.
Problemático desde sua concepção, o motor de seis cilindros em linha de 3 litros sofria de superaquecimento crônico, solucionado no novo Ford com uma gambiarra de fábrica: finas mangueiras externas de água para os dois cilindros mais extremos.
Ainda que mais arejado, o veterano motor desconhecia o significado da palavra eficiência, como comprovava o primeiro teste de QUATRO RODAS, em julho de 1973. Atingia apenas 150 km/h e precisava de patéticos 20,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Isso com um consumo próximo ao do 302, a ponto de ambos fazerem 8,9 km/l a 80 km/h constantes.
“Anda como um quatro, bebe como um oito”, dizia a implacável voz das ruas. Uma transmissão de quatro marchas para lá de imprecisa, também transplantada dos velhos Aero, dava sua contribuição. Ao menos a estabilidade era boa, com tendência a sair de traseira.
O concorrente Opala encarava o alto preço do combustível com a versão de quatro cilindros, que, aliada ao peso de pouco acima de 1 tonelada, permitia consumo menor para desempenho parecido.
A solução viria a partir de maio de 1975, da recém-inaugurada fábrica de motores de Taubaté (SP). O nome-código OHC já adiantava: comando de válvulas no cabeçote somado ao fluxo cruzado de gases, algo raro naquela época, inédito na Ford.
O motor atuou como moderador de apetite. No teste de dezembro de 1975, venceu o Opala 2500: média de 9,05 km/l, contra 7,69 do Chevrolet, além de 5 km/h mais veloz. E isso mesmo sendo 150 quilos mais pesado, fazendo uso dos mesmos câmbio e diferencial do V8, com direito a transmissão automática opcional.
O ânimo se refletia nas vendas. Em 1975, ano do Super Luxo azul do médico Sérgio Minervini que ilustra esta matéria, deixaram São Bernardo do Campo 21.159 unidades. Em 1976, 19 982 unidades ganhavam o Brasil. Ainda assim, para cada Maverick zero-quilômetro, cerca de cinco Opala saíam de São Caetano do Sul.
Em 1977, já levemente reestilizado e com ligeiras mudanças em suspensão e freios e nos bancos, o GT também ganhava o motor, e de esportivo conservou apenas o visual. Por sinal, as ligeiras mudanças estéticas e no interior também marcavam a tardia aposentadoria do seis-cilindros.
Porém, os dois últimos anos de vida do Maverick mostravam que ele estava em fim de carreira, ofuscado pelo Corcel II, que ganhava em espaço interno, andava tanto quanto e consumia menos. Também não colaborava o pouco espaço traseiro do modelo duas-portas, carroceria predileta na época, drama que não acometia o quatro-portas, com entreeixos e comprimento quase 20 centímetros maiores.
O motor OHC sobreviveu ao Maverick e só sairia de linha no Brasil em 1983, com o fim do Jeep. Taubaté continuou exportando essa unidade, também com versão com turbo e intercooler, equipando modelos Mustang, Thunderbird, Mercury Cougar e Merkur XR4Ti, chegando a desenvolver 190 cv.
*Teste em Dezembro de 1975:
Aceleração 0 a 100 km/h – 18,17 s.
Velocidade máxima – 156,521 km/h.
Frenagem – 80 km/h a 0: 34,51 metros.
Consumo – média de 9,05 km/l.
*Ficha técnica:
Motor: dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 2 302 cm³, comando de válvulas no cabeçote, carburador de corpo duplo e fluxo descendente.
Diâmetro x curso: 96 x 79,4 mm.
Taxa de compressão: 7,8:1.
Potência: 99 cv (SAE) a 5 400 rpm.
Torque: 16,9 mkgf (SAE) a 3 200 rpm.
Câmbio: manual de 4 marchas.
Carroceria: cupê, 2 portas, 5 lugares, monobloco de aço.
Dimensões: comprimento, 459 cm; largura, 179,1 cm; altura, 134,6 cm; entreeixos, 261,9 cm.
Peso: 1250 kg.
Suspensão: Dianteira: independente com triângulo superior, braços simples inferiores, molas helicoidais.Traseira: eixo rígido com feixes de molas.
Freios: disco e tambor na traseira.
Direção: setor e rosca sem-fim, 3,5 voltas de batente a batente.
Rodas e pneus: aço estampado, aro de 14 e tala de 5 polegadas.
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