quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Placa de Homenagem a Antônio Diederichsen, Edifício Diederichsen, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil


 

Placa de Homenagem a Antônio Diederichsen, Edifício Diederichsen, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Nota do blog: Homenagem feita em 20/12/1936.

Ensinando os Jovens de Hoje a Carpir / Capinar - Artigo

 



Ensinando os Jovens de Hoje a Carpir / Capinar - Artigo
Artigo


Os jovens de hoje não sabem o que é capinar ou carpir um terreno. Não sabem a diferença entre enxada e enxadão. Também nem imaginam como encabar uma enxada, além de nem sonhar que é o Guatambú que dá a madeira boa para o cabo.
Os jovens de hoje, que quando contrariados falam “ah, vai carpir um lote!”, provavelmente nem sabem o que é um lote. Eu mesmo, que me considero um cara "relativamente sofrido", tive a sorte de crescer sem nunca ter precisado manejar uma enxada para viver.
Recordo que algumas vezes, meu pai, parentes e pessoas que precisaram pegar numa enxada para viver, examinavam minhas mãos e diziam: “mãozinha fina, aposto que nunca pegou numa enxada". Pessoalmente, sempre achei que falavam isso num misto de zoeira e ressentimento, este último no sentido de que "como eu me lasquei, você também tinha que ter se lascado"...rs.
De qualquer forma, todos estavam certos, eu mal sabia qual lado da enxada ia à terra e minhas mãos eram finas mesmo, chegavam a formar bolhas quando eu escrevia demais.
Essas pessoas não tiveram a sorte de estudar como eu tive. Muitas delas só conheceram a lida na roça, o suor do trabalho, aprendendo o mínimo necessário para ler e fazer conta, conservando nas mãos os calos que a vida lhes deu; aprenderam mesmo foi carpir corretamente, "arrancando a raiz".
Dito isso, passemos a uma questão importante: Qual é o certo, carpir ou capinar?
Capinar é um verbo mais jovem, apareceu no século XIX, vindo de "capim". Numa transferência de nasalidade de <m> para <n>, retirar o capim do terreno virou capinar, e não "capimar". Da mesma forma, temos um capinal (lugar onde crescem capins) e a capinadeira (máquina de cortar capim).
Carpir é verbo bem mais antigo. Vem do latim "carpire" que significava "colher o fruto, arrancar".
Há aí uma ligação etimológica com o grego antigo "karpós" (fruto). A expressão latina "carpe diem", atualmente utilizada por muitos jovens, significa "colha o dia". Depois, carpir, por causa do sentido de se puxar o fruto, passou a significar a ação de se arrancar algo, principalmente o mato, durante o preparo do terreno.
Curiosamente, por extensão de sentido, carpir, por séculos, também foi entendido como o ato de arrancar os próprios cabelos ou a barba por motivo de desespero ou tristeza. Depois, passou a ser o ato de chorar, prantear, lamentar-se; não era preciso mais perder os cabelos. Inclusive, foi daí que surgiu o termo "carpideira", a mulher que era contratada para chorar em velórios. Trata-se de profissão muito antiga, com registros desde o Egito antigo. Na Bíblia, capítulo 9, versículo 17, do livro de Jeremias, fala-se das carpideiras – as pranteadeiras profissionais. Atualmente, "carpideira" é entendido como sinônimo de "capinadeira", a máquina de capinar.
Como carpir e capinar são ações de extração de vegetais da terra, principalmente ervas daninhas, podemos tomá-las como sinônimos, igualmente aceitas e corretas.
Mas ambos são termos que estão em processo de extinção: Depois que inventaram a roçadeira elétrica, capinar e carpir constituem ações que estão ficando no passado, desconhecidas dos jovens de hoje, que entendem dessas coisas braçais muito menos do que eu, que nunca peguei numa enxada por motivo de necessidade ou trabalho. Carpir e capinar da forma tradicional, cada vez mais, serão ações de pequenos agricultores, agricultura familiar, sítios, chácaras, terrenos, etc. As grandes e modernas propriedades, objeto de desejo dos jovens que aspiram trabalhar nesse segmento, utilizam pouco os antigos métodos braçais. A modernidade, a mecanização da agricultura, constituem um caminho sem volta nesse setor.
Finalizando esse pequeno texto, na falta de algo melhor para escrever, vou "dar o troco", de forma bem humorada, a todos que me caçoavam no passado por não saber carpir ou capinar (como queiram): "A caneta é mais leve que a enxada", graças aos estudos, até hoje tenho minha "mãozinha fina e sem calos". Durmam com essa...rs.

Biblioteca Altino Arantes / Atual Biblioteca Sinhá Junqueira, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil




Biblioteca Altino Arantes / Atual Biblioteca Sinhá Junqueira, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Observar a altura do mato na calçada da antiga Biblioteca Altino Arantes (atual Biblioteca Sinhá Junqueira). Para quem não sabe, ela se localiza em frente a praça XV de Novembro, no centro da cidade. Não sei como andam os investimentos/gastos com o prédio, mas poderiam destinar um pouquinho para comprar uma enxada e cortar o mato...rs.
Nota do blog: Imagem de 07/11/2022 / Crédito para Jaf.

Obras de Construção da Subestação de Energia Paula Souza, 1926, São Paulo, Brasil



 



Obras de Construção da Subestação de Energia Paula Souza, 1926, São Paulo, Brasil
São Paulo - SP
Fotografia

O complexo, inaugurado em 1901, é a mais antiga estrutura transformadora e distribuidora de energia elétrica do Estado.
Localizada ao lado do rio Tamanduateí, no centro da capital, a subestação teve sua estreia em 1901, junto com a usina de Santana de Parnaíba – primeira hidrelétrica a gerar eletricidade para a cidade de São Paulo – e era integrante do sistema energético da extinta Light & Power.
Sua primeira edificação foi construída com paredes de tijolos prensados, vermelhos, com vigamento de aço para oferecer segurança contra incêndios. O complexo foi considerado uma obra monumental, contando, em equipamentos, com o que havia de mais moderno e de alta potência à época.
Em princípio, além de contribuir para o sistema de iluminação pública, a subestação também fornecia energia para os bondes elétricos paulistanos.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Monumento ao Dr. Rubem Cione, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil






Monumento ao Dr. Rubem Cione, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

A herma foi feita quando o Rubem Cione ainda estava vivo, pois o mesmo faleceu em 27/04/2007. Nascido 30/08/1918 em Monte Azul/SP. Vereador na 21.ª Legislatura da Câmara Municipal de Ribeirão Preto: 01/01/1948 a 31/12/1951. Professor, advogado, jornalista, escritor e incansável pesquisador da história de Ribeirão Preto. Foi redator dos jornais "A Cidade", "A Tarde" e "Diário de Notícias". Foi secretário do primeiro Centro de Imprensa de Ribeirão Preto e presidente da Ordem dos Velhos Jornalistas. Em 1937 iniciou suas atividades no magistério no 2.º Grupo Fábio Barreto. Lecionou também na Escola Profissional José Martimiano da Silva, na Faculdade de Direito Laudo de Camargo (UNAERP) e na Faculdade de Odontologia da USP Ribeirão Preto. Bacharel e Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Ribeirão Preto. Publicou a obra "História de Ribeirão Preto" em 5 volumes.
Originalmente a herma tinha óculos, furtados em data desconhecida.
Monumento instalado em 15/12/2005.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Dr. Joaquim Camilo de Mattos, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







 

Monumento ao Dr. Joaquim Camilo de Mattos, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

Camilo de Mattos nasceu em Rio Novo, MG, em 13/12/1892. Filho de Joaquim de Oliveira Mattos e Ambrosina de Mattos. Foi prefeito municipal e vereador em Ribeirão Preto. Ocupou o cargo de presidente da Câmara, foi suplente de deputado pelo Partido Republicano Paulista. Afastado da política exerceu o cargo de consultor jurídico das "Usinas Junqueira" e diretor presidente do Educandário "Cel. Quito Junqueira". Faleceu em Ribeirão Preto, em 24/08/1945.
Monumento de autoria de Arlindo Castelani de Carli, instalado em 10/10/1976.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Dr. João Rodrigues Guião, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







 

Monumento ao Dr. João Rodrigues Guião, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia

João Baptista da Cruz Rodrigues Guião nasceu na cidade de Valença, Rio de Janeiro, em 03/05/1866. Filho de Manoel Antônio Rodrigues Guião e Iria Umbelina Vieira Guião. Formou-se em Direito e foi Promotor Público de Santa Rita do Passa Quatro e de Cajuru. Chegou à cidade de Ribeirão Preto em 1905 e trabalhou como advogado; juiz de paz; Procurador da Prefeitura; vereador e Prefeito Municipal (1920 a 1923 e 1923 a 1926). Foi Deputado Estadual; diretor proprietário do “Diário da Manhã”; presidente da Sociedade Legião Brasileira e presidente do Diretório do Partido Constitucionalista. Foi ainda escritor e escreveu: “Organizações das Câmaras Municipais” e o almanaque “O Município e a cidade de Ribeirão Preto no 1° Centenário da Independência". Casou-se com Umbelina Vieira de Andrade Palma, com quem teve nove filhos. Faleceu em 10/03/1957, na cidade de Ribeirão Preto.
Monumento instalado no final da década de 1950.
Nota do blog: Imagens de 2022.

Monumento ao Senador Roberto Simonsen, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil







Monumento ao Senador Roberto Simonsen, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


Era filho de Sidney Martins Simonsen e Robertina da Gama Cochrane Simonsen, esta última de família nobre. [...] Trabalhou na companhia ferroviária Southern Brazil Railway (Ferrovia do Sul do Brasil). Logo saiu para ocupar por dois anos o cargo de diretor-geral de obras na Prefeitura de Santos. Ali foi também engenheiro-chefe da Comissão de Melhoramentos de Santos. No ano seguinte fundou a Companhia Construtora de Santos, fato que foi o início de seu ofício de empresário. Em 1919 iniciou-se na diplomacia. Em 1933 ingressa na política, sendo eleito deputado constituinte por São Paulo; exerce o mandato de deputado federal na legislatura de 1933 a 37. Também foi idealizador do Sesi e do Senac. Foi o segundo ocupante da cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 9 de agosto de 1945 na sucessão de Filinto de Almeida, e recebido pelo acadêmico José Carlos de Macedo Soares em 7 de outubro de 1946. Simonsen veio a falecer em pleno salão nobre da Academia, quando proferia um discurso de saudação ao primeiro-ministro belga, Paul van Zeeland, que visitava o país.
Monumento instalado em 12/08/1962.
Nota do blog: Imagem de 2022.

Propaganda "É Realmente Notável a Ação da Tricomicina no Combate à Calvíce e Suas Diversas Manifestações!", 1955, Tricomicina, Brasil


 

Propaganda "É Realmente Notável a Ação da Tricomicina no Combate à Calvíce e Suas Diversas Manifestações!", 1955, Tricomicina, Brasil
Propaganda


Texto do anúncio: "Se o senhor é calvo e deseja realmente restaurar os cabelos perdidos, não hesite mais: comece a usar, ainda hoje, a loção Tricomicina e recupere seu lugar no mundo alegre dos cabeleiras".
Nota do blog: Pena que não existe mais...rs.

Monumento ao Dr. João Alves Meira Júnior, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil

 








Monumento ao Dr. João Alves Meira Júnior, Praça XV de Novembro, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
Ribeirão Preto - SP
Fotografia


A estátua tinha uma bengala que, segundo informações da Prefeitura, fora furtada e substituída por três vezes. Aparentemente, como a estátua está novamente sem a bengala, houve um quarto furto, agora sem a reposição da bengala.
Reparem a altura do mato no monumento, zeladoria nota zero.
Monumento instalado entre os anos 1955-1956.
Nota do blog: Imagens de 2022.