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sábado, 1 de outubro de 2022
Banco do Comércio, Início do Século 20, Rua Sete de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Banco do Comércio, Início do Século 20, Rua Sete de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal
Banco Nacional do Comércio, ou Banmércio, foi o segundo banco comercial criado no Rio Grande do Sul, iniciou suas operações em 1º de abril de 1895 com o nome de Banco do Comércio.
Fundado pelas empresas comerciais e comerciantes Caetano Pinto & Franco, Eurípedes Mostardeiro, Azevedo Irmãos & Cia, Edmundo Dreher, Hugo Gertum, Francisco Gonçalves e Fernando do Amaral Ribeiro.
Era uma iniciativa do setor comercial porto-alegrense que passa, a partir dessa década, a se favorecer do crescimento econômico das unidades agrícolas de imigrantes europeus implantadas nos decênios anteriores. Teve envolvimento contínuo na comercialização de produtos através do Porto de Rio Grande, bem como no financiamento do comércio e indústria de toda Região Sul, incluindo Santa Catarina e Paraná.
Nos primeiros dez anos se restringiu basicamente ao empréstimo sob hipotecas, tendo com isso acumulado muitos imóveis adquiridos na liquidação de contas de credores inadimplentes. Mesmo assim sobreviveu à crise bancária impulsionada pela quebra do Banco da República em 1900 e pode gozar da melhora de condições a partir de 1906. Participou nesse ano, junto com o Banco da Província da constituição da Companhia Força e Luz, que depois veio a formar a CEEE.
O número de funcionários no início cresceu lentamente: em 1899, era de 15 e depois de dez anos, em 1909, chega a 21. Nesse ano muda sua denominação para Banco do Comércio de Porto Alegre. Em 1910 o banco ingressa numa fase de expansão, abrindo filiais e sucursais no interior e, a partir de 1915, inclusive fora do Rio Grande do Sul nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná.
Em 1917 passa a se chamar Banco Nacional do Comércio, também conhecido por Banmércio. Ao lado do Banco da Província e do Banco Pelotense foi acionista e co-fundador, em 1918, da Companhia de Fumos Santa Cruz. Em 1919 chega aos 410 funcionários e quinze agências no interior.
Apesar de manter uma grande quantidade de capital imobilizado, ao contrário do Banco Pelotense, por exemplo, o Comercial mantinha uma conta de provisão para as depreciações desses imóveis, dessa maneira, ultrapassa a crise de 1929 e mantém as suas atividades.
Em 1944 possuía 954 funcionários, no seu cinquentenário, em 1945, tinha 89 agências. No final de 1959, com 65 anos de atividade possuía 110 agências, 77 delas no Rio Grande do Sul, 20 em Santa Catarina, 11 no Paraná, 1 no Rio de Janeiro e 1 em São Paulo. Também controlava 4 companhias que atuavam no ramo imobiliário e de seguros. Ao contrário de outros bancos gaúchos da época, não procurou se expandir por todo o país, se restringindo somente a região sul.
No final de 1964 era o banco gaúcho com maior rede de agências e no final de 1965 teve a maioria de suas ações adquirida pelo Montepio da Família Militar. No início de 1967 foi o primeiro banco gaúcho autorizado a receber depósitos do FGTS. Em 1968 adquiriu a Alto Uruguai - Cia. de Financiamento e Crédito, com sede em Erechim, em 1971 foi incorporado o Banco Duque de Caxias (antigo Banco Militar Brasileiro, com quatro agências em Porto Alegre e uma em Pelotas e que já havia incorporado o Banco Produção) e no mesmo ano ingressou na rede de cartões de crédito Diners.
Em 1972 funde-se com o Banco da Província e o Banco Industrial e Comercial do Sul, dando origem ao Banco Sulbrasileiro.
Seu prédio histórico, localizado no centro de Porto Alegre, desde os anos 2000, abriga o Santander Cultural e já abrigou sedes de diversos bancos após o Banco do Comércio (entre eles o Banco Meridional).
Ferrari 250 GT LWB Berlinetta "Tour de France" by Scaglietti 1959, Itália
Fotografia
During its illustrious history, Ferrari has built many superlative models with a berlinetta body style. Few of them can compare, in both beauty and competition success, to the 250 GT “Tour de France.” Born in the wake of the disastrous 1955 24 Hours of Le Mans, the 250 GT berlinetta was an attempt to capitalize on the FIA’s revised racing classes, which placed a newfound stress on production-based grand touring cars. With production of the 250 GT road car already in full swing, the new model required only some minor modification to result in a competitive race-winner.
While the 3-liter type 128 Colombo short-block V-12 was fitted with triple Weber 36 DCL/3 carburetors (often with velocity stacks) to improve induction and resulting horsepower, the chassis was clothed in striking new coachwork from Scaglietti that was formed from lightweight aluminum alloy. In combination with Perspex glass and a minimally equipped cockpit, the new berlinetta boasted an improved power-to-weight ratio, and stood ready to do battle against competitors like the Jaguar XK and Mercedes-Benz 300 SL.
The very first 250 GT berlinetta, chassis number 0503 GT, finished 1st in class at its debut race at the Giro di Sicilia in April 1956. Six months later the legendary Marquis Alfonso de Portago drove one of the berlinettas to an overall victory in the grueling Tour de France rally, a 3,600-mile, week-long jaunt consisting of six circuit races, two hillclimbs, and a drag race. Enzo Ferrari was so delighted that the factory began referring to the new model as the “Tour de France,” a decision that was further vindicated when Oliver Gendebien went on to win the French race in a 250 GT berlinetta for three consecutive years from 1957 to 1959.
The Tour de France body style was modified several times during the model’s production run, with the most identifiable difference evident in the treatment of the C-pillar quarter panels, which featured varying numbers of louvered vents. For 1958 and 1959, the third-series cars featured just one vent on the so-called sail-panel, with 36 examples bodied in this fashion among a total output of 72 TdFs. Among these third-series cars, about two thirds of the production were fitted with recessed covered headlamps and one third fitted with open headlamps. This final evolution of the TdF also featured improved mechanical elements including a new gearbox, a revised intake manifold and cylinder heads, stronger valves and connecting rods, and a new crankshaft.
As the centerpiece of many Ferrari-focused collections, the Tour de France is undeniably one of the most captivating 250 GT iterations, occupying an important perch in Ferrari racing lineage that rivals sibling variants such as the Testa Rossa, California Spider, the Short Wheelbase, and the GTO. Highly celebrated by enthusiasts today, the 250 GT Tour de France epitomizes the finest in dual-use grand touring Ferraris that could be driven to the circuit and vigorously raced before enjoying a relaxing trip home.
Chassis number 1161 GT:
Raced in period by a respected luminary in American Ferrari circles, and the subject of a 2000s restoration by one of the niche’s leading names, this Tour de France is a particularly desirable example of the legendary 250 GT variant. According to the research of marque expert Marcel Massini, chassis number 1161 GT is the 26th example clothed in the single-vent coachwork style, and the 62nd example built overall. It is further distinguished by being the last TdF built in 1958.
Copies of factory build sheets demonstrate the engine was completed in November 1958, and the chassis was subsequently dispatched to Carrozzeria Scaglietti for the sensational single-panel TdF coachwork, which was executed entirely in aluminum alloy. Finished in a lovely shade of dark green, the body was fitted with covered headlamps with chromed bezels, full front and rear bumpers, external hood-fastener claws, and unpainted triple-gill fender vents, while the interior was equipped with a rollbar and trimmed with tan leather.
In March 1959 the 250 GT was delivered to Luigi Chinetti Motors, and soon thereafter the car was sold to the famed Bob Grossman, a New York-based privateer racer and dealer who is renowned for his role in helping popularize the 250 GT California Spider, among other racing endeavors. Grossman sold (or lent) the Tour de France to Walter Luftman of New York City and he raced it in several events, twice finishing 1st in the GT Class at Lime Rock, in July 1959 and October 1959. He also campaigned the Ferrari at Montgomery, New York, in August 1959, and finished 2nd at the Long Island Sports Car Association’s (LISCA) Interclub Championship event at Bridgehampton in September. In August 1960 Grossman took the wheel to compete in the LISCA’s Bridgehampton race, for which he applied an MG-logo octagon on the car’s side, in a nod to his role as part of the MG racing team (as pictured in the 1960 Ferrari Yearbook). Between 1959 and 1960 1161GT competed in a dozen races, winning six and always finishing in the top three in its class, an impressive accomplishment.
Circa 1962 the Ferrari was sold to Peter Sherman of Maitland, Florida, and he later took the berlinetta with him when he relocated to Ashton, Maryland. In September 1969 Sherman sold the 250 GT to an Indianapolis-based dealer who quickly found a buyer in Ken Hutchison of Tower Lake, Illinois. Hutchison went on to keep 1161 GT for an impressive period of 17 years, during which the original green paint was kept intact.
In June 1986 Hutchison sold the Ferrari to the respected Illinois-based collector Bill Jacobs. Two months later the 250 GT was acquired by Yoshiyuki Hayashi of Tokyo, Japan, and he commissioned a complete refurbishment by European Auto Restorations in Costa Mesa, California, that included an exterior refinish in rosso, and a new tan leather interior. In June 1995 the Tour de France was sold to Mr. Terada’s Art Sports of Osaka and Tokyo, and a year later the car was traded to fellow Tokyo resident Yoshikuni Okamoto in exchange for a 250 GT Short Wheelbase.
Mr. Okamoto sold the Ferrari a year later to a California-based dealership, which in turn sold the car to noted collector Ed Davies in Florida. Mr. Davies had the engine rebuilt and went on to enjoy the berlinetta in several vintage events, racing it in the Shell Historic Ferrari Challenges held in conjunction with the 2000 and 2001 Cavallino Classic, and exhibiting it at the Cavallino Classic Concours d’Elegance in January 2000. In August 2000 he raced the TdF again at the Shell Historic Ferrari Challenge at Elkhart Lake, and four years later the car was campaigned at the Monterey Historic Races at Laguna Seca.
In August 2005 Mr. Davies sold the Tour de France to the consignor, and he set about a high-quality restoration with the intention of exhibiting the car at major events. During 2005 the 250 GT was entrusted to the marque experts at Motion Products Inc. in Neenah, Wisconsin, for a comprehensive restoration that was capped with a new finish in rosso complemented with a central stripe in French blue. The interior was also re-trimmed with blue leather and fitted with a new rollbar.
The Ferrari’s exhibition run began at the 2006 Amelia Island Concours d’Elegance and continued 10 months later with an appearance at the 2007 Cavallino Classic. The TdF was then re-submitted to Motion Products in January 2008 for some corrections, and following this work the car was again presented at the Cavallino Classic, this time winning an FCA Silver Award. In July 2010 the 250 GT was displayed at the Keeneland Concours d’Elegance, and the owner subsequently enjoyed it during a successful run on the 2013 Colorado Grand.
Highly eligible for many of the most prestigious events, the 250 GT Tour de France is the ideal car to take on a grand touring rally or show on the lawn at a traditional concours d’elegance. Claiming an accident-free early life of American racing use in conjunction with the famed Bob Grossman, this historically significant Ferrari is documented with build sheet copies, restoration invoices, former owner’s correspondence, and a variety of period photos. It would make a sensational addition to any sporting collection, particularly suited for Ferrari enthusiasts searching for a quality example of the venerable Tour de France model.
Banco da Província, Rua Sete de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Banco da Província, Rua Sete de Setembro, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia - Cartão Postal
Banco da Província - Rua Sete de Setembro com a Gal. Câmara. 1900.
Banco da Província foi o primeiro banco comercial do Rio Grande do Sul fundado em 1º de julho de 1858 por Lopo Gonçalves Bastos, João Batista Ferreira de Azevedo, José Antônio Coelho Júnior, entre outros comerciantes, com a finalidade de facilitar suas transações comerciais. As tentativas de fundar o banco iniciaram em 1854, mas foram retardados pelos entraves burocráticos. Começou suas atividades com quatro funcionários, em um prédio alugado na rua da Praia, esquina com a rua de Bragança. Em 1859, comprou um prédio no Largo da Alfândega, onde funcionou até 1885, quando inaugurou a nova sede na esquina da rua Sete de Setembro com Gen. Câmara.
O decreto imperial que autorizou seu funcionamento, também autorizou a emissão de papel-moeda, licença usada por pouco tempo, a partir de 1860, por causa das dificuldades como: as notas serem impressas em Londres, o pesado imposto sobre o valor da emissão e os custos com o fiscal nomeado pelo poder público para atuar junto ao banco; esta experiência foi encerrada no ano seguinte.
Na década de 1890 começou uma política expansionista, implantando agências no interior do Rio Grande do Sul. Em 1909 foi autorizado a implantar a Caixa de Depósitos, com a qual pode receber depósitos e conceder empréstimos populares e descontar letras comerciais, bem como estender seus serviços também ao interior do Estado.
No ano seguinte inicia a concessão de empréstimos hipotecários e de prazos longos ao setor rural, cobrindo uma lacuna histórica. Em 1910 também inicia o financiamento de obras públicas, como a ferrovia São Pedro do Sul – São Borja, com um ramal ligando Santiago do Boqueirão a São Luiz Gonzaga, iluminação pública e os primeiros projetos da Companhia Carris Porto-Alegrense. Também em 1910 forma um consórcio com o Dresdner Bank, Bank für Handel und Industrie de Berlim e pela construtora Bau und Betribskonsortium Backstein-Koppel para a construção da ferrovia Taquari-Passo Fundo.
Com o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, sofreu os reflexos da crise econômica, sendo obrigado a reduzir sua atividade, tendo fechado algumas filiais e liquidado a carteira de crédito real, que emprestava a longo prazo e juros baixos. Em 1920 possuía 33 agências, tendo iniciado um breve período de expansão. A Revolução de 1923 interrompeu os planos, levando a um aumento de inadimplência, que só se alterou em 1926 com um novo período de expansão, interrompido pela Crise de 1929. Em compensação, em 1930, o governo do Estado, o nomeou seu agente financeiro.
Em 1967 ainda num esforço expansionista incorporou três bancos dos quais mantinha o controle acionário: Banco de Curitiba, Banco Magalhães Franco e Banco Prado Vasconcellos Júnior (este com sede e uma filial no Rio e outra filial em Aracaju); assim passou a ter 52 filiais fora do Rio Grande do Sul.[4] No mesmo ano tornou-se o primeiro banco gaúcho a criar uma carteira de crédito imobiliário, além de incorporar a Produsul e a Intersul.
Em 1969 sofreu intervenção do governo do Rio Grande do Sul, sob a alegação que alguns grupos de fora do estado engendravam assumir o controle da instituição, a mais antiga do estado e com grandes interesses na economia rio-grandense. Foi assim declarado de "utilidade pública", à revelia de seus acionistas e diretoria, em ato assinado pelo governador Walter Peracchi Barcelos - após numerosas reuniões, os acionistas se comprometeram a não venderem suas ações e o decreto foi revogado. Porém a intervenção do governo levou a perda de confiança no banco com consequências nefastas ao seu desempenho, com perdas na captação e a necessidade de operações de redesconto onerosas.
Em 1970 o banco teve seu controle assumido por uma holding vinculada ao Montepio da Família Militar e a APLUB, que passou a planejar sua fusão com outras instituições do estado, entre elas o Banmércio, que já era controlado pela APLUB.Nesse período foram fechadas 5 agências: 4 no Paraná e uma em Campina Grande, reduzindo seu número de agências para 99 e o de funcionários de 3279 para 2588
Em 1972 funde-se com o Banco Nacional do Comércio (Banmércio) e o Banco Industrial e Comercial do Sul (Sulbanco), dando origem ao Banco Sul Brasileiro.
Banco Nacional do Comércio, Anos 20/30, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Banco Nacional do Comércio, Anos 20/30, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Porto Alegre - RS
Fotografia
Banco Nacional do Comércio, ou Banmércio, foi o segundo banco comercial criado no Rio Grande do Sul, iniciou suas operações em 1º de abril de 1895 com o nome de Banco do Comércio.
Fundado pelas empresas comerciais e comerciantes Caetano Pinto & Franco, Eurípedes Mostardeiro, Azevedo Irmãos & Cia, Edmundo Dreher, Hugo Gertum, Francisco Gonçalves e Fernando do Amaral Ribeiro. Sua primeira diretoria era constituída por Francisco Gonçalves Carneiro, Eduardo Dreher e Manoel Gonçalves Junior, tendo iniciado seus trabalhos com apenas seis funcionários.
Era uma iniciativa do setor comercial porto-alegrense que passa, a partir dessa década, a se favorecer do crescimento econômico das unidades agrícolas de imigrantes europeus implantadas nos decênios anteriores. Teve envolvimento contínuo na comercialização de produtos através do Porto de Rio Grande, bem como no financiamento do comércio e indústria de toda Região Sul, incluindo Santa Catarina e Paraná.
Nos primeiros dez anos se restringiu basicamente ao empréstimo sob hipotecas, tendo com isso acumulado muitos imóveis adquiridos na liquidação de contas de credores inadimplentes. Mesmo assim sobreviveu à crise bancária impulsionada pela quebra do Banco da República em 1900 e pode gozar da melhora de condições a partir de 1906. Participou nesse ano, junto com o Banco da Provínciada constituição da Companhia Força e Luz, que depois veio a formar a CEEE.
O número de funcionários no início cresceu lentamente: em 1899, muda sua denominação para Banco do Comércio de Porto Alegre. Em 1910 o banco ingressa numa fase de expansão, abrindo filiais e sucursais no interior e, a partir de 1915, inclusive fora do Rio Grande do Sul nos estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná.
Em 1917 passa a se chamar Banco Nacional do Comércio, também conhecido por Banmércio. Apesar de manter uma grande quantidade de capital imobilizado, ao contrário do Banco Pelotense, por exemplo, o Comercial mantinha uma conta de provisão para as depreciações desses imóveis, dessa maneira, ultrapassa a crise de 1929 e mantém as suas atividades.
Em 1944 possuía 954 funcionários, no seu cinquentenário, em 1945, tinha 89 agências. No final de 1959, com 65 anos de atividade possuía 110 agências, 77 delas no Rio Grande do Sul, 20 em Santa Catarina, 11 no Paraná, 1 no Rio de Janeiro e 1 em São Paulo. Também controlava 4 companhias que atuavam no ramo imobiliário e de seguros. Ao contrário de outros bancos gaúchos da época, não procurou se expandir por todo o país, se restringindo somente a região sul.
No final de 1964 era o banco gaúcho com maior rede de agências (136) e no final de 1965 teve a maioria de suas ações adquirida pelo Montepio da Família Militar. No início de 1967 foi o primeiro banco gaúcho autorizado a receber depósitos do FGTS. Em 1968 adquiriu a Alto Uruguai - Cia. de Financiamento e Crédito, com sede em Erechim, em 1971 foi incorporado o Banco Duque de Caxias (antigo Banco Militar Brasileiro, com quatro agências em Porto Alegre e uma em Pelotas e que já havia incorporado o Banco Produção) e no mesmo ano ingressou na rede de cartões de crédito Diners.
Em 1972 funde-se com o Banco da Província e o Banco Industrial e Comercial do Sul, dando origem ao Banco Sulbrasileiro.
Seu prédio histórico, localizado no centro de Porto Alegre, desde os anos 2000, abriga o Santander Cultural e já abrigou sedes de diversos bancos após o Banco do Comércio (entre eles o Banco Meridional).
Érico Veríssimo - Artigo
Érico Veríssimo - Artigo
Artigo
Érico Veríssimo. Fotógrafo Sioma Breitman.
Érico Veríssimo (1905-1975) nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, no dia 17 de dezembro de 1905. Filho de Sebastião Veríssimo da Fonseca e de Abegahy Lopes, família rica e tradicional, que perdeu tudo no começo do século. Estudou no Colégio Venâncio Alves, em Cruz Alta. Com 13 anos já lia autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, Coelho Neto, e também autores estrangeiros como Dostoievski e Walter Scott. Em 1920 foi para Porto Alegre, estudou no Colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso. Voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de cursar uma Universidade.
Em 1925 trabalhou no Banco Nacional do Comércio. Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia. Dava aulas de literatura e inglês. Em 1929, começou escrevendo contos para revistas e jornais. Em 1930, a farmácia foi a falência. Em 1931, casa-se com Mafalda Halfem Volpe, com quem teve dois filhos. Vai definitivamente para Porto Alegre, onde foi contratado para o cargo de secretário de redação da Revista do Globo, onde conviveu com escritores renomados. Em 1932, foi promovido a Diretor da Revista do Globo e atuou no departamento editorial da Livraria do Globo.
Érico Veríssimo fez parte do Segundo Tempo Modernista (1930-1940), onde a literatura traz para reflexão os problemas sociais. Em 1932, o autor publica uma coletânea de contos "Fantoche", foi sua estreia na literatura. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. No romance "Clarissa", tendo Porto Alegre como cenário, traça o perfil psicológico de uma adolescente. "Caminhos Cruzados", é um romance de análise social, em que expõe o drama abismal entre ricos e pobres. A fase de transição do autor é refletida em "O Resto é Silencio", onde o narrador analisa a reação de sete pessoas que presenciam o suicídio de uma moça.
Na segunda fase Érico parte para uma investigação completa do passado histórico do Rio Grande do Sul. "O Tempo e o Vento", são três romances, que trazem um vasto texto épico, onde desfilam as famílias do patriarcalismo gaúcho. "Ana Terra" é a protagonista do primeiro volume da trilogia. A cena se passa no Rio Grande do Sul, e relata o drama de uma família de pioneiros gaúchos. A terceira fase apresenta romances de aberta reação ao sistema político do século XX, é o caso do "Senhor Embaixador". No romance "O Prisioneiro", pretendeu o autor, como ele disse, "fazer uma espécie de parábola moderna sobre a guerra e o racismo".
Érico Veríssimo foi para os Estados Unidos, em 1941, em missão cultural, a convite do Departamento de Estado americano. Temendo a ditadura do governo Vargas, em 1943, foi lecionar Literatura brasileira, na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Em 1953, ocupou o posto de Diretor do Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana. O registro de suas viagens foi descrito nos livros "Gato Preto em Campo de Neve" e "A Volta do Gato Preto".
Em 1969, a casa onde nasceu Veríssimo, é transformada em Museu. Sua obra "Música ao Longe", recebeu o Prêmio Machado de Assis e "Caminhos Cruzados", recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em 1973, escreveu o primeiro volume da trilogia de sua auto-biografia "Solo de Clarineta", mas não completou o segundo volume. Seu filho Luis Fernando Veríssimo, nascido em 1936 é autor de livros famosos como O Analista de Bagé e Comédia da Vida Privada.
Érico Lopes Veríssimo faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 28 de novembro de 1975.
Residência de Álvaro Prado, Campos Elíseos, São Paulo, Brasil
Residência de Álvaro Prado, Campos Elíseos, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia
Primeiro bairro planejado de São Paulo, o Campos Elíseos serviu por um longo tempo como o local de residência da elite paulistana. Antes disso os endinheirados e bem sucedidos da capital residiam nas proximidades do triângulo histórico e seus arredores, em ruas como a Florêncio de Abreu.
Posteriormente o Campos Elíseos sofreu com a degradação, algo que continua até hoje, espantando os moradores mais tradicionais e acarretando um considerável decadência do bairro que ocasionou a demolição de muitos imóveis históricos. Felizmente ainda temos alguns que sobreviveram, sendo preservados e tombados como patrimônio de nossa cidade.
Localizado no número 463 da Alameda Nothmann, esse maravilhoso palacete é um destes imóveis do passado de elite do Campos Elíseos que sobreviveu preservado até os dias atuais. Localizado bem na esquina com a Rua Guaianases, fica de frente a outras duas construções históricas, sendo uma delas a de Octaviano Alves de Lima.
O palacete tem ampla área ajardinada o que transmite uma sensação de bucolismo hoje em falta na região central. Seu jardim está sempre bem cuidado, assim como a residência. Seu gradil permite uma ampla visualização da propriedade.
No passado residiu neste imóvel a figura de Álvaro Prado e família. Dados atestam que durante parte dos anos 1930-1940, eles residiram neste imóvel. Em 1937, inclusive, haviam duas linhas telefônicas neste imóvel, uma em nome do próprio Álvaro e outra para Castro Prado.
Nos registros também foi encontrado como residente do imóvel a figura de José de Barros França, falecido em 23 de julho de 1936. Entretanto não consta que ele era o proprietário, mas sim genro de Álvaro Prado, pai da esposa deste, cujo nome era Nenê de Barros França Prado.
Posteriormente os registros dos Prados neste imóvel vão desaparecendo, não constando mais em listas telefônicas de 1961 em diante. Pouco depois o palacete passa a constar como propriedade do Governo do Estado de São Paulo, o que permanece até os dias atuais juntamente com dois imóveis vizinhos da Rua Guaianases.
História da Proibição do Consumo de Maconha no Brasil - Artigo
História da Proibição do Consumo de Maconha no Brasil - Artigo
Artigo
Em 1785, o vice-rei do Brasil Luiz de Vasconcellos e Sousa enviou um ofício à Capitania de São Paulo pedindo encarecidamente que os agricultores voltassem a plantar maconha, essa "importantíssima cultura", como frisava.
O ofício era acompanhado de 16 sacas de sementes para serem distribuídas e um folheto explicando como cultivar a erva. Até 1880, pelo menos outra meia dúzia de ofícios recomendavam o plantio.
Não, a Coroa Portuguesa não havia enlouquecido. Maconha -ou cânhamo, como se dizia à época- produzia excelentes fibras para se fazer cordas, cordões e tecidos. Daí o interesse da Marinha e da Fazenda Real portuguesas.
Maconha nem era a primeira droga com a qual Portugal havia sido complacente. Em 1737, a Câmara de São Paulo decidiu restringir a venda de ópio a médicos. Na verdade, fazia cumprir um capítulo das "Ordenações Filipinas", primeiro conjunto de leis moderno a proibir drogas, em 1603.
Um comerciante que vendia ópio a torto e a direito decidiu reclamar da restrição ao rei e em 1738 D. João V determinou: "Que corra livre o comércio destas drogas como os suplicantes requerem".
A primeira restrição a droga no Brasil só viria em 1830. O Rio de Janeiro proibiu a "venda e o uso do pito de Pango", o cachimbo de barro usado para fumar maconha.
O vendedor do pito pagava multa; o negro que pitasse pegava três dias de cadeia.
Maconha mesmo ninguém era louco de proibir. Havia se convertido numa das principais plantas fibrosas produzidas em São Paulo, segundo o "Almanach Litterario de S. Paulo para o Anno de 1876 publicado por José Maria Lisboa". O jornal "A Província de S. Paulo" ensinava até a cultivá-la nesse mesmo ano.
No final do século 19, maconha não era só matéria-prima de corda. Transformara-se em remédio, vendido livremente até 1917 e com receita até 1938, quando foi banida junto com a cocaína. O anúncio mais antigo de maconha encontrado por Guido Fonseca, 61, principal pesquisador da história das drogas no Brasil, data de 1885.
"Basta aspirar a fumaça dos Cigarros indios para fazer desapparecerem completamente os mais violentos ataques de Asthma, Tosse nervosa, Rouquidão, Extincção da vox, Nevralgia facial, Insomnia, e tambem combater a Tisica laryngea", prometia o anúncio da Grimault e Cia., de Paris.
Chamavam-se "cigarros índios" porque eram feitos de cannabis indica, uma variedade de maconha.
Cocaína
Panacéia similar só experimentando um alcalóide que havia sido descoberto em 1859 -a cocaína. Segundo os cientistas, servia para tratar laringite, faringite e era um ótimo anestésico.
Já laboratórios como o Grimault recomendavam o vinho de coca para "pessoas fracas ou debilitadas por trabalho excessivo", para o "empobrecimento do sangue", para tísicos, "às jovens pálidas e delicadas". Ele impediria também dores de estômago e gastrite.
É claro que com tantos efeitos colaterais conhecidos a cocaína não seria só usada como anestésico. Ainda mais com uma legislação dócil.
Em 1882, surgiu a primeira lei que exigia receita para a venda de cocaína -mas não havia pena para infratores. O Código Penal de 1890 era uma piada. A multa mais alta para a venda irregular era 1/60 do preço mais baixo da grama.
Em 1917, a legislação deu uma guinada. O Código Sanitário desse ano previa o fechamento de farmácias que vendessem cocaína e ópio sem receita médica. Pena de prisão para os vendedores só surgiria em 1921. As farmácias, junto com bordéis, eram os principais centros distribuidores de coca.
Sodoma das drogas
São Paulo, a se confiar na polícia, havia se transformado em uma Sodoma das drogas. "A cidade se tornou um centro de alarmantes vícios", escreveu um delegado em 1918, no que deve ser o primeiro documento sobre o impacto das drogas. "As suas vítimas formarão um exército de inutilizados".
Não era só por causa do imaginário apocalipse interno que as leis endureceram. Havia pressão internacional, segundo Edemur Ercilio Luchiari, 54, delegado do Departamento de Investigações sobre Narcóticos de São Paulo.
O controle sobre a cocaína foi instituído em 1904 nos EUA pelo FDA (Food and Drugs Administration). Cinco anos antes, a folha de coca era usada na Coca-Cola.
Em 1912, os norte-americanos pressionaram na Convenção Internacional do Ópio, realizada em Haia (Holanda), para que o ópio fosse banido e a cocaína só fosse vendida com receita -seria a legislação brasileira após cinco anos.
O banimento da cocaína e da maconha das farmácias brasileiras em 1938 era o país acertando o passo com uma convenção internacional de 1925.
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